Sua Doação | PIX | Boleto | Carnê Digital
Associação Nossa Senhora das Graças
  • Home
  • Sobre Nós
    • Cadastre-se
    • Contato
  • Maria passa na frente
    • 10 Santos para confiar sua família
  • Espiritualidade
    • Orações
    • Liturgia Diária
    • Santo do Dia
    • App
  • Blog
  • Brindes
DOAR

Artigos

11julho
2023
sao-bento-semente-de-milhares-de-santos - Nossa Senhora das Graças

São Bento, semente de milhares de santos

11/07/2023
Rodrigo
Artigos Católicos
1

São Bento, semente de milhares de santos

São Bento nasceu na Itália, na região central chamada Úmbria, por volta do ano 480. Era filho de uma família nobre e desde sua infância manifestou um gosto especial pela oração. Seus primeiros estudos se deram na região de Núrsia e mais tarde ele mudou-se para Roma onde aprofundou seus estudos de filosofia e retórica.

Vocação

O jovem Bento logo viu a decadência moral de Roma e decidiu retirar-se para uma vida de penitência e oração. Partindo para o deserto, passou a morar em uma gruta afastada localizada no monte Subiaco. Ali conheceu um eremita de nome Romano, que lhe dava alimentos. São Bento viveu ali três anos em recolhimento, longe de todos, rezando, meditando e estudando. 

Foi quando alguns pastores, ouvindo falar de sua santidade, começaram a procura-lo para pedir conselhos e orações. A partir de então, todos os moradores das cidades vizinhas iam até Subiaco para encontrarem São Bento.

Clique agora e receba em sua casa a Medalha de São Bento

Santidade

Próximo à gruta onde se refugiara São Bento, havia um mosteiro que sem abade. Os monges pediram que ele assumisse o cargo de superior, mas o santo não queria aceitar e atestava que os seus costumes não iriam se harmonizar com os dos monges que levavam uma vida já solta e sem observância da regra. Mas, por fim, acabou aceitando.

São Bento começou então a exigir a observância dos costumes e da regra do convento, determinou horários para oração, meditação, jejuns etc. Arrependidos pela escolha de tal superior, decidiram matá-lo, colocando veneno na taça de vinho. Quando o servo de Deus sentou-se à mesa, apresentaram-lhe a bebida. Seguindo o costume da casa, estendeu a mão e pronunciou a bênção. No mesmo instante a taça explodiu, reduzindo-se a cacos.

Foi então que São Bento compreendeu o que havia se passado, levantou-se tranquilamente e reuniu a comunidade, dizendo: “Deus tenha compaixão de vós, irmãos. Por que me quisestes fazer isto? Não vos disse eu previamente que não se harmonizariam os vossos costumes com os meus? Ide, e procurai para vós um Pai consoante à vossa vida; depois disto já não me podereis reter”.

Os Beneditinos

Assim, São Bento retornou para sua gruta, porém, vários discípulos apareceram querendo seguí-lo. Foi assim que, em pouco tempo, ele fundo doze mosteiros, organizou a vida monástica de sua comunidade, escreveu a Regra dos Mosteiros, ou simplesmente, a Regra de São Bento, que é utilizada até os dias de hoje. Foi assim que nasceu a Ordem dos Beneditina.

O Patriarca São Bento foi a semente que Deus utilizou para gerar uma multidão de Santos. Atualmente os beneditinos contam com cerca de cinco mil santos, entre eles Santa Escolástica, irmã gêmea de Santo Bento, São Mauro e São Plácido, primeiros discípulos do Patriarca Bento.

Clique agora e receba em sua casa a Medalha de São Bento

São Mauro e São Plácido

Destes dois a história narra um fato curioso.

São Plácido um dia foi buscar água e acabou caindo no lago, sendo imediatamente arrastado pela corrente. São Bento, que neste momento estava em sua cela no convento, viu a cena em espírito e ordenou que são Mauro fosse salvá-lo. O jovem não sabia nadar e pediu a benção ao superior.

Assim que a recebeu, Mauro correu para o lago, e, miraculosamente caminhou sobre as águas, sem se dar conta, e puxou pelos cabelos seu companheiro Plácido. São Mauro atribuiu o milagre à ordem e à bênção de São Bento, entretanto o Santo Abade atribuiu o fato à obediência do discípulo.

Santa Lióbia

Em seguida, podemos citar Santa Lióbia (700 – 779), abadessa, parente de São Bonifácio (Bispo e Mártir, também beneditino).

Na vida desta santa conta-se que, numa noite, sua mãe teve um sonho a respeito do nascimento da filha Líoba. Sonhara que trazia em seu seio um sino de igreja e no momento em que estendia a mão para tomá-lo, o sino emitia doces e melodiosos sons. Ao acordar, chamou sua fiel ama e contou-lhe o sonho; a serva então, tomada de espírito profético, disse:: “Dareis a luz a uma filha, que deveis consagrar ao serviço de Deus.

Assim, antes de seu nascimento, Deus já reservava para Si, esta serva fiel.

A Civilização Cristã

Graças a São Bento a Europa produziu o que hoje conhecemos como Civilização Cristã. Foram os mosteiros da ordem beneditina os guardiões e dispensadores da cultura, da arte e da religiosidade.

Portanto, peçamos a todos os santos beneditinos, em especial ao grande Patriarca São Bento, que nunca nos afastemos de Deus, de sua Santa Igreja e seus preceitos. Peçamos a eles como Santa Lióbia um dia escreveu a São Bonifácio: “Suplico-vos, irmão bem-amado, ajudar-me com o escudo de vossas orações contra os assaltos de meu inimigo invisível.” (Carta de Santa Lióbia a São Bonifácio).


Ajude-nos a continuar com esta evangelização. Clique e faça sua doação.

QUERO DOAR!
Associação Cultural Nossa Senhora das GraçasBeneditinoscivilização cristãordem monásticaSão BentoSão Mauro e São Plácido
Read More
29junho
2023
solenidade-de-sao-pedro-e-sao-paulo - Nossa Senhora das Graças

Solenidade de São Pedro e São Paulo

29/06/2023
Rodrigo
Artigos Católicos
0

Solenidade de São Pedro e São Paulo

No dia 29 de junho a Igreja celebra dois príncipes dos Apóstolos. Pedro, como Apóstolo universal e Paulo, Apóstolo dos gentios; ambos regaram a Igreja nascente com seu sangue, em Roma, onde, por um desígnio da providência divina, trabalharam e foram coroados pelo martírio.

Deste modo, da mesma forma que foram unidos em vida, Deus não os separou na morte. No ano 67 da era cristã, em 29 de junho, Pedro foi crucificado de cabeça para baixo, visto que era um pedido seu, na colina Vaticana, onde se ergue hoje a Basílica de São Pedro de Roma. Paulo foi decapitado na Via Óstia, no lugar onde se levanta a Igreja de São Paulo das três fontes.

Simão Pedro era natural de Betsaida; foi um dos primeiros Apóstolos chamados por Nosso Senhor, com seu irmão André. Era viúvo e logo depois da Ascenção, presidiu ao primeiro Concílio geral de Jerusalém, fixou depois residência em Antioquia, e mais tarde em Roma, governando a Igreja até o ano 67.

São Paulo, ou Saulo, era natural de Tarso (Asia) e foi educado no espírito dos fariseus. Mas converteu-se no ano 35, dois anos após a Ascensão, tornando-se, de perseguidor dos cristãos, um ardoroso Apóstolo do Evangelho. Inegavelmente indescritíveis os trabalhos, lutas e sofrimentos por que passou por amor de Jesus Cristo. Por fim foi conduzido a Roma, carregado de ferros, depois de longa permanência no cárcere foi decapitado no mesmo dia em que São Pedro foi crucificado.

Clique agora e receba em sua casa a Pulseira da Medalha Milagrosa

Declaração de Fé

A solenidade de São Pedro e de São Paulo, porém, o Evangelho da solenidade nos apresenta hoje a bela e entusiasta figura de Pedro. Jesus Cristo faz uma pergunta que provoca uma resposta decisiva. Interroga os Apóstolos acerca da sua personalidade : “Que dizem os homens ser o Filho do Homem?”

Cada um repete o que ouviu, e talvez o que pensava. Uns dizem que é Elias, outros João Batista, outros Jeremias ou qualquer outro profeta. Após ouvi as opiniões ouvidas, o divino Mestre quer ouvir a opinião pessoal dos Apóstolos, para isto pergunta: E vós, quem dizeis que eu sou?

Ele interroga os Apóstolos em geral; portanto, cabia ao Chefe deles dar a resposta, em nome de todos. Pedro faz sua primeira definição doutrinal, seu primeiro ato de autoridade, sob o olhar de seu Mestre. Sente-se a inspiração do Espírito Santo. Jesus Cristo está ali e escuta. Os Apóstolos, os primeiros Bispos, estão atentos. Todos escutam. Pedro responde sem hesitação; a sua palavra é curta: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!”

No dia 29 de Junho de 2007, o Papa Bento XVI, durante sua homilia comentou esta afirmação do primeiro Papa:

Isto não é falso, mas não basta. Com efeito, trata-se de ir em profundidade, de reconhecer a singularidade da pessoa de Jesus de Nazaré, a sua novidade. Também hoje é assim: muitos se aproximam de Jesus, por assim dizer, a partir de fora. Grandes estudiosos reconhecem a sua estatura espiritual e moral, bem como a sua influência sobre a história da humanidade, comparando-o com Buda, Confúcio, Sócrates e outros sábios e grandes personagens da história.

Entretanto, não conseguem reconhecê-lo. Vem à mente aquilo que Jesus disse a Filipe, durante a última Ceia: “Estou há tanto tempo convosco, e não me conheces, Filipe?” (Jo 14, 9).

E nós?

Muitas vezes Jesus é considerado também como um dos grandes fundadores de religiões, de quem cada um pode haurir algo para formar a sua própria convicção. Portanto, como nessa época, também hoje as “pessoas” têm diferentes opiniões sobre Jesus. E como então, também a nós, discípulos de hoje, Jesus repete a sua pergunta: “E vós, quem dizeis que Eu sou?”. Queremos fazer nossa a resposta de Pedro. Segundo o Evangelho de São Marcos, Ele disse: “Tu és Cristo” (8, 29); em Lucas, a afirmação é: “O Messias de Deus” (9, 20); em Mateus, ressoa: “Tu és Cristo, o Filho de Deus vivo” (16, 16); enfim, em João: “Tu és o Santo de Deus” (6, 69).

Clique agora e receba em sua casa a Pulseira da Medalha Milagrosa

Conclusão

Caros irmãos e irmãs, nesta solenidade de São Pedro e São Paulo, renovemos hoje o compromisso a cumprir até ao fim o desejo de Cristo, que nos quer plenamente unidos. Que nos oriente e nos acompanhe sempre com a sua intercessão a Santa Mãe de Deus: a sua fé indefectível, que sustentou a fé de Pedro e dos outros Apóstolos, continue a apoiar também a fé das gerações cristãs, a nossa própria fé: Rainha dos Apóstolos, rogai por nós! Amém.

Fonte:

1- Pe Julio Lombaerde, O Evangelho das Festas Litúrgicas

2- http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/homilies/2007/documents/hf_ben-xvi_hom_20070629_pallio.html


Esse artigo sobre a Solenidade de São Pedro e São Paulo lhe foi útil? Ajude-nos com nosso trabalho de evangelização em todo o Brasil!

QUERO DOAR!
apóstolosAssociação Cultural Nossa Senhora das GraçasmartírioSão PauloSão Pedro
Read More
20junho
2023

Natividade de São João Batista

20/06/2023
Rodrigo
Artigos Católicos
0

Natividade de São João Batista

“A Igreja celebra a Natividade de São João Batista como um acontecimento sagrado. Dentre os nossos antepassados, não há nenhum cujo nascimento seja celebrado solenemente”, explicou o Bispo Santo Agostinho (354-430) em seus sermões nos primeiros séculos do cristianismo, sobre a natividade de São João Batista, que é celebrada hoje, 24 de junho.

“João apareceu, pois, como ponto de encontro entre os dois Testamentos, o antigo e o novo. O próprio Senhor o chama de limite quando diz: A lei e os profetas até João Batista”, acrescentou o Santo Doutor da Igreja.

São João Batista nasceu seis meses antes de Jesus Cristo. No primeiro capítulo de Lucas narra-se que Zacarias era um sacerdote judeu casado com Santa Isabel e não tinha filhos, porque ela era estéril. Estando já com a idade muito avançada, o anjo Gabriel apareceu a ele e comunicou que sua esposa teria um filho que seria o precursor do Messias, a quem daria o nome João. Zacarias duvidou desta notícia e Gabriel lhe disse que ficaria mudo até que tudo fosse cumprido.

Receba em sua casa o Imã da Medalha Milagrosa! Clique aqui.

Meses depois, quando Maria recebeu o anúncio de que seria a Mãe do Salvador, a Virgem foi ver sua prima Isabel e permaneceu ajudando-a até o nascimento de São João.

Assim, como o nascimento do Senhor é celebrado todo 25 de dezembro, perto do solstício de inverno no hemisfério norte (o dia mais curto do ano), o nascimento de São João é em 24 de junho, próximo do solstício de verão no hemisfério norte (o dia mais longo). Dessa forma, depois de Jesus, os dias vão aumentando, e depois de João, os dias vão diminuindo, até que se volte “a nascer o sol”.

A Igreja assinalou essas datas no século IV, com a finalidade de que se sobrepusessem às duas festas importantes do calendário greco-romano: o “dia do sol” (25 de dezembro) e o “dia de Diana” no verão, cuja festa comemorava a fertilidade. O martírio de São João Batista é comemorado em 29 de agosto.

O Profeta do Altíssimo

Em 24 de junho de 2012, por ocasião desta festa, o Papa Bento XVI afirmou que o exemplo de São João Batista chama os cristãos “converter-nos, a testemunhar Cristo e anunciá-lo todo o tempo”.

Em suas palavras prévias à oração mariana do Ângelus, recordou a vida de São João Batista e indicou que “com exceção da Virgem Maria, João Batista é o único santo do qual a liturgia festeja o nascimento, e isto porque ele está estreitamente relacionado com o mistério da Encarnação do Filho de Deus”.

“Desde o seio materno João é o precursor de Jesus: a sua concepção prodigiosa é anunciada pelo Anjo a Maria como sinal de que ‘nada é impossível a Deus’”.

Receba em sua casa o Imã da Medalha Milagrosa! Clique aqui.

Bento XVI recordou que o “pai de João, Zacarias — marido de Isabel, parente de Maria — era sacerdote do culto judaico. Ele não acreditou imediatamente no anúncio de uma paternidade já inesperada, e por isso ficou mudo até ao dia da circuncisão do menino, ao qual ele e a esposa deram o nome indicado por Deus, ou seja, João, que significa ‘o Senhor concede graças’”.

“Animado pelo Espírito Santo, Zacarias falou assim da missão do filho: ‘E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque irás adiante do Senhor a preparar os seus caminhos. Para dar a conhecer ao Seu povo a Sua salvação pela remissão dos pecados’”.

Ele explicou que “tudo isso se manifestou 30 anos depois, quando João começou a batizar no rio Jordão, chamando as pessoas para se preparar, com aquele gesto de penitência, à eminente vinda do Messias, que Deus lhe havia revelado durante sua permanência no deserto da Judeia”.

“Quando um dia veio de Nazaré o próprio Jesus para se fazer batizar, João inicialmente recusou-se, mas depois consentiu, e viu o Espírito Santo pairar sobre Jesus e ouviu a voz do Pai celeste que o proclamava seu Filho”.

Receba em sua casa o Imã da Medalha Milagrosa! Clique aqui.

O Santo Padre explicou que a missão de São João Batista ainda não estava cumprida, porque “pouco tempo mais tarde, foi-lhe pedido que precedesse Jesus também na morte violenta: João foi decapitado na prisão do rei Herodes, e assim deu pleno testemunho do Cordeiro de Deus, que ele foi o primeiro a reconhecer e a indicar publicamente”.

Bento XVI também recordou que “a Virgem Maria ajudou a idosa prima Isabel a levar até ao fim a gravidez de João”. “Ela ajude todos a seguir Jesus, o Cristo, o Filho de Deus, que o Batista anunciou com grande humildade e fervor profético”, disse o então Pontífice.


Ajude-nos a continuar nosso trabalho de evangelização e catequisação de crianças e jovens nas paróquias de todo o Brasil!

Read More
08junho
2023

Corpus Christi

08/06/2023
Rodrigo
Artigos Católicos
3

Corpus Christi, a festa da grandeza e da pequenez

A solenidade de Corpus Christi é celebrada na Quinta Feira após o Domingo da Santíssima Trindade. Foi a Bem-aventurada Juliana de Mont Cornelon, perto de Liège, na Bélgica que teve a inspiração de pedir a instituição desta festa.

Na vida da Bam-aventurada conta-se que aos 16 anos teve pela primeira vez uma visão que se repetiu diversas vezes enquanto estava em suas adorações eucarísticas.

Ela via lua no seu pleno esplendor, mas com uma faixa escura que a atravessava. Nosso Senhora então explicou que a lua simbolizava a vida da Igreja sobre a terra, a faixa escura representava a ausência de uma festa litúrgica que honrasse de modo particular a Eucaristia. 

Nosso Senhor então pediu que a religiosa trabalhasse para instituir uma festa na qual os fiéis pudessem adorar a Eucaristia para aumentar a fé, crescer na prática das virtudes e reparar os pecados cometidos contra o Santíssimo Sacramento.

Receba em sua casa o Terço Anel da Divina Misericórdia. Clique e peça aqui.

Bem-aventurada Juliana foi incompreendida e até perseguida pelo clero. Faleceu em 1258, na capela onde estava exposto o Santíssimo Sacramento. Morreu antes de ver a Festa do Corpo de Cristo estendida por toda a Igreja.

Uma amiga e confidente da religiosa, Eva, continuou a obra e obteve do Bispo de Liège que falasse com o Papa Urbano IV. Este então mandou compor o Ofício do Santíssimo Sacramento. Coube a São Tomás de Aquino esta obra, que perdura até os dias de hoje.

Urano IV falece em 1264 e a festa de Corpus Christi atrasou quase quarenta anos. 

Foi só em 1311 que o papa Clemente V, durante o Concílio de Viena, estendeu a festa para toda a Igreja, e ele mesmo presidiu nesta cidade a primeira procissão do Santíssimo Sacramento!

Festa da grandeza

A grandeza da Eucaristia é expressa nesta solenidade.

– É a Carne e o Sangue do Salvador;

– O Sacramento de união com Deus;

 – É a participação da vida divina;

 – O pão da vida descido do céu;

 – É o maná da imortalidade.

Ora, tudo que vive precisa de alimento. Nossa alma tem uma vida espiritual da qual só Deus pode ser o alimento; eis porque Ele se proclama “o Pão descido do céu.”

O maná dos hebreus era um alimento milagroso, que tomava o gosto preferido de quem o comesse. Era preciso diariamente renovar as provisões, pois, ao nascer do sol, o maná caído do céu, dissolvia-se num instante.

Pois bem, o maná do católico é a Eucaristia, que dá a cada um a força e a graça de que precisa. Para este é luz, para aquele outro é consolação, e para muitos é generosidade. E deveria ser recebido diariamente, o quanto possível, antes que o vento das tentações se lavante.

É uma grandeza escondida que deve ser realçada, exaltada e manifestada a todo católico. Por isso temos Corpus Chirsti.

Receba em sua casa o Terço Anel da Divina Misericórdia. Clique e peça aqui.

Pequenez

Notem bem que a Eucaristia é divinamente grande em seus efeitos, mas humanamente pequena em suas aparências.

Uma migalha de pão, um pouco de vinho, um sacerdote que diz umas palavras, e, embora vejamos pão e vinho, já se mudaram na substância em Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Cristo.

Neste pequeno espaço da Hóstia, está reunido o céu inteiro! É dai, deste silêncio, que raios de luz iluminam todas as criaturas.

Uma pequena Hóstia está ali sobre o altar. Os olhos humanos veem apenas o pão mas os Anjos do céu contemplam a divindade, em todo o seu esplendor, numa visão face a face, tão deslumbrante, que olhos humanos são incapazes de suportar.

Enquanto nós enxergamos apenas uma Hóstia branca, a realidade é a glória, a majestade e o poder do trono do Altíssimo. Que contraste entre a realidade e as aparências! É preciso manifestar esta pequenez! É preciso tirar do esconderijo este “Deus escondido” e mostra-lo ao mundo.

Conclusão

É por isso que na solenidade de Corpus Christi, seja numa pequena vila, seja numa grande metrópole, o Santíssimo Sacramento é levado em procissão, em triunfo, aclamado como Rei e conquistador. É o triunfo da Eucaristia, ou melhor, o triunfo da humildade. Este é o desejo do Senhor.

Por que tanta pompa a Jesus, se ele foi sempre pobre nesta vida? Ora, porque este foi seu desejo expresso na própria bíblia. Ele, sempre tão pobre e tão humilde, durante a sua vida mortal, exigiu para a instituição da divina Eucaristia, na última ceia, uma sala ricamente ornada (Lc 22 12) .

Para morar se contentava com uma humilde casa mas, para a sua Eucaristia, quer um edifício, que se impõe pela grandeza. Por que esta exigência? Para ensinar por todos os séculos, as honras devidas à Eucaristia. E assim os homens, vendo o pão, possam rezar: “Verdadeiramente tu es Deus Escondido” (cf Is 45,15)


Cadastre-se aqui para receber nossos conteúdos católicos.

Read More
31maio
2023

O Mistério da Santíssima Trindade

31/05/2023
Rodrigo
Artigos Católicos
3

O Mistério da Santíssima Trindade

Quando rezamos o Credo, afirmamos em primeiro lugar que cremos em Deus. Mas quem é Deus? A Fé Católica nos ensina que Deus é um ser perfeitíssimo, eterno e soberano, criador do céu e da terra. Ensina-nos que esse Deus é único e que não há outros deuses além dele. A nossa fé também afirma que Deus é Uno e Trino.  Ou seja, é um Deus em três pessoas iguais e realmente distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. O mistério da Santíssima Trindade.

O Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. Essas três pessoas são um só Deus, porque todas as três têm uma só e a mesma natureza divina. Esse mistério de um só Deus em três pessoas iguais e realmente distintas chama-se “Mistério da Santíssima Trindade”.

Um mistério revelado por Deus, contido nas Sagradas Escrituras

O mistério da Santíssima Trindade é um dos principais mistérios de nossa fé, e nos foi revelado por Jesus, no Novo Testamento.

Antes da Nova Aliança não se sabia que Deus é Uno e Trino, embora no Antigo Testamento, se encontrem algumas expressões que sugerem esse mistério, por exemplo no Gênesis (1,26): “E disse [singular] Deus [Elohim]: Façamos [plural] o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”.   Também em Gênesis (3,22) lemos: “Então disse o SENHOR Deus: Eis que o homem é como um de nós [plural], conhecendo o bem e o mal.”

Clique agora e receba em sua casa a Medalha Milagrosa

A leitura dos Evangelhos nos faz ver que Jesus revelou esse mistério aos Apóstolos por etapas.  Primeiro ele ensinou-os a reconhecer nele o Filho Eterno de Deus. Quando seu ministério estava chegando ao fim, Ele prometeu que enviaria uma outra Pessoa, o Espírito Santo. Finalmente, depois da Ressurreição, ele revelou a doutrina da Trindade em termos explícitos: “Ide, pois, e ensinai a todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19). A força dessa passagem é decisiva. Que o Pai e o Filho sejam duas Pessoas distintas se deduz dos termos, que são mutuamente exclusivos. A menção do Espírito Santo nessa série, é evidência de que se trata de uma terceira Pessoa. A expressão “em nome”, no singular, indica que as três pessoas têm uma só natureza.

O Mistério

Não podemos compreender o mistério da Santíssima Trindade porque todo mistério é uma verdade, que ultrapassa a nossa inteligência, mas podemos conhecê-lo e compreender as verdades, que nos apresenta.

Santo Anselmo, Doutor da Igreja, fez uma comparação engenhosa e expressiva, para tornar sensível a possibilidade da Santíssima Trindade. Suponho – diz ele – uma fonte; desta fonte sai um rio que se estende e forma um lago chamado Nilo. As três chamam-se “Nilo”. A fonte, junta com o rio e o lago, chama-se Nilo.

O rio, igualmente, junto com a fonte e o lago chama-se Nilo. Não são três Nilos, mas um só.

Nesta comparação há três coisas a se considerar ; a fonte, o rio, o lago, mas um único Nilo, porque os três são unidos por uma Única e mesma água. Não são três Nilos, nem três lagos, mas um único Nilo porque, embora, cada uma das suas partes constitutivas seja distinta, são, entretanto, inseparáveis.

O mistério é tão sublime tão misterioso, tão belo, que conhecendo-o, sente-se a necessidade de prostrar-se de joelhos, para adorar a Trindade adorável, o Deus verdadeiro, único, em três Pessoas.

Clique agora e receba em sua casa a Medalha de São Bento

Cada vez que fazemos o Sinal da Cruz sobre nós lembramos este sublime mistério. Lembremos sempre deste augusto mistério, cada vez que traçarmos o sinal da Cruz, repetindo com veneração e amor: Em nome do Padre, do Filho e do Espírito Santo.

Lembremo-nos também de que por atribuição, é o Padre que nos criou, o Filho que nos salvou, e o Espírito Santo que nos santifica por meio da graça divina, que nos transmite pela oração e pelos Sacramentos.


QUERO AJUDAR
Associação Cultural Nossa Senhora das GraçasMistério da Santíssima TrindadeSantíssima Trindade
Read More
03maio
2023

Os pastorinhos de Fátima

03/05/2023
Rodrigo
Artigos Católicos
0

Os pastorinhos de Fátima: O que aconteceu com eles depois das aparições?

Profundamente transformados pelas aparições e mensagens celestiais, os três pastorinhos passaram a exprimir no rosto a profundidade e gravidade das revelações a eles confiadas. As fotos de então nos mostram suas fisionomias sérias e sofridas, demonstração da vida de intensa oração e contínuos sacrifícios pela conversão dos pecadores e desagravo ao Imaculado Coração de Maria.

Receba em sua casa o Terço de São Bento! Clique aqui.

Lúcia, na segunda aparição, havia pedido à Virgem de Fátima que os levasse para o Céu… “Sim, à Jacinta e ao Francisco levo-os em breve. Mas tu ficas cá mais algum tempo para Me fazer conhecer e amar. (…)”, foi a resposta de nossa Senhora.

Jacinta e Francisco esperaram, assim, o cumprimento da promessa de que a Virgem Maria os levaria em breve para o Céu. Durante o pouco tempo que passaram na Terra, foram ainda agraciados por algumas visões particulares.

Os últimos dias de Jacinta e Francisco

Pouco mais de um ano, após as aparições na Cova da Iria, Francisco e Jacinta adoeceram gravemente, atacados de bronco-pneumonia. Continuavam com os sacrifícios e penitências, fervorosamente. E percebiam que aquela doença devia conduzi-los ao Céu.

Foi, então, que lhes apareceu a Virgem e lhes declarou que, em breve, viria buscar Francisco. E que não demoraria muito em vir buscar também Jacinta.

Relatando a Lúcia, Jacinta contava:

“Nossa Senhora veio-nos ver, e disse que vem buscar o Francisco muito breve para o Céu. E a mim perguntou-me se queria ainda converter mais pecadores. Disse-lhe que sim. Disse-me que ia para um Hospital, que lá sofreria muito. Que sofresse pela conversão dos pecadores, em reparação dos pecados contra o Imaculado Coração de Maria, e por amor de Jesus. Perguntei se tu ias comigo. Disse que não. Isso é o que me custa mais. Disse que ia minha mãe levar-me, e, depois, fico lá sozinha!

Se tu fosses comigo! O que mais me custa é ir sem ti! Se calhar, o hospital é uma casa muito escura, onde não se vê nada, e eu estou ali a sofrer sozinha! Mas, não importa: sofro tudo por amor de Nosso Senhor, para reparar o Imaculado Coração de Maria, pela conversão dos pecadores e pelo Santo padre”.

Deus nos concede as graças por meio do Coração Imaculado de Maria

Jacinta se consumia e se sublimava no ardoroso desejo de reparar os Sagrados Corações de Jesus e de Maria. Antes de partir para o Hospital, ainda dirigiu a Lúcia outras edificantes palavras:

“Já me falta pouco para ir para o Céu. Tu ficas cá para dizeres que Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao Imaculado Coração de Maria. Quando for para dizeres isso, não te escondas, dize a toda a gente que Deus nos concede as graças por meio do Coração Imaculado de Maria, que lhas peçam a Ela, que o Coração de Jesus quer que, a seu lado, se venere o Coração Imaculado de Maria. Que peçam a paz ao Imaculado Coração de Maria, que Deus lha entregou a Ela. Se eu pudesse meter no coração de toda a gente o lume que tenho cá dentro no peito a queimar-me e a fazer-me gostar tanto do Coração de Jesus e do Coração de Maria!

Noutra ocasião, Jacinta disse:

“Olha, sabes? Nosso Senhor está triste porque Nossa Senhora disse-nos para não o ofenderem mais, que já estava muito ofendido e ninguém fez caso; continuam a fazer os mesmos pecados!”

Em julho de 1919, Jacinta é levada para o Hospital de Vila Nova de Ourém. O agravamento da doença a retém aí por 2 meses. Em seguida, é transportada para Lisboa, para ser submetida a arriscada e dolorida cirurgia. Permanece algum tempo num orfanato e, depois, é levada para o Hospital Dona Estefânia.

Receba em sua casa o Terço de São Bento! Clique aqui.

A Madre Maria da Purificação Godinho, diretora do orfanato, impressionada pela sabedoria e virtude da menina registrou suas últimas palavras. Jacinta fala sobre o pecado, sobre os sacerdotes e os governantes e sobre as virtudes cristãs, surpreendendo pelas análises acertadas e profeticamente tão reais para nossos dias.

Nossa Senhora veio buscar Jacinta no dia 20 de fevereiro de 1920. Francisco partira para o Céu no dia 04 de abril de 1919.

Jacinta foi sepultada três dias depois no cemitério de Vila Nova de Ourém. Em setembro de 1935, seus restos mortais foram depositados num sepulcro novo, de pedra branca, em Fátima, com o singelo epitáfio: “Aqui repousam os restos mortais de Francisco e Jacinta, a quem Nossa Senhora apareceu”.

Já em 1951, os veneráveis restos mortais de Jacinta foram para a Basílica de Fátima, onde atualmente repousam. E em 1952, para lá também foram os despojos de Francisco.

O longo e sofrido itinerário de Lúcia

A única sobrevivente dos 3 pastorinhos percorreu longo e sofrido caminho até se tornar Carmelita Descalça, no Carmelo de São José, em Coimbra. Passou, antes, pela Casa das Irmãs Dorotéias, em Pontevedra, na Espanha.

A Irmã Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado permaneceu durante 58 anos no Carmelo, vindo a falecer em 13 de fevereiro de 2005, aos 97 anos de idade. Foi trasladada do Carmelo Santa Tereza, em Coimbra, onde ficou sepultada um ano, para a Basílica de Fátima, em 19 de fevereiro de 2006. Seus restos mortais repousam ao lado de Jacinta. Seus dois primos, Jacinta e Francisco, foram beatificados em 13 de maio de 2000. A lápide da Irmã Lúcia contém a frase, abaixo de seu nome: “A quem Nossa Senhora apareceu”.

A comunhão reparadora dos cinco primeiros sábados

No dia 10 dezembro de 1925, a Santíssima Virgem apareceu à Irmã Lúcia, tendo a Seu lado numa nuvem luminosa, um Menino. Ela mostrou a Lúcia um Coração que tinha numa das mãos, cercado de espinhos. E o Menino lhe disse:

“Tem pena do Coração de tua Santíssima Mãe, que está coberto de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Lhe cravam, sem haver quem faça um ato de reparação para os tirar”.

Em seguida, a Santíssima Virgem falou: “Olha, minha filha, o meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos cravam com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar, e dize que todos aqueles que durante cinco meses, no primeiro sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem quinze minutos de companhia meditando nos quinze mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assisti-los na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas”.

Receba em sua casa o Terço de São Bento! Clique aqui.

Em 15 de fevereiro de 1926, novamente, o Menino Jesus apareceu à Irmã Lúcia e lhe perguntou se já havia difundido a devoção à sua Santíssima Mãe. A Irmã Lúcia respondeu que sua Madre Superiora estava disposta a propagá-la, mas que o confessor desta afirmara que ela sozinha, nada podia. E Jesus afirmou: “É verdade que a tua Superiora, só, nada pode; mas, com a minha graça, pode tudo”. A Irmã Lúcia apresentou a dificuldade que algumas almas tinham para se confessarem no sábado, e pediu para ser válida a confissão de oito dias.

Jesus respondeu: “Sim, pode ser de muitos mais [dias] ainda, contanto que, quando Me receberem, estejam em graça e tenham a intenção de desagravar o Imaculado Coração de Maria”. E se a pessoas se esquecerem de formar essa intenção, perguntou a Irmã Lúcia. “Podem formá-la na outra confissão seguinte, aproveitando a primeira ocasião que tiverem de se confessar”.

Quatro anos depois, na madrugada de 29 para 30 de maio de 1930, Nosso Senhor revelou interiormente à Irmã Lúcia outro pormenor a respeito das comunhões reparadoras dos cinco primeiros sábados. A Irmã Lúcia perguntou se quem não pudesse cumprir com todas as condições no sábado, poderia satisfazer com os domingos. Jesus respondeu: “Será igualmente aceita a prática desta devoção no domingo seguinte ao primeiro sábado, quando os meus Sacerdotes, por justos motivos, assim o concederem às almas”.

A consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria

Para o pedido de Nossa Senhora, na sua terceira aparição, houve também um complemento. Em 13 de junho de 1929, a Irmã Lúcia teve uma visão da Santíssima Trindade e do Imaculado Coração de Maria. Nossa Senhora dirigiu as seguintes palavras à Irmã Lúcia:

“É chegado o momento em que Deus pede para o Santo Padre fazer, em união com todos os Bispos do mundo, a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração, prometendo salvá-la por este meio. São tantas as almas que a Justiça de Deus condena por pecados contra Mim cometidos, que venho pedir reparação: sacrifica-te por esta intenção e ora”.

Diversas consagrações da Rússia ao Imaculado Coração de Maria, foram feitas ao longo dos pontificados que se sucederam a partir de 1929. Nenhuma delas, porém, chegou a atender plenamente os requisitos manifestados por Nossa Senhora à Irmã Lúcia. Esta, entretanto, desde meados de 1989 vem reconhecendo a validade da Consagração feita pelo Papa João Paulo II em 25 de março de 1984. Reconhecimento este que a própria vidente apresenta como expressão de uma opinião particular, e não de uma revelação sobrenatural.


Ajude-nos a continuar nossas atividades de evangelização e catequese em todo o Brasil!

Read More
26abril
2023

Santa Catarina de Sena

26/04/2023
Rodrigo
Artigos Católicos
0

Santa Catarina de Sena

Dotada de grande inteligência e beleza, Santa Catarina de Sena nasceu em 1347, na cidade de Sena. Foi a penúltima dos 25 filhos do casal Benincasa, porém, com a morte de sua irmã mais nova, acabou assumindo a posição de caçula e filha predileta da família. Seu pai era um simples tintureiro, mas – homem hábil e enérgico, reto e de grande reputação nas redondezas – bem sucedido na sua profissão.

Desde criança, foi favorecida por Deus com dons místicos extraordinários. Por exemplo, com apenas 6 anos de idade, teve uma grandiosa visão de Jesus Cristo. Ela havia saído com seu irmão Estevão para visitar a irmã Boaventura, no outro lado da cidade.

Na volta, passando pelo Valle Piatta, Catarina ergueu os olhos em direção à igreja de São Domingos e viu Jesus no ar, revestido de paramentos sacerdotais, sentado num trono sobre nuvens luminosas, acompanhado de São Pedro, São Paulo e São João Evangelista.

Ela ficou imóvel, contemplando a visão. Seu irmão, que nada via, espantado com a imobilidade da menina, gritou-lhe assustado:

– Catarina, que fazes aí?! – Ela voltou os olhos para Estevão e, quando olhou de novo em direção à visão, esta já havia desaparecido. Chorando, queixou-se:

– Ah, se tivesses visto o que eu vi, não me terias chamado!

RECEBA A PROTEÇÃO EXORCÍSTICA DE SÃO BENTO! CLIQUE AQUI E PEÇA SUA MEDALHA DE SÃO BENTO.

Decisão e firmeza desde a infância

Frei Raimundo de Cápua, confessor e primeiro biógrafo da santa, conta-nos que esta tomou a resolução de não se casar quando tinha apenas 7 ou 8 anos. A Divina Providência tinha desígnios especiais para ela, porém, a família tinha para ela outros planos… Sua própria mãe fez todos os esforços para que ela se casasse, e pediu ajuda da irmã de Catarina, Boaventura, recém-casada.

Catarina foi morar com a irmã que a incentivava a se vestir e pentear-se elegantemente, para ostentar sua beleza e conseguir um bom noivo. No início, a jovem Catarina cedeu e, aos poucos, foi-se esmerando em sua apresentação pessoal.

Porém, Jesus queria o coração dessa virgem exclusivamente para Si, e enviou-lhe uma severa advertência. Boaventura morreu subitamente  e Catarina voltou para a casa dos pais, onde retomou a vida de penitência, que se habituara a levar quando menina.

Uma “cela monacal” construída no coração

Para vencer as pressões da mãe, que não desistira de seu intento, a heroica moça cortou sua bela cabeleira, em sinal de completo desapego e de rompimento com o mundo.

Este fato provocou uma feroz reação da mãe, que, em represália, obrigou-a a fazer todo o serviço da casa, como uma servente, e tirou-lhe o quartinho onde ela costumava se recolher em oração e penitência.

Mas, como diz São Paulo, “todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus” (Rom 8, 28). A perda de sua “cela monacal” levou a jovem santa a construir para si a “cela do coração”, a respeito da qual ela própria comentaria mais tarde, numa de suas inúmeras cartas: “Esta cela é uma moradia que o homem carrega consigo por toda parte. Nela adquirem-se as verdadeiras e reais virtudes, especialmente a humildade e a ardentíssima caridade” (Carta 37).

Vendo a fortaleza da filha, que não cedia em suas convicções e não perdia a alegria, o pai interveio a seu favor, devolvendo-lhe o pequeno quarto e permitindo-lhe receber o hábito de penitente da Ordem Terceira de São Domingos, o qual ela desejava com toda a sua alma.

RECEBA A PROTEÇÃO EXORCÍSTICA DE SÃO BENTO! CLIQUE AQUI E PEÇA SUA MEDALHA DE SÃO BENTO.

Núpcias espirituais

Dos 17 aos 20 anos de idade, Catarina passou reclusa em sua cela. Orava e jejuava, aprendendo os segredos de Deus e penetrando em suas maravilhas. Só saía para ir à Missa, quase não conversava com ninguém e se alimentava pouquíssimo. Aliás, ao longo de sua vida, passou dias e dias alimentando-se apenas da Sagrada Eucaristia.

No ano de 1367, véspera da Quarta-Feira de Cinzas, Nosso Senhor apareceu à Santa desposando-a em núpcias místicas. Após colocar-lhe como sinal um anel de ouro no dedo, ordenou-lhe que fosse juntar-se à família. Queria Ele fazer dela um apóstolo.

Do recolhimento ao apostolado e à luta

Começava para nossa Santa nova fase de sua curta vida. Iniciou seu apostolado socorrendo os pobres e enfermos. Não havia quem não a conhecesse em Sena. Também ninguém que viesse pedir-lhe auxílio e não fosse prontamente atendido.

Uma terrível peste avassalou o país em 1374. Catarina, cuidou dos corpos enfermos, mas sobretudo tratou das almas, conseguindo conquistar muitas delas para o Céu. Curava doentes, convertia pecadores impenitentes pela força de sua oração e expulsava demônios com uma só palavra de sua boca.

Muito mais importante, porém, foi a atuação de Santa Catarina naquele conturbado mundo político de fins da Idade Média. Em torno dos Estados Pontifícios, agrupavam-se pequenos reinos, além de várias cidades que constituíam Estados soberanos.

A todo momento nasciam novos conflitos, ou recrudesciam antigos. Sem falar nas “guerras privadas” de facções familiares dentro de uma mesma cidade. Muito pior, revoltas de muitas dessas cidades contra o Papa.

Santa Catarina foi chamada a intervir em numerosos desses conflitos. Viajando de cidade em cidade, exerceu um importante papel de pacificadora. Seu principal empenho tinha como meta a glória de Deus e a defesa do Papado e dos Estados Pontifícios.

Exílio de Avignon e Grande Cisma

Toda essa intensa atividade de Santa Catarina foi, sem dúvida, de grande benefício para a Igreja. Mas não passa de um simples degrau para aquilo que constitui sua grande missão pública. Sua maior luta foi trazer de volta a Roma a sede do Papado.

Forçado por injunções políticas ocasionais, o Papa Clemente V, ex-Arcebispo de Bordeaux, transferira em 1309 a Sé Pontifícia de Roma para a cidade francesa de Avignon. Em termos concretos, este fato submeteu os Sucessores de Pedro ao jogo das ambições e das corrupções de reis, príncipes e outros governantes terrenos e, infelizmente, mesmo de altas personalidades eclesiásticas indignas de seus cargos. Tudo isto com enormes prejuízos para o governo da Igreja e a salvação das almas.

Santa Catarina de Sena, Coluna de sustentação do verdadeiro Papa

Sem nunca exceder sua humilde condição de simples leiga de uma Ordem Terceira, Santa Catarina admoestava com ousadia e serenidade, “em nome de Cristo”, os grandes deste mundo, não apenas autoridades temporais, mas inclusive os cardeais da Corte Pontifícia de Avignon. E concorreu poderosamente para que o Papa enfrentasse a oposição do Rei de França. Assim, ficou restabelecida na Cidade Eterna o governo do mundo cristão.

Mas Gregório XI faleceu no ano seguinte, sendo sucedido por Urbano VI. Todavia, um grupo de Cardeais, sob pretextos falaciosos, se revoltou contra ele. Então, voltaram eles para Avignon, declararam nula a eleição do Papa legítimo. Em seguida, elegeram um antipapa, o qual tomou o nome de Clemente VII.

Nasceu assim o chamado Grande Cisma do Ocidente, durante o qual Santa Catarina de Sena foi a paladina e a coluna de sustentação do verdadeiro Papa, por ela cognominado de “o doce Cristo na Terra”.

Entretanto, “o que é fraco no mundo, Deus o escolheu para confundir os fortes” – afirma São Paulo (1 Cor 1, 27). Assim sendo, a humilde filha do tintureiro Benincasa empreendeu inúmeras viagens para resolver complicadas questões; foi dessa forma conselheira de reis, príncipes, bispos e até mesmo de Papas. Ademais, iluminada pelo Espírito Santo, fortalecida pela graça do Deus Crucificado, fez tudo quanto pôde para defender a unidade da Igreja.

RECEBA A PROTEÇÃO EXORCÍSTICA DE SÃO BENTO! CLIQUE AQUI E PEÇA SUA MEDALHA DE SÃO BENTO.

Doutora da Igreja

Assim, com apenas 33 anos, partiu para a eternidade a 29 de abril de 1380. Contudo, deixou uma plêiade de discípulos e um exemplo de vida e uma obra escrita composta de 381 cartas, 26 orações e o livro “O diálogo”, no qual descreve todo o seu método de apostolado e vida interior, chamado pela Igreja como “livro da doutrina divina”.

Afinal, por seus ensinamentos cheios de sabedoria, foi honrada pelo Papa Paulo VI com o título de Doutora da Igreja. “Suas cartas são como fagulhas de um fogo maravilhoso que brilha em seu coração, ardente do Amor infinito que é o Espírito Santo” – afirmou pois o Santo Padre ao outorgar-lhe este glorioso título.

Enfim, que o exemplo de Santa Catarina de Sena penetre em nossas almas. Que a força desse mesmo fogo de seu coração nos traga sobretudo a fidelidade plena e íntegra à Santa Igreja.


Ajude-nos a continuar nosso trabalho de evangelização e catequisação das nossas crianças! Ajude-nos a ajudar.

Read More
09abril
2023
Páscoa

Páscoa

09/04/2023
Rodrigo
Artigos Católicos
0

A Solenidade da Páscoa

A Páscoa é a mais antiga e a mais solene das festas do ano litúrgico. A nota dominante da liturgia da páscoa é uma intensa alegria e gratidão pelo benefício da Redenção que se traduz pela repetição do “Aleluia”

A celebração da Páscoa não tem dia fixo no Calendário, mas se celebra no primeiro Domingo depois da lua cheia, de março.

Jesus Cristo morreu no dia 14 do mês de Nisan, mês judaico lunar, correspondente mais ou menos ao nosso 22 de março a 25 de abril. Os meses atuais sendo solares, e pelo fato sendo mais longos, há necessariamente incompatibilidade nas datas.

Receba em sua casa o Terço Anel da Misericórdia. Clique aqui.

Foi em 325 no Concílio de Nicéa, que a Igreja adotou como data da ressurreição o primeiro Domingo depois da lua cheia de março. Foi assim que a Páscoa passou a ocorrer entre 22 de março a 25 de abril.

Naquele tempo, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago e Maria Salomé, compraram aromas, para embalsamarem o corpo de Jesus.  E no primeiro dia da semana, partindo muito cedo, chegaram ao sepulcro ao nascer do sol. E diziam entre si: Quem nos tirará a pedra da boca do sepulcro? Mas quando olharam, acharam revolvida a pedra, que era muito grande. E, entrando no sepulcro, viram um anjo sentado ao lado direito, vestido de uma túnica branca; e tiveram medo. Este, porém, lhes disse: Não temais; procurais a Jesus de Nazaré, que foi crucificado; ressuscitou; não está aqui; eis o lugar onde o haviam posto. Mas ide, anunciai aos seus discípulos e a Pedro, que ele irá. adiante de vós para a Galileia; lá o vereis, assim como ele vos disse. (Mc 16, 1-7)

Seguindo os procedimentos

Maria Madalena, Maria, Mãe de Tiago e Salomé, tinham comprado e preparado os perfumes destinados a um completo embalsamamento do corpo de seu divino Mestre, o que havia sido feito provisoriamente e às pressas por Nicodemos. Tendo-se levantado cedo, elas seguiram para o sepulcro. 

E’ no meio do caminho que perguntam uma a outra: Quem nos há de revolver a pedra da entrada do sepulcro?

Apenas haviam entrado no jardim, que continha o sepulcro, e eis a terra a tremer debaixo de seus pés. Um anjo luminoso desce do céu, num relâmpago ele se inclina sobre o túmulo, quebra os selos, remove a pedra, e senta-se em cima dela.

Madalena, mais nova e impacientemente ardorosa, havia tomado a dianteira; mas qual não foi a sua estupefação, quando, ao chegar ao túmulo, viu a pedra já tirada e a entrada do jazigo completamente livre. Nem ao menos lhe veio a ideia de que Jesus havia talvez ressuscitado, mas, persuadida de que haviam roubado o corpo, deixou as companheiras, e sem perda de tempo, correu ao Cenáculo para participar aos Apóstolos o que acabava de presenciar.

Nenhum dos Evangelistas descreveu o fato da ressurreição; nenhum deles o havia presenciado. Eles viram-no ressuscitado; não contam como ressuscitou. E’ provável que nunca o souberam como nós não o sabemos. E’ mistério divino!

Receba em sua casa o Terço Anel da Misericórdia. Clique aqui.

Enquanto Maria Madalena foi anunciar o fato da desaparição do Mestre aos Apóstolos, as suas duas companheiras, chegando ao sepulcro, penetraram no vestíbulo, que precede o túmulo, e aí à direita, viram um anjo cujo aspecto majestoso e vestes cintilantes as enchiam de terror.

Após ouvirem as palavras do Anjo As duas mulheres, trêmulas de medo, saíram do sepulcro e fugiram, não se atrevendo a pronunciar a mínima palavra. Neste tempo, Madalena havia comunicado o fato a Pedro e a João que levantam-se e correm ao sepulcro; corriam ambos juntos, mas João correu mais do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro, mas não entrou.

Alguns instantes depois, chegou Pedro e penetrou no jazigo a certificar-se do que havia. ocorrido. Viu as faixas de um lado e o sudário, que cobria a cabeça, dobrado, do outro. Aproximou-se João e ambos concluíram como Madalena, que tinham tirado o corpo. Nenhum deles imaginou que Jesus tivesse ressuscitado.

Pedro e João voltaram para casa, porém, Maria Madalena conserva-se na parte de fora do sepulcro, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para dentro, e viu dois anjos vestidos de branco, sentados no lugar, onde fora posto o corpo de Jesus. E eles lhe perguntam: Mulher, por que choras ? Respondeu-lhes: Porque levaram o meu Senhor e não sei onde o puseram. Ditas estas palavras, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não sabia que era Jesus.

Disse-lhe Jesus: “Mulher, porque choras? A quem procuras?”

Ela julgando que era o jardineiro, disse-lhe: Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei.

Jesus lhe disse: Maria. Ela voltando-se, disse-lhe: Rabboni, (que quer dizer: Mestre). Disse-lhe Jesus: Não me toques, porque ainda não subi para meu Pai. Foi Madalena dar a nova aos discípulos: Ví o Senhor, e êle disse-me estas coisas. (João 20, 10-19 ).

Jesus ressuscitou e aparece para consolar àqueles que tanto choraram e sofreram com ele. Ele não se manifesta, nem a Pilatos, nem a Herodes, nem aos chefes dos judeus, para confundi-los; não. Nem aparece logo a Pedro, a João, nem a um outro de seus Apóstolos. Ele se mostrou primeiro a sua Mãe querida e depois a Madalena. A Madalena, que muito pecou, mas que muito soube amar. A pureza imaculada recebeu a sua primeira visita ; a pureza readquirida pelo arrependimento e o amor receberá a sua segunda visita. Tocante delicadeza do Coração de Jesus.


Ajude-nos a continuar nosso trabalho de evangelização e ajuda social aos mais necessitados!

Read More
  • Previous
  • 1
  • 2
  • 3
  • 4
  • 5
  • 6
  • 7
  • 8
  • 9
  • Próximo

Baixe nosso App
Aplicativo Senhora das Graças
Quem Somos:
Nossas Conquistas:
Apoio Catequético:
Cestas Básicas:
Últimos Artigos
Liturgia diária
São Tomé, Apóstolo - Festa | Quinta-feira
03/07/2025
Liturgia diária
13ª Semana do Tempo Comum | Quarta-feira
02/07/2025
Liturgia diária
13ª Semana do Tempo Comum | Terça-feira
01/07/2025
ANSG
  • Home
  • Sobre
  • App
  • Blog
  • Orações
  • Brindes
  • Cadastre-se
  • Contato
  • ✟ Liturgia Diária ✟
    • Santo do Dia
  • Seus Boletos
  • Carnê Digital
  • Acenda uma vela
  • Liturgia Diária
  • Ajuda aos Necessitados
  • Apoio Catequético
  • Difundir o Evangelho
  • Boletins
  • Termos de Uso e Política de Privacidade

Siga-nos

  • Whatsapp

Contato

Rua do Horto, 356 - Horto Florestal - São Paulo

Telefone: (11)3294-6000

Whatsapp: (11)3294-6000

Email: [email protected]

ASSOCIAÇÃO CULTURAL E ARTÍSTICA, NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS