2024
Como incentivar a criança a rezar o terço?
Como incentivar a criança a rezar o terço?
Sobre como incentivar a criança a rezar o terço, São João Paulo II, no dia 13 de dezembro de 1994 dirigiu-se às crianças do mundo inteiro com estas palavras:
Permiti, queridos meninos e meninas, que recorde as palavras de um Salmo que sempre me tocaram: Laudate pueri Dominum! Louvai, meninos, louvai o nome do Senhor! Bendito seja o nome do Senhor agora e para sempre! Desde o nascer ao pôr do sol, seja louvado o nome do Senhor (cfr. Sal 112 113,1- 3). Quando medito as palavras deste Salmo, passam diante dos meus olhos os rostos das crianças de todo o mundo: do Oriente ao Ocidente, do Norte ao Sul. É a vós, meus amiguinhos, sem distinção de língua, de raça ou nacionalidade, que digo: Louvai o nome do Senhor!
E uma vez que o homem deve louvar a Deus com a vida, não vos esqueçais daquilo que Jesus, com doze anos, disse a sua Mãe e a José no Templo de Jerusalém: “Não sabíeis que devo ocupar-Me das coisas de meu Pai?” (Lc 2, 49). O homem louva a Deus seguindo a voz da própria vocação. Deus chama cada homem, e a sua voz faz-se sentir já na alma da criança: chama a viver no matrimónio ou então a ser sacerdote; chama à vida consagrada ou talvez ao trabalho nas missões… Quem sabe?! Rezai, queridos rapazes e meninas, para descobrir-des qual é a vossa vocação, para depois a seguirdes generosamente.
Devemos sim incentivar as crianças
Mas como os pais pode incentivar seus filhos a rezarem? Como devoções, como a do santo terço podem se tornar, com naturalidade, parte do dia de uma criança?
No pensamento de Deus, uma criança é um santo em flor. Querendo ou não, os pais são colaboradores de Deus na obra da “criação” e da “educação” dos filhos. A palavra educar vem de duas palavras latinas: ex ducere, tirar de, brota de. É extrair de uma criança, tanto quanto possível, com sua colaboração, um homem, um católico, um santo.
Tarefa difícil porque, muitas vezes, se realiza em condições difíceis. É tarefa delicada porque não há método nem receita infalível que sirva para tudo e para todos. Porém, mesmo sendo difícil e delicada, devemos evitar o desânimo e o pessimismo!
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Confiança
Um clima de confiança no lar é necessário, pois a confiança facilita o desabrochar e leva a criança a sentir-se impelida a fazer o melhor que puder. A desconfiança, pelo contrário, inibe, e às vezes, leva ao desejo de agir mal.
Afeto
O que constitui o calor de uma lar que reza, é o clima criado pelos pais, em que todos os membros da família, pequenos e grandes, se esforçam para serem semeadores de paz, bom entendimento e amor verdadeiro.
Exemplo
A Família que reza unida, permanece unida, dizia João Paulo II. Podemos dizer então que os pais que rezam, incentivam seus filhos a rezarem também. É o exemplo que arrasta os pequeninos e modela seus corações e os faz semelhantes ao coração do Divino Mestre.
Com efeito, é preciso que a casa tenha por base uma fé viva. O lar será um lar católico se a religião se exprimir em um espírito que penetra tudo. Há um fenômeno curioso entre as famílias que vivem sua fé. Tudo se torna luminoso, Jesus Cristo é o grande Amigo divino de quem se fala como de alguém misteriosamente presente em casa. A Virgem Maria é considerada como a Mãe de Jesus e nossa Mãe, mediadora de todas as regras e ordens da casa.
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Devemos criar o senso religioso
É nos primeiros meses que a criança pode receber a feliz influência da mãe que reza junto ao berço. Logo que o filho começa a falar, a mãe pode fazê-lo repetir os nomes de Jesus e Maria, ensinar a apontar as imagens do redentor e sua Mãe.
Assim que a criança puder aprender as principais orações, Pai-nosso e Ave Maria, os pais devem explicar o sentido dessas orações, tendo o cuidado para que sejam recitadas corretamente e sem correria.
Quando possível, presentar a criança com o terço. Ao passo que a criança tiver compreendido e saboreado a oração pessoal, rezar será um prazer. O ideal é que a oração se torne para a criança como que uma necessidade e, ao mesmo tempo, uma alegria. Em certos momentos a oração pode exigir um esforço, como por exemplo à noite, se for grande o sono.
As perguntas
No dia 8 de janeiro de 1984, São João Paulo II dirigiu-se a uma numerosa multidão de crianças e lhe fez algumas perguntas. Como será que seu filho as responderia hoje?
Dizei-me, queridas crianças:
— De verdade, quereis bem ao Menino Jesus?
— Quereis que Jesus reine nos vossos corações?
— Desejeis que Jesus reine no mundo?
— Quereis que sobre o mundo inteiro, sobre todas as nações, sobre todas as famílias, desça a bênção e a paz do Senhor?
O Papa sabia que responderíeis todos com um belo “Sim”, tão forte que fez quase tremerem as paredes desta sala. Mas agora faço-vos outras perguntas, e estou certo que também a estas perguntas respondereis com sinceridade.
— Queridas crianças, quereis ser boas, cada vez melhores por amor a Jesus?
— Mais fiéis aos vossos deveres de oração, de estudo e de caridade fraterna?
— Mais obedientes aos vossos pais e superiores?
— Procurareis ser sempre, também quando grandes, bons amigos de Jesus?
— Prometeis orar pela Igreja e pelo Papa?
E eis que de novo devo agradecer-vos esta promessa. Sim, agradeço-vos e no nome de Jesus Menino abençoo-vos de todo o coração, com as vossas famílias.
O mesmo agradecimento e a mesma bênção tornou-as extensivas às crianças das várias nações aqui presentes, e àquelas que estão a nós unidas mediante a rádio e a televisão:
Abençoo todos os amiguinhos do Menino Jesus, que são também meus amigos, e todas as famílias do mundo.
Ajude-nos a continuar nosso trabalho de evangelização e catequisação de crianças e adultos nas paróquias em todo o Brasil!
2024
Os discípulos de Emaús
Os discípulos de Emaús
O desânimo que fecha nossos olhos para Deus
Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. Então Jesus perguntou: “Que ides conversando pelo caminho?” Eles pararam, com o rosto triste, e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: “Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias? Ele perguntou: “Que foi?”
Os discípulos responderam: “O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu”.
Os dois discípulos fugiam de Jerusalém após a Morte de Nosso Senhor. Podemos observar que eles estão envoltos em trevas. São dominados pela tristeza, e sua fé está abalada. Quando encontram Jesus no caminho eles mesmos confirmam isso, eles não acreditam na ressurreição.
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Eles estão vacilando na fé, pois, se observarmos, em nenhum momento eles dizem ao “forasteiro” que Jesus era o Filho de Deus, eles apenas dizem: “Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras”.
Será que não parecemos com estes discípulos? Quando nos vem um momento difícil, esquecemos que Cristo é Deus, que pode tudo, e passamos a contar apenas com os aspectos humanos de nossa vida? Reduzimos o poder de Deus. Não é verdade também, que muitas vezes Cristo se apresenta no caminho de nossa vida, mas, por causa de nosso trabalho, nossas ocupações, nossas tristezas, nossa pouca fé, nós não o reconhecemos?
Não estava ardendo nossos corações?
Então Jesus lhes disse: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?” E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele.
O que será que passou na mente dos discípulos enquanto Jesus falava? Não sabemos, apenas temos o que os próprios caminhantes comentam, que “seus corações ardiam”. Mesmo assim, eles não reconhecem Jesus. Talvez tenham achado que aquele desconhecido fosse alguém muito instruído na fé, um culto, um sábio.
Conosco não ocorre o mesmo? As vezes decerto recebemos um conselho de um sacerdote durante a confissão, durante uma conversa, ou ouvimos um sermão, uma homilia. E é um recado de Deus para nós que diz: “Não se afaste de Jerusalém, não fuja para Emaús! Eu vou ressuscitar”, mas nós não levamos em conta e preferimos acreditar que aquele sacerdote estudou muito e é baste culto.
Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Jesus entrou para ficar com eles.
“Ficai conosco”, que pedido maravilhoso. Podemos repetir ele hoje em dia. “Ficai conosco Senhor, pois se faz trevas sobre o mundo”. Continuai conosco pois temos medo de nossos pecados, de nossas faltas. Ficai conosco porque não sabemos o caminho de volta para a casa paterna e já está tarde, a noite vem chegando.
Será que acontece comigo?
Você alguma vez sentiu que precisava que Deus estivesse com você? Pois bem, Ele estava, mas você não viu. Talvez por uma infidelidade, por uma cegueira, enfim. Mas o fato é que Deus jamais nos abandona, somos nós que o abandonamos.
Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles.
Os discípulos de Emaús, durante o caminho, julgavam que o caminhante desconhecido era um bom conhecedor das escrituras, apenas isso. Contudo, quando, sentados à mesa, o desconhecido partiu o pão, eles viram através daquele gesto inefável uma realidade, o Mestre crucificado a três dias estava vivo.
Então, a quanto tento não me confesso? A quanto tempo não comungo e vejo Cristo?
Se temos algum problema, devemos recorrer a Ele pois é para isso que Ele está presente no Santíssimo Sacramento até a consumação dos tempos.
O que me falta então para procurar este amigo que abandonei? Coragem para pedir perdão? Forças para voltar o caminho? O que me falta?
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Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras?” Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze reunidos com os outros. E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão.
Quando reconheceram Cristo ressuscitado, voltaram correndo para Jerusalém. Era tarde, a distância era de 11 quilômetros, mas eles não se importaram. Por que? Porque seus corações ardiam de amor. Eles haviam se aproximado do Cristo, ouvido o Cristo, isso os alimentou.
Se eu estou fugindo da minha Jerusalém, se eu estou perdido pelo caminho, o que devo fazer?
Ouvir a Jesus que me diz palavras doces, escuta minhas súplicas, e parte o pão para mim. Ele me ouve e me aconselha no confessionário, ele me dá forças na comunhão, na adoração. Parte o pão da palavra e da Eucaristia. Isto me dá forças para sair da minha Emaús, da minha falta de esperança, do meu desespero, e correr para Jerusalém e ver que, de fato, nesta páscoa, Cristo ressuscitou e me Ama.
Uma Santa e abençoada páscoa para todos os nossos leitores.
Ajude-nos a continuar nosso trabalho de catequisação em todo o Brasil.
2023
Explicação da Assunção de Maria
Explicação da Assunção de Maria
A Associação Cultural e Artística Nossa Senhora das Graças recebeu já algum tempo uma pergunta de um de seus leitores: “A Virgem Maria morreu ou não morreu? Se morreu, qual a causa?”. Vamos então refletir sobre a explicação da Assunção de Maria.
Solenidade da Assunção de Nossa Senhora
O Papa Paulo VI, na Exortação Apostólica Marialis Cultus, determinou que “A solenidade de 15 de agosto celebra a gloriosa Assunção de Maria ao Céu, festa de seu destino de plenitude e de bem-aventurança, glorificação de sua alma imaculada e de seu corpo virginal, de sua perfeita configuração com Cristo ressuscitado” (MC n.6)
Tal solenidade comemora a verdade de fé que aprendemos desde cedo na catequese e que foi proclamada por Pio XII em 1950 na Constituição Apostólica Munificentissimus Deus: “A Imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”
Fato Histórico
Os Santos e Doutores do início da Igreja reuniram um pequeno relato sobre a vida de Nossa Senhora, que foram narrados no Concílio de Calcedônia em 451. Nos narram que:
Na ocasião de Pentecostes, Maria Santíssima tinha aproximadamente 37 anos de idade. Permaneceu ainda vinte e cinco anos na terra, para formar e educar, por assim dizer, a Igreja nascente, da mesma forma como havia educado seu divino Filho. Terminou sua vida mortal aos 72 anos, sua morte foi suave como tinha sido a sua vida: Ela vivera de amor, devia morrer de amor.
Os apóstolos, exceto são Tomé, foram milagrosamente transportados das diversas partes do mundo, onde estavam pregando o Evangelho, para assistirem à morte da Mãe de Jesus, e assim serem testemunhas da sua ressurreição.
Aí estavam São Pedro e São João com os outros Apóstolos, e diversos discípulos entre os quais São Dionísio Areopagita e São Timóteo. Maria Santíssima os abençoou pela última vez, consolando a todos, recebeu das mãos de São Pedro a Eucaristia, e, depois, sem sofrimento, sem agonia, entregou sua alma, toda abrasada de amor, nas mãos de seu Criador e Filho.
Segundo a tradição, nesta ocasião, diversas pessoas ressuscitaram, cegos, paralíticos, enfermos de toda espécie foram curados ao contato com o corpo de Maria.
Os apóstolos depositaram no túmulo o corpo virginal da Mãe de Deus e fecharam-no com uma grande pedra e foram embora.
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São Tomé
Três dias depois chegou o Apóstolo São Tomé, vindo das Índias, onde estava evangelizando. Havia sido o único que não tinha sido miraculosamente transportado para junto dos outros Apóstolos. A Providência assim o quis para melhor manifestar a glória de Maria, como outrora o fez na reunião no cenáculo quando Jesus apareceu e ele duvidou.
Tomé pediu com insistência permissão para contemplar uma última vez o semblante da Mãe de Deus. Todos concordaram com o pedido. Foram então até o túmulo e, quando o abriram, prodígio! O túmulo estava vazio, os lençóis cuidadosamente dobrados e um intenso perfume inundava todo o sepulcro. A Virgem havia ressuscitado!
A Assunção
Com efeito, o corpo da Virgem, após a ressurreição não ficou na terra. A Assunção é como a consequência da Encarnação do Verbo, a Imaculada recebeu a Jesus em seu seio virginal, portanto, seria justo que Jesus a recebesse agora no seio de sua glória. Na terra, Jesus e Maria ficaram sempre unidos, corpo e alma. Durante nove meses de uma união física, o restante da vida de modo místico e agora no céu, de modo glorioso.
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Morreu de Amor
Por ser isenta da culpa original, Deus lhe havia concedido o poder de não morrer. Maria, se o preferisse, não morreria, mas era um privilégio e não um direito; e Ela não quis fazer uso dele, para melhor assemelhar-se ao seu Divino Filho.
Quis morrer e morreu de amor. O amor tem uma tríplice influencia em nossa morte. O homem deve morrer no amor, isto é, na Graça de Deus, ou não há salvação. Outros morrem por amor, são os heróis e os mártires.
Maria, como Mãe dos homens, morreu no amor. Como Rainha dos Mártires, morreu por amor e com Mãe de Deus, morreu de amor!
Conclusão
Eis o significado desta solenidade. Ela morreu de amor pelo seu Filho querido, do mesmo modo que Ele havia morrido de amor pelos homens.
Ela ressuscitou porque o seu corpo imaculado não podia ser tocado nem destruído pela corrupção do túmulo. Subiu ao céu, porque sendo Rainha do céu, e da terra, devia tomar posse de seu trono glorioso em corpo e alma e foi coroada pela Santíssima Trindade com uma coroa da plenitude de glória.
Ela é grande, é Mãe de Deus, mas Ela é também terna, é nossa Mãe. Nós também teremos de morrer e ressuscitaremos no último dia. Possamos, como Maria, subir ao céu e possamos um dia contemplar sua glória e receber das mãos de seu Jesus a coroa de glória.
Para isso, amemos Maria, consagremo-nos a Maria e imitemos Maria.
Fonte: MARIA, Pe. Júlio, O Evangelho das Festas Litúrgicas e dos Santos mais Populares, Ed. O Lutador, Munhamirim – MG, 1952.
Espero que essa explicação da Assunção de Maria lhe tenha sido útil espiritualmente!
Ajude a manter nossa ação social junto aos jovens!
2023
Devoção à Divina Misericórdia
Devoção à Divina Misericórdia
A Igreja estabeleceu que no primeiro domingo após a Páscoa o mundo católico celebrasse a Festa da Divina Misericórdia. A Associação Religiosa Nossa Senhora das Graças, desde seus primórdios, tem se empenhado na divulgação desta belíssima devoção, que certamente é muito indicada para os dias em que vivemos. O mundo está cercado de crises, ameaças, guerras, violências e injustiças. Desse modo, os bons, muitas vezes, sentem-se desanimados diante de tanta maldade e impunidade. A humanidade parece cada vez mais afastada de Deus e de seus mandamentos… Mas, as revelações de Nosso Senhor Jesus Cristo a Santa Faustina Kowalska nos indicam a solução para os problemas de nossos tempos.
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Santa Faustina Kowalska
Maria Faustina Kowalska nasceu a 25 de agosto de 1905 no pequeno povoado de Glogowiec, no interior da Polônia. Aos vinte anos entrou para a Congregação de Nossa Senhora da Misericórdia, na cidade de Cracóvia. Durante os anos turbulentos entre a primeira e a segunda guerra mundial, ela recebeu as revelações do próprio Nosso Senhor Jesus Cristo sobre a Divina misericórdia. Entretanto, em 5 de outubro de 1938, aos 33 anos, Faustina Kowalska faleceu devido a uma tuberculose. Após a sua morte, a devoção à Divina misericórdia espalhou-se pelo mundo inteiro.
O Papa São João Paulo II foi um grande devoto da Divina misericórdia. Em 1967, quando era Arcebispo de Cracóvia, o então Cardeal Karol Wojtyla concluiu a primeira etapa do processo de beatificação de Irmã Faustina. Posteriormente, já na condição de Papa, elevou Santa Faustina à honra dos altares: em 1993 a beatificou e em 2000 a canonizou. Ademais, a ele devemos também a Encíclica Dives in Misericordia, de 1980, que estabelece as bases doutrinárias do culto à misericórdia Divina.
A Revelação Misericordiosa de Jesus
Em suas revelações a Santa Faustina Nosso Senhor destacou a importância da misericórdia Divina no plano de salvação da humanidade. “Diz que a misericórdia é o maior atributo de Deus. Todas as obras das Minhas mãos são coroadas pela misericórdia” (301).
“Tudo que existe está encerrado nas entranhas da Minha misericórdia, e de forma mais profunda que a criança no ventre de sua mãe. Quanta dor Me causa a falta de confiança em Minha bondade. Os pecados que Me ferem mais dolorosamente são os de desconfiança” (1076).
“Abri o Meu Coração como fonte viva de misericórdia; que dela tirem vida todas as almas, que se aproximem desse mar de misericórdia com grande confiança. Os pecadores alcançarão justificação, e os justos serão confirmados no bem. O que confiou na Minha misericórdia, derramarei na hora da morte a Minha divina paz na sua alma” (1520).
É por isso que uma das lamentações mais impressionantes do Salvador é que, muitas vezes, os justos têm dificuldade em compreender a Sua misericórdia:
“O Meu Coração sofre porque até as almas eleitas não compreendem como é grande a minha misericórdia.” (379) …. “Oh! como me fere a incredulidade da alma! Essa alma confessa que sou Santo e Justo e não crê que sou misericórdia, não acredita na minha bondade. Até os demônios respeitam a minha justiça, mas não crêem na Minha bondade. Alegra-se o Meu Coração com esse título da misericórdia” (300).
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Divulgação da Devoção à Divina Misericórdia
De fato, Jesus quer que a humanidade conheça a bondade de Seu Coração. Por isso ele pede insistentemente que se divulgue para todo mundo o culto da Divina misericórdia.
“Minha filha, não te canses de divulgar a Minha misericórdia; consolarás com isso o Meu Coração, que arde como chama de compaixão para com os pecadores”. (1521) …. “Fala ao mundo da Minha misericórdia, do meu amor. Consomem-Me as chamas da misericórdia; desejo derramá-las sobre as almas humanas. Oh! que grande dor Me causam, quando não querem aceitá-las!” (1074).
“Diz minha filha, que sou puro Amor e a própria misericórdia. Quando uma alma se aproxima de mim com confiança, encho-a de tantas graças, que ela não pode encerrá-las todas em si mesma e as irradia para as outras almas” (1074).
“Minha filha, faz o que está ao teu alcance pela divulgação do culto da Minha misericórdia. Eu completarei o que não conseguires. Diz à humanidade sofredora que se aconchegue no Meu misericordioso coração, e Eu a encherei de paz” (1074).
“Minha filha, fala a todo o mundo da Minha inconcebível misericórdia” (699).
Promessas aos que divulgarem a Divina Misericórdia
“Deus prometeu uma grande graça a ti e a todos que proclamarem esta Minha grande misericórdia. Eu mesmo os defenderei na hora da morte como a Minha glória. E, ainda que os pecados das almas fossem negros como a noite, quando o pecador recorre àminha misericórdia presta-Me a maior glória e é a honra da Minha Paixão. Quando a alma glorifica a minha bondade, então o demônio treme diante dela e foge até o fundo do inferno”. (378)
“As almas que recorrem à Minha misericórdia e aquelas que glorificarem e anunciarem aos outros a Minha grande misericórdia, na hora da morte Eu as tratarei de acordo com a minha infinita misericórdia” (1520).
“As almas que divulgam o culto da Minha misericórdia eu as defendo por toda a vida como uma terna mãe defende seu filhinho e, na hora da morte não serei Juiz para elas, mas sim o Salvador Misericordioso. Nessa última hora a alma nada tem em sua defesa, além da Minha misericórdia. Feliz a alma que, durante a vida, mergulhou na fonte da misericórdia, porque não será atingida pela justiça” (1075).
“Todas as almas que louvarem Minha misericórdia e divulgarem a sua veneração, estimulando outras almas à confiança na Minha misericórdia, essas almas na hora da morte não sentirão pavor. A minha misericórdia as defenderá nesse combate final” (1540).
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A Festa da Misericórdia
Nosso Senhor pediu a Santa Faustina que a Sua misericórdia fosse celebrada todos os anos por meio de uma solene Festa: “Desejo que o primeiro domingo depois da Páscoa seja a Festa da Misericórdia” (299).
Devoção à Divina Misericórdia
“Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. Neste dia estão abertas as entranhas da Minha misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e das penas. Nesse dia estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças.
Que nenhuma alma tenha medo em se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como escarlate. A minha misericórdia é tão grande que, por toda a eternidade, nenhuma mente, nem humana, nem angélica a aprofundará. Tudo o que existe saiu das entranhas da Minha misericórdia. Toda alma contemplará em relação a Mim, por toda a eternidade, todo o Meu amor e a Minha misericórdia. A Festa da Misericórdia saiu das Minhas entranhas. Desejo que seja celebrada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa” (699).
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2023
Propósitos para a Quaresma
Propósitos para a Quaresma
Neste início de Quaresma, procuremos, como propósitos para a Quaresma, mais ainda do que a mortificação corporal, aceitar o convite que a Liturgia sabiamente nos faz, combatendo o amor próprio com todas as nossas forças.
“Procurai o mérito, procurai a causa, procurai a justiça; e vede se encontrais outra coisa que não seja a graça de Deus”. Santo Agostinho
Na quarta-feira de cinzas, ao recebermos as cinzas sobre a cabeça, ouvimos mais uma vez um claro convite à conversão que pode expressar-se numa fórmula dupla: “Convertei-vos e acreditai no evangelho”, ou: “Recorda-te que és pó e em pó te hás de tornar”.
A Quarta-Feira de Cinzas é considerada a “porta” da Quaresma. De fato, em sua tradição, a Igreja não se limita a oferecer-nos ao período quaresmal, mas indica-nos também os instrumentos necessários para o percorrer frutuosamente.
“Convertei-vos a mim de todo o vosso coração com jejuns, com lágrimas, com gemidos”. (Jl 2,12). Os sofrimentos que afligiam naquele tempo a terra de Judá estimulam o autor sagrado a encorajar o povo eleito a voltar com confiança filial ao Senhor. De fato, recorda o profeta, ele “é clemente e compassivo, paciente e rico em misericórdia e se compadece da desgraça” (Jl 2,13). O convite que Joel dirige aos seus ouvintes, por certo também é válido para nós.
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3 armas para combater o mal e as paixões
Não hesitemos em reencontrar a amizade de Deus perdida com o pecado; encontrando o Senhor experimentamos a alegria do seu perdão. E assim, quase respondendo às palavras do profeta, fazemos nossa a invocação do refrão do Salmo 50: “Perdoai-nos Senhor, porque pecamos”.
Amados irmãos e irmãs, temos quarenta dias para aprofundar esta extraordinária experiência. No Evangelho (cf. Mt 6, 1-6.16-18), Jesus indica quais são os instrumentos úteis para realizar a autêntica renovação interior e comunitária: as obras de caridade (a esmola), a oração e a penitência (o jejum). São as três práticas fundamentais queridas também à tradição hebraica, porque contribuem para purificar o homem aos olhos de Deus.
Estes gestos exteriores, que devem ser realizados para agradar a Deus e não para obter a aprovação dos homens, expressam a determinação do coração a servi-l’O, com simplicidade e generosidade. Recorda-nos isto também um dos Prefácios das missas quaresmais onde, em relação ao jejum, lemos esta singular expressão: “com o jejum elevas o espírito” (Prefácio IV).
O jejum, ao qual a Igreja nos convida neste tempo forte, certamente não nasce de motivações de ordem física ou estética. Mas brota da exigência que o homem tem de uma purificação interior que o desintoxique da poluição do pecado e do mal. Por esta razão o jejum e as outras práticas quaresmais são consideradas pela tradição cristã “armas” espirituais para combater o mal, as paixões negativas e os vícios.
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A este propósito, comenta São João Crisóstomo. “Assim como no fim do Inverno volta a estação do Verão e o navegante arrasta para o mar o barco, o soldado limpa as armas e treina o cavalo para a luta, o agricultor lima a foice, o viandante revigorado prepara-se para a longa viagem e o atleta depõe as vestes e prepara-se para as competições; assim também nós, no início deste jejum, quase no regresso de uma Primavera espiritual forjamos as armas como os soldados, limamos a foice como os agricultores, e como timoneiros reorganizamos a nave do nosso espírito para enfrentar as ondas das paixões. Como viandantes retomamos a viagem rumo ao céu e como atletas preparamo-nos para a luta com o despojamento de tudo” (Homilias ao povo antioqueno, 3).
Peçamos a Maria que nos acompanhe para que, no final da Quaresma. Possamos contemplar o Senhor ressuscitado, interiormente renovados e reconciliados com Deus e com os irmãos. Amém!
Adaptação da Homilia do Papa Bento XVI – Quarta-feira de Cinzas, propósitos para a Quaresma, 21 de Fevereiro de 2007 – Basílica de Santa Sabina no Aventino.
Nossa Associação está empenhada na divulgação da devoção a Nossa Senhora das Graças bem como na evangelização da juventude brasileira. Ajude-nos a ajudar!
2023
Cinzas
Quarta-feira de Cinzas
A imposição das cinzas.
“Memento homo, quia pulvis es et in pulverem reverteris”
“Lembra-te, ó homem, que és pó e em pó te hás de tornar” (Gn 3,19).
Após a terça-feira de Carnaval a Igreja nos convida ao jejum e a abstinência de carne na Quarta-Feira de Cinzas em um grande contraste com o dia anterior. Neste reina a seriedade e o recolhimento destinados à preparação das almas para receberem a Cristo que se aproxima na Solenidade da Páscoa.
A Quarta-Feira de Cinzas marca o início de um novo tempo litúrgico – a Quaresma – tempo dedicado à penitência e a oração. Mas qual é a razão das cinzas?
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Penitência
Entre o povo Hebreu o costume de se utilizar das cinzas como sinal de penitência e dor. Era muito comum e até mesmo recomendado pelo Senhor através de seus Profetas. Podemos verificar em vários trechos das Sagradas Escrituras, tais como:
“Cobri-vos de cinzas, guardas do rebanho, pois que chegou o dia da vossa destruição.” (Jr 25,34).
“Volvi-me para o Senhor Deus a fim de dirigir-lhe uma oração de súplica, jejuando e me impondo o cilício e a cinza.” (Dn 9,3).
Com o passar do tempo algumas Igrejas locais passaram a utilizar desta tradição tão incentivada nas Escrituras. A partir do ano 300 a cinza passou a ser empregada como forma de humilhação e punição para aqueles que praticavam algum pecado público.
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Por volta do século VII, nas igrejas, utilizava-se das cinzas para os pecadores públicos que haviam se arrependido de suas práticas e desejavam voltar à prática religiosa. Estes recebiam as cinzas na quarta-feira em que se iniciava a Quaresma, e logo depois se retiravam das comunidades para ficarem isolados durante quarenta dias vestidos com roupas grossas e portando a cinza a fim de serem reconhecidos como penitentes e aceitos novamente no seio da Igreja no Sábado Santo.
Já no século VIII o uso das cinzas visava os moribundos, que eram cobertos de cinzas e aspergidos com água benta a fim de representar os sentimentos de aflição e arrependimento e também como penitência pelos pecados cometidos.
Mais tarde, seguindo o sacramental gregoriano, as cinzas passaram a ser usadas no cerimonial público de iniciação da Quaresma, utilizando-se das cinzas provenientes dos ramos distribuídos no Domingo de Ramos do ano anterior, o sacerdote as impõe na fronte dos fiéis traçando uma cruz e recitando o versículo: “Lembra-te, ó homem, que és pó e em pó te hás de tornar.” (Gn 3, 19) ou a fórmula: “Convertei-vos e crede no Evangelho”
Sinal profundo em nossa alma
A imposição das cinzas não se trata apenas de um ato exterior, mas traz um significado muito mais profundo, como tão bem nos expressa Bento XVI: “A liturgia da Quarta-Feira de Cinzas indica assim na conversão do coração a Deus a dimensão fundamental do tempo quaresmal. Esta é a chamada muito sugestiva que nos vem do tradicional rito da imposição das cinzas, que daqui a pouco renovaremos. Rito que assume um dúplice significado: o primeiro relativo à mudança interior, à conversão e à penitência, enquanto o segundo recorda a precariedade da condição humana, como é fácil compreender das duas fórmulas diversas que acompanham o gesto.” (Bento XVI – Quarta-feira de Cinzas, 21 de Fevereiro de 2007 – Basílica de Santa Sabina no Aventino)
O profeta Joel nos diz: “Convertei-vos a mim de todo o vosso coração com jejuns, com lágrimas, com gemidos”. Neste período que a Igreja nos convida a uma conversão sincera, para bem aproveitarmos este tempo de preparação peçamos o auxílio da Santíssima Virgem, a Mãe Dolorosa, a fim de que Ela nos obtenha a humildade e a mansidão para buscarmos o sacramento da confissão e assim estarmos cada vez mais atentos à palavra de Deus que nos falará de modo especial nestes quarenta dias em que devemos nos preparar para receber o Senhor Ressuscitado.
Esperamos ter lhe feito bem espiritual. Preparemo-nos para o novo tempo que irá se iniciar.
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2022
Santa Escolástica – um santo exemplo de irmã gêmea
Santa Escolástica – um santo exemplo de irmã gêmea
Santa Escolástica, alma inocente e cheia de amor a Deus, de quem pouco se conhece, era irmã gêmea do grande São Bento, pai do monacato ocidental, a quem amou com todo o seu coração.
Nasceram Escolástica e Bento em Núrsia, na Úmbria, região da Itália situada ao pé dos montes Apeninos, no ano 480. Como seu irmão, teve ela uma educação primorosa. Modelo de donzela cristã, Escolástica era piedosa, virtuosa, cultivava a oração e era inimiga das vaidades.
Com a morte dos pais, Escolástica vivia mais recolhida no retiro de sua casa. Quando se inteirou que seu irmão deixara o deserto de Subiaco e fundara o célebre mosteiro de Monte Cassino, decidiu ela professar a mesma perfeição evangélica, distribuindo todos os seus haveres aos pobres e partindo com uma criada em busca do irmão.
Encontrando-o, explicou-lhe suas intenções de passar o resto da vida numa solidão como a dele e suplicou-lhe que fosse seu pai espiritual, prescrevendo-lhe as regras que deveria seguir para o aperfeiçoamento de sua alma. São Bento, já conhecendo a vocação da irmã, aceitou-a e mandou construir para ela e a criada uma cela não muito longe do mosteiro, dando-lhe basicamente a mesma regra de seus monges.
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O relato de um Papa Santo guardou para a história a vida de Santa Escolástica
A fama de santidade desta nova eremita foi crescendo e, pouco a pouco, se juntaram a ela muitas outras jovens que se sentiam chamadas para a vida monástica. Colocando-se todas sob a sua direção, juntamente com a de São Bento, formando assim uma nova Ordem feminina, mais tarde conhecida como das Beneditinas, que chegou a ter 14.000 conventos espalhados por todo o Ocidente.
A cada ano, alguns dias antes da Quaresma, encontravam-se Bento e Escolástica a meio caminho entre os dois conventos, numa casinha que ali havia para este fim. Passavam o dia em colóquios espirituais, para então tornarem a ver-se no ano seguinte. Um dos capítulos do livro “Diálogos”, de São Gregório Magno, ajudou a salvar do esquecimento o nome desta grande santa que tem lugar de predileção entre as virgens consagradas. O grande Papa santo narra com simplicidade o último encontro de São Bento e Santa Escolástica, em que a inocência e o amor venceram a própria razão.
O último encontro destes 2 irmãos gêmeos santos
Era a primeira quinta-feira da Quaresma de 547. São Bento foi estar com sua irmã na casinha de costume. Passaram todo o dia falando de Deus. Ao entardecer, levantou-se São Bento decidido a regressar a seu mosteiro, para voltar apenas no próximo ano. Mas, pressentindo que sua morte viria logo, Santa Escolástica pediu ao irmão que passassem ali a noite e não interrompessem tão abençoado convívio. Ao que o irmão respondeu:
– Que dizes? Não sabes que não posso passar a noite fora da clausura do convento?
Escolástica nada disse. Apenas abaixou a cabeça e, na inocência de seu coração, pediu a Deus que lhe concedesse a graça de estar um pouco mais com seu irmão e pai espiritual, a quem tanto amava. No mesmo instante o céu se toldou. Raios e trovões encheram o firmamento de luz e estrondos. A chuva começou a cair torrencialmente. Era impossível subir assim o Monte Cassino naquelas condições. Escolástica apenas perguntou a seu irmão:
– Então, não vais sair? São Bento, percebendo o que se havia passado, perguntou-lhe:
– Que fizeste, minha irmã? Deus te perdoe por isso…
– Eu te pedi e não quiseste me atender. Pedi a Deus e Ele me ouviu – respondeu a cândida virgem.
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Passaram então aquela noite em santo convívio, podendo o santo fundador regressar ao seu mosteiro apenas no outro dia pela manhã. De fato, confirmou-se o pressentimento de Escolástica. Entregou sua alma ao Criador três dias depois deste belo fato. São Bento viu, da janela de sua cela, a alma de Escolástica subir ao céu sob a forma de uma branca pomba, símbolo da inocência que ela sempre teve. Levou o corpo para seu mosteiro e aí o enterrou no túmulo que havia preparado para si próprio. Enfim, alguns meses mais tarde também faleceu São Bento. Ficaram assim unidos na morte aqueles dois irmãos que na vida terrena se haviam unido pela vocação.
Logo após a morte de São Bento muitos milagres e graças começaram sendo alcançadas por intercessão destes 2 grande santos que são irmãos gêmeos e também por meio da Medalha Exorcística de São Bento.
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O último encontro destes 2 irmãos gêmeos santos
Comentando este fato da vida dos dois grandes santos, São Gregório diz que o procedimento de Santa Escolástica foi correto. Deus quis assim mostrar a força de alma de uma inocente, que colocou o amor a Ele acima até da própria razão ou regra. Conforme São João, “Deus é amor” (I Jo 4, 7) e não é de admirar que Santa Escolástica tenha sido mais poderosa que seu irmão, na força de sua oração cheia de amor. “Pôde mais quem amou mais”, ensina São Gregório. Aqui o amor venceu a razão, nesta singular contenda.
Peçamos, acima de tudo, a Santa Escolástica a graça da restauração de nossa inocência batismal. Que cresça o amor a Deus em nossa alma e possamos ter sua força espiritual para dizer com toda propriedade as palavras de São Paulo: “Tudo posso naquele que me conforta” (Fl 4, 13).
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2021
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2021
A conversão de São Paulo
A conversão de São Paulo
No dia 25 de janeiro a Igreja celebra a Conversão de São Paulo. Saulo, fervoroso judeu e perseguidor dos cristãos torna-se Paulo, o Apóstolo.
Mas o que é conversão? Quem nos responde esta pergunta é Bento XVI em uma de suas catequeses.
A catequese de hoje será dedicada à experiência que São Paulo teve no caminho de Damasco e, portanto, ao que comumente se chama a sua conversão. Precisamente no caminho de Damasco, nos primeiros anos 30 do século I, e depois de um período no qual tinha perseguido a Igreja, verificou-se o momento decisivo da vida de Paulo.
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Sobre ele muito foi escrito e naturalmente sob diversos pontos de vista. O que é certo é que ali aconteceu uma mudança, (…) ele, inesperadamente, começou a considerar “perda” e “esterco” tudo o que antes constituía para ele o máximo ideal, quase a razão de ser da sua existência (cf. Fl 3, 7-8). O que tinha acontecido?
O Evangelho de São Lucas
Em relação a isto temos dois tipos de fontes. O primeiro tipo, o mais conhecido, são as narrações de Lucas, que por três vezes narra o acontecimento nos Atos dos Apóstolos (cf. 9, 1-19; 22, 3-21; 26, 4-23). O leitor é tentado a deter-se demasiado em alguns pormenores, como a luz do céu, a queda por terra, a voz que chama, a nova condição de cegueira, a cura e a perda da vista e o jejum.
Entretanto, todos estes pormenores se referem ao centro do acontecimento: Cristo ressuscitado mostra-se como uma luz maravilhosa e fala a Saulo, transforma o seu pensamento e a sua própria vida.
O esplendor do Ressuscitado o cega: assim vê-se também exteriormente o que era a sua realidade interior, a sua cegueira em relação à verdade, à luz que é Cristo. E depois o seu “sim” definitivo a Cristo no batismo volta a abrir os seus olhos, faz com que ele realmente veja.
Portanto, São Paulo foi transformado não por um pensamento mas por um acontecimento, pela presença irresistível do Ressuscitado, da qual nunca poderá duvidar, dado que foi muito forte a evidência do acontecimento.
As Cartas de São Paulo
O segundo tipo de fontes sobre a conversão é constituído pelas próprias Cartas de São Paulo. Ele nunca falou pormenorizadamente deste acontecimento, talvez porque podia supor que todos conhecessem o essencial desta sua história, todos sabiam que de perseguidor tinha sido transformado em apóstolo fervoroso de Cristo.
E isto tinha acontecido não após uma própria reflexão, mas depois de um acontecimento importante, um encontro com o Ressuscitado. Mesmo sem falar dos pormenores, ele menciona diversas vezes este fato importantíssimo, isto é, que também ele é testemunha da ressurreição de Jesus, do qual recebeu imediatamente a revelação, juntamente com a missão de apóstolo.
O texto mais claro sobre este ponto encontra-se na sua narração sobre o que constitui o centro da história da salvação: a morte e a ressurreição de Jesus e as aparições às testemunhas (cf. 1 Cor 15). Com palavras da tradição antiga, que também ele recebeu da Igreja de Jerusalém, diz que Jesus morto e crucificado, sepultado e ressuscitado apareceu, depois da ressurreição, primeiro a Cefas, isto é, a Pedro, depois aos Doze, depois a quinhentos irmãos que em grande parte naquele tempo ainda viviam, depois a Tiago, e depois a todos os Apóstolos.
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E a esta narração recebida da tradição acrescenta: “E, em último lugar, apareceu-me também a mim” (1 Cor 15, 8). Assim dá a entender que é este o fundamento do seu apostolado e da sua nova vida.
Assim podemos ver que as duas fontes, os Atos dos Apóstolos e as Cartas de São Paulo, convergem e convêm sob o ponto fundamental: o Ressuscitado falou a Paulo, chamou-o ao apostolado, fez dele um verdadeiro apóstolo, testemunha da ressurreição, com o encargo específico de anunciar o Evangelho aos pagãos, ao mundo greco-romano.
E ao mesmo tempo Paulo aprendeu que, apesar da sua relação imediata com o Ressuscitado, ele deve entrar na comunhão da Igreja, deve fazer-se batizar, deve viver em sintonia com os outros apóstolos. Só nesta comunhão com todos ele poderá ser um verdadeiro apóstolo, como escreve explicitamente na primeira Carta aos Coríntios: “Assim é que pregamos e é assim que vós acreditastes” (15, 11). Há só um anúncio do Ressuscitado, porque Cristo é um só.
A Conversão de São Paulo foi seu encontro com Cristo
Como se vê, Paulo nunca interpreta este momento como um facto de conversão. Porquê? Existem muitas hipóteses, mas para mim o motivo é muito evidente. Esta mudança da sua vida, esta transformação de todo o seu ser não foi fruto de um processo psicológico, de uma maturação ou evolução intelectual e moral, mas vem de fora: não foi o fruto do seu pensamento, mas do encontro com Cristo Jesus.
Neste sentido não foi simplesmente uma conversão, uma maturação do seu “eu”, mas foi morte e ressurreição para ele mesmo: morreu uma existência e outra nova nasceu com Cristo Ressuscitado. De nenhum outro modo se pode explicar esta renovação de Paulo. Todas as análises psicológicas não podem esclarecer e resolver o problema. Só o acontecimento, o encontro forte com Cristo, é a chave para compreender o que tinha acontecido: morte e ressurreição, renovação por parte d’Aquele que se tinha mostrado e tinha falado com ele. Neste sentido mais profundo podemos e devemos falar de conversão.
E nós?
Voltando a nós, perguntamo-nos o que significa isto para nós? Significa que também para nós o cristianismo não é uma nova filosofia ou uma nova moral. Somos cristãos unicamente se encontramos Cristo. Certamente Ele não se mostra a nós deste modo irresistível, luminoso, como fez com Paulo.
Mas também nós podemos encontrar Cristo, na leitura da Sagrada Escritura, na oração, na vida litúrgica da Igreja. Podemos tocar o coração de Cristo e sentir que Ele toca o nosso. Só nesta relação pessoal com Cristo, só neste encontro com o Ressuscitado nos tornamos realmente cristãos. E assim abre-se a nossa razão, abre-se toda a sabedoria de Cristo e toda a riqueza da verdade.
Portanto rezemos ao Senhor para que nos ilumine, para que nos doe no nosso mundo o encontro com a sua presença: e assim nos conceda uma fé viva, um coração aberto, uma grande caridade para todos, capaz de renovar o mundo.
Fonte: Bento XVI, Audiência geral, de 3 de setembro de 2008
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