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2022
São José no presépio
São José no presépio
Natal é o tempo das belas recordações. É o dia do mistério que faz palpitar até mesmo os corações mais indiferentes. É o dia que os católicos do mundo inteiro se ajoelham diante do presépio para adorar o Deus que de fato se fez homem.
A história nós conhecemos bem, mas não basta só conhecer os fatos, é preciso reviver todos para assim podermos sentir as bênçãos da mais bela de todas as noites, aquela, em que a Virgem deu à luz um Filho.
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A Virgem Mãe de Jesus
Era noite alta, José e Maria não encontraram abrigo nas casas de Belém. Pobres e desprezados, foram abrigar-se em uma gruta onde os pastores protegiam-se nas noites frias de inverno. A gruta está deserta, José amarrou seu jumentinho, e foi explorar o interior da gruta. Paredes nuas, rochosas, frias. No chão palha limpa, feno, e uma manjedoura.
É a mobília do palácio do Rei dos Reis, para quem o luxo dourado não passa de farrapos. José ficou pensativo, inquieto e, escondido de sua esposa chorou. Se fosse um abrigo para ele, o humilde José aquela gruta pareceria um palácio, todavia, tratava-se da sua doce esposa, a Virgem, que lhe foi confiada pelo próprio Deus.
Então, José entregou tudo nas mãos de Deus, começou a limpeza do ambiente, enquanto Maria sentou-se do lado de fora para comer alguma coisa, pois já era muito tarde. Quando tudo estava pronto, Maria sentiu que a hora estava chegando. Alguns santos afirmam que São José, sabendo que aquele mistério era grande demais para seus olhos, saiu da gruta e ficou aguardando. E o milagre se deu!
Era meia noite! Nossa Senhora inclina a cabeça sobre a manjedoura, onde chorava uma criancinha. Com efeito, quem a visse, ativa e preocupada, não teria ideia de ser ela mesma a mãe da criança. Mas, bastaria ver os cuidados e carinhos com os quais cercava o menino, que logo compreenderia, era Mãe!
Ela o tomou nos braços, envolveu em paninhos quentes, beijou e abraçou o fruto bendito de suas entranhas e o depositou nas palhas ásperas do presépio. A criança então adormeceu, embalada pela adoração de sua mãe.
E São José?
José, prostrado pela fadiga, adormeceu à entrada da gruta. Pé ante pé, e sem palavras, a Virgem Santa acordou o esposo e o levou até à manjedoura. Você pode então imaginar o que se passou com São José naquela hora?
Ele viu o menino adormecido e sua mãe Maria, cujo rosto parecia transfigurado e radiante em meio às trevas daquela noite. José ficou sem palavras, Maria não apresentava nem fadiga, nem dor. Grossas lágrimas desceram pela face, José caiu de joelhos, a fronte no pó da terra, ele queria chorar, soluçar, rir. Ele então adorou, aniquilado pelo sentimento de sua indignidade, o Menino Deus que o havia escolhido como pai adotivo e guardião.
É provável que São José recordou-se que o Anjo lhe tinha dito: “O que dela nascer é obra do Espírito Santo; ela dará à luz um filho e o chamarás Jesus, porque Ele há de salvar seu povo dos seus pecados.” (Mt, 1, 20-21). Ele então compreendeu que Maria, sua esposa é quem acabava de dá-lo à luz, exclamou: “Meu Deus, meu Deus!” E viu que ele mesmo, pobre carpinteiro, de mãos calejadas e de rosto queimado, participava deste sublime mistério! “oh! Deus, será possível?”
E José chorou, soluçou, queria fugir mas, não; humilha-se e adora.
Ele não se parece conosco as vezes? Naqueles momentos que nos sentimos indignos, pobres e pecadores, e Nossa Senhora nos chama para perto do Filho dela, e nós choramos, nos aproximamos do confessionário e de joelhos pedimos perdão.
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Conclusão
Leitor, neste Natal a Virgem Santíssima e São José convida você a ficar mais próximo do presépio. Veja, a criança acordou. O choro, as palpitações de seu coraçãozinho, irradiam-se para Maria e José, inclinados sobre a manjedoura. A Virgem Santa, sorrindo toma nos braços o Menino e o deposita nos braços de José, que quase desmaia de emoção e amor. Num beijo prolongado, com o rosto banhado de lágrimas José exprime assim sua gratidão e seu amor.
Eis a cena de Belém, o Natal de Belém! O que ele lhe diz então?
Possa esta meditação nos chamar para mais perto de Deus. Como José, vamos ao presépio adorar nosso Redentor. Adoremos o Menino nos braços de sua Mãe e dela o recebamos para cobri-lo com os beijos de nossa adoração, de nosso amor, e de nossa eterna gratidão.
Lembremo-nos que só se encontra Jesus nos braços de sua Mãe e que só ela é quem deve apresentá-lo à nossa adoração, como o apresentou a São José, aos pastores e magos. Que neste Natal, estejamos dentro da gruta de Belém, amando a Deus e sentindo-nos amados por Ele, sua mãe e São José.
Um Santo Natal.
Fonte:
MARIA, Pe. Júlio, O Evangelho das Festas Litúrgicas e dos Santos mais Populares, Ed. O Lutador, Munhamirim – MG, 1952.
Ajude-nos a continuar nosso trabalho de evangelização e auxílio a nossos irmãos necessitados, bem como a catequese infantil.
2022
Preparação para o Natal
Preparação para o Natal
A nossa preparação para o Natal não seria simplesmente pensar na ceia, nos presentes, dar pousada àquele parente que vem de longe. Vai muito além…
Desde a expulsão de nossos primeiros pais do Paraíso terrestre até os tempos dos Apóstolos, a humanidade esperava a vinda do Messias que nos traria a salvação. Foi um longo período de espera e esperança. Justamente com essa impostação de alma devemos viver essa preparação para o Natal.
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Estamos esperando o Messias que irá nascer e nos trazer a salvação. As portas do Céu novamente serão abertas para nós!
Mas, o que vivemos hoje, está muito longe de ser assim. A cada Natal vai aumentando o número daqueles que se esquecem de Jesus que vai nascer. Muitos só pensam em presentes, comida, bebida e coisas materiais. Mas a melhor preparação para o Natal é a que fazemos dentro do nosso coração.
Ser luz no Natal
Apesar de boa parcela da sociedade ter esse espírito consumista, ainda sim, sentimos no ar uma fragância espiritual de algo que vai acontecer. Os olhos da alma começam a vislumbrar os primeiros raios de luz do Sol de Justiça que está para nascer.
A cada dia que vai se passando deste período do Advento, vamos nos aproximando cada vez mais da Luz Maior.
Deixemos um ponto claro: é totalmente lícito o planejamento e preparação da noite de Natal, o jantar, os presentes. Mas não podemos nos deixar sobrepor esse “prático-prático” e esquecer o motivo pelo qual estamos nos reunindo no jantar devidamente decorado e oferencendo os presentes aos nossos queridos. Não esqueçamos o Centro de tudo!
Para isso, o ponto chave: a Oração!
Não deixe para rezar somente no dia de Natal
A oração é um excelente modo para se preparar para o nascimento do Menino-Deus.
O homem que reza jamais se encontrará sozinho. Ele é como os Reis Magos, que caminhavam em terras desconhecidas, mas guiados pela luz da estrela guia. Essa luz que vinha do alto direcionavam eles pelo caminho correto.
Tal como os Reis, a alma que reza é conduzida pelo Céu para o Céu. E também, devemos ser nós, como que luzes que direcionam os outros para o caminho do Céu.
E a oração deve ser uma prática constante e diária.
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Não podemos ser como as luzes de enfeites que, passado o Natal, guardamos em caixas escondidas dentro do armário. Se deixarmos de rezar, certamente isso se dará.
Nossa luz é muito maior que isso. E também, somente aquele que foi iluminado pela Luz Maior, pode assim brilhar na vida de outras pessoas.
Preparemo-nos, pois, com redobrado empenho e fervor para o Santo Natal, com as nossas almas vigilantes na espera do Cristo que virá julgar o mundo, premiando os bons e punindo os maus.
Amemos o nosso Salvador e a salvação definitiva que nos promete se formos fieis às suas palavras, porque, se Lhe damos o nosso coração, como não O anunciaremos ao mundo?
Seja a nossa luz neste Natal também
Depois de todo esse ano que passamos, conseguimos alcançar muitos bons resultados. A missão da Associação Nossa Senhora das Graças está caminhando para a frente.
Esse ano está quase terminando. Mas, temos o próximo ano se aproximando e, se Nossa Senhora das Graças assim o quiser, todos os próximos anos que estão por vir.
E para continuarmos esse nosso caminho, sermos luz na vida de muitas pessoas, precisamos da SUA ajuda. As graças do Natal começam a pairar sobre todos. Pedimos sua ajuda porque sem você, jamais conseguiríamos conquistar tudo o que já conquistamos.
Ajude-nos neste Natal.
2022
Imaculada Conceição
Imaculada Conceição
O que é conceição?
O nome de Conceição ou Maria da Conceição é dado a muitas meninas em honra da imaculada conceição de Nossa Senhora. Conceição é o mesmo que concepção; ou seja, o fato de ser concebido ou gerado no seio de uma mulher.
Imaculada Conceição significa ser concebida sem mancha, porém, muitos pensam que quando a Igreja usa estes termos está se referindo à pureza imaculada da concepção de Jesus no seio de Maria, mas o Dogma não se refere a isso. É certo que Jesus nasceu de Maria por obra do Espírito Santo, e não houve participação de homem algum. É isso que afirmamos no Credo dizendo: Nasceu de Maria virgem.
Este título se refere à concepção da própria Virgem Maria no seio de sua mãe Santa Ana. Não significa, todavia, que a sua concepção foi virginal como a de Jesus. Ela nasceu, como as outras pessoas, da relação conjugal de um homem e uma mulher. Mas a conceição imaculada de Maria não se refere a seus pais mas sim, significa que desde o início de sua existência ela esteve livre do pecado original.
A Imaculada Conceição foi defendida desde o início do cristianismo. Santo Efrém, exalta Maria como tendo sido “sempre, de corpo e de espírito, íntegra e imaculada”. Para Santo Hipólito Ela é um “tabernáculo isento de toda corrupção”. Orígenes A aclama “imaculada entre imaculadas, nunca afetada pela peçonha da serpente”.
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A Proclamação do Dogma
A Igreja sempre honrou a Imaculada Conceição de Maria, porém, foi apenas no século XIX que esta devoção tornou-se Dogma, isto é, verdade de fé.
Em 1849, o papa Pio IX escreveu a todos Arcebispos e Bispos perguntando sobre a devoção de seu clero e de seus fiéis ao mistério da Imaculada Conceição, e expunha assim seu desejo de vê-lo definido como dogma.
Dos 750 Cardeais, Bispos e vigários apostólicos da época apenas cinco se diziam duvidosos quanto o momento de uma declaração dogmática. E, no dia 8 de dezembro de 1854 em uma solene liturgia com milhares de devotos, Pio IX proclamou: “Declaramos, pronunciamos e definimos que a doutrina de que a Bem-aventurada Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, por singular graça e privilégio de Deus Onipotente, em atenção aos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de culpa original, essa doutrina foi revelada por Deus, e deve ser, portanto, firme e constantemente crida por todos os fiéis”.
Cheia de Graça
Todos os anos, em Roma, o Papa dirige-se à Praça de Espanha onde há o monumento da Imaculada e ali participa das homenagens que são prestadas pelos bombeiros de Roma à Virgem Maria.
Em 2006, Bento XVI assim se dirigiu aos fiéis do mundo inteiro.
Ó Maria, Virgem Imaculada! (…) nos encontramos com amor filial aos pés desta tua imagem para te renovar a homenagem da comunidade cristã e da cidade de Roma. Aqui detemo-nos em oração, (…) no dia solene em que a liturgia celebra a tua Imaculada Conceição, mistério que é fonte de alegria e de esperança para todos os remidos. Saudamos-te e invocamos-te com as palavras do Anjo: “cheia de graça” (Lc 1, 28), o nome mais bonito, com o qual o próprio Deus te chamou desde a eternidade.
“Cheia de graça” és tu, Maria, repleta do amor divino desde o primeiro momento da tua existência, providencialmente predestinada para ser a Mãe do Redentor, e intimamente associada a Ele no mistério da salvação.
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Seguro refúgio
Na tua Imaculada Conceição resplandece a vocação dos discípulos de Cristo, chamados a tornar-se, com a sua graça, santos e imaculados no amor (cf. Ef 1, 14). Em ti brilha a dignidade de cada ser humano, que é sempre precioso aos olhos do Criador. Quem para ti dirige o olhar, ó Mãe Toda Santa, não perde a serenidade, por muito difíceis que sejam as provas da vida. Mesmo se é triste a experiência do pecado, que deturpa a dignidade dos filhos de Deus, quem a ti recorre redescobre a beleza da verdade e do amor, e reencontra o caminho que conduz à casa do Pai.
“Cheia de graça” és tu, Maria, que aceitando com o teu “sim” os projetos do Criador, nos abristes o caminho da salvação. Na tua escola, ensina-nos a pronunciar também nós o nosso “sim” à vontade do Senhor. Um “sim” que se une ao teu sem reservas e sem sombras, do qual o Pai celeste quis precisar para gerar o Homem novo, Cristo, único Salvador do mundo e da história.
Dá-nos a coragem de dizer “não” aos enganos do poder, do dinheiro, do prazer; aos lucros desonestos, à corrupção e à hipocrisia, ao egoísmo e à violência. “Não” ao Maligno, príncipe enganador deste mundo. “Sim” a Cristo, que destrói o poder do mal com a omnipotência do amor.
Nós sabemos que só corações convertidos ao Amor, que é Deus, podem assim construir um futuro para todos.
Mãe Imaculada
Virgem “cheia de graça”, mostra-te terna e solícita aos habitantes desta tua cidade, para que o autêntico espírito evangélico anime e oriente os seus comportamentos; (…) mostra-te Mãe providente e misericordiosa do mundo inteiro, para que, no respeito da dignidade humana e no repúdio de qualquer forma de violência e de exploração, sejam lançadas as bases firmes para a civilização do amor. Mostra-te Mãe especialmente de quantos têm mais necessidade: os indefesos, os marginalizados e os excluídos, as vítimas de uma sociedade que com muita frequência sacrifica o homem a outras finalidades e interesses.
Manifesta-te Mãe de todos, ó Maria, e dá-nos Cristo, a esperança do mundo! Virgem Imaculada, cheia de Graça! Amém!
Fonte: Bento XVI, Praça de Espanha, Sexta-feira, 8 de Dezembro de 2006
É certamente muito importante conhecer todos os aspectos de nossa fé. De fato, aumenta de fato nosso amor e o desejo de querer sempre mais.
Ajude-nos para que possamos fazer todo este conteúdo católico a chegar cada vez mais a todos os brasileiros!
2022
Advento
Advento
A Santa Igreja, em sua sabedoria multissecular, instituiu o Advento como período de preparação para do Natal do Senhor, com a finalidade de compenetrar todas as almas cristãs da importância desse acontecimento e proporcionar-lhes os meios de se purificarem para celebrar essa solenidade dignamente.
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Significado do termo
Advento – adventus, em latim – significa vinda, chegada. É uma palavra de origem pagã que designava a vinda anual da divindade pagã, ao templo, para visitar seus adoradores. Acreditava-se que o deus cuja estátua era ali cultuada permanecia em meio a eles durante a solenidade.
Nas obras cristãs dos primeiros tempos da Igreja, especialmente na Vulgata, adventus se transformou no termo clássico para designar a vinda de Cristo à terra, ou seja, a Encarnação, inaugurando a era messiânica e, depois, sua vinda gloriosa no fim dos tempos.
Com esse tempo de preparação, a Igreja quer ensinar-nos que a vida neste vale de lágrimas é um imenso advento e, se vivermos bem, isto é, de acordo com a Lei de Deus, Jesus Cristo será nossa recompensa e nos reservará no Céu um belo lugar, como está escrito: “Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou, tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que O amam” (1Cor 2, 9).
A Coroa do Advento
Ela é tão simples tanto quanto bonita: um círculo feito de ramos verdes, geralmente de ciprestes ou cedros. Nele coloca-se uma fita vermelha longa que, ao mesmo tempo enfeita e mantém presos à haste circular os ramos. Quatro velas de cores variadas completam essa bela guirlanda que, nos países cristãos, orna e marca há séculos a época do advento. A esta guirlanda dá-se o nome de Coroa do Advento.
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Um antigo costume piedoso
Nos domingos de Advento, existe o piedoso costume de as famílias e as comunidades católicas se reunirem em torno de uma coroa para rezar. A “liturgia da coroa”, como é conhecida esta oração, realiza-se de um modo muito simples.
Todos os participantes da oração colocam-se então, em torno daquela guirlanda enfeitada e a cerimônia tem início, Em cada uma das quatro semanas do advento acende-se uma nova vela, até que todas sejam acesas.
O acender das velas é sempre acompanhado com um canto. Logo em seguida, lê-se uma passagem das Sagradas Escrituras que seja própria para o tempo do Advento e é feita uma pequena meditação. Depois disso é que são realizadas algumas orações e são feitos alguns louvores para encerrar a cerimônia. Geralmente a guirlanda da coroa, bem como as velas são bentas por um sacerdote.
Origem
A Coroa de Advento tem sua origem na Europa. No inverno, seus ainda bárbaros habitantes acendiam algumas velas que representavam a luz do Sol. Assim, eles afirmavam a esperança que tinham de que a luz e o calor do astro-rei voltaria a brilhar sobre eles e aquecê-los. Com o desejo de evangelizar aquelas almas, os primeiros missionários católicos que lá chegaram quiseram, a partir dos costumes da terra, ensinar-lhes a Fé e conduzi-los para Jesus Cristo.
Foi assim que, criaram a “coroa do advento”, carregada de símbolos, ensinamentos e lições de vida.
Simbolismo
A forma circular – O círculo não tem princípio, nem fim. É interpretado como sinal do amor de Deus que é eterno, não tendo princípio e nem fim. O círculo simboliza, ademais, o amor do homem a Deus e ao próximo que nunca deve se acabar, chegar ao fim. O círculo ainda traz a ideia de um “elo” que liga Deus e as pessoas, como uma grande “Aliança”.
Ramos verdes – Verde é a cor que representa a esperança, a vida. Deus quer que esperemos a sua graça, o seu perdão misericordioso e a glória da vida eterna no final de nossa vida terrena. Os ramos verdes lembram as bênçãos que sobre os homens derramou Nosso Senhor Jesus Cristo, em sua primeira vinda entre nós e que, agora, com uma esperança renovada, aguardamos a sua consumação, na segunda e definitiva volta dEle.
Quatro velas – O advento tem quatro semanas, cada vela colocada na coroa simboliza uma dessas quatro semanas. No início a Coroa está sem luz, sem brilho, sem vida: ela lembra a experiência de escuridão do pecado.
À medida em que nos aproximamos do Natal, a cada semana do Advento, uma nova vela vai sendo acesa, representando a aproximação da chegada até nós Daquele que é a Luz do mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele dissipa toda escuridão e traz aos nossos corações a reconciliação tão esperada entre nós e Deus e, por amor a Ele, a “paz na Terra entre os homens de boa vontade”.
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Oração para o Advento
Senhor, meu Deus, teu Filho há de vir nas próximas semanas! Que meu coração seja como terra boa para recebê-lo. Que cada momento destes próximos dias sirva para que eu possa refletir sobre minha vida e o meu ser.
Onde tantos acham que precisam só de coisas materiais que eu possa levar o alimento espiritual. Onde tantos buscam só o ter, que eu possa mostrar o quanto vale o ser. Mostrar que Natal não é simplesmente o nascimento de Jesus, mas a vinda do Salvador acima do comércio desenfreado.
Senhor, meu Deus, agradeço por poder reviver plenamente este evento todos os anos e com ele sentir tua presença cada vez mais perto de mim.
Peço à Virgem Maria, Mãe tão agraciada nesta data, que abençoe as pessoas mais desfavorecidas e que elas consigam encontrar em Deus forças para trilharem seus caminhos. Jesus, estamos te aguardando, procurando ser cada vez melhores, cada vez mais humanos e santos em nossos dias.
Tua chegada nos fortalecerá e será para nós motivo de glória!
Que Deus nos abençoe e nos acompanhe! Amém!
Fonte: http://www.acidigital.com
https://pt.aleteia.org/
2022
Apresentação de Nossa Senhora
Festa da Apresentação de Nossa Senhora
O dia 21 de novembro é marcado no calendário de toda a Igreja como o dia da festa da Apresentação de Nossa Senhora no Templo. Tal fato não é narrado nos Evangelhos, mas sim, nos escritos chamados de proto evangelho de Tiago.
Conta-nos, de acordo com a tradição, que os justos Joaquim e Ana, fizeram um voto ao Altíssimo, prometendo consagrar a Deus a criança que Deus lhes concedesse. Após anos de espera, nasceu sua filha, a quem chamaram de Maria.
Quando a menina completou três anos, os pais a levaram ao Templo, acompanhada por virgens com lamparinas, e a colocaram então no primeiro degrau da escadaria do Templo. De acordo com a antiga tradição, Maria subiu os quinze degraus do Templo sozinha, sem olhar para trás. No alto da escadaria a esperava o sumo sacerdote que, cheio do Espírito Santo, levou-a não só até o altar, mas a introduziu no Santo dos Santos onde, de acordo com a Lei, onde ninguém poderia entrar além do sumo sacerdote em exercício que, por sua vez só podia entrar uma vez por ano ali.
Todo o povo ficou maravilhado e assustando com a cena e os próprios anjos de Deus ficaram extasiados. Assim nos fala uma antífona cantada sagrada Liturgia no Oriente:
Os Anjos, vendo a entrada da Puríssima Virgem,
admiraram-se com o fato dela entrar no Santo dos Santos.
Que nenhuma mão profana a toque, ela que é a Arca viva de Deus;
mas que os lábios dos fiéis cantem sem cessar à Mãe de Deus,
a saudação do Anjo, clamando com entusiasmo:
Ó Virgem Pura, sois realmente a mais alta de todas as criaturas!
A vida da Santíssima Virgem no Templo é muito digna de ser meditada, pois é a continuação do seu oferecimento ao Senhor e, portanto, também nessa vida podemos encontrar grandes ensinamentos para nós.
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Vida de Oração
O Templo é chamado com razão casa de oração. Em qualquer parte, podemos rezar a Deus, porém, o Templo é o lugar próprio da oração. Por isso Maria não se contenta com aquela comunicação que tinha com Deus em sua casa, mas queria ir ao Templo para levar ali uma vida de mais oração.
Leitor, contempla essa jovenzinha toda pura, inocente, cândida, prostrada no Templo orando e falando com Deus. Quão íntima com Deus e Deus para com Ela. Que fervor de oração! Que exemplo para nós católicos.
Examina, leitor, com este exemplo, as qualidades da oração: humildade, atenção, confiança, perseverança. Naquela menina prostrada por terra vemos o modelo pronto e acabado de perfeita oração. Depois de fazer este exame, coloque esta menina ao seu lado e compare as orações dela com as suas.
O que se parece? Repare bem, quando vamos ao templo, isto é, à igreja, é com essas qualidades que devemos ornar nossas orações, é assim que devemos tratar com Deus.
Diz São Boaventura, que Maria fazia oração ao Senhor sete vezes ao dia e que nessas orações fazia sete súplicas:
1 – Amá-lo com todo o seu coração;
2 – Amar ao próximo em Deus e por Deus;
3 – Ter um ódio implacável a todo o pecado e a toda a imperfeição;
4 – Uma humildade profunda, e com ela todas as virtudes, especialmente a pureza imaculada;
5 – A graça de poder conhecer o Messias prometido;
6 – Ser muito obediente aos sacerdotes representantes de Deus, e deixar-se dirigir por eles para assim fazer sempre a sua divina vontade;
7 – Que o Senhor mandasse quanto antes o Redentor para a salvação do mundo.
Não lhe parece que também devemos pedir coisas semelhantes?
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Vida de Santificação
O Templo é também casa de santificação. Assim, Deus levou ali Maria para prepará-la para o seu altíssimo destino de ser Mãe de Deus. Lembre-se que, mais tarde, Jesus, antes da sua vida pública, também se retirará ao deserto, deixará a sua casa e se afastará para longe do mundo para ali tratar mais a sós com Deus.
Imagine a vida de recolhimento interior e exterior junta com a prática da mortificação que levaria a Santíssima Virgem no Templo. É a imagem da vida interior da alma. Quanto nos agrada a vida exterior, a vida neste mundo.
Ainda que esta seja boa, ainda que façamos mais pela glória de Deus quando exteriormente trabalhamos mais, e nos movemos mais, no entanto, toda a vida de apostolado que não tenha por fundamento a vida interior, a vida de oração, é completamente inútil. Deus não a abençoa e, portanto, ela não frutifica. – É belo trabalhar pelos outros, porém temos de trabalhar primeiro por nós mesmos, por nossa santificação.
Leitor, Peça a Maria muito amor ao retiro, ao silêncio e à oração, enfim, à vida interior da alma.
Vida de trabalho
Em Deus e para Deus, foi sempre assim que Maria procedeu; mas agora no Templo, de um modo especial todo o seu trabalho seria para Deus. Esta pequena donzela entregue com afã ao trabalho do asseio e limpeza das coisas do culto; que amore que devoção não acompanhariam o seu trabalho?!
Todas as coisas ainda as mais pequenas, que se fazem por Deus, tem um valor imenso. – No serviço de Deus nada é pequeno. É necessário aprendermos a dirigir a Deus todo o trabalho e obras das nossas mãos, para que assim cresçamos em amor e em merecimento perante Ele, sabendo que nada disto ficará sem altíssima recompensa.
Conclusão
Esta Festa da Apresentação da Virgem Maria no Templo ocorre um pouco antes do Natal do Senhor, por que?
A liturgia nos faz um convite, nos chama a uma mais profunda e esmerada preparação para que possamos viver este tempo de graça em plenitude. Maria preparou-se desde a mais tenra infância para ser, ela mesma o “templo” do Altíssimo. Quando São Gabriel anunciou a encarnação do Verbo ele disse: “Não temas Maria, pois encontraste graça diante de Deus”. E Nossa Senhora lhe deu sua resposta, um sim que enaltece a humildade e destrona o orgulho de todo coração que confia, espera e quer imitar esta Santa Mãe.
Nossa Senhora da Apresentação, rogai por nós!
Espero que este artigo sobre a Apresentação de Nossa Senhora tenha lhe feito muito bem espiritualmente.
Ajude-nos dessa forma a continuar nosso trabalho de evangelização e catequização das crianças de todo o Brasil!
2022
Basílica de São João de Latrão
Festa da Dedicação da Basílica de São João de Latrão
A Igreja celebra com esplendor a festa da Dedicação da Basílica de São João de Latrão, que ostenta o título honorífico de “Omnium urbis et orbis ecclesiarum mater et caput”, ou seja, “Mãe e cabeça de todas as igrejas da cidade [de Roma] e do mundo”.
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É ela a Catedral do Papa, ao contrário do que se costuma pensar devido ao papel hoje desempenhado pela Basílica de São Pedro, a qual, na verdade, é apenas uma das quatro basílicas papais da Cidade Eterna.
Origens
Até o exílio dos Papas em Avignon, no século XIV, viviam eles no Palácio de Latrão, antiga propriedade da família Laterano, nome pelo qual ficou conhecido.
O cônsul romano Pláucio Laterano, por suspeita de conspiração, foi morto pelo infame Nero que lhe confiscou os bens, dentre os quais esse edifício, na mesma época em que movia a perseguição aos cristãos.
Não imaginava o tirano que, anos mais tarde, tudo aquilo seria doado à Igreja pelo Imperador Constantino. Tornar-se-ia a residência dos sucessores de Pedro e primeira Basílica da Cristandade.
O Papa São Silvestre dedicou-a no ano 324.
Tesouro da Basílica
Nesta Basílica encontramos não só vestígios de variados estilos artísticos, graças às obras de embelezamento e ampliação realizadas ao longo dos séculos, mas também numerosas e valiosíssimas relíquias. Dentre as principais contam-se a mesa onde foi celebrada a Santa Ceia (cf. Mt 26, 20-28; Mc 14, 18-24; Lc 22, 14-17).
Parte do tecido purpúreo com que os soldados revestiram o Divino Redentor na Paixão (cf. Mc 15, 17; Jo 19, 2).
As cabeças de São Pedro e de São Paulo, bem como a taça na qual São João Evangelista, segundo uma antiga tradição, foi obrigado a tomar um veneno que, por milagre, não lhe fez mal.
Nascida sob o signo da perseguição
Para melhor compreendermos a importância desta data, lembremo-nos de que a Santa Igreja Católica nasceu sob o signo da perseguição.
Em circunstâncias por vezes tão violentas que obrigavam os primeiros cristãos a se refugiar nas catacumbas — os cemitérios cristãos — para praticar o culto.
Era costume na Roma Antiga escavar extensas galerias subterrâneas, verdadeiros labirintos, nas quais sepultavam os mortos. Transitar por elas era perigoso, pois quem o fizesse podia se perder com facilidade, sem ter como retornar.
Nas épocas de perseguição, os irmãos que nos precederam com o sinal da Fé precisavam embrenhar-se nessas profundezas — naquele tempo sem dispor de luz elétrica. Havia assim grande risco de serem denunciados, presos e supliciados.
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No Coliseu e no Circo Máximo grande número de cristãos manifestou sua adesão à Fé com a própria vida. Eram mortos pelas feras na arena diante do público ou em meio a terríveis tormentos.
A liberdade de culto outorgada por Constantino com a promulgação do Edito de Milão, em 313, por influência de sua mãe Santa Helena. O consequente pulular de incontáveis igrejas por todo o império — dentre as quais a Basílica de Latrão ocupa um posto proeminente — representaram para os fiéis indescritível alívio e alegria.
Expressivo é o testemunho de Eusébio de Cesareia ao retratar o exultar do povo cristão com o advento dessa nova era da História da Igreja: “um dia esplendoroso e radiante, sem nuvem alguma que lhe fizesse sombra, ia iluminando com seus raios de luz celestial as igrejas de Cristo pelo universo inteiro, […] transbordávamos de indizível gozo, e para todos florescia uma alegria divina em todos os lugares que pouco antes se encontravam em ruínas pela impiedade dos tiranos, como se revivessem, depois de uma longa e mortífera devastação. E os templos surgiam de novo desde os fundamentos até uma altura imprevista. Recebiam uma beleza muito superior à dos que anteriormente haviam sido destruídos”
Por isso a festa da Dedicação da Basílica do Latrão foi instituída em Roma, expandindo-se mais tarde, e hoje consideramos com júbilo esse templo grandioso, que até nossos dias impressiona por seu esplendor.
Nós também somos templos de Deus
Nós somos então templos vivos e na medida em que somos íntegros, enriquecemos e aprimoramos nosso templo com vitrais, pinturas, símbolos, cores e belos mármores. Conforme crescemos em piedade eucarística, entregamo-nos a Nosso Senhor, fugimos do pecado e combatemos os nossos defeitos e caprichos, mais as suas paredes se tornam abençoadas e somos penetrados pela presença da Santíssima Trindade, que passa a falar com mais frequência no interior da alma.
Senhor, purificai este templo!
Se em alguma ocasião nosso templo foi profanado, hoje é o dia de pedir: “Senhor, vinde com vosso chicote e expulsai os vendilhões que estão dentro de mim!”. Este é o dia da expulsão dos vendilhões do templo de nossa alma. Caso tenhamos permitido que nela se fizesse comércio, transformando-a num “covil de ladrões”.
Aproveitemos então esta festa para assimilar com ardor o ideal de integridade e sermos verdadeiramente honestos. Abandonemos qualquer má inclinação que possa macular, ainda que seja num ponto mínimo, o vitral de nosso templo. Façamos desde já o propósito de tratar nosso corpo com todo respeito e veneração, e de nunca usá-lo para ofender a Deus.
De fato, é preferível morrer que pecar, pois ao manter-se livre de qualquer comércio, o templo de cada um ressuscitará com a glória extraordinária que lhe é prometida por Aquele que recebeu do Pai o poder de fazer justiça.
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2022
O dia de Finados
Comemoração do dia de Finados
É uma antiquíssima tradição da Igreja Católica rezar por todos os fiéis falecidos, no dia 2 de novembro, o dia de Finados. A todos os que morreram “no sinal da fé” a Igreja reserva um lugar importante na Liturgia: há uma lembrança diária na Missa, com o Memento (lembrança) dos mortos, e no Ofício divino.
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Chorar os mortos
A Religião de Nosso Senhor Jesus Cristo não proíbe que choremos os nossos mortos. Podemos oferecer nossas lágrimas e nossas saudades. Como podemos ficar indiferentes diante da morte de um ente querido?
Nos custa ver nosso pai, mãe, filhos, irmãos, amigos arrebatados pela morte. O catolicismo, que nos ensina a sermos fortes nos momentos de dor e nos convida à meditação da Paixão de Nosso Senhor, não nos proíbe derramarmos aquelas lágrimas de saudade.
Por que a Igreja não nos proíbe de chorar pelos mortos? Porque seu fundador chorou o amigo Lázaro! A Virgem Maria chorou aos pés da Cruz! Maria Madalena e as Santas Mulheres choraram durante a Paixão! Ela apenas nos pede que não choremos de desespero, mas com esperança na vida eterna.
Choremos a separação dolorosa, mas com a esperança de que um dia, numa pátria melhor, tornaremos a ver todos aqueles que amamos aqui na terra. Essa esperança nos consola.
Quando o católico chorar diante do corpo imóvel de um ente querido, ele não deve dizer: “Nunca mais te verei!” ou “Adeus para sempre!”. Não! Mesmo com chorando, o católico deve dizer: “Até o céu! Lá nos veremos e seremos felizes para sempre!”
O Céu!
Como nos faz bem pensarmos no céu! Nos ajuda nos momentos de sofrimento e nos enche de esperança. Santa Teresinha escreveu uma vez à sua irmã: “Tenho sede do Céu, dessa mansão bem-aventurada onde se amará Jesus sem restrições! Mas é preciso sofrer e chorar para chegar até lá. Pois bem, eu quero sofrer tudo o que agradar ao meu Bem Amado!”
Logo estaremos na eternidade e veremos plenamente realizado no desejo, nosso sonho de felicidade eterna. Não podemos nos impacientar pois, “a figura deste mundo passa” (Is 64,4) e passa depressa quando comparamos com a eternidade.
Passando, chegaremos na Pátria, no Céu, onde não há lágrimas, nem morte, nem dor, nem luto, nem gemidos.
Santa Maria Egipcíaca, converteu-se após uma vida de pecado e foi viver isolada no deserto, e ali viveu sozinha por mais de cinquenta anos. Quando já estava para entregar sua alma a Deus, São Sozimo encontrou-se com ela e perguntou como pudera suportar aquela vida de penitência, oração e solidão por tanto tempo. A santa respondeu: “Meu padre, com a esperança do céu!”
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Saudade de nossos mortos
A Saudade de nossos mortos muitas vezes é amarga pois sentimos um vazio profundo quando a morte nos leva alguém querido. Abre-se uma ferida que parece nunca mais cicatrizar. Só o tempo consegue suavizar um pouco a dor.
Nossa Senhora da Soledade é a devoção que medita a vida da Virgem Maria naquelas horas amargas quando chorava a ausência de seu amado Filho morto e sepultado. Ela também chorou e experimentou a saudade de um filho e a tristeza da viuvez, Ela quis ser o nosso consolo.
Quando alguém que amamos viaja por alguns dias, não choramos, pois temos certeza de que o veremos novamente em breve. Mas, o que é a vida que passa tão depressa, comparada com a Eternidade? Um dia, uma hora, um minuto, um segundo… O tempo passa veloz sobre nós e não demorará, chegará a hora em que veremos àqueles que viajaram antes de nós para a pátria celeste.
O Consolador
Para nossa consolação, Nosso Senhora Jesus Cristo quis experimentar as amarguras da perda de um amigo. Lázaro era apenas um amigo, que logo seria ressuscitado pelo Divino Mestre. Mesmo assim, Jesus quis sofrer, e assim santificar as dores e as lágrimas da separação. São santificadoras as lágrimas quando são vivificadas pelo amor de Deus. Por isso, é importante rezarmos assim: “Senhor, verdadeiramente, somente Vós sois o Consolador! Junto de Vós, de vossa mão paternal, que fere e que cura, o pobre coração humano encontra a paz e a felicidade, não deste mundo, mas do céu!”
Só não é infeliz quem tem a graça e a fé. Olhemos para o céu, coragem! Choremos como Jesus na sepultura de Lázaro, mas esperemos confiantes, o dia da ressurreição e da vida eterna. Não choremos como o que não creem na eternidade, mas como Maria Santíssima chorava, aguardando a volta de seu Filho.
Oração às Santas Almas do Purgatório
Dignai-Vos, adorável Salvador meu, por vosso precioso Sangue, por vossa dolorosa Paixão e cruelíssima morte; pelos tormentos que vossa augusta Mãe sofreu ao pé da cruz quando vos viu exalar o último suspiro.
Dignai-Vos dirigir um olhar de piedade ao seio profundo do Purgatório e tirar dali as almas que gemem privadas temporariamente de vossa vista, e que suspiram pelo instante de reunir-se convosco no paraíso celestial.
Principalmente vos peço pela alma de N…, e daqueles por quem mais particularmente devo pedir.
Não desprezes, Senhor meus rogos, que uno aos rogos que por todos os fiéis defuntos vos dirige nossa santa mãe a Igreja Católica, a fim de que vossa misericórdia as leve onde com o Pai e o Espírito Santo vives e reinas por todos os séculos dos séculos. Amém.
Rezemos por elas no dia de Finados! Mas não somente no dia de finados, mas sim, também rezemos por elas todos os dias!
Fonte: BRANDÃO, Mons. Ascanio, Breviário da Confiança, Ed Ave Maria, São Paulo – SP, 1936
No dia de Finados, lembre-se de todos que já se foram, de sua família e amigos. Eles precisam de nossa oração.
A Associação Nossa Senhora das Graças trabalha pela evangelização das crianças.
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2022
São Frei Galvão
São Frei Galvão
Santo Antônio de Santanna Galvão, primeiro santo brasileiro, possuía uma espiritualidade tão grande que foi convidado até para fazer parte da Academia Brasileira de Letras, em 1770. É lá que ele declama, em latim, decorados, 16 peças poéticas em honra a Santa Ana, avó do menino Jesus e Mãe da Virgem Santíssima. Toda esta capacidade intelectual e força de personalidade se refletem em uma singela construção localizada no centro de São Paulo: o mosteiro da Luz. Hoje vamos poder ver um pouco do percurso que o trouxe até a capital e sua postura nos anos que viveu aqui.
Nasce o pequenino Antônio
Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, Frei Galvão, nasceu em Guaratinguetá – SP, em 23 de dezembro de 1739. Fez parte de uma família de muitas posses, tendo, portanto, sangue bandeirante: sua mãe era bisneta do famoso Fernão Dias Paes Leme.
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Foi ordenado sacerdote em 1762, no Rio de Janeiro, mas é só em 1769-70 que foi designado confessor do Recolhimento de Santa Teresa, em São Paulo. Esta parte providencial de sua vida o levou até a irmã Helena Maria do Espírito Santo, religiosa de profunda oração e grande penitência, que afirmava ter visões pelas quais Jesus lhe pedia para fundar um novo recolhimento. Frei Galvão, como confessor, ouviu e estudou tais mensagens e solicitou o parecer de pessoas sábias e esclarecidas, que reconheceram tais visões como válidas.
Fundação do Mosteiro da Luz
A data oficial da fundação do novo recolhimento é 2 de fevereiro de 1774. O bispo de São Paulo, franciscano e intrépido defensor da Imaculada, quis que este fosse construído segundo as concepcionistas aprovadas pelo Papa Júlio II, em 1511. A fundação passou a se chamar Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Previdência. Logo em 1775 a irmã Helena falece, imprevistamente, e o Frei Galvão se vê como o único pilar da obra ali começada. Pelo grande número de vocações, viu-se obrigado a aumentar o recolhimento. Durante quatorze anos (1774-1788), Frei Galvão cuidou da construção do recolhimento. Outros quatorze (1788-1802) dedicou à construção da Igreja, inaugurada aos 15 de agosto de 1802. A obra, “materialização do gênio e da santidade de Frei Galvão”, em 1988, tornou-se por decisão da Unesco Patrimônio da Humanidade.
Frei Galvão, além da construção e dos encargos especiais dentro e fora da ordem franciscana, deu muita atenção e o melhor de suas forças à formação das recolhidas. Para elas escreveu um regulamento ou estatuto. Em 1929, o recolhimento tornou-se mosteiro, incorporado à ordem da Imaculada Conceição (concepcionistas). É por isso que a história de São Frei Galvão se confunde com o Mosteiro da Luz, em São Paulo, do qual ele foi arquiteto, construtor e fundador. É já residindo ali que ele dá origem ao piedoso costume que depois se torna um sacramental da Santa Igreja, as pílulas milagrosas.
Enfim, é ali que se entende melhor sua disposição caridosa e sua generosidade sem limites que caracterizam os grandes santos.
Santo Antônio de Santanna Galvão, rogai por nós!
A morte colheu Frei Galvão na mesma serenidade que conservou durante a vida e seus últimos dias foram uma expressão fiel do altíssimo grau de santidade que ele havia atingido. Ele faleceu no dia 23 de dezembro de 1822, quando contava 84 anos, numa pobre cela atrás da capela do mosteiro da Luz, por ele construído.
Ao definirmos a vida deste perfeito filho de São Francisco, não encontraremos melhores palavras que aquelas figuradas em seu epitáfio no Mosteiro de Nossa Senhora da Luz: “Animam suam in manibus suis semper tenens”: Sempre teve a sua alma nas mãos.
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Com efeito, depois do pecado cometido por nossos primeiros pais, o gênero humano perdeu aquela completa harmonia de todas as suas inclinações, que era o dom de integridade. Reduzidos à dura prova de lutar contra si mesmos mais do que contra qualquer adversidade de sua existência, os homens passaram a depender em maior grau da graça divina do que de suas próprias forças, porque já não encontravam em sua natureza o antigo estado de perfeição.
É precisamente nessa docilidade à vontade da Providência em detrimento da sua própria que brilhou a santidade de Frei Galvão: flexível ao sopro do Espírito Santo, esqueceu-se por completo de si mesmo e sepultou as suas deliberações no Coração do Divino Mestre.
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