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2022
São João Paulo II
São João Paulo II
Todos de fato conhecem a fisionomia de São João Paulo II, sua devoção mariana, sua jovialidade e espontaneidade. Tudo ficou marcado na memoria de gerações que tiveram como papa por 27 anos e marcou sua biografia.
No inicio de seu pontificado disse: “Abrir as portas a Cristo, não tenham medo d’Ele”. Esta frase parece resumir todo o período no qual esteva como timoneiro da Barca de Pedro, isto é, a Igreja. É como se ele quisesse que todos os lugares da terra, todas as pessoas abrissem suas portas e seus corações para Cristo e seu verdadeiro amor.
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Infância
Seu nome de batismo era Karol Józef Wojtyla. Nasceu no dia 18 de maio de 1920 na cidade de Wadowice, Polônia. Ainda muito pequeno, viu sua irmã mais velha Olga falecer e antes que completasse doze anos, sua mãe morreu de insuficiência renal. Logo depois viu seu irmão mais velho Edmundo partir desta vida.
Ele mesmo nos conta que: “Depois que minha mãe morreu e, mais tarde, com a morte de meu irmão mais velho, fiquei sozinho com meu pai, um homem profundamente religioso. Dia após dia, tenho observado o seu estilo de vida austero … o seu exemplo foi de certa forma o meu primeiro seminário, uma espécie de seminário em casa.”
Juventude
Karol estudou na Universidade Jagiellonian, em Cracóvia. Cursou literatura, teatro e poesia. Foi neste período que conheceu Jan Tyranowski e através dele a obra de São João da Cruz. De tal sorte que aqui ele começou a discernir sua vocação sacerdotal.
Em 1939 seus estudos foram interrompidos quando a Polônia foi invadida pelo exército nazista. A fim de não ser deportado, Karol passou a trabalhar durante o dia em uma pedreira e a noite em uma fábrica de produtos químicos.
Em 1941 seu pai faleceu, vítima de um ataque cardíaco. Em 1944 sobreviveu milagrosamente após se atropelado por um caminhão nazista. Durante este período amadureceu sua vocação, ingressando no seminário clandestino do Cardeal Sapieha.
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Sacerdote, Bispo e Cardeal
Na solenidade de todos os santos, no ano de 1946 foi ordenado sacerdote e enviado para Roma a fim de continuar seus estudos. Quando voltou a Polônia tornou-se pároco assistente em Niegowic onde começou seu trabalho com a juventude.
Além disso lecionou por cinco anos na Universidade de Jagiellonian e Ética na Universidade Católica de Lublin. Até que, em 1958 foi sagrado Bispo e nomeado Auxiliar de Cracóvia.
Esteve no Concílio Vaticano II e suas opiniões contribuíram especialmente na redação final da Humanae Vitae, documento promulgado por Paulo VI em 1968. Após isso, foi nomeado Cardeal.
Papa
O Cardeal Wojtyla foi eleito papa no dia 16 de Outubro de 1978, tomou para si o nome de seu predecessor, João Paulo, sendo o 263º sucessor de São Pedro e por 27 anos governou a Igreja.
Quando o mundo conheceu seu brasão e lema de pontificado, souberam que algo havia mudado. Ele manteve o lema de quando ainda era bispo “Totus tuus” “Sou todo teu”, formula abreviada da Consagração como escravo de amor a Maria Santíssima, ensinada por São Luis Maria Grignion de Montfor, santo de grande devoção do papa, escravo de Nossa Senhora.
Ide por todo mundo
João Paulo II possuía um grande espírito missionário. Fez 104 viagens apostólicas visitando 129 países diferentes. O Brasil o recebeu oficialmente três vezes. Em 1980 passou 12 dias percorrendo mais de 14mil quilômetros, visitando Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória, Aparecida, Porto Alegre, Curitiba, Manaus, Recife, Salvador, Belém, Teresina e Fortaleza.
Retornou em 1991 quando visitou na Bahia Santa Dulce dos Pobres, e em 1997 no Encontro Mundial das Famílias no Rio de Janeiro quando abençoou os brasileiros aos pés do Cristo Redentor.
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Os jovens e a Família
São João Paulo II criou a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e a celebrou 19 vezes durante o pontificado. Instituiu o segundo domingo da Páscoa como o Domingo da Divina Misericórdia, para relembrar a todos o amor misericordioso de Jesus pela humanidade.
Preocupado com a família, dedicou suas catequeses de quarta-feira para refletir com todos o papel da família, do matrimonio e da vida. Assim, fundou o Pontifício Instituto João Paulo II de Estudos sobre o Matrimônio e a Família.
Tentativa de Assassinato
Foi no dia 13 de maio de 1981 que o mundo assistiu consternado o Papa João Paulo II ser atingido por um tiro na Praça de São Pedro. Surpreendentemente, após recuperar-se, marcou a história com dois fatos importantes: visitou na cadeia e perdoou seu agressor Ali Agca. Depois então, depositou na coroa de Nossa Senhora de Fátima a bala que o havia atingido. Segundo ele, Maria Santíssima o havia livrado da morte.
Ele vai dizer: “Em tudo o que me aconteceu naquele dia, senti a grande proteção da Mãe de Deus, que se revelou mais forte do que a bala mortal”
Contribuição para nossa fé
João Paulo II contribuiu de maneira significativa com a fé e a tradição da Igreja. Seus escritos somam 14 encíclicas, 11 Constituições Apostólicas, 45 cartas apostólicas, 15 exortações além de audiências, homilias e catequeses.
Para trazer ao mundo modelos de vida para todos os cristãos, beatificou 1.338 servos de Deus e canonizou 482 santos. Havia sido assim, até o atual pontificado, o papa que mais canonizou mais que todos os outros papas juntos nos últimos 500 anos.
Morte
O sofrimento é o que mais nos assemelha a Cristo crucificado. Com efeito, João Paulo II viveu de perto esta semelhança. A doença de Parkinson, a perda da fala, os ferimentos do atentado, as diversas cirurgias acompanham o papa em seus últimos dias.
No dia 2 de Abril de 2005, Vésperas do Domingo da Misericórdia, milhares de jovens com velas acesas rezavam debaixo da janela do Papa. Às 21:37 entrou na eternidade após dizer suas últimas palavras: “Deixe-me voltar para a casa de meu Pai”.
Santo súbito
Para a abertura do processo de canonização há um período de espera de cinco anos após a morte do fiel. No entanto, em 2005, Bento XVI anunciou que dispensava João Paulo II deste período, e em 2011 beatificou seu predecessor. Coube a Francisco a canonização em 2014.
Durante a missa de corpo presente, Bento XVI disse: “Podemos ter certeza de que nosso amado Papa João Paulo II está hoje junto à janela da casa do Pai, e de lá nos vê e nos abençoa.
“Abrir as portas a Cristo! Cristo sabe o que está no homem”. A vida deste santo nos mostra que devemos sim, abrir as portas de nossos corações para o amor de Cristo, pois este amor que vai até o fim e não se cansa jamais de nós!
São João Paulo II, rogai por nós.
A Associação Nossa Senhora das Graças trabalha, entre outras motivações, pela catequese e desenvolvimento religioso das crianças em todas as paróquias de todo o Brasil.
Ajude-nos para que, desse modo, possamos continuar este trabalho necessário para elas.
2022
Nossa Senhora Aparecida
Nossa Senhora Aparecida
Nos dias de hoje, quando entramos na sala dos milagres da Basílica de Nossa Senhora Aparecida podemos ver todas as manifestações de gratidão de seus devotos.
Imediamente nos vêm à memória todos os favores que a Padroeira dos Brasil concedeu a seus filhos ao longo destes séculos. Sobretudo nos momentos de aflições e dificuldades, tristeza e sofrimento, Maria sempre ouviu as preces do povo brasileiro.
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O Conde, os pescadores e uma imagem
Foi em 1717 que Dom Pedro de Almeida Portugal e Vasconcelos, Conde de Assumar, Governador das Capitanias de São Paulo e Minas Gerais, subiu a cavalo até São Paulo, para tomar posse do governo.
Assim, em Guaratinguetá, permaneceu de 17 a 30 de outubro, sendo recebido com a pompa, incluindo grandes banquetes com o melhor da culinário local como os saborosos pescados do Rio Paraíba do Sul.
Para isso, a Câmara Municipal convocou os mais experientes pescadores para lançar as redes, pois era necessária boa quantidade de peixes.
Domingos Alves Garcia, seu filho João Alves e Felipe Pedroso, entre outros, puseram as mãos no remo. Mas, por mais que se esforçassem, não pescaram nada.
Foi quando na rede de João Alves, apareceu primeiramente o corpo da pequena imagem de Nossa Senhora, e depois, sua cabeça
Imediatamente as redes se encheram de tanto peixe que os barcos quase afundaram!
Os bons ribeirinhos logo atribuíram essa pesca milagrosa à presença da imagem de Nossa Senhora da Conceição, que, pelo fato de ter aparecido nas águas, ficou conhecida como Aparecida!
O milagre das velas e outros prodígios
Felipe Pedroso levou para casa a imagem, diante da qual toda a família começou a rezar, dando início a uma sequência de milagres que continuam até hoje.
Com efeito, o primeiro milagre atribuído à imagem ocorreu numa noite enquanto a família e vizinhos “cantavam o terço”. Duas velas se apagaram acenderam sozinhas.
Certamente, a luz daquelas velas, que se reacenderam miraculosamente naquela noite, iluminou seus corações e despertou neles grande amor e devoção para com Nossa Senhora Aparecida
Tesouro para o povo brasileiro
As famílias dos três pescadores viviam na região do encontro da imagem e foram os primeiros a prestar culto à Nossa Senhora Aparecida.
Assim, a imagem peregrinou durante bom tempo pelas casas dos pescadores, até se fixar em Itaguaçu, lugar do seu encontro, na residência de Atanásio Pedroso, que construiu-lhe um oratório e um altar de madeira, onde, todos os sábados, grupos de famílias iam rezar o terço.
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A capelinha
Os milagres reforçaram enormemente a nova devoção popular, já com a invocação de Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
Nesse ínterim, o Padre José Alves Vilela, Pároco de Santo Antônio, de Guaratinguetá, deu apoio para a construção de uma capelinha, situada no Itaguaçu, à beira da estrada.
Certamente era uma localização pois ali passavam constantemente caravanas de viajantes, o que favoreceu rapidamente o crescimento do número de devotos.
Correntes da escravidão se estatelam no chão
No final do século dezoito um escravo fugitivo, que estava sendo conduzido de volta à fazenda, ao passar diante da capela, pediu-lhe que permitisse subir até à igreja para fazer oração.
Enquanto estava em oração diante da imagem, as correntes se soltaram de seu pescoço e de seus pulsos, caindo por terra. Comovido com o sucedido, o fazendeiro o resgatou, depositando no altar o preço do escravo, e o conduziu para casa como um homem livre”
Com certeza, a queda das pesadas correntes que prendiam o escravo Zacarias pelo pescoço e pelos pulsos é um testemunho do poder de intercessão Nossa Senhora Aparecida para desatar das prisões do pecado as pessoas arrependidas.
Romarias de todas as partes
As romarias que se iniciaram no oratório do Porto de Itaguaçu continuaram a partir de 1745, na igreja do Morro dos Coqueiros, que a voz do povo batizou de santuário.
Então, em 1884 o jornal “Correio Paulistano” estampou matéria sobre as romarias oriundas de todo o Império, ressaltando o articulista as saudades que ele sentia do tempo de menino, participando daquelas pias viagens junto com sua família:
“Antigamente as Romarias à Capela da Aparecida tinham muito de pitoresco; eram as famílias que se moviam lentamente com os filhos pequenos, os pagens, os camaradas, as mucamas, e o armazém ambulante às costas dos cargueiros”.
E observa que, com as mudanças nos hábitos causadas pela estrada de ferro, “acabou-se o encanto daquelas pias viagens”.
A nova devoção, refúgio para o povo
Os que iam à capela buscava-se curas físicas, é verdade, mas o principal motivo era a devoção, exteriorizada com gestos e atitudes.
Por exemplo, rezar sua Novena, limpar a igreja, percorrer de joelhos a rua que dá acesso à mesma, dar esmolas à Capela, ajudar os pobres.
Ainda mais, registram-se na história de Aparecida senhores e senhoras que assistirem de joelhos até três missas e outros que se arrastam de joelhos até o altar.
Via-se famílias se privarem de tudo para dar a Nossa Senhora, (…) uma devoção generosa, um amor pronto aos sacrifícios”.
Inúteis manifestações de ódio
Como não poderia deixar de ser, os que não gostam de nossa Mãe celeste deixaram as marcas de seu ódio gratuito.
Por exemplo, um homem de Cuiabá,que quis entrar a cavalo na igreja para desafiar Nossa Senhora, mas não conseguiu. As patas do animal grudaram-se nas pedras.
Ele, agora convertido, pediu perdão a Maria e dirigiu-se, contrito, à imagem para rezar. Isso ocorreu em 1866.
Da mesma forma, a quebra da imagem na Basílica Velha, em 1978, por um jovem protestante, comoveu o País, e só fez aumentar o amor dos brasileiros à sua Mãe, que a reentronizaram com manifestações de fé e entusiasmo.
Como também o sacrílego pontapé que um pastor protestante desfechou numa imagem de Nossa Senhora Aparecida, em pleno programa televisivo, em 1995.
O ato abalou a Nação, mas não a devoção do seu povo, que só fez aumentar.
Torrentes de milagres: os ex-votos
Haja tempo, papel e tinta para relatar os inúmeros milagres e graças obtidos pela intercessão da Senhora Aparecida
Por exemplo, a menina de Jaboticabal, cega de nascença, que ao chegar diante da Capela de Aparecida, em 1874, passa a enxergar e diz: “Mamãe, que bonita igreja!”
Ou ainda uma senhora devota que foi curada de trombose em São Paulo, em 1984.
Mas quem quiser ler esses relatos, vá até o Salão das Promessas e confira os milhares de ex-votos, ou seja, objetos que exprimem gratidão pelos milagres acontecidos.
Ali poderá ver um par de muletas, inúteis agora ao antigo usuário; a escultura de um braço miraculado; a peça de carro do acidente fatal que não matou; o desenho de uma máquina quase assassina.
Conclusão
São João Paulo II chamou Aparecida de “Capital Nacional da Fé” e, de fato, temos fé e confiança de que Nossa Senhora Aparecida continuará protegendo a todos os brasilieros.
Não importa quais sejam quais forem os problemas pessoais ou de outro gênero que tenhamos que enfrentar. Maria estará pronta a ouvir seus filhos.
Por isso, queremos que todos conheçam as orações à Padroeira do Brasil reunidas neste livreto e sintam-se amados por Nossa mãezinha.
Mas a Associação Nossa Senhora das Graças quer que você participe e colabore com esta ação missionária. Como? Aqui você pode fazer parte desta obra.
“
Oração
Ó Senhora da Conceição Aparecida, que fizestes tantos milagres que comprovam Vossa poderosa intercessão junto ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, obtende para nossas famílias as graças de que tanto necessitam.
Defendei-nos da violência, das doenças, do desemprego, e sobretudo do pecado, que nos afasta de Vós. Protegei nossos filhos de tantos fatores de deformação da juventude.
E concedei a todos os membros de nossas famílias a graça de poderem trilhar o caminho de perfeição e de paz ensinado por Vosso Divino Filho, que afirmou: “Disse-vos estas coisas para que tenhais paz em Mim. Haveis de ter aflições no mundo; mas tende confiança, Eu venci o mundo!” Amém.”
2022
São Gregório Magno e o Canto Gregoriano
São Gregório Magno e o Canto Gregoriano
Prefeito de Roma, Monge…
O Papa Emérito Bento XVI, durante o Angelus de 3 de setembro de 2006 contou aos presentres a bela história de São Gregório Magno e o canto gregoriano. Dizia ele na ocasião.
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O calendário romano recorda hoje, 3 de Setembro, São Gregório Magno, Papa e Doutor da Igreja (ca. 540-604). (…) Ele foi primeiro Prefeito e, depois, Bispo de Roma. Como funcionário imperial distinguiu-se pela capacidade administrativa e pela integridade moral, a ponto que, com apenas 30 anos, desempenhou o mais alto cargo civil de Praefectus Urbis. Mas, dentro dele maturava a vocação para a vida monástica, que abraçou em 574, quando seu pai faleceu. A Regra beneditina tornou-se a partir de então a estrutura-guia da sua existência. Também quando foi enviado pelo Papa como seu representante junto do Imperador do Oriente, em Constantinopla, manteve um estilo de vida monástico, simples e pobre.
…e Papa.
Tendo sido chamado de novo para Roma, mesmo vivendo no mosteiro foi estreito colaborador do Papa Pelágio II e, com a morte deste, vítima de uma epidemia de peste, Gregório foi aclamado por todos como seu sucessor. Procurou de todas as formas evitar aquela nomeação, mas no final teve que se render e, deixando com tristeza o claustro, dedicou-se à comunidade, consciente de cumprir um dever e de ser um simples “servo dos servos de Deus”.
Com clarividência profética, Gregório intuiu que surgia uma nova civilização do encontro entre herança romana e os chamados povos “bárbaros”, graças à capacidade de unificação e de elevação moral do Cristianismo. O monaquismo revelava-se uma riqueza não só para a Igreja, mas para toda a sociedade.
Sendo de saúde delicada mas forte no temperamento moral, São Gregório Magno desempenhou uma intensa ação pastoral e civil. Deixou um vasto epistolário, homilias admiráveis, um célebre comentário ao Livro de Job e os escritos sobre a vida de São Bento, bem como numerosos textos litúrgicos, famosos pela reforma do Canto, que devido ao seu nome foi chamado “gregoriano”.
Canto Gregoriano
O canto gregoriano é o canto oficial da Igreja Católica, o canto próprio de sua liturgia. Herdado de uma antiquíssima tradição, este conjunto de músicas foi chamado “tesouro de inestimável valor” pelo Concílio Vaticano II.
Sua história é complexa pois suas origens e desenvolvimento se perdem nas areias do tempo. Sabemos que tem em suas raízes o antigo canto da sinagoga e outros hinos gregos. No Ocidente, durante o século III e IV, um canto muito simples foi a base das primeiras liturgias cristãs. Cada região começou a desenvolver estes cânticos, cada um de acordo com o sopro do Espírito Santo. Assim nasceram os cantos romanos, milaneses ou ambrosianos, hispanos e galicanos. E, somente com São Gregório Magno são reunidos e unificados.
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Recentemente em um artigo para o ‘The Catholic Herald’, o redator Joseph Shaw afirmou que a valorização do canto litúrgico é um poderoso atrativo para o sagrado. “O Canto Gregoriano nos identifica com a liturgia Católica e ao mesmo tempo com algo cujo valor cultural e artístico exerce uma poderosa atração”.
Segundo Shaw o canto gregoriano atrai a músicos, medievalistas, fiéis e curiosos. Para ilustrar sua afirmação, o redator recordou de como, durante uma Missa na Universidade de Oxford, uma mulher se converteu ao ouvir os hinos cantados em latim pelo coro do templo. Para um meio de comunicação local, a mulher relatou que sentiu como se escutasse os anjos cantando. Qualificou sua experiência como excepcional, lhe dando uma noção de que algo belo e sagrado acontecia nesse lugar.
Paz em meio ao desespero
Dra. Jennifer Donelson, organizadora de um congresso sobre música sacra levado a cabo na cidade de Nova York em março de 2017 em entrevista ao “Catholic World Report” destacou o benefício da música gregoriana para cada indivíduo diante de uma sociedade imersa no caos e na confusão. “Quando o conflito e o desespero nos rodeiam, a bela música que reflete o Evangelho é um verdadeiro consolo, inclusive para as pessoas que não são católicas. A gente escuta algo no canto gregoriano que é belo e que nos ajuda a transcender em nossas vidas cotidianas e escutar os ecos da voz de Deus em nossos corações”.
Fonte: http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/angelus/2006/documents/hf_ben-xvi_ang_20060903.html
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2022
São Pio X
São Pio X
No dia 21 de agosto de 1914 morria São Pio X. Cem anos se passaram, mas, em todo o mundo a Igreja o reverencia celebrando sua memória litúrgica.
A evangelização, a catequese, estiveram muito presente em seu pontificado. Porque basta recordar que foi ele quem publicou e fez difundir por toda a Igreja o Catecismo que, ademais, leva seu nome: Catecismo de São Pio X.
Mas, a divulgação da doutrina católica através da difusão do Catecismo não foi a única ação que deixou marcas na história da Igreja.
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Papa da Eucaristia
São Pio X promoveu reformas pastorais quanto à participação dos fiéis no culto. Entre elas está a promoção do culto eucarístico.
No começo do Século XX, ele via no Sacramento da Eucaristia um modo para que os fiéis se aproximarem mais de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Antes dele, a comunhão sacramental era uma prática pouco comum, raramente realizada. Foi São Pio X quem promoveu a devoção da comunhão frequente, bem como reduzir a idade mínima para poder receber a Eucaristia.
Isso facilitou assim a prática precoce da comunhão para as crianças: A partir dos sete anos já se poderia comungar.
Por certo, o fato de ter uma ação tão “pastoral” em seu pontificado é fruto de sua anterior atuação como sacerdote. A pastoral, o contato direto com os fiéis, a evangelização eram desejos constantes em sua alma.
São Pio X foi o único Papa dos tempos modernos que exerceu intensamente, por muitos anos, seu munus sacerdotal. Ele foi capelão e pároco em pequenas paróquias rurais.
Tendo então chegado à Cátedra de Pedro, ele espalhou pelo mundo sua experiência sacerdotal.
Biografia
Giuseppe Melchiorre Sarto nasceu em Riese, na Província italiana de Treviso, de uma família modesta. Era o segundo dos dez filhos de Giovanni Battista Sarto e de Margherita Sanson. Foi ordenado aos 23 anos, em 1858. Estudou direito canónico e a obra de São Tomás de Aquino.
Como sacerdote, iniciou seu serviço para a Igreja como capelão em Tombolo, ao passo que começou a correr sua fama de ser um inspirado pregador. Dedicava-se muito ao trabalho. Por exemplo, quando ainda moço, dormia somente 4 horas por noite e julgava que isso lhe era suficiente.
Em 10 de Novembro de 1884 foi elevado a Bispo de Mântua. Em 1896, a Patriarca de Veneza e, por fim, eleito Papa em 4 de Agosto de 1903 com 55 dos 60 votos possíveis no conclave.
Todavia, esta curiosidade da vida de São Pio X foi deixada de lado com o surgimento de cargos que lhe absorviam cada vez mais: pároco em Salzano, os trabalhos no seminário e na cúria de Treviso, os encargos do episcopado e do patriarcado veneziano e o encargo maior que ele teve: dirigir a Barca de Pedro. Quando, em certa ocasião, considerou-se tão isolado que um dia lembrando o Profeta Isaías suspirou: “De gentibus non est vir mecum!”. O que, numa tradução livre poderia caracterizá-lo inteiramente: “Estou sozinho!”.
O Papa
Foi o primeiro Pontífice eleito no século passado. A história de São Pio X conta também com características do tempo em que viveu. Ele foi o último pontífice a ser eleito por causa do chamado “veto laical”.
No conclave de agosto de 1903 era considerado também papável o Cardeal Rampolla, Secretário de Estado. Por causa de seus relacionamentos, sua eleição foi vetada pelo Cardeal Puzyna, Arcebispo de Cracóvia, em nome do imperador austro-húngaro. Assim, o Cardeal Giuseppe Sarto, Patriarca de Veneza, foi escolhido Papa e adotou o nome de Pio X.
O seu lema era “Renovar todas as coisas em Cristo”, expresso na sua encíclica “Ad Diem Illum”.
De fato foi um defensor intransigente da ortodoxia doutrinária e governou a Igreja Católica com mão firme numa época em que enfrentava um laicismo forte.
Sobretudo das diversas tendências do modernismo que ele considerava como síntese de todas as heresias nos campos dos estudos bíblicos e da teologia.
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São Pio X introduziu reformas na liturgia e codificou a Doutrina da Igreja Católica. Facilitou a participação dos fiéis na Eucaristia. Como um Papa pastoral, encorajou assim modos de vida que refletissem os valores cristãos.
Ele foi o grande incentivador da prática da comunhão eucarística frequente e permitiu o acesso precoce das crianças à Eucaristia, quando da chegada à chamada idade da razão.
Foi um promotor incansável do estudo do canto gregoriano e do catecismo. Criou a Pontifícia Comissão Bíblica e colocou as bases do Código de Direito Canônico, a saber, promulgado em 1917 após a sua morte. Publicou 16 encíclicas.
A lápide
Na lápide do seu túmulo na Basílica de São Pedro no Vaticano, lê-se: A sua tiara era formada por três coroas: pobreza, humildade e bondade.
Enfim, foi beatificado em 1951 e canonizado em 3 de Setembro de 1954 pelo Papa Pio XII. É considerado um dos maiores Papas da Igreja.
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2022
Santa Escolástica – um santo exemplo de irmã gêmea
Santa Escolástica – um santo exemplo de irmã gêmea
Santa Escolástica, alma inocente e cheia de amor a Deus, de quem pouco se conhece, era irmã gêmea do grande São Bento, pai do monacato ocidental, a quem amou com todo o seu coração.
Nasceram Escolástica e Bento em Núrsia, na Úmbria, região da Itália situada ao pé dos montes Apeninos, no ano 480. Como seu irmão, teve ela uma educação primorosa. Modelo de donzela cristã, Escolástica era piedosa, virtuosa, cultivava a oração e era inimiga das vaidades.
Com a morte dos pais, Escolástica vivia mais recolhida no retiro de sua casa. Quando se inteirou que seu irmão deixara o deserto de Subiaco e fundara o célebre mosteiro de Monte Cassino, decidiu ela professar a mesma perfeição evangélica, distribuindo todos os seus haveres aos pobres e partindo com uma criada em busca do irmão.
Encontrando-o, explicou-lhe suas intenções de passar o resto da vida numa solidão como a dele e suplicou-lhe que fosse seu pai espiritual, prescrevendo-lhe as regras que deveria seguir para o aperfeiçoamento de sua alma. São Bento, já conhecendo a vocação da irmã, aceitou-a e mandou construir para ela e a criada uma cela não muito longe do mosteiro, dando-lhe basicamente a mesma regra de seus monges.
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O relato de um Papa Santo guardou para a história a vida de Santa Escolástica
A fama de santidade desta nova eremita foi crescendo e, pouco a pouco, se juntaram a ela muitas outras jovens que se sentiam chamadas para a vida monástica. Colocando-se todas sob a sua direção, juntamente com a de São Bento, formando assim uma nova Ordem feminina, mais tarde conhecida como das Beneditinas, que chegou a ter 14.000 conventos espalhados por todo o Ocidente.
A cada ano, alguns dias antes da Quaresma, encontravam-se Bento e Escolástica a meio caminho entre os dois conventos, numa casinha que ali havia para este fim. Passavam o dia em colóquios espirituais, para então tornarem a ver-se no ano seguinte. Um dos capítulos do livro “Diálogos”, de São Gregório Magno, ajudou a salvar do esquecimento o nome desta grande santa que tem lugar de predileção entre as virgens consagradas. O grande Papa santo narra com simplicidade o último encontro de São Bento e Santa Escolástica, em que a inocência e o amor venceram a própria razão.
O último encontro destes 2 irmãos gêmeos santos
Era a primeira quinta-feira da Quaresma de 547. São Bento foi estar com sua irmã na casinha de costume. Passaram todo o dia falando de Deus. Ao entardecer, levantou-se São Bento decidido a regressar a seu mosteiro, para voltar apenas no próximo ano. Mas, pressentindo que sua morte viria logo, Santa Escolástica pediu ao irmão que passassem ali a noite e não interrompessem tão abençoado convívio. Ao que o irmão respondeu:
– Que dizes? Não sabes que não posso passar a noite fora da clausura do convento?
Escolástica nada disse. Apenas abaixou a cabeça e, na inocência de seu coração, pediu a Deus que lhe concedesse a graça de estar um pouco mais com seu irmão e pai espiritual, a quem tanto amava. No mesmo instante o céu se toldou. Raios e trovões encheram o firmamento de luz e estrondos. A chuva começou a cair torrencialmente. Era impossível subir assim o Monte Cassino naquelas condições. Escolástica apenas perguntou a seu irmão:
– Então, não vais sair? São Bento, percebendo o que se havia passado, perguntou-lhe:
– Que fizeste, minha irmã? Deus te perdoe por isso…
– Eu te pedi e não quiseste me atender. Pedi a Deus e Ele me ouviu – respondeu a cândida virgem.
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Passaram então aquela noite em santo convívio, podendo o santo fundador regressar ao seu mosteiro apenas no outro dia pela manhã. De fato, confirmou-se o pressentimento de Escolástica. Entregou sua alma ao Criador três dias depois deste belo fato. São Bento viu, da janela de sua cela, a alma de Escolástica subir ao céu sob a forma de uma branca pomba, símbolo da inocência que ela sempre teve. Levou o corpo para seu mosteiro e aí o enterrou no túmulo que havia preparado para si próprio. Enfim, alguns meses mais tarde também faleceu São Bento. Ficaram assim unidos na morte aqueles dois irmãos que na vida terrena se haviam unido pela vocação.
Logo após a morte de São Bento muitos milagres e graças começaram sendo alcançadas por intercessão destes 2 grande santos que são irmãos gêmeos e também por meio da Medalha Exorcística de São Bento.
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O último encontro destes 2 irmãos gêmeos santos
Comentando este fato da vida dos dois grandes santos, São Gregório diz que o procedimento de Santa Escolástica foi correto. Deus quis assim mostrar a força de alma de uma inocente, que colocou o amor a Ele acima até da própria razão ou regra. Conforme São João, “Deus é amor” (I Jo 4, 7) e não é de admirar que Santa Escolástica tenha sido mais poderosa que seu irmão, na força de sua oração cheia de amor. “Pôde mais quem amou mais”, ensina São Gregório. Aqui o amor venceu a razão, nesta singular contenda.
Peçamos, acima de tudo, a Santa Escolástica a graça da restauração de nossa inocência batismal. Que cresça o amor a Deus em nossa alma e possamos ter sua força espiritual para dizer com toda propriedade as palavras de São Paulo: “Tudo posso naquele que me conforta” (Fl 4, 13).
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2021
Exame de consciência
Exame de consciência
Exame de Consciência. A Confissão foi instituída por Jesus, mas posso me confessar direto com Deus? O Sacramento da Confissão, como todos os sete sacramentos, foi instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo e é de Sua Paixão que provém sua eficácia.
Após a Ressurreição, Cristo enviou os Apóstolos para que “em seu nome, pregassem a todas as nações a conversão para o perdão dos pecados” (Lc 24, 47). Ele transmitiu aos Apóstolos o poder de perdoar os pecados quando disse: “Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Jo 20, 23).
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Portanto aqueles que dizem: “Eu confesso com Deus, não preciso me confessar com o padre!”, não sabe o que é confissão e têm pouco conhecimento da Bíblia. O modo como Deus perdoa não é escolhido por nós, mas por Deus! Temos que confessar como Deus quer e não como nós queríamos que fosse!
Afinal, como fazer uma boa confissão?
Veja como é fácil se confessar! São apenas cinco os pontos necessários para fazer uma boa confissão:
- Exame de consciência
- Contrição
- Propósito de emenda
- Confissão
- Cumprir a penitência
Vamos explicar um por um destes pontos com mais profundidade.
- Exame de consciência – Consiste numa análise da consciência para recordar as próprias faltas. É recomendável colocar-se na presença de Deus e fazer uma oração preparatória antes do exame de consciência. Existem listas que nos ajudam a recordar os pecados, são muito aconselháveis sobretudo para quem não tem o hábito da confissão frequente.
- Contrição – Consiste no arrependimento e na dor de ter ofendido a Deus, que é sumamente bom e digno de ser amado.
Boa prática é pedir a Deus a graça de um arrependimento perfeito. Quem não está suficientemente arrependido pode ter a certeza de que está desregradamente apegado a alguma criatura, o que torna o arrependimento mais difícil. Implore o auxílio de Deus para ter força para se desapegar.
A graça sacramental que o penitente recebe com a Confissão é proporcional ao seu arrependimento.
- Propósito de emenda – ou seja, propósito de não pecar mais e de afastar as ocasiões de pecado.
Não receberia o perdão validamente um assassino que confessa ter matado, mas diz que pretende matar outro tão logo saia da confissão… Ou alguém que voluntariamente vive em constante situação de ocasião de pecado e não está disposto a corrigir esta situação (via de regra, o correto seria corrigir antes mesmo de se confessar).
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O propósito de não pecar mais não é a certeza de que nunca mais pecará (o que ninguém pode ter), mas a decisão firme e robusta de se esforçar e utilizar todos os meios para não ofender mais a Deus.
- Confissão – Consiste no ato de dizer os pecados ao confessor, sem esconder nenhum pecado mortal cometido depois do Batismo e ainda não confessado.
Diz São Jerônimo: “Se o doente tem vergonha de descobrir a sua ferida ao médico, a medicina não pode curar o que ignora”
- Cumprir a penitência – É um ato imposto pelo confessor ao penitente, relativamente proporcional aos pecados confessados.
Geralmente trata-se de uma oração (recitação de um salmo ou outro trecho da Sagrada Escritura; meditação; Pai-Nosso; Ave-Maria; um Terço; um Rosário; etc.) um ato de misericórdia (esmola; visita ao hospital; etc.), ou outro tipo de penitência como jejum, peregrinação, etc.
Antes de cumprir a penitência o pecador que estava em pecado mortal já pode voltar a comungar, pois o pecado já foi perdoado.
Exame de Consciência
QUESTIONÁRIO
SOBRE A CONFISSÃO ANTERIOR
- Quando foi minha última Confissão?
- Esqueci, escondi ou disfarcei alguma falta grave?
- Deixei de cumprir a penitência imposta pelo sacerdote?
SOBRE OS MANDAMENTOS DE DEUS
1.Primeiro mandamento: amarás a Deus sobre todas as coisas
1.1. Deliberadamente neguei, duvidei ou falei contra alguma verdade de nossa Fé?
1.2. Fui para feiticeiro, participei em sessão espírita, bruxaria, macumba ou em ato de culto não católico (evangélico, etc.), ou fui supersticioso (fui para adivinho, consultei horóscopo, etc)?
1.3. Deixei de estudar a doutrina católica? Por muito tempo?
1.4. Cedi ao desânimo na luta para praticar a virtude devido às tentações do demônio, a dificuldade da virtude, etc.? Foi deliberadamente ou por negligência?
1.5. Pequei porque depois podia me confessar?
1.6. Murmurei contra Deus nas dificuldades (doenças, estudos, etc.)?
1.7. Omiti algum dever ou a prática de alguma virtude (fé, fortaleza, etc.) ou oração por medo da opinião dos outros?
1.8. Deixei de rezar minhas orações diárias? Completamente? Quanto tempo? Por quê?
1.9. Propositadamente tive distrações na oração? Fui negligente na luta contra as distrações que vinha durante a oração?
1.10. Comunguei tendo a certeza de que estava em pecado mortal?
2.Segundo mandamento: não invocar o Santo Nome de Deus em vão.
2.1. Pronunciei o nome de Deus, de Nossa Senhora ou dos santos por leviandade?
2.2. Falei sem o respeito devido acerca de Deus, da Virgem Maria, dos santos e das coisas ou pessoas sagradas?
2.3. Pedi a Deus ou a algum santo que castigasse alguém? Por quê?
2.4. Blasfemei?
2.5. Jurei falso ou à toa?
2.6. Deixei de cumprir uma promessa feita a Deus?
3.Terceiro mandamento: Santificar os Domingos e as Festas de Guarda
3.1. Deixei de participar da Missa nos domingos ou nas festas de guarda? Foi por culpa própria?
3.2. Cheguei atrasado à Missa ou saí antes do fim da Missa nos domingos ou nas festas de guarda? Foi de propósito, por relaxamento, ou por outro motivo?
3.3. Propositadamente, me distrai ou me comportei mal (estive conversando, etc.) durante a Missa? A missa era de domingo ou de festa de guarda?
3.4. De propósito, comi carne nos dias proibidos pela Igreja, ou não guardei o jejum prescrito pela Igreja?
4.Quarto mandamento: Honrar Pai e Mãe.
4.1. Desrespeitei (zombei, “tiver ares de pouco caso”, etc.) meus pais?
4.2. Discuti com eles? Respondi a meus pais com soberba e arrogância?
4.3. Desobedeci aos meus pais? Em coisas importantes?
4.4. Desejei algum mal para os meus pais? Qual?
4.5. Em relação aos meus irmãos: Briguei ou bati neles? Discuti com eles? Dei-lhe mau exemplo? Qual?
5.Quinto mandamento: Não matar
5.1. Bati ou briguei com alguém?
5.2. Discuti com alguém? “Disse as verdades na cara”, insultei ou zombei de alguém? Disse palavrão?
5.3. Fui impaciente ou me encolerizei?
5.4. Alimentei sentimentos de ressentimento, raiva ou ódio contra alguém? Que fiz quando percebi que isto era pecaminoso?
5.5. Alimentei desejos de vingança? Que fiz quando percebi que isto era pecaminoso?
5.6. Recusei-me perdoar a alguém que me pediu perdão?
5.7. Recusei-me falar com alguém, ou a ajudá-lo, por ressentimento, raiva ou ódio?
5.8. Comi ou bebi demais? Dormi muito pouco, ocasionando mal à minha saúde?
5.9. Ajudei alguém a pecar? Induzi alguém a pecar? De que modo, por conselhos, exemplos, maus programas de TV, etc.?
5.10. Maltratei animais por gosto, por ira ou para me distrair?
6.Sexto e Nono mandamentos: Não cometer adultério e Guardar Castidade nos Pensamentos e Desejos
6.1. Pensei ou imaginei coisas desonestas? Foi de propósito ou por falta de vigilância? Foi com má intenção ou por curiosidade? Que fiz quando percebi que isto era pecaminoso, os rejeitei ou os aceitei?
6.2. Desejei fazer, ver, ouvir, etc. coisas desonestas? Foi de propósito ou por falta de vigilância? Foi com má intenção ou por curiosidade? Que fiz quando percebi que isto era pecaminoso, rejeitei esses desejos ou os aceitei?
6.3. Olhei para imagens desonestas ou para pessoas vestidas desonestamente? Foi de propósito ou por falta de vigilância? Foi com má intenção, por curiosidade ou por necessidade? Que fiz quando percebi que isto era pecaminoso, deixei de olhar ou continuei olhando?
6.4. Assisti a algum filme desonesto? Foi de propósito ou por falta de vigilância? Foi com má intenção ou por curiosidade? Que fiz quando percebi que isto era pecaminoso, deixei de olhar ou continuei olhando?
6.5. Conversei ou prestei atenção em conversas sobre coisas desonestas? Foi de propósito ou por falta de vigilância? Foi com má intenção ou por curiosidade? Que fiz quando percebi que isto era pecaminoso, deixei prestar atenção na conversa ou continuei conversando?
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6.6. Li sobre coisas desonestas? Foi de propósito ou por falta de vigilância? Foi com má intenção ou por curiosidade? Que fiz quando percebi que isto era pecaminoso, deixei de ler ou continuei lendo?
6.7. Cantei ou prestei atenção em canções desonestas? Foi de propósito ou por falta de vigilância? Foi com má intenção ou por curiosidade? Que fiz quando percebi que isto era pecaminoso, continuei cantando ou prestando atenção, ou deixei de fazê-lo?
6.8. De propósito, pratiquei atos impuros? Só ou com outros? Eram pessoas casadas?
6.9. Fui negligente na luta contra as tentações contra estes mandamentos?
6.10. Fugi ou evitei as ocasiões nas quais tenho mais probabilidade de pecar que de não pecar contra a castidade? Frequentei divertimentos perigosos? Fugi ou evitei as más companhias?
7.Sétimo e décimo mandamentos: Não Roubar e Não Cobiçar as Coisas Alheias.
7.1. Roubei? O que, ou quanto? Devolvi?
7.2. Causei dano aos bens do próximo? O dano foi grave?
7.3. Desejei roubar?
7.4. Fiquei com objetos encontrados sem procurar o dono?
7.5. Aceitei ou comprei coisas que sabia serem roubadas?
7.6. Alimentei sentimentos de inveja em relação a alguém? Que fiz quando percebi que isto era pecaminoso?
7.7. Fui generoso com meus bens materiais ou tive muito apego a eles?
8.Oitavo mandamento: Não levantar falso testemunho
8.1. Menti? Prejudiquei alguém com a mentira?
8.2. Critiquei os outros? Era necessário?
8.3. Sem necessidade, contei para alguém as faltas ou defeitos secretos do próximo?
8.4. Exagerei, ou falsamente atribui a alguém faltas ou defeitos que ele não tem?
8.5. Mediante mexericos, criei inimizade ou desavenças entre pessoas?
8.6. Sem motivo plausível, suspeitei ou julguei mal do próximo? Era sobre uma matéria grave?
SOBRE OS PECADOS CAPITAIS
(os que não foram contemplados no exame sobre os 10 mandamentos)
1.Orgulho
1.1. Desprezei os outros?
1.2. Fui arrogante ou duro com os outros?
1.3. Sempre quero ter razão e não dou ouvido às razões dos outros?
1.4. Fiquei ofendido por pouca coisa ou me deixei dominar pelo mau humor?
1.5. Demorei-me em pensamentos de complacência comigo mesmo?
1.6. Fui vaidoso? Olhei-me muito no espelho?
1.7. Preocupei-me muito com a opinião dos outros?
2.Preguiça
2.1. Tenho ficado algum tempo sem fazer nada?
2.2. Tenho dormido demais, ou ficado na cama acordado? Acordei muito tarde?
2.3. Tenho cumprido todas as minhas obrigações? Cumpri-as com diligência ou “arrastando os pés”?
2.4. Em relação à escola: Deixei de estudar e fazer as tarefas de casa? Por preguiça?
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2021
São Gregório Magno
São Gregório Magno
Nascido em 540, na família Anícia, de tradição na Corte romana, muito rica, influente e poderosa, Gregório registrou de maneira indelével sua passagem na história da Igreja, deixando importantíssimas realizações, como, por exemplo, a instituição da observância do celibato, a introdução do Pai-nosso na missa e o famoso “canto gregoriano”. Foi muito amado pelo povo simples, por causa de sua extrema humildade, caridade e piedade.
Vocação
Sua vocação surgiu na tenra infância, sendo educado num ambiente muito religioso – sua mãe, Sílvia, e duas de suas tias paternas, Tarsila e Emiliana, tornaram-se santas.
As três mulheres foram as responsáveis, também, por sua formação cultural. Quando seu pai, Jordão, morreu, Gregório era muito jovem, mas já havia ingressado na vida pública, sendo o prefeito de Roma.
Nessa época, buscava refúgio na capital um grupo de monges beneditinos, cujo convento, em Monte Cassino, fora atacado pelos invasores longobardos. Gregório, então, deu-lhes um palácio na colina do Célio, onde fundaram um convento dedicado a Santo André.
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Esse contato constante com eles fez explodir de vez sua vocação monástica. Assim, renunciou a tudo e foi para o convento onde vestiu o hábito beneditino. Mais tarde, declararia que seu tempo de monge foram os melhores anos de sua vida.
Como sua sabedoria não poderia ficar restrita apenas a um convento, o Papa Pelágio nomeou-o para uma importante missão em Constantinopla. Nesse período, Gregório escreveu grande parte de sua obra literária. Chamado de volta a Roma, foi eleito abade do Convento de Santo André e, nessa função, ganhou fama por sua caridade e dedicação ao próximo.
A Peste de 589
No outono de 589 chuvas torrenciais abateram-se sobre a Itália. Os campos ficaram alagados, perderam-se as colheitas e quase todos os rios transbordaram, destruindo pontes e inundando muitas vilas e cidades.
Em Roma, o rio Tibre tornou-se uma torrente impetuosa. Saindo de seu leito e atingindo um nível jamais visto, as águas devastaram a cidade e submergiram no lodo seus bairros menos elevados.
O inverno e o novo ano chegaram, e a chuva não cessava de cair. A catástrofe atingiu então proporções apocalípticas: à destruição e à fome acrescentou-se uma epidemia de peste bubônica que se alastrou rapidamente, dizimando a população.
Roma agonizava, e muitos se perguntavam se não haveria chegado já o fim do mundo. No auge do drama, atingido pela peste em seu palácio de Latrão, faleceu o Papa Pelágio II.
O Papa monge
Assim, após a morte do Papa Pelágio, Gregório foi eleito seu sucessor. Porém, de constituição física pequena e já que desde o nascimento nunca teve boa saúde, relutou em aceitar o cargo. Chegou a escrever uma carta ao imperador, pedindo que o liberasse da função. Só que a carta nunca foi remetida pelos seus confrades e ele acabou tendo de assumir, um ano depois, sendo consagrado em 3 de setembro de 590.
O fim da peste
São Gregório organizou uma enorme procissão ao redor da cidade, convidando toda população e todo o clero a rezar a Deus pelo fim da peste. Levavam o belo quadro de Nossa Senhora Salus Populi Romani (Nossa Senhora Salvação do Povo Romano), padroeira de Roma, atualmente venerada na Basílica de Santa Maria a Maior e pintada pelo evangelista São Lucas.
A Legenda Áurea narra que, por onde a imagem da Virgem Maria, passava, o ar tornava-se limpo e livre da doença.
“A peste ainda assolava Roma e Gregório ordenou que a procissão continuasse realizando o percurso pela cidade, como todos os participantes cantando ladainhas. A procissão levava uma imagem da Virgem Maria. E foi aí que a sujeira do ar sucumbiu à imagem, como se dela fugisse, incapaz de suportar sua presença, ao passo que a imagem proporcionava uma maravilhosa serenidade e pureza do ar. Também se diz, ao redor da imagem, ouviam-se vozes dos anjos cantando: Regina coeli laetare, alleluia,Quia quem meruisti portare, alleluia,Resurrexit sicut dixit, alleluia! (Rainha dos céus, alegrai-vos. Aleluia! Porque Aquele que merecestes trazer em vosso seio. Aleluia! Ressuscitou como disse. Aleluia!) Ao qual Gregório adicionava com prontidão: Ora pro nobis, Deum rogamus, alleluia! (Rogai por nós a Deus. Aleluia!)
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A procissão seguiu seu trajeto até parar diante do mausoléu do imperador Adriano, onde São Gregório Magno presenciou uma visão: Então o Papa viu um anjo do Senhor no alto de um castelo de Crescêncio, limpando uma espada ensanguentada e embainhando-a. Gregório entendeu que aquilo colocaria fim à peste, como, de fato, aconteceu. Desde então, o castelo passou a se chamar Castelo de Sant’Ângelo
Com o tempo, uma imagem de São Miguel Arcanjo limpando sua espada foi colocada no alto do Castelo de Sant’Ângelo, que continua sendo uma recordatório constante da misericórdia de Deus e de como Ele respondeu às súplicas do povo.
Pontificado
Os quatorze anos de seu pontificado passaram para a história da Igreja como um período singular. Papa Gregório levou uma vida de monge, dispensou todos os leigos que serviam no palácio, exercendo um apostolado de muito trabalho, disciplina, moralidade e respeito às tradições da doutrina cristã.
No comando da Igreja, orientou a conversão dos ingleses, protegeu os judeus da Itália contra a perseguição dos hereges e tomou todas as atitudes necessárias para que o cristianismo fosse respeitado por sua piedade, prudência e magnanimidade.
Morreu em 604, sendo sepultado na basílica de São Pedro. Os registros mostram que, durante o seu funeral, o povo já aclamava santo, honrado com o título de doutor da Igreja. Sua festa ocorre no dia em que foi consagrado Papa.
São Gregório durante sua vida teve um único e ardente desejo, servir incondicionalmente, como simples escravo, a Jesus Cristo, o Rei Eterno. Por isso, enquanto do alto da Cátedra de Pedro regia os destinos do mundo, não quis receber outro título senão o de servus servorum Dei – servo dos servos de Deus.
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2021
Madre Paulina
Madre Paulina, a primeira Santa brasileira!
Madre Paulina brasileira?
Sim. Aqui ela é considerada brasileira. Na verdade, ela nasceu na Itália mas, vivendo quase 70 anos no Brasil, compreendeu as características da alma do povo brasileiro como poucos.
Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus, nasceu em Vígolo Vattaro, Trento, na Itália, aos 16 de dezembro de 1865. Era a segunda filha de Antônio Napoleone Visintainer e Anna Domênica Pianezzer.
Logo no dia seguinte de seu nascimento, ela foi batizada com um nome cuja sonoridade lembra algo que tem em si uma luz afável e bondosa: Amabile Lúcia
Pobre, imigrante e órfã: “toda de Jesus”
Amabile era de uma família pobre e precisou trabalhar para ajudar no sustento da casa. Com apenas 8 anos, ela já trabalhava numa fábrica de tecidos, em Trento. Ali mesmo a generosidade de sua alma começou a desabrochar: em seu trabalho repartia com as companheiras mais pobres o lanche que trazia de casa.
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Ainda não tinha 10 anos quando sua família veio para o Brasil fugindo da pobreza e das dificuldades tremendas pelas quais passava o povo italiano. Pouco tempo depois da chegada, em 1887, com 12 anos, ela recebeu a primeira comunhão. Foi nessa ocasião que ela pode dizer a Deus, presente em sua alma, um desejo sincero que há tempo acalentava em seu coração: “Quero ser toda de Jesus”, disse a Cristo Sacramentado.
Apesar das ocupações e trabalhos, desde pequena ajudou na Paróquia de Nova Trento, especialmente na Capela de São Jorge, em Vígolo. Liderou um grupo de jovens na compra da imagem de Nossa Senhora de Lourdes que até hoje se conserva.
Dos 15 aos 25 anos, juntamente com uma grande amiga, Virgínia Nicolodi, a pedido do pároco, Pe. Augusto Servanzi, SJ, ela dedicou-se a uma missão: catequizar as crianças da comunidade, dar assistência aos enfermos e cuidar da Capela.
Quando sua mãe faleceu, em 1887, Amábile estava com 22 anos e teve que assumir todas as tarefas de dona de casa, até que seu pai contraísse um novo casamento.
Os Convites de Nossa Senhora: sonhos ou visões?
Nos anos de 1888 a 1890, em três noites consecutivas, Nossa Senhora de Lourdes lhe aparece em sonho e lhe faz um pedido: “É meu ardente desejo que comeces uma obra…”
Amabile pergunta então à Virgem: “Mas como fazer, minha Mãe? Sem meios, …tão miserável?”
Posteriormente, em outro sonho, Nossa Senhora lhe pergunta: “O que decidistes, minha filha?” Após, enchendo-se de coragem e de humildade, Amabile responde: “Servir-vos, minha querida Mãe! Mas eu sou uma pobre criatura… No entanto, prometo esforçar-me o quanto puder.”
A Virgem encerra o diálogo acalentando a esperança de Amabile. Anima-a confirmando a vontade de Deus a respeito dela: “Dar-te-ei alguém que poderá te auxiliar. Mais tarde mostrar-te-ei as filhas que te quero confiar.”
A Cancerosa e a Ação do Espírito Santo
Certo dia chegou a sua pequena cidade uma senhora cancerosa necessitada de ajuda. Amabile e Virgínia foram indicadas pela comunidade para se ocuparem da doente.
Deixando a casa de seus pais, elas acolheram a enferma. Com carinho e dedicação, trataram a pobre doente. A ação do Espírito Santo se manifesta aqui, de modo especial, na vida e missão de Amabile inspirando-a a constituir, juntamente com suas jovens amigas, uma casa de acolhida que o povo logo batizou de “Hospitalzinho São Virgílio”.
Ela estava situada num velho casebre abandonado que lhes tinha sido oferecido para que pudessem cuidar da pobre senhora que o câncer consumia. A ação de Amabile não ficou só nesse atendimento. O “Hospitalzinho São Virgílio” foi destinado à atenção material e espiritual de doentes e desamparados que por ali aparecessem.
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Após a morte daquela primeira enferma, em 1891, juntou-se às duas amigas uma outra moça: Teresa Anna Maule. No “Hospitalzinho”, amando a Deus no serviço ao próximo, esse piedoso trio de jovens vivia como pessoas de vidas consagradas, embora nem tudo fosse só alegria e realizações na vida delas.
Justo nesse ano de 1891, Amabile passou por uma doença bastante grave. Para imitar mais a Jesus, ela experimentou ali também os sofrimentos. Era também o começo de sua paixão.
Depois de algum tempo no “Hospitalzinho”, em 1894, as três companheiras mudaram-se para a cidade de Nova Trento. Aproveitaram o terreno e a casa de madeira que dois benfeitores lhes haviam oferecido e ali passaram a viver. Na festa de São José, (19 de março) inauguraram oficialmente uma Capela dedicada a São Jorge.
Reconhecimento: a Providencia tinha pressa.
No dia 17 de agosto de 1895 foi escrita uma carta ao bispo Dom José de Camargo Barros, Bispo de Curitiba. As três amigas pediam ao Bispo a aprovação para elas de um estado oficial de vida religiosa, uma irmandade religiosa de vida consagrada, pela qual tanto rezavam e pediam a Deus.
A resposta de fato foi imediata: a 25 de agosto Dom José, constatando que o pedido estava de acordo com “os planos divinos”, concedeu aprovação diocesana para a criação e ereção da “Pia União da Imaculada Conceição”.
A 7 de dezembro de 1895, Amábile e suas companheiras pronunciaram os votos religiosos. Nessa ocasião foi que elas assumiram seus nomes religiosos Amábile tomou o nome de Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus.
Virgínia passou a chamar-se Irmã Matilde da Imaculada Conceição e Tereza, recebeu o nome de Irmã Inês de São José.
Acertos Jurídicos, Superiora Geral “ad vitam”
Em 1896, ano seguinte à oficialização da congregação, cinco noviças recebem o hábito religioso, Irmã Paulina, passou a ser tratada como Madre Paulina.
A congregação continuou crescendo: em 1900, ela já contava com 20 religiosas.
No mês de novembro de 1902 foi escrita a primeira carta circular a elas. O Padre Luiz Maria Rossi, SJ, era quem dirigia as Filhas da Imaculada Conceição e cuidou da organização jurídica da nova Congregação.
No dia 2 de fevereiro de 1903 ele promoveu a reunião das representantes da nova comunidade religiosa. Era o primeiro Capítulo da Congregação. Nele, a comunidade das Irmãs escolheu Madre Paulina como Superiora Geral. E a escolha foi “ad vitam”. Ou seja, ela estava sendo eleita como Superiora Geral da nova Congregação por toda a vida.
Foi no ano de 1903, no mês de julho, que Madre Paulina mudou-se para São Paulo e iniciou uma obra de assistência aos filhos de ex-escravos, localizada junto ao Santuário Sagrada Família, no bairro do Ipiranga. Era o Asilo da Sagrada Família.
Em 1905 ela deu início à fundação da Santa Casa da Misericórdia de Bragança Paulista. E, em 1909, as dirigidas de Madre Paulina passam a administrar, ainda em São Paulo, a Casa de Saúde Dr. Homem de Mello, localizada no Bairro das Perdizes.
Foi ainda nesse ano que Madre Paulina assumiu a direção da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos do Pinhal.
Deposição, a perseguição, o desterro.
No mês de agosto de 1909, pessoas estranhas, apoiadas por algumas religiosas e pela maior autoridade eclesiástica local, intrometeram-se nos assuntos internos da Congregação e conseguiram que, por decisão de um manipulado Capítulo Geral, Madre Paulina fosse deposta do cargo de Superiora Geral e substituída por uma nova superiora.
Tiraram tudo dela. Restou-lhe apenas o título de “Veneranda Madre Fundadora”. Além de tudo isso, ela ainda foi desterrada para Bragança Paulista.
Sua resposta foi: “quero ser a última de todas, contanto que a Congregação vá adiante”. Em julho de 1910 Madre Paulina foi transferida para o novo asilo São Vicente de Paulo, de Bragança Paulista.
Como simples súdita, lavou e consertou a roupa dos asilados, servindo-os carinhosamente em tudo.
Nesse mesmo ano de 1909 outro fato inesperado aconteceu em meio a essa borrasca toda: em 29 de agosto foi definido, de vez, o nome de das religiosas de Madre Paulina: “Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição”.
O reconhecimento, a justiça, o exemplo
Em 1918, Madre Paulina foi trazida de volta para Casa Geral em São Paulo, com pleno reconhecimento de suas virtudes. Ela passou a ser fundamental na ajuda da elaboração da História e do resgate do Carisma da Congregação.
Na Casa Geral de São Paulo pôde rejubilar-se com o Decreto de Louvor dado à Congregação pelo Papa Pio XI, em 1933. Ela era quem orientava e abençoava as Irmãs que partiam em missão para novas fundações.
“Seja feita a vontade de Deus”
A “via sacra” de Madre Paulina continuou com o agravamento de sua saúde: uma diabetes de há muito tempo vinha tirando-lhe a vida. Com o agravamento dessa doença, em 1938, ela perdeu um dedo da mão direita. Pouco dias depois, seu braço teve que ser inteiramente amputado.
Além das progressivas amputações, sua visão também foi piorando até chegar à cegueira total. Outros sofrimentos ainda viriam com o agravamento da moléstia. Ela respondia aos comentários feitos sobre sua saúde dizendo “Seja feita a vontade de Deus!”
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Madre Paulina faleceu no dia 09 de julho de 1942. Estava com 77 anos e tinha cumprido sua missão. Ela deixava a vida terrena para entrar na história e ingressar na Pátria Celeste.
Ela deixou assim o exemplo de toda sua existência que foi uma tradução prática do seu propósito fundamental: “Sou somente do meu Jesus, que tanto amo”, “Quero ser vossa para sempre, ó Senhor, a última das vossas filhas, que quer ser sempre a última, para estar mais próxima de Vós, meu caro Jesus”. Deixou, por fim, seu testamento que dizia: “Confiai sempre muito na Divina Providência; nunca, jamais, desanimeis, embora venham ventos contrários. Novamente vos digo, confiai em Deus e em Maria Imaculada; permanecei firmes e radiantes”. (JSG)
Fonte:
-Homilia do Santo Padre João Paulo II na cerimônia de Canonização de cinco santos no Domingo de Pentecostes – 19 de maio de 2002 –
– www.vatican.va/…/ns_lit_doc_20020519_paulina_po.html Paulina do Coração Agonizante de Jesus
– www.santuariosantapaulina.org.br/pt/santa_paulina/historia.php
– www.ciic.org.br – (Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição – São Paulo)
– www.frasesnaweb.com.br/autor/santa-paulina
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