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2022
São Bento, semente de milhares de santos
São Bento, semente de milhares de santos
São Bento nasceu na Itália, na região central chamada Úmbria, por volta do ano 480. Era filho de uma família nobre e desde sua infância manifestou um gosto especial pela oração. Seus primeiros estudos se deram na região de Núrsia e mais tarde ele mudou-se para Roma onde aprofundou seus estudos de filosofia e retórica.
Vocação
O jovem Bento logo viu a decadência moral de Roma e decidiu retirar-se para uma vida de penitência e oração. Partindo para o deserto, passou a morar em uma gruta afastada localizada no monte Subiaco. Ali conheceu um eremita de nome Romano, que lhe dava alimentos. São Bento viveu ali três anos em recolhimento, longe de todos, rezando, meditando e estudando.
Foi quando alguns pastores, ouvindo falar de sua santidade, começaram a procura-lo para pedir conselhos e orações. A partir de então, todos os moradores das cidades vizinhas iam até Subiaco para encontrarem São Bento.
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Santidade
Próximo à gruta onde se refugiara São Bento, havia um mosteiro que sem abade. Os monges pediram que ele assumisse o cargo de superior, mas o santo não queria aceitar e atestava que os seus costumes não iriam se harmonizar com os dos monges que levavam uma vida já solta e sem observância da regra. Mas, por fim, acabou aceitando.
São Bento começou então a exigir a observância dos costumes e da regra do convento, determinou horários para oração, meditação, jejuns etc. Arrependidos pela escolha de tal superior, decidiram matá-lo, colocando veneno na taça de vinho. Quando o servo de Deus sentou-se à mesa, apresentaram-lhe a bebida. Seguindo o costume da casa, estendeu a mão e pronunciou a bênção. No mesmo instante a taça explodiu, reduzindo-se a cacos.
Foi então que São Bento compreendeu o que havia se passado, levantou-se tranquilamente e reuniu a comunidade, dizendo: “Deus tenha compaixão de vós, irmãos. Por que me quisestes fazer isto? Não vos disse eu previamente que não se harmonizariam os vossos costumes com os meus? Ide, e procurai para vós um Pai consoante à vossa vida; depois disto já não me podereis reter”.
Os Beneditinos
Assim, São Bento retornou para sua gruta, porém, vários discípulos apareceram querendo seguí-lo. Foi assim que, em pouco tempo, ele fundo doze mosteiros, organizou a vida monástica de sua comunidade, escreveu a Regra dos Mosteiros, ou simplesmente, a Regra de São Bento, que é utilizada até os dias de hoje. Foi assim que nasceu a Ordem dos Beneditina.
O Patriarca São Bento foi a semente que Deus utilizou para gerar uma multidão de Santos. Atualmente os beneditinos contam com cerca de cinco mil santos, entre eles Santa Escolástica, irmã gêmea de Santo Bento, São Mauro e São Plácido, primeiros discípulos do Patriarca Bento.
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São Mauro e São Plácido
Destes dois a história narra um fato curioso.
São Plácido um dia foi buscar água e acabou caindo no lago, sendo imediatamente arrastado pela corrente. São Bento, que neste momento estava em sua cela no convento, viu a cena em espírito e ordenou que são Mauro fosse salvá-lo. O jovem não sabia nadar e pediu a benção ao superior.
Assim que a recebeu, Mauro correu para o lago, e, miraculosamente caminhou sobre as águas, sem se dar conta, e puxou pelos cabelos seu companheiro Plácido. São Mauro atribuiu o milagre à ordem e à bênção de São Bento, entretanto o Santo Abade atribuiu o fato à obediência do discípulo.
Santa Lióbia
Em seguida, podemos citar Santa Lióbia (700 – 779), abadessa, parente de São Bonifácio (Bispo e Mártir, também beneditino).
Na vida desta santa conta-se que, numa noite, sua mãe teve um sonho a respeito do nascimento da filha Líoba. Sonhara que trazia em seu seio um sino de igreja e no momento em que estendia a mão para tomá-lo, o sino emitia doces e melodiosos sons. Ao acordar, chamou sua fiel ama e contou-lhe o sonho; a serva então, tomada de espírito profético, disse:: “Dareis a luz a uma filha, que deveis consagrar ao serviço de Deus.
Assim, antes de seu nascimento, Deus já reservava para Si, esta serva fiel.
A Civilização Cristã
Graças a São Bento a Europa produziu o que hoje conhecemos como Civilização Cristã. Foram os mosteiros da ordem beneditina os guardiões e dispensadores da cultura, da arte e da religiosidade.
Portanto, peçamos a todos os santos beneditinos, em especial ao grande Patriarca São Bento, que nunca nos afastemos de Deus, de sua Santa Igreja e seus preceitos. Peçamos a eles como Santa Lióbia um dia escreveu a São Bonifácio: “Suplico-vos, irmão bem-amado, ajudar-me com o escudo de vossas orações contra os assaltos de meu inimigo invisível.” (Carta de Santa Lióbia a São Bonifácio).
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2022
Solenidade de São Pedro e São Paulo
Solenidade de São Pedro e São Paulo
No dia 29 de junho a Igreja celebra dois príncipes dos Apóstolos. Pedro, como Apóstolo universal e Paulo, Apóstolo dos gentios; ambos regaram a Igreja nascente com seu sangue, em Roma, onde, por um desígnio da providência divina, trabalharam e foram coroados pelo martírio.
Deste modo, da mesma forma que foram unidos em vida, Deus não os separou na morte. No ano 67 da era cristã, em 29 de junho, Pedro foi crucificado de cabeça para baixo, visto que era um pedido seu, na colina Vaticana, onde se ergue hoje a Basílica de São Pedro de Roma. Paulo foi decapitado na Via Óstia, no lugar onde se levanta a Igreja de São Paulo das três fontes.
Simão Pedro era natural de Betsaida; foi um dos primeiros Apóstolos chamados por Nosso Senhor, com seu irmão André. Era viúvo e logo depois da Ascenção, presidiu ao primeiro Concílio geral de Jerusalém, fixou depois residência em Antioquia, e mais tarde em Roma, governando a Igreja até o ano 67.
São Paulo, ou Saulo, era natural de Tarso (Asia) e foi educado no espírito dos fariseus. Mas converteu-se no ano 35, dois anos após a Ascensão, tornando-se, de perseguidor dos cristãos, um ardoroso Apóstolo do Evangelho. Inegavelmente indescritíveis os trabalhos, lutas e sofrimentos por que passou por amor de Jesus Cristo. Por fim foi conduzido a Roma, carregado de ferros, depois de longa permanência no cárcere foi decapitado no mesmo dia em que São Pedro foi crucificado.
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Declaração de Fé
A solenidade de São Pedro e de São Paulo, porém, o Evangelho da solenidade nos apresenta hoje a bela e entusiasta figura de Pedro. Jesus Cristo faz uma pergunta que provoca uma resposta decisiva. Interroga os Apóstolos acerca da sua personalidade : “Que dizem os homens ser o Filho do Homem?”
Cada um repete o que ouviu, e talvez o que pensava. Uns dizem que é Elias, outros João Batista, outros Jeremias ou qualquer outro profeta. Após ouvi as opiniões ouvidas, o divino Mestre quer ouvir a opinião pessoal dos Apóstolos, para isto pergunta: E vós, quem dizeis que eu sou?
Ele interroga os Apóstolos em geral; portanto, cabia ao Chefe deles dar a resposta, em nome de todos. Pedro faz sua primeira definição doutrinal, seu primeiro ato de autoridade, sob o olhar de seu Mestre. Sente-se a inspiração do Espírito Santo. Jesus Cristo está ali e escuta. Os Apóstolos, os primeiros Bispos, estão atentos. Todos escutam. Pedro responde sem hesitação; a sua palavra é curta: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!”
No dia 29 de Junho de 2007, o Papa Bento XVI, durante sua homilia comentou esta afirmação do primeiro Papa:
Isto não é falso, mas não basta. Com efeito, trata-se de ir em profundidade, de reconhecer a singularidade da pessoa de Jesus de Nazaré, a sua novidade. Também hoje é assim: muitos se aproximam de Jesus, por assim dizer, a partir de fora. Grandes estudiosos reconhecem a sua estatura espiritual e moral, bem como a sua influência sobre a história da humanidade, comparando-o com Buda, Confúcio, Sócrates e outros sábios e grandes personagens da história.
Entretanto, não conseguem reconhecê-lo. Vem à mente aquilo que Jesus disse a Filipe, durante a última Ceia: “Estou há tanto tempo convosco, e não me conheces, Filipe?” (Jo 14, 9).
E nós?
Muitas vezes Jesus é considerado também como um dos grandes fundadores de religiões, de quem cada um pode haurir algo para formar a sua própria convicção. Portanto, como nessa época, também hoje as “pessoas” têm diferentes opiniões sobre Jesus. E como então, também a nós, discípulos de hoje, Jesus repete a sua pergunta: “E vós, quem dizeis que Eu sou?”. Queremos fazer nossa a resposta de Pedro. Segundo o Evangelho de São Marcos, Ele disse: “Tu és Cristo” (8, 29); em Lucas, a afirmação é: “O Messias de Deus” (9, 20); em Mateus, ressoa: “Tu és Cristo, o Filho de Deus vivo” (16, 16); enfim, em João: “Tu és o Santo de Deus” (6, 69).
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Conclusão
Caros irmãos e irmãs, nesta solenidade de São Pedro e São Paulo, renovemos hoje o compromisso a cumprir até ao fim o desejo de Cristo, que nos quer plenamente unidos. Que nos oriente e nos acompanhe sempre com a sua intercessão a Santa Mãe de Deus: a sua fé indefectível, que sustentou a fé de Pedro e dos outros Apóstolos, continue a apoiar também a fé das gerações cristãs, a nossa própria fé: Rainha dos Apóstolos, rogai por nós! Amém.
Fonte:
1- Pe Julio Lombaerde, O Evangelho das Festas Litúrgicas
2- http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/homilies/2007/documents/hf_ben-xvi_hom_20070629_pallio.html
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2022
Sagrado Coração de Jesus
Sagrado Coração de Jesus
Ao longo da história da Igreja, tem-se revelado de maneiras diversas os tesouros do Sagrado Coração de Jesus aos homens. A devoção a Ele tornou-se uma luz de misericórdia e de esperança continuamente derramada sobre a face da Terra.
Uma dessas manifestações divinas, entretanto, sobressai pelo extraordinário conteúdo de sua mensagem. Ela se deu no abençoado recesso de um convento de Visitandinas, erguido no centro da França, às margens de um rio de águas límpidas e tranquilas.
Santa Margarida Maria Alacoque
O mosteiro de Paray-le-Monial foi construído no séc. XII. No século XVII, este ambiente de fé e austeridade era habitado pelas religiosas da Ordem da Visitação. Fundada por São Francisco de Sales e Santa Joana de Chantal.
Ora, segundo expresso desejo de seu Pai e Fundador, essas monjas eram muito devotas do Sagrado Coração de Jesus, e de modo particular a Irmã Margarida-Maria Alacoque. Para tanto a conduziam a riqueza de suas virtudes, o entranhado fervor de uma vida de oração que a uniam cada vez mais ao Divino Mestre.
Foi a esta religiosa que o Sagrado Coração de Jesus quis manifestar seu amor ao mundo. Entre as aparições, quatro se destacam pela importância das palavras e promessas.
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Primeira Aparição
A primeira delas ocorreu no dia 27 de dezembro de 1673, festa de São João Evangelista. Encontrava-se a Irmã Margarida-Maria na capela do convento em profunda adoração ao Santíssimo Sacramento exposto sobre o altar-mor. De súbito, sentiu-se assumida por essa divina presença. De maneira tão forte que se esqueceu de todo o resto, do tempo e do lugar onde estava, não vendo senão o Espírito que havia envolvido e cativado sua alma.
E assim arrebatada em êxtase, ouviu Nosso Senhor que a convidava para tomar ao lado d’Ele o lugar que São João tinha ocupado na Santa Ceia. Assim ela descreve:
Jesus me fez repousar longamente sobre seu peito, desvendando-me as maravilhas de seu amor e os insondáveis segredos de seu Coração Sagrado. Ele o fez de maneira tão efetiva e sensível que não me deixou nenhuma possibilidade de dúvida. Disse-me: “Meu divino Coração encontra-se tão repleto de amor pelos homens e por ti em particular, que, não podendo mais conter as labaredas de sua ardente caridade, sente-se forçado a difundi-las por teu intermédio. Cumpre que ele se manifeste aos homens, para enriquecê-los com esses preciosos tesouros que te revelo, portadores de graças santificantes e salvadoras, necessárias para resgatá-los das vias da perdição. E Eu escolhi a ti, abismo de indignidade e de ignorância, para a realização desse grande desígnio, a fim de que todos vejam de modo claro que tudo isso é feito por Mim”.
Segunda Aparição
Várias semanas se passaram desde a primeira grande revelação até que ocorresse a segunda, cuja data não se pode determinar com exatidão. Há motivos para se supor ter acontecido numa sexta-feira, no início de 1674. Em carta dirigida a um de seus confessores e biógrafos, o Pe. Croiset, Santa Margarida-Maria lhe fala:
Esse divino Coração me foi apresentado como sobre um trono de chamas, mais resplandecente que um sol e transparente como um cristal, com a chaga adorável bem visível, e todo ele circundado por uma coroa de espinhos, significando as feridas que nossos pecados lhe infligiam.
Era encimado por uma cruz, dando a entender que ela havia sido plantada nele desde o primeiro instante em que foi formado e que a partir de então esteve cheio de todas as amarguras que lhe causariam as humilhações, dores e desprezos sofridos por sua humanidade santíssima ao longo de sua vida e de sua Paixão.
Ele me fez ver que seu ardente desejo de ser amado pelos homens, e de retirá-los da via da perdição na qual Satanás os precipitou, levou-O a formar esse desígnio de manifestar ao mundo seu Coração, com todos os tesouros de amor, de misericórdias, de graças, de salvação e santificação nele contidos. E àqueles que procurassem amá-Lo, honrá-Lo e glorificá-Lo plenamente, Ele os enriqueceria com a profusão e a abundância desses divinos tesouros do seu Coração.
E conclui:
Em todos os lugares onde essa imagem for exposta e venerada, Nosso Senhor difundirá suas graças e bênçãos, como um último esforço de seu amor em benefício dos homens, resgatando-os da tirania de Satanás e os colocando sob a doce liberdade do império de seu amor, o qual Ele quer estabelecer na alma de todos aqueles que procurem abraçar a devoção ao seu Coração Sagrado.
Terceira Aparição
A data da terceira visão é, como a da segunda, também incerta. Em seus escritos, Sor Margarida-Maria diz apenas que, nesse dia, “o Santíssimo Sacramento estava exposto”, e parece insinuar tratar-se de uma sexta-feira. Daí a conjectura de que o fato se passou em começos de junho de 1674, na oitava de Corpus Christi. Seja como for, eis o relato deixado pela santa vidente:
Uma vez diante do Santíssimo exposto, e depois de me sentir imersa num profundo recolhimento, meu doce Mestre Jesus Cristo se apresentou a mim, reluzente de glória, com suas cinco chagas brilhantes como outros tantos sóis. Chamas jorravam de todas as partes dessa humanidade sagrada, sobretudo de seu admirável peito, que parecia uma fornalha. Abrindo-se, descobriu-me seu amantíssimo Coração, fonte viva dessas labaredas. Aí Ele me revelou as maravilhas inexplicáveis de seu puro amor, e os excessos a que este chegou em proveito dos homens, recebendo em troca apenas ingratidões e menosprezos.
Jesus me disse: “Essa ingratidão me é mais penosa do que todos os sofrimentos que padeci em minha Paixão. Se me retribuíssem em algo esse amor, Eu tomaria como pouco tudo o que fiz pelos homens, e estaria disposto a fazer ainda mais, se possível fosse. Neles, porém, encontro somente friezas e recusas diante de minhas solicitudes e bondades. Tu, pelo menos, alivia-me ao suprires a ingratidão deles, em toda a medida de que fores capaz.”
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Confessando então sua indignidade e fraqueza, Sor Margarida-Maria suplica ao Divino Redentor que tenha compaixão de sua miséria. E d’Ele ouviu como resposta:
Eu serei tua força, não temas. Esteja, porém, atenta à minha voz e ao que te peço para cumprires os meus desígnios. Primeiramente, me receberás no Santíssimo Sacramento sempre que lhe permitir a obediência, e deverás aceitar algumas mortificações e humilhações como provas de meu amor.
Além disso, comungarás nas primeiras sextas-feiras de cada mês; e em todas as noites de quinta para sexta, far-te-ei participar da tristeza mortal que se abateu sobre Mim no Horto das Oliveiras.
Para me acompanhares nessa humilde prece que então apresentei a meu Pai, tu te levantarás entre onze e meia-noite, prosternando-te durante uma hora comigo, tanto para aplacar a cólera divina, pedindo misericórdia para os pecadores, como para suavizar em algo a amargura que senti quando me vi abandonado pelos meus apóstolos. Durante esta hora, farás o que Eu te indicar.”
Nosso Senhor faz ouvir a queixa secreta de seu Coração: Ele ama tanto os homens, e é por estes tão pouco amado! E pede uma reparação de amor que se traduza em atos externos e fervorosos, como a comunhão frequente, a recepção da Eucaristia nas primeiras sextas-feiras de cada mês e a Hora Santa.
Entretanto, o ciclo das grandes revelações ainda não estava completo. Algo faltava a ser dito, para que o culto ao Sagrado Coração de Jesus tivesse seu pleno florescimento na piedade cristã.
Quarta Aparição
A data da quarta aparição é mais conhecida que a das duas precedentes, embora não possa ser fixada com toda a segurança. A santa religiosa se limita a nos dizer que foi num dia da oitava de Corpus Christi de 1675. Ora, sabe-se que, naquele ano, tal festa caiu no 13 de junho, o que situa a visão entre os dias 13 e 20 do referido mês.
Dessa que pode ser considerada a mais importante de todas as revelações, deixou-nos a eleita do Senhor o seguinte relato:
Estando certa vez diante do Santíssimo Sacramento, num dia de sua oitava, recebi de Deus graças excessivas de seu amor, e me senti tocada pelo desejo de retribuição, de Lhe pagar amor por amor. Ele me disse: “Tu me darás a maior prova de seu amor, fazendo o que já te pedi inúmeras vezes”. Então, descobrindo-me seu divino Coração, acrescentou: “Eis o Coração que tanto amou os homens, e nada poupou até esgotar-se e consumir-se para testemunhar-lhes o seu amor. Em reconhecimento, da maior parte só recebo ingratidões: por suas irreverências e sacrilégios, pelas friezas e os desprezos que eles têm por Mim nesse Sacramento de amor. Porém, o que mais me magoa é o fato de que assim procedem corações que me são consagrados.
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Por isso, peço-te que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa especial para honrar meu Coração. Comungando nesse dia, e prestando a Ele uma solene retratação, a fim de desagravá-Lo pelas indignidades que recebe quando está exposto sobre os altares. Eu te prometo, também, que meu Coração se dilatará para difundir com abundância os influxos de seu divino amor sobre aqueles que Lhe prestarem esta honra, e se empenharem para que Lhe seja tributada.”
Esta é a origem da devoção e Solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Ele deseja ser amado. Deseja a retribuição por nos amar tanto e derramar até a última gosta de sangue por cada homem e mulher desta terra. Ele derramou seu sangue por mim, por você que lê estas palavras agora e nos convida: Filho você não quer me amar?
Sagrado Coração de Jesus, confio e espero em Vós!
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2022
Corpus Christi
Corpus Christi, a festa da grandeza e da pequenez
A solenidade de Corpus Christi é celebrada na Quinta Feira após o Domingo da Santíssima Trindade. Foi a Bem-aventurada Juliana de Mont Cornelon, perto de Liège, na Bélgica que teve a inspiração de pedir a instituição desta festa.
Na vida da Bam-aventurada conta-se que aos 16 anos teve pela primeira vez uma visão que se repetiu diversas vezes enquanto estava em suas adorações eucarísticas.
Ela via lua no seu pleno esplendor, mas com uma faixa escura que a atravessava. Nosso Senhora então explicou que a lua simbolizava a vida da Igreja sobre a terra, a faixa escura representava a ausência de uma festa litúrgica que honrasse de modo particular a Eucaristia.
Nosso Senhor então pediu que a religiosa trabalhasse para instituir uma festa na qual os fiéis pudessem adorar a Eucaristia para aumentar a fé, crescer na prática das virtudes e reparar os pecados cometidos contra o Santíssimo Sacramento.
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Bem-aventurada Juliana foi incompreendida e até perseguida pelo clero. Faleceu em 1258, na capela onde estava exposto o Santíssimo Sacramento. Morreu antes de ver a Festa do Corpo de Cristo estendida por toda a Igreja.
Uma amiga e confidente da religiosa, Eva, continuou a obra e obteve do Bispo de Liège que falasse com o Papa Urbano IV. Este então mandou compor o Ofício do Santíssimo Sacramento. Coube a São Tomás de Aquino esta obra, que perdura até os dias de hoje.
Urano IV falece em 1264 e a festa de Corpus Christi atrasou quase quarenta anos.
Foi só em 1311 que o papa Clemente V, durante o Concílio de Viena, estendeu a festa para toda a Igreja, e ele mesmo presidiu nesta cidade a primeira procissão do Santíssimo Sacramento!
Festa da grandeza
A grandeza da Eucaristia é expressa nesta solenidade.
– É a Carne e o Sangue do Salvador;
– O Sacramento de união com Deus;
– É a participação da vida divina;
– O pão da vida descido do céu;
– É o maná da imortalidade.
Ora, tudo que vive precisa de alimento. Nossa alma tem uma vida espiritual da qual só Deus pode ser o alimento; eis porque Ele se proclama “o Pão descido do céu.”
O maná dos hebreus era um alimento milagroso, que tomava o gosto preferido de quem o comesse. Era preciso diariamente renovar as provisões, pois, ao nascer do sol, o maná caído do céu, dissolvia-se num instante.
Pois bem, o maná do católico é a Eucaristia, que dá a cada um a força e a graça de que precisa. Para este é luz, para aquele outro é consolação, e para muitos é generosidade. E deveria ser recebido diariamente, o quanto possível, antes que o vento das tentações se lavante.
É uma grandeza escondida que deve ser realçada, exaltada e manifestada a todo católico. Por isso temos Corpus Chirsti.
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Pequenez
Notem bem que a Eucaristia é divinamente grande em seus efeitos, mas humanamente pequena em suas aparências.
Uma migalha de pão, um pouco de vinho, um sacerdote que diz umas palavras, e, embora vejamos pão e vinho, já se mudaram na substância em Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Cristo.
Neste pequeno espaço da Hóstia, está reunido o céu inteiro! É dai, deste silêncio, que raios de luz iluminam todas as criaturas.
Uma pequena Hóstia está ali sobre o altar. Os olhos humanos veem apenas o pão mas os Anjos do céu contemplam a divindade, em todo o seu esplendor, numa visão face a face, tão deslumbrante, que olhos humanos são incapazes de suportar.
Enquanto nós enxergamos apenas uma Hóstia branca, a realidade é a glória, a majestade e o poder do trono do Altíssimo. Que contraste entre a realidade e as aparências! É preciso manifestar esta pequenez! É preciso tirar do esconderijo este “Deus escondido” e mostra-lo ao mundo.
Conclusão
É por isso que na solenidade de Corpus Christi, seja numa pequena vila, seja numa grande metrópole, o Santíssimo Sacramento é levado em procissão, em triunfo, aclamado como Rei e conquistador. É o triunfo da Eucaristia, ou melhor, o triunfo da humildade. Este é o desejo do Senhor.
Por que tanta pompa a Jesus, se ele foi sempre pobre nesta vida? Ora, porque este foi seu desejo expresso na própria bíblia. Ele, sempre tão pobre e tão humilde, durante a sua vida mortal, exigiu para a instituição da divina Eucaristia, na última ceia, uma sala ricamente ornada (Lc 22 12) .
Para morar se contentava com uma humilde casa mas, para a sua Eucaristia, quer um edifício, que se impõe pela grandeza. Por que esta exigência? Para ensinar por todos os séculos, as honras devidas à Eucaristia. E assim os homens, vendo o pão, possam rezar: “Verdadeiramente tu es Deus Escondido” (cf Is 45,15)
2022
Pentecostes
Pentecostes – A Obra do Espírito Santo
Solenidade de Pentecostes.
Antes de subir ao céu, Jesus Cristo havia recomendado ao seus Apóstolos que se recolhessem no Cenáculo e esperassem aí a vinda do Espírito Santo: “Eu enviarei sobre vós o Espírito Santo prometido por meu Pai. Entretanto, permanecereis na cidade, até que sejais revestidos da virtude do alto.” (Lc 24,49)
Foi então que os Apóstolos, permaneceram em Jerusalém – no Cenáculo – e puseram-se em oração com Maria, Mãe de Jesus, com os discípulos e as santas mulheres, à espera do Espírito Santo, que desceu sobre eles na festa de Pentecostes, nove dias após a Ascenção do Senhor.
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A descida do Espírito Santo
No dia de Pentecostes, lá pelas oito horas da manhã, produziu-se um forte vento acompanhado de um estrondo que encheu toda a sala onde estavam. Nisso apareceram línguas de fogo, semelhantes a chamas ardentes.
Essas chamas, contam algumas revelações, se uniram formando um globo de fogo que se colocou sobre a cabeça de Maria Santíssima. Foi daí que se dividiu em línguas, indo pousar sobre cada um dos Apóstolos.
Transformados num instante, com aquela efusão miraculosa da graça, os Apóstolos começaram a pregar o Evangelho às multidões que ouviam pasmos e se perguntavam: “Como é isso?! Homens não são galileus? Como é que nós os ouvimos todos falarem a língua da nossa terra? Há entre nós, Partos, Medos, Elamitas, Judeus, Capadócios, Mesopotâmicos, Asiáticos, Egípcios, Romanos, Celtas e Árabes, e todos nós ouvimos celebrar em nossas línguas as maravilhas de Deus !
Foi quando São Pedro tomou a palavra e começou seu primeiro sermão e neste mesmo dia, três mil homens creram em Jesus Cristo e receberam o Batismo. Estava, com isto, fundada a Igreja de Jerusalém, e milhares de vozes iam anunciar a todas as nações o nome de Jesus.
Obra do Espírito Santo
Assistimos aqui a uma mudança total dos Apóstolos, uma obra do Espírito Santo na alma deles. Essa transformação operou-se no espírito, na vontade e no coração deles.
O espírito precisava de verdade, a vontade necessitava de coragem e o coração precisa de amor.
O Espírito Santo os enche de verdade. Jesus lhes havia ensinado as verdades, mas reservou a coroação da sua obra para o Espírito Santo. Eis porque os Apóstolos, pela vinda do Espírito Santo, compreenderam melhor o que Jesus lhes ensinara, adquiriram as novas ciências, que exigiam a sua nova situação de propagadores da Igreja.
O Espírito Santo lhes deu coragem. Conhecemos a fraqueza dos Apóstolos. Estavam cheios de boa vontade e de sinceridade, porém todos eram vacilantes, medrosos, sem energia. Basta lembrar que São Pedro negou a Cristo três vezes., ou dos discípulos de Emaús que fugiam de Jerusalém.
Com efeito, depois de Pentecostes nada mais deste medo existia. Pregaram em toda parte, e diziam aos chefes dos judeus, que pretendiam amedrontá-los com ameaças e castigos: Não podemos calar-nos!
O Espírito Santo é amor. Amavam o divino Mestre, não havia dúvida. Mas, quanto egoísmo havia naquele amor! Mas eis que o Espírito Santo, sob a forma de línguas de fogo, soprou sobre eles e seus corações arderam e as palavras que diziam eram inflamada pois pregavam o amor de seu divino Mestre.
Nosso Senhor depositou no coração dos Apóstolos este fogo divino, e o Espírito Santo, soprando sobre eles, produziu estas chamas ardentes que deverão abrasar o mundo inteiro.
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Conclusão
Oh! Como precisamos da festa de Pentecostes, para que estas mesmas transformações se operem em nós. Somos tão vacilantes no espírito, como o somos na vontade e no amor.
Precisamos de convicção religiosa, de luz para o espírito, para compreendermos melhor a grandeza, a beleza de nossa fé.
De fato, precisamos de coragem para a nossa vontade enfraquecida pelo mundo e pelo pecado. Somos fracos diante das tentações e não pedimos forças para vencê-las.
Precisamos deste puro amor, e não um amor egoísta. Amar é doar-se, esquecer-se de si mesmo, para agradar a quem ama.
Enfim, imploremos ao Espírito Santo, que desça sobre nós, como desceu sobre os Apóstolos e opere em nós as mesmas transformações. Mas notemos bem, que tal graça foi concedida aos Apóstolos, enquanto perseveravam na oração, juntos com a Mãe de Jesus.
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2022
Os discípulos de Emaús
Os discípulos de Emaús
O desânimo que fecha nossos olhos para Deus
Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. Então Jesus perguntou: “Que ides conversando pelo caminho?” Eles pararam, com o rosto triste, e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: “Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias? Ele perguntou: “Que foi?”
Os discípulos responderam: “O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu”.
Os dois discípulos fugiam de Jerusalém após a Morte de Nosso Senhor. Podemos observar que eles estão envoltos em trevas. São dominados pela tristeza, e sua fé está abalada. Quando encontram Jesus no caminho eles mesmos confirmam isso, eles não acreditam na ressurreição.
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Eles estão vacilando na fé, pois, se observarmos, em nenhum momento eles dizem ao “forasteiro” que Jesus era o Filho de Deus, eles apenas dizem: “Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras”.
Será que não parecemos com estes discípulos? Quando nos vem um momento difícil, esquecemos que Cristo é Deus, que pode tudo, e passamos a contar apenas com os aspectos humanos de nossa vida? Reduzimos o poder de Deus. Não é verdade também, que muitas vezes Cristo se apresenta no caminho de nossa vida, mas, por causa de nosso trabalho, nossas ocupações, nossas tristezas, nossa pouca fé, nós não o reconhecemos?
Não estava ardendo nossos corações?
Então Jesus lhes disse: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?” E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele.
O que será que passou na mente dos discípulos enquanto Jesus falava? Não sabemos, apenas temos o que os próprios caminhantes comentam, que “seus corações ardiam”. Mesmo assim, eles não reconhecem Jesus. Talvez tenham achado que aquele desconhecido fosse alguém muito instruído na fé, um culto, um sábio.
Conosco não ocorre o mesmo? As vezes decerto recebemos um conselho de um sacerdote durante a confissão, durante uma conversa, ou ouvimos um sermão, uma homilia. E é um recado de Deus para nós que diz: “Não se afaste de Jerusalém, não fuja para Emaús! Eu vou ressuscitar”, mas nós não levamos em conta e preferimos acreditar que aquele sacerdote estudou muito e é baste culto.
Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Jesus entrou para ficar com eles.
“Ficai conosco”, que pedido maravilhoso. Podemos repetir ele hoje em dia. “Ficai conosco Senhor, pois se faz trevas sobre o mundo”. Continuai conosco pois temos medo de nossos pecados, de nossas faltas. Ficai conosco porque não sabemos o caminho de volta para a casa paterna e já está tarde, a noite vem chegando.
Será que acontece comigo?
Você alguma vez sentiu que precisava que Deus estivesse com você? Pois bem, Ele estava, mas você não viu. Talvez por uma infidelidade, por uma cegueira, enfim. Mas o fato é que Deus jamais nos abandona, somos nós que o abandonamos.
Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles.
Os discípulos de Emaús, durante o caminho, julgavam que o caminhante desconhecido era um bom conhecedor das escrituras, apenas isso. Contudo, quando, sentados à mesa, o desconhecido partiu o pão, eles viram através daquele gesto inefável uma realidade, o Mestre crucificado a três dias estava vivo.
Então, a quanto tento não me confesso? A quanto tempo não comungo e vejo Cristo?
Se temos algum problema, devemos recorrer a Ele pois é para isso que Ele está presente no Santíssimo Sacramento até a consumação dos tempos.
O que me falta então para procurar este amigo que abandonei? Coragem para pedir perdão? Forças para voltar o caminho? O que me falta?
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Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras?” Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze reunidos com os outros. E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão.
Quando reconheceram Cristo ressuscitado, voltaram correndo para Jerusalém. Era tarde, a distância era de 11 quilômetros, mas eles não se importaram. Por que? Porque seus corações ardiam de amor. Eles haviam se aproximado do Cristo, ouvido o Cristo, isso os alimentou.
Se eu estou fugindo da minha Jerusalém, se eu estou perdido pelo caminho, o que devo fazer?
Ouvir a Jesus que me diz palavras doces, escuta minhas súplicas, e parte o pão para mim. Ele me ouve e me aconselha no confessionário, ele me dá forças na comunhão, na adoração. Parte o pão da palavra e da Eucaristia. Isto me dá forças para sair da minha Emaús, da minha falta de esperança, do meu desespero, e correr para Jerusalém e ver que, de fato, nesta páscoa, Cristo ressuscitou e me Ama.
Uma Santa e abençoada páscoa para todos os nossos leitores.
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2022
Páscoa
A Solenidade da Páscoa
A Páscoa é a mais antiga e a mais solene das festas do ano litúrgico. A nota dominante da liturgia da páscoa é uma intensa alegria e gratidão pelo benefício da Redenção que se traduz pela repetição do “Aleluia”
A celebração da Páscoa não tem dia fixo no Calendário, mas se celebra no primeiro Domingo depois da lua cheia, de março.
Jesus Cristo morreu no dia 14 do mês de Nisan, mês judaico lunar, correspondente mais ou menos ao nosso 22 de março a 25 de abril. Os meses atuais sendo solares, e pelo fato sendo mais longos, há necessariamente incompatibilidade nas datas.
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Foi em 325 no Concílio de Nicéa, que a Igreja adotou como data da ressurreição o primeiro Domingo depois da lua cheia de março. Foi assim que a Páscoa passou a ocorrer entre 22 de março a 25 de abril.
Naquele tempo, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago e Maria Salomé, compraram aromas, para embalsamarem o corpo de Jesus. E no primeiro dia da semana, partindo muito cedo, chegaram ao sepulcro ao nascer do sol. E diziam entre si: Quem nos tirará a pedra da boca do sepulcro? Mas quando olharam, acharam revolvida a pedra, que era muito grande. E, entrando no sepulcro, viram um anjo sentado ao lado direito, vestido de uma túnica branca; e tiveram medo. Este, porém, lhes disse: Não temais; procurais a Jesus de Nazaré, que foi crucificado; ressuscitou; não está aqui; eis o lugar onde o haviam posto. Mas ide, anunciai aos seus discípulos e a Pedro, que ele irá. adiante de vós para a Galileia; lá o vereis, assim como ele vos disse. (Mc 16, 1-7)
Seguindo os procedimentos
Maria Madalena, Maria, Mãe de Tiago e Salomé, tinham comprado e preparado os perfumes destinados a um completo embalsamamento do corpo de seu divino Mestre, o que havia sido feito provisoriamente e às pressas por Nicodemos. Tendo-se levantado cedo, elas seguiram para o sepulcro.
E’ no meio do caminho que perguntam uma a outra: Quem nos há de revolver a pedra da entrada do sepulcro?
Apenas haviam entrado no jardim, que continha o sepulcro, e eis a terra a tremer debaixo de seus pés. Um anjo luminoso desce do céu, num relâmpago ele se inclina sobre o túmulo, quebra os selos, remove a pedra, e senta-se em cima dela.
Madalena, mais nova e impacientemente ardorosa, havia tomado a dianteira; mas qual não foi a sua estupefação, quando, ao chegar ao túmulo, viu a pedra já tirada e a entrada do jazigo completamente livre. Nem ao menos lhe veio a ideia de que Jesus havia talvez ressuscitado, mas, persuadida de que haviam roubado o corpo, deixou as companheiras, e sem perda de tempo, correu ao Cenáculo para participar aos Apóstolos o que acabava de presenciar.
Nenhum dos Evangelistas descreveu o fato da ressurreição; nenhum deles o havia presenciado. Eles viram-no ressuscitado; não contam como ressuscitou. E’ provável que nunca o souberam como nós não o sabemos. E’ mistério divino!
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Enquanto Maria Madalena foi anunciar o fato da desaparição do Mestre aos Apóstolos, as suas duas companheiras, chegando ao sepulcro, penetraram no vestíbulo, que precede o túmulo, e aí à direita, viram um anjo cujo aspecto majestoso e vestes cintilantes as enchiam de terror.
Após ouvirem as palavras do Anjo As duas mulheres, trêmulas de medo, saíram do sepulcro e fugiram, não se atrevendo a pronunciar a mínima palavra. Neste tempo, Madalena havia comunicado o fato a Pedro e a João que levantam-se e correm ao sepulcro; corriam ambos juntos, mas João correu mais do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro, mas não entrou.
Alguns instantes depois, chegou Pedro e penetrou no jazigo a certificar-se do que havia. ocorrido. Viu as faixas de um lado e o sudário, que cobria a cabeça, dobrado, do outro. Aproximou-se João e ambos concluíram como Madalena, que tinham tirado o corpo. Nenhum deles imaginou que Jesus tivesse ressuscitado.
Pedro e João voltaram para casa, porém, Maria Madalena conserva-se na parte de fora do sepulcro, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para dentro, e viu dois anjos vestidos de branco, sentados no lugar, onde fora posto o corpo de Jesus. E eles lhe perguntam: Mulher, por que choras ? Respondeu-lhes: Porque levaram o meu Senhor e não sei onde o puseram. Ditas estas palavras, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não sabia que era Jesus.
Disse-lhe Jesus: “Mulher, porque choras? A quem procuras?”
Ela julgando que era o jardineiro, disse-lhe: Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei.
Jesus lhe disse: Maria. Ela voltando-se, disse-lhe: Rabboni, (que quer dizer: Mestre). Disse-lhe Jesus: Não me toques, porque ainda não subi para meu Pai. Foi Madalena dar a nova aos discípulos: Ví o Senhor, e êle disse-me estas coisas. (João 20, 10-19 ).
Jesus ressuscitou e aparece para consolar àqueles que tanto choraram e sofreram com ele. Ele não se manifesta, nem a Pilatos, nem a Herodes, nem aos chefes dos judeus, para confundi-los; não. Nem aparece logo a Pedro, a João, nem a um outro de seus Apóstolos. Ele se mostrou primeiro a sua Mãe querida e depois a Madalena. A Madalena, que muito pecou, mas que muito soube amar. A pureza imaculada recebeu a sua primeira visita ; a pureza readquirida pelo arrependimento e o amor receberá a sua segunda visita. Tocante delicadeza do Coração de Jesus.
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2022
Domingo de Ramos
Domingo de Ramos, início das dores
Com a Encarnação do Verbo a obra das trevas conheceu sua ruína. E o confronto entre o bem e o mal encontrará sua arquetipia, até o fim dos tempos, na luta implacável de Nosso Senhor contra os escribas e os fariseus, narrada longamente por todos os evangelistas. O maldito filão do mal encontrou diante de si um Varão que fundou uma Instituição para combatê-lo, o Homem-Deus diante do qual foi obrigado a ouvir as verdades mais contundentes e penetrantes, a ponto de ser-lhe arrancada a máscara da hipocrisia, aos olhos de todo o povo.
Na Liturgia do Domingo de Ramos vamos assistir ao desfecho dessa luta. Nesse dia a Igreja comemora, ao mesmo tempo, as alegrias da entrada triunfal de Nosso Senhor Jesus Cristo em Jerusalém e o início de sua Via Sacra, com a proclamação da Paixão no Evangelho da Missa. Abre-se, assim, a Semana Santa, talvez o período do Ano Litúrgico mais cogente, durante o qual as principais celebrações se sucedem, convidando-nos a considerar com especial fervor os acontecimentos que constituem o cerne de nossa Redenção.
Entrada triunfal em Jerusalém
Entre os numerosos milagres realizados pelo Divino Mestre, nenhum produzira tanta comoção em Israel quanto a ressurreição de Lázaro (cf. Jo 11, 1-44). A uma simples ordem, o morto de quatro dias saíra do túmulo andando, em perfeita saúde. Por evidenciar de forma tão grandiosa o poder divino de Jesus, o prodígio ocasionou um forte surto de fervor popular e muitos judeus passaram a crer n’Ele. Em contrapartida, tal fato acirrou ao extremo o ódio dos pontífices e fariseus. Reunido o Sinédrio, deliberou este acerca dos meios para fazer cessar a crescente fama de Nosso Senhor e, “desde aquele momento, resolveram tirar-Lhe a vida” (Jo 11, 53).
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O Redentor, que tudo sabia, já tinha conhecimento desta decisão oficial do Sinédrio quando começou a viagem de volta à Cidade Santa, nas vésperas das comemorações da Páscoa. No caminho Ele advertira os discípulos a esse respeito, ao anunciar-lhes pela terceira vez a Paixão: “Eis que subimos a Jerusalém e o Filho do Homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas; condená-Lo-ão à morte e entregá-Lo-ão aos gentios” (Mc 10, 33).
Contudo, nada fez para impedir a afluência das pessoas que acorriam ao seu encontro e passavam a segui-Lo durante o percurso. Eram israelitas em sua maior parte, os quais também se dirigiam ao Templo para celebrar a Páscoa, de modo que, quanto mais se aproximava da cidade, maior se tornava o número dos que O acompanhavam. Saindo de Jericó, por exemplo, registra São Mateus que uma grande multidão O seguiu” (20, 29), e São João menciona outra “grande multidão de judeus” (12, 9) que se concentrou em Betânia ao saber que Jesus ali havia chegado. Toda essa gente foi com Ele a Jerusalém, pelo que “bem se pode supor que formavam o cortejo várias centenas, e até mesmo milhares de pessoas.
É precisamente a essa altura do percurso, nas proximidades de Betânia e Betfagé, que se inicia o trecho de São Lucas recolhido para o Evangelho da Procissão do Domingo de Ramos do Ano C.
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Os louvores começaram logo que Nosso Senhor montou o jumentinho, ainda na estrada. À sua passagem o povo ia estendendo os mantos no chão e completava esse improvisado tapete com ramos colhidos das árvores (cf. Mt 21, 8; Mc 11, 8). Quando já se podia divisar o Templo — o que, segundo indicação precisa de São Lucas, corresponde a “perto da descida do Monte das Oliveiras” —, a multitudinária procissão irrompeu em exclamações e brados de alegria: “Bendito o Rei, que vem em nome do Senhor! Paz no Céu e glória nas alturas!”.
Tal movimentação pôs em alvoroço a cidade, que regurgitava de peregrinos vindos de todas as regiões da Palestina, os quais, saindo ao encontro de Jesus com ramos de palmas nas mãos, uniram-se à caravana, para também aclamá-Lo (cf. Jo 12, 12-13).
Esse cortejo triunfal — mas quão modesto para Aquele que é Rei e Criador do universo! — realizava literalmente a profecia messiânica de Zacarias: “Dança de alegria, cidade de Sião; grita de alegria, cidade de Jerusalém, pois agora o teu rei está chegando, justo e vitorioso. Ele é pobre, vem montado num jumento, num jumentinho, filho de uma jumenta” (9, 9).
Inteira conformidade com a vontade do Pai
Ora, até então Nosso Senhor sempre evitara qualquer homenagem ostensiva à sua realeza, impondo silêncio àqueles que reconheciam n’Ele o Salvador. No momento em que o povo quis proclamá-Lo rei, logo após a primeira multiplicação dos pães, Ele Se havia esquivado, retirando-Se sozinho para um monte (cf. Jo 6, 15). Na entrada em Jerusalém neste dia, pelo contrário, aceitou com inteira naturalidade as honras e aplausos. Tal atitude, além de permitir que as pessoas por Ele beneficiadas manifestassem sua gratidão de maneira formal, tinha em vista também a Paixão, pois era preciso ficar notório e testemunhado pelo próprio povo que o Crucificado era o descendente de Davi por excelência, o Messias esperado.
Vemos aqui ressaltada a plena conformidade de Nosso Senhor com a vontade do Pai.
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Quando Lhe foi pedido o apagamento, o Divino Redentor o abraçou por completo: nasceu numa Gruta da pequena Belém e recebeu tão somente a adoração dos pastores e dos Magos vindos de terras longínquas. A única reação de Jerusalém à notícia de seu nascimento fora a perturbação (cf. Mt 2, 3), e nenhum de seus habitantes saíra à procura do rei dos judeus recém-nascido para Lhe prestar homenagens.
Entretanto, chegado o momento propício de sua glorificação pelos homens, Ele acolheu com benevolência os brados que O proclamavam Rei de Israel, assim como, durante anos, aceitara ser chamado de “filho do carpinteiro” (Mt 13, 55).
Na resposta à insolente interpelação dos fariseus pedindo-Lhe que censurasse seus aclamadores, Jesus deixou bem claro ser esse triunfo a realização de um desígnio divino, o qual se cumpriria mesmo se os homens se negassem a louvá-Lo: “Eu vos declaro: se eles se calarem, as pedras gritarão”.
Triunfo prenunciador da Paixão
Um detalhe da cerimônia litúrgica indica outro aspecto do Domingo de Ramos, sem o qual não nos seria possível entender seu significado mais profundo: o sacerdote celebra revestido dos paramentos vermelhos, cor própria à comemoração dos mártires.
Devido à sua personalidade divina, para Nosso Senhor tudo é presente, tanto o passado quanto o futuro. Por conseguinte, Ele via que dentro de alguns dias, uma vez mais, estrugiriam nas ruas de Jerusalém brados bem diferentes dos que então O reconheciam como Filho de Davi. Diante de Pilatos, o populacho vociferaria pedindo sua crucifixão e a libertação do vulgar bandido, Barrabás.
Os pintores católicos que reproduziram a cena apresentam Nosso Senhor recebendo com certo bom grado aquela homenagem, mas com um fundo de tristeza e ao mesmo tempo de severidade, porque Ele compreendia o que aquilo tinha de vazio, e que o povo que O aclamava, sem pensar nisso, reconhecia a sua própria culpa. […] Ele desfila bondoso e triste; Ele sabe o que O espera.
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O triunfo de Jesus em Jerusalém não era senão o prenúncio de seu martírio na Cruz. Os evangelistas, sempre muito sintéticos, tiveram especial diligência ao consignar a Paixão de Cristo, acontecimento de importância ímpar na História. É por isso que o Evangelho da Missa deste domingo excede em extensão o habitual dos demais, o que impossibilita comentar cada um de seus versículos no exíguo espaço de um artigo. Façamos, então, uma reflexão que nos coloque na adequada perspectiva para contemplar as maravilhas oferecidas pela Liturgia do Domingo de Ramos, de modo a obtermos os melhores frutos para nossa vida espiritual.
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