2023
Os Arcanjos
Os Arcanjos
A Natureza dos Anjos
A Bíblia está cheia da existência dos Anjos, de tal forma que aparecem desde o princípio (ver cap. 3 do Gn). Desse modo, no Antigo Testamento, eles aparecem impedindo que Abraão sacrifique Isaac, consolando Agar no deserto (ver caps. 16 e.22 do Gn), bem como alimentando Elias (1 Rs 19), e protegendo os 3 meninos na fornalha (Dn 3). Igualmente em muitas outras passagens.
Assim, o Novo Testamento se abre com a presença do Anjo Gabriel anunciando a Zacarias o nascimento de João Batista, e a nossa Senhora a Encarnação do Verbo (ver Lc 1). E enchem os Evangelhos até à Ascensão de Cristo. Nos Atos dos Apóstolos há várias aparições de Anjos (ver nos Evangelhos e nos Atos as aparições dos Anjos).
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Os Anjos são puros espíritos. Dessa maneira, são substâncias puramente espirituais. Foram criados por Deus para existirem sem corpo. São as criaturas mais perfeitas, porque têm uma natureza mais semelhante à de Deus (puro espírito).
É grande o número dos Anjos. De fato, a Sagrada Escritura fala sempre do exército dos Anjos. Na sua prisão, nosso Senhor disse que podia pedir ao Pai e ele mandaria mais de 12 legiões de anjos em sua defesa (Mt 26, 53). Além disso, o profeta Daniel, descrevendo o trono de Deus, diz que um milhão de anjos o serviam, e mil milhões o assistiam (Dn 7, 10).
A saber, os Anjos estão divididos em 3 hierarquias, e cada uma delas em 3 coros. A primeira hierarquia é a dos que contemplam a Deus: Serafins, Querubins e Tronos. A segunda hierarquia se ocupa do governo do mundo: Dominações, Virtudes e Potestades. A terceira é encarregada de executar as ordens divinas: Principados, Arcanjos e Anjos.
Então, conhecemos, através da Bíblia, apenas o nome de três Arcanjos, os quais, a Igreja comemora no dia 29 de Setembro.
São Miguel
Os anjos foram dotados por Deus de inteligência perfeitíssima e, no entanto, pecaram, revoltando-se contra seu Criador. Mistério do mal… São Miguel, por sua fidelidade, recebeu em prêmio a missão de proteger a Santa Igreja.
São Miguel é o grande capitão do exército celeste. Seu nome Mi-cha-el significa, quem é igual a Deus? Pois, Quando Lúcifer, cego pelo orgulho, quis igualar-se ao Altíssimo, Miguel exclamou com voz trovejante: “Quem é igual a Deus?” E acompanhado pelos anjos fiéis, precipitou do alto dos céus a tropa rebelde dos apóstatas. Assim se tornou o generalíssimo do incontável exército dos santos anjos. Vê-se, nos profetas, que era o protetor do povo de Israel; sobretudo, agora o é da Igreja.
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São Gabriel
São Gabriel, cujo nome significa Força de Deus, anuncia ao profeta Daniel a época da grande obra de Deus, a época do Filho de Deus feito homem, Cristo condenado à morte, a remissão dos pecados, o Evangelho pregado a todas as nações, a ruína de Jerusalém e de seu templo, a condenação final do povo judeu. É o mesmo anjo Gabriel que prediz ao sacerdote Zacarias, no templo, no santuário, junto ao altar dos perfumes, o nascimento de um homem que será chamado João, ou cheio de graça, e que não mais anunciará a vinda do Salvador, mas que o apontará: “Eis o Cordeiro de Deus! Eis quem tira os pecados do mundo!”
É o mesmo arcanjo, sempre enviado para anunciar grandes coisas, que irá à humilde casa de Nazaré anunciar à Virgem Maria a maior de todas as coisas; comunicar que, sem deixar de ser virgem, ela daria à luz ao Filho do Altíssimo, que seria chamado Jesus ou Salvador, porque seria o Salvador do mundo. Pois, é esse glorioso arcanjo que nos ensina a dizer tal como ele: “Ave-Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres!”
São Rafael
São Rafael, cujo nome significa Médico ou cura de Deus, dá-se a conhecer a Tobias: “Quando oráveis, vós e Sara vossa nora, ou apresentava o memorial de vossas orações diante do santo; e quando sepultáveis os mortos, estava presente junto de vós. Quando não vos recusáveis a levantar-vos da mesa e deixar vosso jantar para amortalhardes um morto, o bem que praticáveis não permanecia oculto; pois eu estava convosco. E por que éreis agradáveis a Deus, foi necessário que fosseis provados. Agora, porém, Deus enviou-me para curar-vos, a vós e a Sara, esposa de vosso Filho. Sou Rafael, um dos sete anjos que apresentam as orações dos santos, e que podem defrontar a majestade do Santíssimo!
Oração aos Santos Arcanjos
Socorrei-nos, ó Santos Arcanjos, grandes santos irmãos nossos, que sois servos, como nós, diante de Deus. Defendei-nos de nós mesmos, da nossa covardia e tibieza, de nosso egoísmo e de nossa ambição, de nossa inveja e desconfiança, de nossa avidez em procurar a saciedade, a boa vida e a estima.
Desatai as algemas do pecado e do apego a tudo o que passa. Desvenda os nossos olhos que nós mesmos fechamos, para não precisarmos ver as necessidades de nosso próximo, e poder assim ocupar-nos de nós mesmos numa tranquila auto complacência.
Colocai em nosso coração o espinho da santa ansiedade de Deus, para que não deixemos de procurá-lo com ardor, contrição e amor. Contemplai em nós o Sangue do Senhor, que Ele derramou por nossa causa. Observai em nós as lágrimas de Vossa Rainha, que ela derramou sobre nós.
Contemplai em nós, a pobre, desbotada, arruinada imagem de Deus, comparando-a com a imagem íntegra que deveríamos ser por Sua vontade e Seu amor.
Ajudai-nos a conhecer a Deus, a adorá-Lo, a amá-Lo e a servi-Lo. Auxiliai-nos no combate contra os poderes das trevas que traiçoeiramente nos envolvem e nos afligem.
Ajudai-nos para que nenhum de nós se perca e para que um dia estejamos todos jubilosamente reunidos na eterna bem-aventurança.
Amém.
(Via: Canção Nova)
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2023
A história de São Pio
A história de São Pio
A história de São Pio de Pietrelcina encanta a todos que a conhecem pois, assim como o apóstolo Paulo, São Pio colocou, no centro de sua vida e do seu apostolado, a Cruz do Senhor como sua força, sabedoria e glória.
Este filho de São Francisco de Assis nasceu no dia 25 de Maio de 1887 na cidade italiana de Pietrelcina. Em seguida, foi batizado, recebendo o nome de Francisco. Recebeu o sacramento do Crisma e a Primeira Comunhão, quando tinha 12 anos.
Logo que chegou aos 16 anos, entrou no noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, em Morcone, e passou a chamar-se Frei Pio. Terminado o ano de noviciado, fez a profissão dos votos simples e, no dia 27 de Janeiro de 1907, a dos votos solenes. Enfim, sua ordenação sacerdotal foi no dia 10 de Agosto de 1910.
Em Setembro desse ano de 1916, foi mandado para o convento de Santa Maria das Graças, situado em São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até à morte. Será nesta cidade onde a história de Padre Pio se passará e será conhecida por todo o mundo.
O dia 25 de maio de 1917 merece especial registro em sua longa e santa vida. Ele completava 30 anos. Enquanto rezava no coro da igreja, foi agraciado com os estigmas da crucifixão de Jesus, os quais permaneceram nele por mais de 50 anos.
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O cuidado com as Almas
No convento, começou exercendo a função de diretor espiritual e mestre dos noviços. Além desse encargo, confessava os habitantes do povoado que frequentavam a igreja conventual. Foram estes que, pouco a pouco, notaram as características especiais do novo padre: suas Missas às vezes duravam três horas, pois com frequência entrava em êxtase, e os conselhos que ele dava no confessionário revelavam alguém que “lia as almas”.
Certa vez chegou uma jovem de Florença, muito atribulada, pois um familiar próximo tivera a desgraça de cometer suicídio, jogando-se no Rio Arno.
Já havia ouvido falar do padre de San Giovanni, e depois da Missa dirigiu- se à sacristia para falar com ele . Assim que este viu a moça, inteiramente desconhecida dele, disse-lhe com doçura:
– Da ponte ao rio demora alguns segundos… A jovem, surpresa e chorando, só pôde responder: – Obrigada, padre.
Fatos maravilhosos como esse se repetiam todos os dias nas vida de São Pio. Chegavam incrédulos que saíam arrependidos de sua falta de Fé. Pessoas tomadas de desespero recuperavam a confiança e a paz de alma. Enfermos retornavam curados a seus lares.
A companhia do Anjo da Guarda
Na história de São Pio podemos ver uma estreita relação com seu Anjo da Guarda, ao passo que ele chamava de “o amigo de minha infância”. Era seu melhor confidente e conselheiro.
Quando ele ainda era menino, um de seus professores decidiu pôr à prova a veracidade dessa magnífica intimidade. Ao propósito, escreveu-lhe várias cartas em francês e grego, línguas que o Pe. Pio então não conhecia.
Ao receber as respostas, exclamou estupefato:
– Como podes saber o conteúdo, já que do grego não conheces sequer o alfabeto?
– Meu Anjo da Guarda me explica tudo.
Graças a um amigo como esse, junto ao auxílio sobrenatural de Jesus e Maria, o Santo pôde ir acrisolando sua alma nos numerosos sofrimentos físicos e morais que nunca lhe faltaram.
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O Amor ao próximo
O momento mais alto da sua atividade apostólica era aquele em que celebrava a Santa Missa. Os fiéis, que nela participavam, pressentiam o ponto mais alto e a plenitude da sua espiritualidade.
No campo da caridade social, esforçou-se por aliviar os sofrimentos e misérias de tantas famílias, principalmente com a fundação da «Casa Sollievo della Sofferenza» (Casa Alívio do Sofrimento), que foi inaugurada no dia 5 de Maio de 1956.
Sem dúvida, para o Padre Pio, a fé era a vida: tudo desejava e tudo fazia à luz da fé. Empenhou-se assiduamente na oração. Passava o dia e grande parte da noite em colóquio com Deus. Dizia: “Nos livros, procuramos Deus; na oração, encontramo-Lo. A oração é a chave que abre o coração de Deus”. Assim, a fé levou-o a aceitar sempre a vontade misteriosa de Deus.
Um grande confessor
Quando alguém lhe perguntou qual missão havia ele recebido de Nosso Senhor Jesus Cristo, o santo capuchinho respondeu com simplicidade: “Eu? Eu sou confessor”.
Acima de tudo, era confessor! Os prodigiosos dons místicos que recebera da Providência não eram senão um anzol por meio do qual ele atraía as almas a se purificarem de seus pecados no sacramento da Reconciliação.
Frequentemente chegava passar até 15 horas por dia no confessionário, e muitos milagres ocorriam.
Por exemplo, certo dia, um comerciante pediu-lhe a cura de uma filha muito enferma e recebeu esta resposta: – Tu estás muito mais doente que tua filha. Vejo-te morto. Como podes sentir-te bem com tantos pecados na consciência? Estou vendo pelo menos trinta e dois…
Imediatamente, surpreso, o homem ajoelhou-se para se confessar. Em seguida, quando terminou, disse para quantos quisessem ouvi-lo: “Ele sabia tudo e me disse tudo!”
A glorificação
São Pio de Pietrelcina faleceu no dia 23 de Setembro de 1968; tinha ele 81 anos de idade. O seu funeral foi acompanhado por um mar de pessoas.
Nos anos que se seguiram à sua morte, a história de vida de São Pio, sua fama de santidade e milagres foi cada vez mais ficando conhecida, tornando-se um fenômeno eclesial, espalhado por todo o mundo e em todas as categorias de pessoas.
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2023
Natividade de Nossa Senhora
Natividade de Nossa Senhora
Festa da natividade de Nossa Senhora. O dia de nosso nascimento é celebrado e festejado com muita alegria. É costume uma família alegra-se e comemorar o nascimento de um filho, por exemplo. Pelo contrário, a Igreja celebra o nascimento de um filho, mas o nascimento espiritual, se nascimento para o céu. Assim são marcadas as datas das festas da maioria dos santos, o dia de sua morte para esta vida e seu nascimento para a glória.
Esta é a regra geral, porém há exceções.
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Nascimento da Santíssima Virgem
Entre os santos a Igreja celebra o nascimento terreno de apenas dois santos, São João Batista (24 de junho) e da Santíssima Virgem (8 de setembro). A mulher predestinada para ser a Mãe de Deus aparece sobre a terra com a alma santa e imaculada, com a mesma pureza e santidade com que saiu das mãos de Deus.
Seu nascimento constitui um motivo de alegria universal para a terra e para o céu. Alegram-se Deus, os Anjos, os santos e toda a Igreja.
Alegria de Deus
Nossa Senhora é a obra prima das mãos de Deus. Lemos no Gênesis que, quando Deus viu todas as coisas que havia criado pareceram-lhe muito boas e se alegrou com elas. Pois bem, qual a alegria dele ao contemplar Maria?!
Vamos mais fundo. Recordemos como o homem havia pecado e por isso Deus já não podia ver a terra do mesmo modo. A humanidade havia pecado e, por toda parte repercutiu essa desobediência.
Então, quatro mil anos depois, surge Maria, e tudo se transforma. Deus então vê a criação de outra maneira pois ali está sua imagem e semelhança novamente, perfeita e pura, É Maria. Deus se alegra!
O Eterno Pai alegra-se com o nascimento de sua Filha preferida; o Filho enche-se de alegria ao ver já na terra aquela a quem iria chamar como Mãe; o Espírito Santo, coloca uma a uma todas as virtudes no coração de sua esposa tão querida.
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Alegria dos Anjos
Por que os Anjos se alegram com o nascimento de Nossa Senhora? Porque eles contemplam o nascimento de sua Rainha! Ela é aquela que que, depois de Deus, será o espetáculo mais belo do céu.
Se compararmos essa Menina com todas as belezas do céu nos reconheceremos que, depois de Deus, nenhuma pode se comparar com Maria.
Acredita-se que Lúcifer revoltou-se iniciou a grande batalha no céu, porque Deus o fez conhecer o plano de que um dia teriam de adorar seu Filho feito homem, nascido de uma mulher, a quem deveria reconhecer como Rainha e Mãe de Deus. Lúcifer sentiu-se humilhado, rebelou-se e foi lançado no inferno juntamente com um terço dos Anjos.
Então, imaginemos o ódio e desprezo, mas também o pavor, do inferno todo vendo Maria e sua incomparável formosura e santidade. Ao mesmo tempo, consideremos a alegria dos Anjos bons ao verem a glória reservada a eles, de servirem à Mãe de Deus.
Alegria dos santos no Limbo
Até a redenção na Cruz, todos os justos estavam no limbo, no “Seio de Abraão”. Apesar de serem almas justas e santas, não podiam entrar no céu, suas portas estavam fechadas e por isso, habitavam aquele desterro. Almas dos profetas, patriarcas, todas as figuras do Antigo Testamento.
Quatro mil anos de espera para Adão e Eva… Séculos e séculos para tantas almas. Que longa espera. Pois bem, imaginemos a alegria deles quando Deus revela que a Mãe do Messias esperado nascia! Enfim, na terra estava aquela que, com seu Filho, haveria de libertar a todos daquela prisão.
Por que estavam no Limbo? Porque o pecado era universal, para todo o gênero humano.
Quando Adão estava no paraíso, ele não era uma pessoa particular, era a humanidade toda, a fonte da vida que deveria se propagar a todos os homens. Todos nós estávamos representados nele.
A pobreza de Adão
Tudo quanto Deus concedeu a Adão, não era apenas para ele, mas todos que viriam depois. Nós seríamos como Adão. A primeira vista, parece uma crueldade, uma injustiça, mas não é!
Se um pai, nesta terra, é muito rico, tem terras e propriedades, ricos serão seus filhos. Porém, se esse pai perde tudo e fica sem nada, seus filhos também, mesmo sem terem culpa, perdem tudo.
O mesmo se deu conosco. Adão era riquíssimo da graça de Deus e consequentemente nós deveríamos ser. Porém, Adão perdeu tudo por causa do pecado, e por isso nós nascemos pobres de corpo e alma. Esta é a verdade.
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Maria Imaculada
Por fim, contemplemos Maria entrando nesta vida. Ela deveria ser como nós em tudo, mas Deus fez uma exceção para Ela, deveria nascer tal qual se formou em suas divinas mãos, pura, sem mancha, imaculada.
Cantemos juntamente com os Anjos neste dia os louvores à Santíssima Virgem. Nunca houve e jamais haverá criatura mais majestosa e bela como ela. Terminemos então, dando graças a Deus por ter feito sua Filha, Mãe e Esposa Imaculada. E cante louvores a Deus pois a humanidade tem Maria Hoje! Solenidade da Natividade de Nossa Senhora
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2023
Explicação da Assunção de Maria
Explicação da Assunção de Maria
A Associação Cultural e Artística Nossa Senhora das Graças recebeu já algum tempo uma pergunta de um de seus leitores: “A Virgem Maria morreu ou não morreu? Se morreu, qual a causa?”. Vamos então refletir sobre a explicação da Assunção de Maria.
Solenidade da Assunção de Nossa Senhora
O Papa Paulo VI, na Exortação Apostólica Marialis Cultus, determinou que “A solenidade de 15 de agosto celebra a gloriosa Assunção de Maria ao Céu, festa de seu destino de plenitude e de bem-aventurança, glorificação de sua alma imaculada e de seu corpo virginal, de sua perfeita configuração com Cristo ressuscitado” (MC n.6)
Tal solenidade comemora a verdade de fé que aprendemos desde cedo na catequese e que foi proclamada por Pio XII em 1950 na Constituição Apostólica Munificentissimus Deus: “A Imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”
Fato Histórico
Os Santos e Doutores do início da Igreja reuniram um pequeno relato sobre a vida de Nossa Senhora, que foram narrados no Concílio de Calcedônia em 451. Nos narram que:
Na ocasião de Pentecostes, Maria Santíssima tinha aproximadamente 37 anos de idade. Permaneceu ainda vinte e cinco anos na terra, para formar e educar, por assim dizer, a Igreja nascente, da mesma forma como havia educado seu divino Filho. Terminou sua vida mortal aos 72 anos, sua morte foi suave como tinha sido a sua vida: Ela vivera de amor, devia morrer de amor.
Os apóstolos, exceto são Tomé, foram milagrosamente transportados das diversas partes do mundo, onde estavam pregando o Evangelho, para assistirem à morte da Mãe de Jesus, e assim serem testemunhas da sua ressurreição.
Aí estavam São Pedro e São João com os outros Apóstolos, e diversos discípulos entre os quais São Dionísio Areopagita e São Timóteo. Maria Santíssima os abençoou pela última vez, consolando a todos, recebeu das mãos de São Pedro a Eucaristia, e, depois, sem sofrimento, sem agonia, entregou sua alma, toda abrasada de amor, nas mãos de seu Criador e Filho.
Segundo a tradição, nesta ocasião, diversas pessoas ressuscitaram, cegos, paralíticos, enfermos de toda espécie foram curados ao contato com o corpo de Maria.
Os apóstolos depositaram no túmulo o corpo virginal da Mãe de Deus e fecharam-no com uma grande pedra e foram embora.
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São Tomé
Três dias depois chegou o Apóstolo São Tomé, vindo das Índias, onde estava evangelizando. Havia sido o único que não tinha sido miraculosamente transportado para junto dos outros Apóstolos. A Providência assim o quis para melhor manifestar a glória de Maria, como outrora o fez na reunião no cenáculo quando Jesus apareceu e ele duvidou.
Tomé pediu com insistência permissão para contemplar uma última vez o semblante da Mãe de Deus. Todos concordaram com o pedido. Foram então até o túmulo e, quando o abriram, prodígio! O túmulo estava vazio, os lençóis cuidadosamente dobrados e um intenso perfume inundava todo o sepulcro. A Virgem havia ressuscitado!
A Assunção
Com efeito, o corpo da Virgem, após a ressurreição não ficou na terra. A Assunção é como a consequência da Encarnação do Verbo, a Imaculada recebeu a Jesus em seu seio virginal, portanto, seria justo que Jesus a recebesse agora no seio de sua glória. Na terra, Jesus e Maria ficaram sempre unidos, corpo e alma. Durante nove meses de uma união física, o restante da vida de modo místico e agora no céu, de modo glorioso.
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Morreu de Amor
Por ser isenta da culpa original, Deus lhe havia concedido o poder de não morrer. Maria, se o preferisse, não morreria, mas era um privilégio e não um direito; e Ela não quis fazer uso dele, para melhor assemelhar-se ao seu Divino Filho.
Quis morrer e morreu de amor. O amor tem uma tríplice influencia em nossa morte. O homem deve morrer no amor, isto é, na Graça de Deus, ou não há salvação. Outros morrem por amor, são os heróis e os mártires.
Maria, como Mãe dos homens, morreu no amor. Como Rainha dos Mártires, morreu por amor e com Mãe de Deus, morreu de amor!
Conclusão
Eis o significado desta solenidade. Ela morreu de amor pelo seu Filho querido, do mesmo modo que Ele havia morrido de amor pelos homens.
Ela ressuscitou porque o seu corpo imaculado não podia ser tocado nem destruído pela corrupção do túmulo. Subiu ao céu, porque sendo Rainha do céu, e da terra, devia tomar posse de seu trono glorioso em corpo e alma e foi coroada pela Santíssima Trindade com uma coroa da plenitude de glória.
Ela é grande, é Mãe de Deus, mas Ela é também terna, é nossa Mãe. Nós também teremos de morrer e ressuscitaremos no último dia. Possamos, como Maria, subir ao céu e possamos um dia contemplar sua glória e receber das mãos de seu Jesus a coroa de glória.
Para isso, amemos Maria, consagremo-nos a Maria e imitemos Maria.
Fonte: MARIA, Pe. Júlio, O Evangelho das Festas Litúrgicas e dos Santos mais Populares, Ed. O Lutador, Munhamirim – MG, 1952.
Espero que essa explicação da Assunção de Maria lhe tenha sido útil espiritualmente!
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2023
A Transfiguração do Senhor
A Transfiguração do Senhor
São Paulo declara aos coríntios ter sido arrebatado ao Céu, em certo momento de sua vida, onde ouviu o que era impossível transmitir ou explicar: “foi arrebatado ao Paraíso e lá ouviu palavras inefáveis, que não é permitido a um homem repetir” (II Cor 12, 4).
Esse é o Céu, “o fim último e a realização de todas as aspirações mais profundas do homem, o estado de felicidade suprema e definitiva”; e essa é a glória que transparece no Tabor, ao transfigurar-Se o Senhor. E é a Festa que a Igreja comemora no dia 6 de Agosto, a Festa da Transfiguração do Senhor.
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Jesus sobe ao Monte Tabor
O Evangelho nos conta: “Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha.”
Agradava ao Divino Mestre o alto das montanhas, e ali procurava prodigalizar seus grandes mistérios. Nesse caso concreto, escolheu o Tabor talvez para simbolizar a necessidade de elevarmos nossos corações sobre as coisas deste mundo conforme as palavras de São Remígio: “Com isto o Senhor nos ensina que é necessário, para quem deseja contemplar a Deus, não se deixar atolar nos baixos prazeres, mas elevar a alma para as coisas celestiais, por meio do amor às realidades superiores.”
Por que Jesus escolheu esses três Apóstolos? Muitas são as explicações, porém, algo muito claro e imediato salta logo aos olhos: estes de fato veriam mais de perto as humilhações pelas quais passaria o Salvador durante a paixão. Assim como também era fundamental haver algumas testemunhas da glória de Jesus para sustentarem, na provação da Paixão, os Apóstolos em suas tentações.
Uma visão divina
Continua assim o Evangelho: E foi transfigurado diante deles; o seu rosto brilhou como o Sol e as suas roupas ficaram brancas como a luz.
No que terá pois consistido essa transfiguração? Evidentemente, não viram os Apóstolos a divindade do Verbo de Deus, mas viam apenas uma fímbria da verdadeira glória da humanidade sagrada de Jesus.
Evangelho: Nisto apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus.
Esses dois grandes personagens aparecem na Transfiguração do Senhor, conforme nos assegura São João Crisóstomo, “para que se soubesse que Ele tinha poder sobre a morte e sobre a vida; por esta razão apresenta Moisés, que tinha morrido, e Elias, que ainda vivia”.
Então Pedro tomou a palavra e disse: “Senhor, é bom ficarmos aqui. Se queres, vou fazer aqui três tendas: uma para Ti, outra para Moisés, e outra para Elias”.
Pedro diz isso porque está inundado de grande alegria, deseja perpetuar aquela felicidade. Ele não estava ainda suficientemente instruído pelo Espírito Santo para saber o quanto a Terra não era o ambiente para o felicidade permanente. Não tinha assim noção de quanto as consolações são auxílios passageiros concedidos por Deus para nos estimular em seu serviço e a sofrer por Ele.
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INEGAVELMENTE Filho de Deus
Pedro ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra. E da nuvem uma voz dizia: “Este é o meu Filho amado, no qual Eu pus todo meu agrado. Escutai-O!” Quando ouviram isto, os discípulos ficaram muito assustados e caíram com o rosto em terra.
São Jerônimo nos explica as razões desta queda dos Apóstolos: “Por três motivos caíram aterrorizados: porque compreenderam seu erro, porque ficaram envolvidos pela nuvem luminosa e porque ouviram a voz de Deus que lhes falava. E não podendo a fragilidade humana suportar tamanha glória, ela se estremece com todo o seu corpo e toda a sua alma, e cai por terra: pois o homem que não conhece sua medida, quanto mais queira elevar-se até as coisas sublimes, mais desliza até as baixas”.
Jesus Se aproximou, tocou neles e disse: “Levantai-vos, e não tenhais medo”.
Além da onipotência de sua presença e sua voz, Jesus quis tocá-los com sua própria mão. Com efeito, esse fato nos faz recordar aquela passagem de Daniel: “uma mão me tocou, e fez com que me erguesse sobre os joelhos e as palmas das mãos” (10, 10). Tornou-se evidente para eles o quanto essa força partia de Jesus e não da natureza deles.
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Os discípulos ergueram os olhos e não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus.
Desaparecem de seus olhos a Lei e os profetas. Afinal entendem experimentalmente o quanto Jesus é o Esperado das Nações.
Quando desciam da montanha, Jesus ordenou-lhes: “Não conteis a ninguém esta visão, até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos”.
Até mesmo no alto do Tabor terminam as alegrias, como sempre ocorre nesta Terra de exílio. É necessário decerto descerem do monte todos aqueles que são chamados à vida ativa.
Deus nos fala hoje
No Tabor a voz do Pai proclama: “Escutai-O!”. Esta recomendação se dirige sobretudo a nós, batizados, pois somos filhos adotivos de Deus e, portanto, já passamos por uma imensa transformação quando ascendemos à ordem sobrenatural, deixando de ser exclusivamente puras criaturas
Confiemos nessa promessa com base nas garantias da Transfiguração do Senhor e antes de mais nada, peçamos à Mãe da Divina Graça que bondosamente nos auxilie com os meios sobrenaturais a chegarmos incólumes, decididos e seguros ao bom porto da eternidade: o Céu.
Esse é o Céu, “o fim último e a realização de todas as aspirações mais profundas do homem, o estado de felicidade suprema e definitiva”; e essa é a glória que transparece no Tabor, na transfiguração do Senhor. E é a Festa que a Igreja comemora no dia 6 de Agosto, a Festa da Transfiguração.
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2023
São Cristóvão, padroeiro dos motoristas e viajantes
São Cristóvão, padroeiro dos motoristas e viajantes
O Rei mais poderoso da terra
Antes de sua conversão, chamava-se Réprobo. Diz a tradição que era um forte gigante, da raça dos cananeus. Graças a isso, era o melhor guerreiro de seu reino. Mas Réprobo tinha o desejo de servir o maior rei de todos, e por isso, saiu pelo mundo à procura dele.
Em determinado momento encontrou um rei que dizia ser o maior de todos. Imediatamente réprobo começou a servi-lo.
Certa vez, durante uma festa no palácio, alguns músicos tocavam e cantavam para o rei. Em algumas canções a letra continha citações ao demônio e, sempre que o rei ouvia falar do demônio imediatamente fazia o sinal da cruz.
Réprobo então quis saber do rei por qual razão fazia aqueles gestos. O soberano então disse que aquele sinal da cruz era para afugentar qualquer coisa má vinda do demônio.
Foi então que o gigante percebeu que seu rei não era o mais poderoso dos reis. Concluiu então que era o demônio e que por isso, deveria servi-lo.
Encontro com o demônio
O gigante então saiu em mais uma jornada a procura do rei mais poderoso do mundo. Um dia, enquanto caminhava no deserto encontrou o demônio e passou acompanha-lo por toda parte.
Entretanto, percebeu que, o demônio, sempre que avistava uma cruz desviava seu caminho.
Réprobo então perguntou porque ele fugia daquele símbolo. O inimigo infernal lhe disse:
“Houve um homem chamado Jesus Cristo que morreu na Cruz, e com isso trouxe a salvação para a humanidade, e quando vejo Seu sinal, me sinto derrotado e fujo de medo”.
Foi então que Réprobo abandonou o demônio e desejou encontrar este Jesus.
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O menino mais pesado do mundo
Réprobo após sua conversão passou a se chamar Cristóvão, “aquele que carrega Cristo”. Sua conversão foi assim.
O gigante então passou a ganhar a vida carregando em seus ombros os viajantes de uma
margem para outra de um rio caudaloso sobre o qual não havia ponte. A correnteza não podia com ele, dava alguns passos largos e já estava do outro lado. Deixava ali o passageiro, recebia algumas moedas e logo voltava para carregar outra pessoa.
A tradição conta que um dia se apresentou à beira do rio um menino belo como um raio de sol e sorridente como uma rosa de primavera. Assim que o viu, São Cristóvão pensou: “tão belo como um Anjo, pequeno, deve pesar pouco”. Logo que chegou na margem disse:
– Menino, queres que te passe para o outro lado? Andas tão sozinho por estes caminhos.
O Menino respondeu:
– Ando pelo mundo à procura de um tesouro que perdi. Queria passar para o outro lado do rio para ver se encontro este tesouro por estes campos e caminhos. Mas é uma pena que não poderás me carregar.
Cristóvão soltou uma forte gargalhada.
– Não poderei contigo? Anjinho de Deus, sois tão pequeno e leve, que não te carregarei nos ombros, mas na ponta dos dedos.
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Dito isso, aquele vigoroso gigante tomou o menino e, como se fosse uma pena, o colocou sobre os ombros e, saltando no rio, começou a caminhar em direção a outra margem.
Entretanto, quando estava no meio do trajeto, o menino começou a pesar tanto, tanto, que o gigante começou a tremer. Vendo que a correnteza estava começando a arrastá-lo, exclamou:
– Menino, pesas muito, tens que ser mais que um simples menino.
O menino então respondeu:
– Cristóvão, tens razão, eu peso mais que o mundo inteiro! Sou o Menino Deus, ando por estas terras procurando um tesouro que são as almas que se afastaram de mim. Hoje vim buscar a tua alma, se crês em mim e me amas, não só sentirás meu peso nos ombros, mas também no coração, e Eu te farei feliz neste mundo e no outro.
Quando chegou à outra margem do rio, Cristóvão colocou o menino sobre a areia, ajoelhou-se diante dele e disse:
– Menino, tu és Deus, eu creio em Ti e eu Te amo e só a Ti quero amar por toda minha vida!
E cumpriu a sua palavra, porque abandonou aquela vida e desde aquele dia se dedicou a servir e amar a Deus.
Oração a São Cristóvão para uma boa viagem
Senhor, todo poderoso, concedei-me firmeza e vigilância no volante para que eu chegue ao meu destino sem acidentes e em segurança. Protegei os que viajam, e a todos que dirigem concedei com prudência, e que descubram vossa presença na natureza, nas rodovias, nas ruas, nas criaturas, e em tudo aquilo que nos rodeia.
São Cristóvão, protegei-me e ajudai-me nas minhas idas e vindas a saber viver com alegria, e fé intensa agora e sempre. Amém!
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2023
Santa Maria Madalena
Santa Maria Madalena
Quem ouve o nome “Maria Madalena”, na maioria das vezes, lembra-se da mulher pecadora e de má vida do Evangelho. Mas poucos se recordam que dela foram tirados sete demônios (Lc 8,2) e que ela foi perdoada de seus numerosos pecados (Lc 7,47- Mc 16,9). Santa Maria Madalena.
Muitos ignoram que ela arrependeu-se do mal que praticou. Esquecem que ela viveu uma vida de penitente, que foi uma grande Santa. Por fim, santificou-se por amar intensamente a Deus.
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As três Maria e Santa Maria Madelana
O Papa São Gregório Magno, foi um zeloso reformador da Igreja, foi quem estabeleceu regras para o canto e cerimônias litúrgicas na Igreja. Além disso ele foi também um grande estudioso da vida dos santos e das Escrituras Sagradas. São Gregório Magno afirma que Santa Maria Madalena, Maria de Betânia e Maria pecadora, citadas no evangelho, por certo, são a mesma pessoa.
Por isso mesmo, é que Santa Maria Madalena é, entre as mulheres, a que mais tem seu nome citado nos Santos Evangelhos.
Ela nasceu em Magdala e viveu no século I. Conheceu Nosso Senhor, foi contemporânea de Nossa Senhora, dos Apóstolos, dos primeiros cristãos.” Ela era irmã de Santa Marta e de Lázaro, a quem o Mestre Divino ressuscitou. “Lázaro havia caído doente em Bethania onde estavam Maria e sua irmã Marta. Maria era quem ungira o Senhor com óleos perfumados e Lhe enxugara os pés com seus cabelos” durante um banquete do qual Jesus participava.
Na Via Dolorosa, no Calvário, … de pé, com a Virgem Maria!
Sem dúvida, Maria Madalena esteve no Calvário. “Havia ali algumas mulheres (…) que tinham seguido Jesus desde a Galileia para o servir. Entre elas Maria Madalena.” (Mt 27,55-56) É certo que durante a peregrinação na via dolorosa Santa Maria Madalena esteve ao lado da Virgem Mãe de Deus, Nossa Senhora, a quem ela admirava e venerava afetuosamente e que naquela ocasião era quem mais sofria espiritualmente as dores pelas quais seu Divino Filho passava para a salvação dos homens.
E essa, sem dúvida, foi uma ocasião oportuna que, aquela que muito havia pecado, encontrou para consolar quem nunca havia pecado. No Calvário, quando todos fugiram, “junto à cruz de Jesus estavam de pé sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, mulher de Cléofas, e… Maria Madalena.” (Jo 19,25).
Frutos do amor a Deus
Seu amor a Nosso Senhor já tinha feito com que ela, após a morte do Salvador, estivesse junto dEle também em Seu sepultamento. E, depois que a pedra foi rolada, “Maria Madalena e a outra Maria ficaram lá, sentadas diante do túmulo” (Mt 27,61).
Passou-se a sexta feira, passou-se o sábado.
“Depois do sábado, quando amanhecia o primeiro dia da semana, Maria Madalena, e a outra Maria foram ver o túmulo” (Mt 28,1). Ela descobriu o túmulo vazio e ouviu dois seres angélicos anunciarem a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ela seria a primeira testemunha da Ressurreição do Senhor e a primeira a ver Cristo mais tarde no mesmo dia quando o Mestre deu a ela a mensagem para entregar aos demais discípulos (Jo 20,1-18).
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De fato, a partir deste encontro com Jesus Ressuscitado, Santa Maria Madalena, a discípula fiel, continuou vivendo entre os apóstolos e discípulos, sendo um exemplo vivo das graças que o Senhor dispensou a ela, levando uma vida de testemunho e de luta por uma santidade maior.
Após Pentecostes
A tradição nos conta que juntamente com a Virgem Maria e o Apóstolo João, ela foi evangelizar em Éfeso. No entanto, outra história, que desde muito corre no Ocidente, diz que ela viajou para Provença, França, com seus irmãos Marta e Lázaro com mais outros discípulos para evangelizar Gaul.
Neste local ela passou 30 anos de sua vida na caverna de La Saint-Baume, nos Alpes Marítimos. Foi milagrosamente transportada, pouco antes de sua morte, para a Capela de Saint-Maximin, onde recebeu os últimos sacramentos da Santa Igreja. Ela foi enterrada em Aix. Em Vazelay, na França, todos afirmam que suas relíquias ali estão desde o século XI.
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2023
São Bento, semente de milhares de santos
São Bento, semente de milhares de santos
São Bento nasceu na Itália, na região central chamada Úmbria, por volta do ano 480. Era filho de uma família nobre e desde sua infância manifestou um gosto especial pela oração. Seus primeiros estudos se deram na região de Núrsia e mais tarde ele mudou-se para Roma onde aprofundou seus estudos de filosofia e retórica.
Vocação
O jovem Bento logo viu a decadência moral de Roma e decidiu retirar-se para uma vida de penitência e oração. Partindo para o deserto, passou a morar em uma gruta afastada localizada no monte Subiaco. Ali conheceu um eremita de nome Romano, que lhe dava alimentos. São Bento viveu ali três anos em recolhimento, longe de todos, rezando, meditando e estudando.
Foi quando alguns pastores, ouvindo falar de sua santidade, começaram a procura-lo para pedir conselhos e orações. A partir de então, todos os moradores das cidades vizinhas iam até Subiaco para encontrarem São Bento.
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Santidade
Próximo à gruta onde se refugiara São Bento, havia um mosteiro que sem abade. Os monges pediram que ele assumisse o cargo de superior, mas o santo não queria aceitar e atestava que os seus costumes não iriam se harmonizar com os dos monges que levavam uma vida já solta e sem observância da regra. Mas, por fim, acabou aceitando.
São Bento começou então a exigir a observância dos costumes e da regra do convento, determinou horários para oração, meditação, jejuns etc. Arrependidos pela escolha de tal superior, decidiram matá-lo, colocando veneno na taça de vinho. Quando o servo de Deus sentou-se à mesa, apresentaram-lhe a bebida. Seguindo o costume da casa, estendeu a mão e pronunciou a bênção. No mesmo instante a taça explodiu, reduzindo-se a cacos.
Foi então que São Bento compreendeu o que havia se passado, levantou-se tranquilamente e reuniu a comunidade, dizendo: “Deus tenha compaixão de vós, irmãos. Por que me quisestes fazer isto? Não vos disse eu previamente que não se harmonizariam os vossos costumes com os meus? Ide, e procurai para vós um Pai consoante à vossa vida; depois disto já não me podereis reter”.
Os Beneditinos
Assim, São Bento retornou para sua gruta, porém, vários discípulos apareceram querendo seguí-lo. Foi assim que, em pouco tempo, ele fundo doze mosteiros, organizou a vida monástica de sua comunidade, escreveu a Regra dos Mosteiros, ou simplesmente, a Regra de São Bento, que é utilizada até os dias de hoje. Foi assim que nasceu a Ordem dos Beneditina.
O Patriarca São Bento foi a semente que Deus utilizou para gerar uma multidão de Santos. Atualmente os beneditinos contam com cerca de cinco mil santos, entre eles Santa Escolástica, irmã gêmea de Santo Bento, São Mauro e São Plácido, primeiros discípulos do Patriarca Bento.
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São Mauro e São Plácido
Destes dois a história narra um fato curioso.
São Plácido um dia foi buscar água e acabou caindo no lago, sendo imediatamente arrastado pela corrente. São Bento, que neste momento estava em sua cela no convento, viu a cena em espírito e ordenou que são Mauro fosse salvá-lo. O jovem não sabia nadar e pediu a benção ao superior.
Assim que a recebeu, Mauro correu para o lago, e, miraculosamente caminhou sobre as águas, sem se dar conta, e puxou pelos cabelos seu companheiro Plácido. São Mauro atribuiu o milagre à ordem e à bênção de São Bento, entretanto o Santo Abade atribuiu o fato à obediência do discípulo.
Santa Lióbia
Em seguida, podemos citar Santa Lióbia (700 – 779), abadessa, parente de São Bonifácio (Bispo e Mártir, também beneditino).
Na vida desta santa conta-se que, numa noite, sua mãe teve um sonho a respeito do nascimento da filha Líoba. Sonhara que trazia em seu seio um sino de igreja e no momento em que estendia a mão para tomá-lo, o sino emitia doces e melodiosos sons. Ao acordar, chamou sua fiel ama e contou-lhe o sonho; a serva então, tomada de espírito profético, disse:: “Dareis a luz a uma filha, que deveis consagrar ao serviço de Deus.
Assim, antes de seu nascimento, Deus já reservava para Si, esta serva fiel.
A Civilização Cristã
Graças a São Bento a Europa produziu o que hoje conhecemos como Civilização Cristã. Foram os mosteiros da ordem beneditina os guardiões e dispensadores da cultura, da arte e da religiosidade.
Portanto, peçamos a todos os santos beneditinos, em especial ao grande Patriarca São Bento, que nunca nos afastemos de Deus, de sua Santa Igreja e seus preceitos. Peçamos a eles como Santa Lióbia um dia escreveu a São Bonifácio: “Suplico-vos, irmão bem-amado, ajudar-me com o escudo de vossas orações contra os assaltos de meu inimigo invisível.” (Carta de Santa Lióbia a São Bonifácio).
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2023
Solenidade de São Pedro e São Paulo
Solenidade de São Pedro e São Paulo
No dia 29 de junho a Igreja celebra dois príncipes dos Apóstolos. Pedro, como Apóstolo universal e Paulo, Apóstolo dos gentios; ambos regaram a Igreja nascente com seu sangue, em Roma, onde, por um desígnio da providência divina, trabalharam e foram coroados pelo martírio.
Deste modo, da mesma forma que foram unidos em vida, Deus não os separou na morte. No ano 67 da era cristã, em 29 de junho, Pedro foi crucificado de cabeça para baixo, visto que era um pedido seu, na colina Vaticana, onde se ergue hoje a Basílica de São Pedro de Roma. Paulo foi decapitado na Via Óstia, no lugar onde se levanta a Igreja de São Paulo das três fontes.
Simão Pedro era natural de Betsaida; foi um dos primeiros Apóstolos chamados por Nosso Senhor, com seu irmão André. Era viúvo e logo depois da Ascenção, presidiu ao primeiro Concílio geral de Jerusalém, fixou depois residência em Antioquia, e mais tarde em Roma, governando a Igreja até o ano 67.
São Paulo, ou Saulo, era natural de Tarso (Asia) e foi educado no espírito dos fariseus. Mas converteu-se no ano 35, dois anos após a Ascensão, tornando-se, de perseguidor dos cristãos, um ardoroso Apóstolo do Evangelho. Inegavelmente indescritíveis os trabalhos, lutas e sofrimentos por que passou por amor de Jesus Cristo. Por fim foi conduzido a Roma, carregado de ferros, depois de longa permanência no cárcere foi decapitado no mesmo dia em que São Pedro foi crucificado.
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Declaração de Fé
A solenidade de São Pedro e de São Paulo, porém, o Evangelho da solenidade nos apresenta hoje a bela e entusiasta figura de Pedro. Jesus Cristo faz uma pergunta que provoca uma resposta decisiva. Interroga os Apóstolos acerca da sua personalidade : “Que dizem os homens ser o Filho do Homem?”
Cada um repete o que ouviu, e talvez o que pensava. Uns dizem que é Elias, outros João Batista, outros Jeremias ou qualquer outro profeta. Após ouvi as opiniões ouvidas, o divino Mestre quer ouvir a opinião pessoal dos Apóstolos, para isto pergunta: E vós, quem dizeis que eu sou?
Ele interroga os Apóstolos em geral; portanto, cabia ao Chefe deles dar a resposta, em nome de todos. Pedro faz sua primeira definição doutrinal, seu primeiro ato de autoridade, sob o olhar de seu Mestre. Sente-se a inspiração do Espírito Santo. Jesus Cristo está ali e escuta. Os Apóstolos, os primeiros Bispos, estão atentos. Todos escutam. Pedro responde sem hesitação; a sua palavra é curta: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!”
No dia 29 de Junho de 2007, o Papa Bento XVI, durante sua homilia comentou esta afirmação do primeiro Papa:
Isto não é falso, mas não basta. Com efeito, trata-se de ir em profundidade, de reconhecer a singularidade da pessoa de Jesus de Nazaré, a sua novidade. Também hoje é assim: muitos se aproximam de Jesus, por assim dizer, a partir de fora. Grandes estudiosos reconhecem a sua estatura espiritual e moral, bem como a sua influência sobre a história da humanidade, comparando-o com Buda, Confúcio, Sócrates e outros sábios e grandes personagens da história.
Entretanto, não conseguem reconhecê-lo. Vem à mente aquilo que Jesus disse a Filipe, durante a última Ceia: “Estou há tanto tempo convosco, e não me conheces, Filipe?” (Jo 14, 9).
E nós?
Muitas vezes Jesus é considerado também como um dos grandes fundadores de religiões, de quem cada um pode haurir algo para formar a sua própria convicção. Portanto, como nessa época, também hoje as “pessoas” têm diferentes opiniões sobre Jesus. E como então, também a nós, discípulos de hoje, Jesus repete a sua pergunta: “E vós, quem dizeis que Eu sou?”. Queremos fazer nossa a resposta de Pedro. Segundo o Evangelho de São Marcos, Ele disse: “Tu és Cristo” (8, 29); em Lucas, a afirmação é: “O Messias de Deus” (9, 20); em Mateus, ressoa: “Tu és Cristo, o Filho de Deus vivo” (16, 16); enfim, em João: “Tu és o Santo de Deus” (6, 69).
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Conclusão
Caros irmãos e irmãs, nesta solenidade de São Pedro e São Paulo, renovemos hoje o compromisso a cumprir até ao fim o desejo de Cristo, que nos quer plenamente unidos. Que nos oriente e nos acompanhe sempre com a sua intercessão a Santa Mãe de Deus: a sua fé indefectível, que sustentou a fé de Pedro e dos outros Apóstolos, continue a apoiar também a fé das gerações cristãs, a nossa própria fé: Rainha dos Apóstolos, rogai por nós! Amém.
Fonte:
1- Pe Julio Lombaerde, O Evangelho das Festas Litúrgicas
2- http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/homilies/2007/documents/hf_ben-xvi_hom_20070629_pallio.html
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2023
O Mistério da Santíssima Trindade
O Mistério da Santíssima Trindade
Quando rezamos o Credo, afirmamos em primeiro lugar que cremos em Deus. Mas quem é Deus? A Fé Católica nos ensina que Deus é um ser perfeitíssimo, eterno e soberano, criador do céu e da terra. Ensina-nos que esse Deus é único e que não há outros deuses além dele. A nossa fé também afirma que Deus é Uno e Trino. Ou seja, é um Deus em três pessoas iguais e realmente distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. O mistério da Santíssima Trindade.
O Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. Essas três pessoas são um só Deus, porque todas as três têm uma só e a mesma natureza divina. Esse mistério de um só Deus em três pessoas iguais e realmente distintas chama-se “Mistério da Santíssima Trindade”.
Um mistério revelado por Deus, contido nas Sagradas Escrituras
O mistério da Santíssima Trindade é um dos principais mistérios de nossa fé, e nos foi revelado por Jesus, no Novo Testamento.
Antes da Nova Aliança não se sabia que Deus é Uno e Trino, embora no Antigo Testamento, se encontrem algumas expressões que sugerem esse mistério, por exemplo no Gênesis (1,26): “E disse [singular] Deus [Elohim]: Façamos [plural] o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. Também em Gênesis (3,22) lemos: “Então disse o SENHOR Deus: Eis que o homem é como um de nós [plural], conhecendo o bem e o mal.”
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A leitura dos Evangelhos nos faz ver que Jesus revelou esse mistério aos Apóstolos por etapas. Primeiro ele ensinou-os a reconhecer nele o Filho Eterno de Deus. Quando seu ministério estava chegando ao fim, Ele prometeu que enviaria uma outra Pessoa, o Espírito Santo. Finalmente, depois da Ressurreição, ele revelou a doutrina da Trindade em termos explícitos: “Ide, pois, e ensinai a todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19). A força dessa passagem é decisiva. Que o Pai e o Filho sejam duas Pessoas distintas se deduz dos termos, que são mutuamente exclusivos. A menção do Espírito Santo nessa série, é evidência de que se trata de uma terceira Pessoa. A expressão “em nome”, no singular, indica que as três pessoas têm uma só natureza.
O Mistério
Não podemos compreender o mistério da Santíssima Trindade porque todo mistério é uma verdade, que ultrapassa a nossa inteligência, mas podemos conhecê-lo e compreender as verdades, que nos apresenta.
Santo Anselmo, Doutor da Igreja, fez uma comparação engenhosa e expressiva, para tornar sensível a possibilidade da Santíssima Trindade. Suponho – diz ele – uma fonte; desta fonte sai um rio que se estende e forma um lago chamado Nilo. As três chamam-se “Nilo”. A fonte, junta com o rio e o lago, chama-se Nilo.
O rio, igualmente, junto com a fonte e o lago chama-se Nilo. Não são três Nilos, mas um só.
Nesta comparação há três coisas a se considerar ; a fonte, o rio, o lago, mas um único Nilo, porque os três são unidos por uma Única e mesma água. Não são três Nilos, nem três lagos, mas um único Nilo porque, embora, cada uma das suas partes constitutivas seja distinta, são, entretanto, inseparáveis.
O mistério é tão sublime tão misterioso, tão belo, que conhecendo-o, sente-se a necessidade de prostrar-se de joelhos, para adorar a Trindade adorável, o Deus verdadeiro, único, em três Pessoas.
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Cada vez que fazemos o Sinal da Cruz sobre nós lembramos este sublime mistério. Lembremos sempre deste augusto mistério, cada vez que traçarmos o sinal da Cruz, repetindo com veneração e amor: Em nome do Padre, do Filho e do Espírito Santo.
Lembremo-nos também de que por atribuição, é o Padre que nos criou, o Filho que nos salvou, e o Espírito Santo que nos santifica por meio da graça divina, que nos transmite pela oração e pelos Sacramentos.