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2023
Como Dom Bosco catequizava as crianças?
Como Dom Bosco catequizava as crianças?
São João Bosco foi proclamado “Patrono da Juventude” por São João Paulo II. Desde muito jovem reunia os amigos para ensinar o catecismo e a história sagrada. E dizia querer ser sacerdote para cuidar da juventude.
Logo que se ordenou Sacerdote Dom Bosco iniciou sua obra à qual chamou de Oratório!
Foi no dia 8 de dezembro, dia da Imaculada conceição, do ano de 1841. Nos conta o próprio santo:
“Mal entrei no Colégio de S. Francisco, vi-me logo cercado por um bando de meninos que me acompanhavam em ruas e praças, até mesmo na sacristia da igreja do Instituto. Não podia, entretanto, cuidar deles diretamente por falta de local. Um feliz encontro proporcionou-me a oportunidade de tentar a concretização do projeto em favor dos meninos que erravam pelas ruas da cidade, sobretudo dos que deixavam as prisões.
No dia solene da Imaculada Conceição de Maria, 8 de dezembro de 1841, estava, à hora marcada, vestindo-me com os sagrados paramentos para celebrar a santa missa. O sacristão José Comotti, vendo um rapazinho a um canto, convidou-o a ajudar-me a missa.
– Não sei! Respondeu ele, todo mortificado.
– Vem, replicou o outro, tens que ajudar.
– Não sei! Disse novamente o rapaz. Nunca ajudei.
– És um animal – disse o sacristão enfurecido – Se não sabes ajudar a missa, que vens fazer na sacristia? E, assim dizendo, tomou do espanador e começou a desferir golpes nas costas e na cabeça do pobrezinho. Enquanto este fugia, gritei em voz alta:
– Que está fazendo? Por que bater nele desse jeito? O que é que ele fez?
– Se não sabe ajudar a missa, por que vem à sacristia?
– Mas você agiu mal, é um amigo meu; chame-o imediatamente, preciso falar com ele.
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O sacristão saiu correndo atrás dele e garantindo-lhe melhor tratamento trouxe-o assim para junto de mim. O rapaz aproximou-se tremendo e chorando pelas pancadas recebidas.
– Já ouviste missa? Disse-lhe com a maior amabilidade que pude.
– Não! respondeu.
– Vem então ouvi-la. Depois gostaria de falar de um negócio que vai te agradar.
Era meu desejo aliviar o sofrimento do pobrezinho e não deixa-lo com a má impressão que lhe causara o sacristão.
Celebrada a santa missa e terminada a ação de graças, levei o rapaz ao coro. Com um sorriso no rosto e garantindo lhe que já não devia recear novas pancadas, comecei a interroga-lo assim:
– Meu bom amigo, como te chamas?
– Bartolomeu Garelli.
– De onde és?
– De Asti.
– Tens pai?
– Não, meu pai morreu.
– E tua mãe?
– Morreu também.
– Quantos anos tens?
– Dezesseis.
– Sabes ler e escrever?
– Não sei nada.
– Sabes cantar?
– Não.
– Sabes assobiar? Ele sorriu.
– Já fizeste a primeira comunhão?
– Ainda não.
– Já te confessaste?
– Sim, quando era pequeno.
– E agora, vais ao catecismo?
– Não tenho coragem.
– Por quê?
– Porque meus companheiros menores que eu sabem o catecismo, e eu, tão grande, não sei nada. Por isso fico com vergonha de ir a essas aulas.
– Se te desse catecismo à parte, virias?
– Então sim.
– Gostarias que fosse aqui mesmo?
– Com muito gosto, contanto que não me batam.
– Fica sossegado, que ninguém te maltratará. Pelo contrário, serás meu amigo. Terás que haver te só comigo e mais ninguém. Quando queres começar?
– Quando o senhor quiser.
– Esta tarde serve?
– Sim.
– E se fosse agora mesmo?
– Sim, agora mesmo. Que bom!
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Levantei me e fiz o sinal da cruz para começar; meu aluno não o fez porque não sabia. Naquela primeira aula procurei ensinar-lhe a fazer o sinal da cruz e a conhecer a Deus Criador e também o fim pelo qual nos criou.
Embora tivesse pouca memória, conseguiu, com atenção, aprender em poucos domingos as coisas necessárias para fazer uma boa confissão e, pouco depois, receber a sagrada comunhão.
A esse primeiro aluno juntaram-se outros mais. Durante aquele inverno limitei-me a alguns adultos que tinham necessidade de catequese especial, sobretudo aos que saiam da cadeia. Pude então constatar que os rapazes que saem de lugares de castigo, caso encontrem mão bondosa que deles cuidem, os assista nos domingos, procure arranjar lhes emprego com bons patrões e visitá-los de quando em quando ao longo da semana, tais rapazes dão se a uma vida honrada, esquecem o passado, tornam se bons cristãos. Essa é a origem do nosso Oratório, que, abençoado por Deus, teve um desenvolvimento que então eu não podia imaginar.”
Conheça os 5 ensinamentos!
Com esta descrição que São João Bosco nos deixou, narrando a pedagogia que ele usava na catequização das crianças, nós podemos tirar muitas lições.
Muitos pais e avós nos escrevem descrevendo as dificuldades que enfrentam na educação e catequização de suas crianças.
Também recebemos pedido de ajuda de muitos catequistas que se sentem desorientados na formação catequética dos jovens.
Com este pequeno relato do Patrono da Juventude podemos de fato aprender 5 regras de ouro para a catequização da juventude:
1 – Saiba ouvir os jovens para conhecer a realidade de vida deles;
2 – Saiba amar cada jovem como um reflexo do amor de Deus;
3 – Saiba compreender as lutas interiores pelas quais os jovens passam;
4 – Saiba ensinar a sã doutrina como ela é, sem nunca fugir à verdade para contemporizar. Saber distinguir o bem do mal, a verdade do erro e o belo do feio, dará aos jovens uma estrutura moral e psicológica que o marcará por toda a vida. Sem isto, de quase nada adiantam os 4 pontos anteriores…
5 – Saiba esperar o momento da graça! Se Deus espera por cada um de nós para que nos santifiquemos, por que n~;ao poderemos nós esperar o tempo necessário para que a catequese dada aos jovens comece a desabrochar em frutos de boas obras?
Aqui fica então uma meditação e um ensinamento para este semana.
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2023
A impressionante vida de São João Bosco
A impressionante vida de São João Bosco
Juventude sofrida mas confiante!
A impressionante vida de São João Bosco. Nascido no Colle dos Becchi, no Piemonte, Itália, uma localidade junto de Castelnuovo de Asti (agora chama-se Castelnuovo Dom Bosco) a 16 de agosto de 1815. Filho de humilde família de camponeses, órfão de pai aos dois anos, viveu sua mocidade e fez os primeiros estudos no meio de inumeráveis trabalhos e dificuldades.
Desde muito jovem sentiu-se impelido para o apostolado entre os companheiros. Sua mãe, que era analfabeta, mas rica de sabedoria cristã, com a palavra e com o exemplo animava-o no seu desejo de crescer virtuoso aos olhos de Deus e dos homens.
Mesmo diante de todas as dificuldades, João Bosco nunca desistiu. Durante um tempo foi obrigado a mendigar para manter os estudos. Prestou toda a espécie de serviços. Foi costureiro, sapateiro, ferreiro, carpinteiro e, ainda nos tempos livres, estudava música.
Queria ser sacerdote. Dizia: “Quando crescer quero ser sacerdote para tomar conta dos meninos. Os meninos são bons; se há meninos maus é porque não há quem cuide deles”.
Em 1835 entrou para o seminário de Chieri.
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O Apostolo da juventude
Ordenado Sacerdote a 5 de junho de 1841. No dia 8 de dezembro desse mesmo ano, iniciou assim o seu apostolado em Turim, catequizando um humilde rapaz de nome Bartolomeu Garelli. Em 1846 estabeleceu-se definitivamente em Valdocco, bairro de Turim, onde fundou o Oratório de São Francisco de Sales. Ao Oratório juntou uma escola profissional, depois um ginásio, um internato etc. Ao passo que, em 1855 deu o nome de Salesianos aos seus colaboradores. Em seguida, em 1859 fundou com os seus jovens salesianos a Sociedade ou Congregação Salesiana.
Com a ajuda de Santa Maria Domingas Mazzarello, fundou em 1872 o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora para a educação da juventude feminina. Em 1875 enviou a primeira turma de seus missionários para a América do Sul.
Se em vida foi honrado e admirado, muito mais o foi depois da morte. O seu nome de taumaturgo, de renovador do Sistema Preventivo na educação da juventude, bem como de defensor intrépido da Igreja Católica e de apóstolo da Virgem Auxiliadora se espalhou pelo mundo inteiro e ganhou o coração dos povos. Pio XI, que o conheceu e foi seu amigo, canonizou-o na Páscoa de 1934.
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Com atitudes audaciosas, pontuadas por diversas inovações, Dom Bosco, dessa forma, revolucionou no seu tempo o modelo de ser padre, sempre contando com o apoio e a proteção de Nossa Senhora Auxiliadora.
Dom Bosco ficou famoso pelas frases que usava com os meninos do oratório e com os padres e irmãs que o ajudavam. Embora tenham sido criadas no século passado, essas frases, ainda hoje, são atuais e ricas de sabedoria. Elas demonstram o imenso carinho que Dom Bosco tinha pelos jovens.
Entre alguns exemplos, “Basta que sejam jovens para que eu vos ame.”; “Prometi a Deus que até meu último suspiro seria para os jovens.”; “O que somos é presente de Deus; no que nos transformamos é o nosso presente a Ele”; “Ganhai o coração dos jovens por meio do amor”; “A música dos jovens se escuta com o coração, não com os ouvidos.”
Um novo método de educar os jovens
O método de apostolado de Dom Bosco era o de partilhar em tudo a vida dos jovens. Para alcançar isto ele abriu escolas de alfabetização e artesanato, casas de hospedagem, campos de diversão para os jovens com catequese e orientação profissional.
Educar não é só uma arte! Educar é um desafio, pois é cada vez mais difícil orientar a juventude num sentido contrário à mentalidade dominante. São João Bosco encontrou a chave que abre a alma do jovem à influência do bem.
Dom Bosco fazia o “milagre” de atrair e formar jovens que já não se deixavam moldar pelos antigos métodos educacionais e se subtraíam à ação da Igreja. Pois eram tão surpreendentes os resultados obtidos pelo fundador dos salesianos que muitas pessoas procuravam insistentemente arrancar dele o “segredo” de seu êxito.
Uma vez conversava sobre este tema com o cardeal Tosti, em Roma. Dom Bosco lhe disse: “Veja, Eminência, é impossível educar bem a juventude se não se lhe conquista a confiança”.
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Afinal, como fazia São João Bosco para cativar confiança da juventude?
São João Bosco jamais dava castigos corporais, na convicção de que isso só incitaria os corações à revolta, bem como fecharia a alma do jovem para os conselhos salutares. Então, a maneira pela qual ele repreendia era através de uma palavra fria, um olhar triste, uma mão retraída, ou qualquer outro sinal discreto de desagrado com alguma falta. Mas os resultados demonstravam ser extremamente eficaz essa forma de correção.
Embora toda a vivacidade e afeto no trato com os jovens, estes sempre mantinham uma atitude de respeito e admiração para com seu mestre. Como se vê, a alegria ocupava um grande papel no método educativo de Dom Bosco. Com ela, pretendia o Santo tornar a vida leve e criar pois, disposições para os meninos abrirem a alma à influência dele e ao sobrenatural.
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Dom Bosco mostrava a seus alunos que a perseverança só é possível pela frequência aos sacramentos e uma ardente devoção a Nossa Senhora.
Seguindo assim os sábios conselhos maternos, Dom Bosco fez da devoção a Maria Santíssima, sob a bela invocação de Maria Auxiliadora, uma coluna da espiritualidade dos salesianos. “Se chegares a ser padre – repetia-lhe afetuosamente ‘mamma Margherita’ – propaga sem cessar a devoção a Nossa Senhora”.
Em suma, é ela a verdadeira causa do êxito surpreendente desse grande educador que marcou sua época, até nossos dias, com seu inovador método transmitido a seus seguidores, os sacerdotes salesianos e as filhas de Maria Auxiliadora.
Ajude-nos a continuar nosso trabalho de evangelização das crianças, conforme Dom Bosco santamente o fazia.
2023
O Batismo de Nosso Senhor Jesus Cristo
O Batismo de Nosso Senhor Jesus Cristo
O Convite de João Batista
São João Batista dizia: Fazei penitência porque está próximo o Reino dos céus”.(Mt 3, 2). Símbolo da purificação da consciência, necessária para receber esse “reino dos céus” que estava “próximo”, o batismo conferido por São João confirmava as boas disposições de seus ouvintes. “Confessavam seus pecados e eram batizados por ele nas águas do Jordão”, conta São Mateus (3, 6).
Apareceram-lhe discípulos, que o assistiam em seu ministério, e que passaram a constituir um modelo de piedade mais fervorosa. Enfim, sua pregação produzia um grande movimento popular rumo à virtude, como nunca se vira na história de Israel.
Encontro com o Messias e Batismo do Senhor
A missão do Precursor era preparar os caminhos do Messias. Vivia, portanto, na expectativa do encontro com Ele. Não esperou muito tempo. Certo dia, notou a presença de Jesus no meio dos peregrinos.
Tomado de sobrenatural emoção, inclinou-se para o recém-chegado, esquivando-se de Lhe dar o batismo: “Eu devo ser batizado por ti e tu vens a mim!” Respondeu-lhe, porém, Jesus: “Deixa por agora, pois convém cumpramos a justiça completa”. Obediente, São João O imergiu no Jordão.
Logo que saiu da água, Jesus se pôs a orar. Então o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre Ele na forma de uma pomba. “E ouviu-se dos céus uma voz: Tu és o meu Filho muito amado; em ti ponho minha afeição”.
Por que Jesus quis ser batizado?
O batismo conferido por São João não era da mesma natureza que o Batismo sacramental, instituído posteriormente por Nosso Senhor Jesus Cristo. Provinha verdadeiramente de Deus, mas não tinha o poder de conferir a graça santificante. O próprio Batista pôs em realce a diferença: “Eu vos batizo na água, mas eis que vem outro mais poderoso do que eu, a quem não sou digno de lhe desatar a correia das sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo.” (Lc 3, 16).
O efeito do batismo de João consistia num incentivo ao arrependimento dos pecados, explica São Tomás de Aquino. Ora, em Jesus não havia sequer sombra de pecado, nem poderia haver, uma vez que Ele era o Homem-Deus. Não tinha, portanto, matéria para arrependimento e penitência. Mas, então, por que o batizado?
Sujeitar-se à condição humana
Várias são as razões dadas pelos Padres e Doutores da Igreja.
Eis uma delas: quando o Verbo se fez Homem, Ele quis se sujeitar às leis que regem a vida humana. Por exemplo, obedeceu às leis que estavam em vigor entre os judeus, sendo apresentado no Templo após seu nascimento, sofrendo a circuncisão, e cumprindo os ritos da Páscoa judaica. Assim, quis também receber o batismo penitencial de João.
Perdido no meio da multidão, Jesus — inocente — submeteu-se a um rito destinado ao pecador: “Convém cumpramos a justiça completa”, justificou-se Ele perante o profeta.
Comentando essas palavras, Santo Agostinho diz que Nosso Senhor “quis fazer o que ordenou que todos fizessem”. E Santo Ambrósio acrescenta: “A justiça exige que comecemos por fazer o que queremos que os outros façam, e exortemos os outros a nos imitarem pelo nosso exemplo”.
Purificar as águas
Entre as dez razões enumeradas na Suma Teológica para o batismo de Jesus, São Tomás de Aquino coloca em destaque o objetivo da purificação das águas.
Citando Santo Ambrósio, diz o Doutor Angélico que “o Senhor foi batizado, não por querer purificar-se, mas para purificar as águas”. Desse modo, continua ele, as águas “purificadas pelo contato com o corpo de Jesus Cristo, que não conheceu o pecado, tivessem a virtude de batizar”.
E conclui citando o mesmo argumento, de São João Crisóstomo, de que Jesus “deixou as águas santificadas para os que, depois, deveriam ser batizados”.
Temos aqui um interessante problema teológico-metafísico: por que razão Deus escolheu a água como matéria para o Batismo?
A água é um elemento rico em simbolismo. Por exemplo, é uma imagem da exuberância de Deus. Basta considerar que três quartas partes da superfície da Terra são constituídas por água.
Também é símbolo de vida. É elemento essencial para a manutenção de todos os seres vivos. Quanto mais abunda a água numa região, maior é a quantidade de plantas e animais que ali se desenvolvem.
Além disso, ela é o elemento preponderante da matéria viva, de modo tal que o próprio corpo humano é composto, na sua maior parte, de água.
Podemos considerá-la também um símbolo da bondade, do carinho e da magnanimidade de Deus para com a humanidade. Agrada ao ser humano vê-la cair, em forma de chuva, cristalina, refrescante, tornando fértil o solo, favorecendo as plantações, limpando o ar.
Nada mais conveniente, portanto, do que a água ser a matéria do Batismo. E nada mais adequado que Deus encarnado ter querido purificá-la pelo contato de seu sacratíssimo corpo.
Incentivo ao Batismo
A recepção do Batismo é necessária para a salvação, como demonstram as palavras de Jesus a Nicodemos: “Quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus” (Jo 3, 5). Pelo tom categórico da afirmação, avalia-se a importância desse Sacramento.
O batismo de João levava ao arrependimento dos pecados, mas não tinha o poder de perdoá-los. O Batismo sacramental, instituído por Jesus Cristo, tem efeitos infinitamente maiores.
Adão transmitiu a todos os seus descendentes a culpa original. O Sacramento do Batismo limpa a alma da mancha desse pecado, confere a graça santificante, eleva o homem à condição de filho de Deus e abre-lhe as portas do Céu. Ele é a chave de todos os outros Sacramentos, indispensáveis para o homem cumprir com fidelidade a Lei de Deus.
Convide que permanece até o fim do mundo
“Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1, 29), declarou São João Batista a dois de seus discípulos, indicando Nosso Senhor Jesus Cristo que passava.
São João Evangelista e seu irmão, São Tiago, que até então haviam seguido fielmente o Batista, compreenderam que Jesus era Aquele ao qual deviam entregar suas vidas. E deixando seu antigo mestre, procuraram logo o Senhor, pedindo-Lhe permissão para O acompanharem e viver com Ele.
Pelos séculos dos séculos, essas palavras do grande profeta da penitência ressoarão no mundo, convidando todos os homens a também colocarem seus olhos no Divino Salvador, a se encantarem com a figura d’Ele e como católicos fiéis a seguirem seus mandamentos, até o momento em que forem chamados para estar definitivamente com Ele, na vida Eterna.
2023
O Rei dos reis
O Rei dos reis
O Rei dos reis, que levou os reis do oriente a tão arriscada empreitada, mas, devido sua confiança, o olhar fixo na Estrela, tiveram como prêmio contemplar Deus, nascido como bebê.
“Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo.’” (Mt 2,1-2)
Causou sensação em Jerusalém a chegada de três importantes personagens – Gaspar, Melchior e Baltazar – acompanhados de numeroso séquito e rica equipagem. Os moradores da cidade perguntavam: “São reis?”
Sim, respondiam uns.
Não, mas parecem ser sacerdotes caldeus, opinavam outros.
Nada disso, são magos, homens sábios que conhecem os segredos da astronomia, sentenciavam alguns eruditos da época.
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Como eram os Reis Magos?
Nos presépios e nas pinturas, eles são apresentados em geral como homens de idade madura, e até mesmo já idosos, às vezes com uma barba branca descendo até o peito, andado enfileirados, trazendo nas mãos seus presentes.
Na Catena Áurea, São Tomás afirma: “Esses magos eram reis”. E acrescenta que devia ser grande sua comitiva, pois puseram em alvoroço Herodes e Jerusalém inteira. São João Crisóstomo é de opinião de que “esses Reis Magos que vieram do Oriente adorar o Menino Jesus, o Rei dos reis, são os filósofos dos caldeus, homens muito considerados em seu país. Seus reis e príncipes aconselham-se com eles, por causa da sua ciência. Assim é que foram os primeiros a tomar conhecimento do nascimento do Senhor”.
Era mesmo uma estrela?
Santos, doutores e teólogos interessaram-se por esta pergunta, pois tudo quanto diz respeito a nosso Salvador é, de si, muito interessante.
A ser uma estrela, era diferente de todas as outras, pois, ao contrário dos demais astros – os quais, seguem uma órbita fixada – esta percorria um roteiro. Além do mais, parava e punha-se de novo em movimento, fazendo-se visível não só à noite, mas também durante o dia.
Isso, comenta São João Crisóstomo, é próprio de um ser inteligente, não de uma estrela comum. De onde deduz ele que “não era simplesmente uma estrela, mas uma virtude invisível tomou a forma de uma estrela”.
Segundo São Remígio, alguns creem que essa estrela era o Espírito Santo, outros que era um Anjo, talvez o mesmo que apareceu aos pastores perto da Gruta de Belém.
Santo Agostinho opina de modo mais afirmativo: “Era um astro novo, criado para anunciar o parto da Virgem e para oferecer seu ministério, marchando diante dos Magos que procuravam a Cristo e conduzi-los ao lugar onde estava o Verbo, Menino-Deus”.
A Adoração
Soror Maria de Agreda, em suas visões nos conta: Eles (os Reis Magos) se prosternaram diante do Menino Jesus e O adoraram como o Salvador do mundo. Eles foram de novo iluminados pela graça e viram até mesmo os Anjos que estavam ordenados, com profundo respeito, em torno do Rei dos reis. Após ter rendido culto ao Divino Infante, eles felicitaram a Mãe e Lhe testemunharam sua veneração, dobrando os joelhos diante d’Ela e pedindo para beijar suas mãos. Após terem se prosternado de novo em uma fervorosa adoração ante o menino Jesus, os Magos felicitaram São José por ser o esposo da Virgem Mãe de Deus, e como sua visita já tinha transcorrido três horas, eles pediram à celeste Rainha a permissão de ir procurar um alojamento na cidade.
Ouro, Incenso e Mirra
Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra, seguindo outro caminho. (Mt 2,11-12)
São Gregório Magno nos dá uma interpretação dos presentes que os Reis Magos ofertaram ao Menino Jesus:
Eles oferecem ouro, incenso e mirra. O ouro convinha bem ao Rei; o incenso costuma ser apresentado em sacrifício a Deus; e usa-se a mirra para embalsamar os corpos dos falecidos. Assim, os Magos proclamam, por seus simbólicos presentes, quem é Aquele que eles adoram. Eis o ouro: é um rei; o incenso: é um Deus; eis a mirra: é um mortal.
Há hereges que creem na divindade de Cristo, não, porém, na sua realeza universal; oferecem-Lhe incenso, mas não querem oferecer-Lhe ouro. Outros reconhecem sua realeza, mas negam sua divindade; estes Lhe oferecem ouro, mas se recusam a Lhe oferecer incenso. Outros, por fim, O proclamam Deus e Rei, mas negam que Ele tenha assumido uma carne mortal; estes Lhe oferecem ouro e incenso, mas não querem presenteá-lo com a mirra, símbolo da condição mortal por Ele assumida.
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De nossa parte, ofereçamos ouro ao Senhor, confessando que Ele reina em toda parte. Ofereçamos-Lhe incenso, proclamando que, tendo nascido no tempo, é Deus desde antes de todos os tempos. Ofereçamos-Lhe mirra, reconhecendo que Aquele que cremos ser impassível em sua divindade, tornou-Se mortal ao assumir nossa carne.
São Tomás comenta: “Quando se diz que ofereceram ao Menino-Deus três dons – ouro, incenso e mirra – não significa que eram apenas três, mas que neles estavam representadas todas as nações descendentes dos três filhos de Noé, que haviam de ser chamadas à Fé”.
E o Papa São Leão Magno dá esta outra interpretação do significado dos presentes dos reis: “Os Magos realizam, pois, o seu desejo, e guiados pela mesma estrela, chegam até o menino, o Senhor Jesus Cristo, o Rei dos reis. Adoram o Verbo na carne, a Sabedoria na infância, a Força na fraqueza, e o Senhor de majestade na realidade de um homem. E para apresentarem uma homenagem de sua fé e de sua compreensão, testemunham, por meio de dons, aquilo que crêem em seus corações. Oferecem incenso ao Deus, mirra ao homem e ouro ao rei, venerando conscientemente na unidade a natureza divina e a natureza humana.”
Oração do dia de Reis
Pai Santo, que neste dia revelastes ao mundo o Vosso Filho Unigénito, Jesus Cristo Nosso Senhor, fazei que Ele seja presença constante do Vosso amor no coração dos homens, para que, acreditando que somos filhos de Deus, amemo-nos uns aos outros e, como irmãos, caminhemos para a paz e a salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amém.
Ajude-nos a continuar nosso trabalho de evangelização e catequese infantil em todas as paróquias do Brasil!
Ajude-nos a ajudar.
2022
São José no presépio
São José no presépio
Natal é o tempo das belas recordações. É o dia do mistério que faz palpitar até mesmo os corações mais indiferentes. É o dia que os católicos do mundo inteiro se ajoelham diante do presépio para adorar o Deus que de fato se fez homem.
A história nós conhecemos bem, mas não basta só conhecer os fatos, é preciso reviver todos para assim podermos sentir as bênçãos da mais bela de todas as noites, aquela, em que a Virgem deu à luz um Filho.
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A Virgem Mãe de Jesus
Era noite alta, José e Maria não encontraram abrigo nas casas de Belém. Pobres e desprezados, foram abrigar-se em uma gruta onde os pastores protegiam-se nas noites frias de inverno. A gruta está deserta, José amarrou seu jumentinho, e foi explorar o interior da gruta. Paredes nuas, rochosas, frias. No chão palha limpa, feno, e uma manjedoura.
É a mobília do palácio do Rei dos Reis, para quem o luxo dourado não passa de farrapos. José ficou pensativo, inquieto e, escondido de sua esposa chorou. Se fosse um abrigo para ele, o humilde José aquela gruta pareceria um palácio, todavia, tratava-se da sua doce esposa, a Virgem, que lhe foi confiada pelo próprio Deus.
Então, José entregou tudo nas mãos de Deus, começou a limpeza do ambiente, enquanto Maria sentou-se do lado de fora para comer alguma coisa, pois já era muito tarde. Quando tudo estava pronto, Maria sentiu que a hora estava chegando. Alguns santos afirmam que São José, sabendo que aquele mistério era grande demais para seus olhos, saiu da gruta e ficou aguardando. E o milagre se deu!
Era meia noite! Nossa Senhora inclina a cabeça sobre a manjedoura, onde chorava uma criancinha. Com efeito, quem a visse, ativa e preocupada, não teria ideia de ser ela mesma a mãe da criança. Mas, bastaria ver os cuidados e carinhos com os quais cercava o menino, que logo compreenderia, era Mãe!
Ela o tomou nos braços, envolveu em paninhos quentes, beijou e abraçou o fruto bendito de suas entranhas e o depositou nas palhas ásperas do presépio. A criança então adormeceu, embalada pela adoração de sua mãe.
E São José?
José, prostrado pela fadiga, adormeceu à entrada da gruta. Pé ante pé, e sem palavras, a Virgem Santa acordou o esposo e o levou até à manjedoura. Você pode então imaginar o que se passou com São José naquela hora?
Ele viu o menino adormecido e sua mãe Maria, cujo rosto parecia transfigurado e radiante em meio às trevas daquela noite. José ficou sem palavras, Maria não apresentava nem fadiga, nem dor. Grossas lágrimas desceram pela face, José caiu de joelhos, a fronte no pó da terra, ele queria chorar, soluçar, rir. Ele então adorou, aniquilado pelo sentimento de sua indignidade, o Menino Deus que o havia escolhido como pai adotivo e guardião.
É provável que São José recordou-se que o Anjo lhe tinha dito: “O que dela nascer é obra do Espírito Santo; ela dará à luz um filho e o chamarás Jesus, porque Ele há de salvar seu povo dos seus pecados.” (Mt, 1, 20-21). Ele então compreendeu que Maria, sua esposa é quem acabava de dá-lo à luz, exclamou: “Meu Deus, meu Deus!” E viu que ele mesmo, pobre carpinteiro, de mãos calejadas e de rosto queimado, participava deste sublime mistério! “oh! Deus, será possível?”
E José chorou, soluçou, queria fugir mas, não; humilha-se e adora.
Ele não se parece conosco as vezes? Naqueles momentos que nos sentimos indignos, pobres e pecadores, e Nossa Senhora nos chama para perto do Filho dela, e nós choramos, nos aproximamos do confessionário e de joelhos pedimos perdão.
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Conclusão
Leitor, neste Natal a Virgem Santíssima e São José convida você a ficar mais próximo do presépio. Veja, a criança acordou. O choro, as palpitações de seu coraçãozinho, irradiam-se para Maria e José, inclinados sobre a manjedoura. A Virgem Santa, sorrindo toma nos braços o Menino e o deposita nos braços de José, que quase desmaia de emoção e amor. Num beijo prolongado, com o rosto banhado de lágrimas José exprime assim sua gratidão e seu amor.
Eis a cena de Belém, o Natal de Belém! O que ele lhe diz então?
Possa esta meditação nos chamar para mais perto de Deus. Como José, vamos ao presépio adorar nosso Redentor. Adoremos o Menino nos braços de sua Mãe e dela o recebamos para cobri-lo com os beijos de nossa adoração, de nosso amor, e de nossa eterna gratidão.
Lembremo-nos que só se encontra Jesus nos braços de sua Mãe e que só ela é quem deve apresentá-lo à nossa adoração, como o apresentou a São José, aos pastores e magos. Que neste Natal, estejamos dentro da gruta de Belém, amando a Deus e sentindo-nos amados por Ele, sua mãe e São José.
Um Santo Natal.
Fonte:
MARIA, Pe. Júlio, O Evangelho das Festas Litúrgicas e dos Santos mais Populares, Ed. O Lutador, Munhamirim – MG, 1952.
Ajude-nos a continuar nosso trabalho de evangelização e auxílio a nossos irmãos necessitados, bem como a catequese infantil.
2022
Preparação para o Natal
Preparação para o Natal
A nossa preparação para o Natal não seria simplesmente pensar na ceia, nos presentes, dar pousada àquele parente que vem de longe. Vai muito além…
Desde a expulsão de nossos primeiros pais do Paraíso terrestre até os tempos dos Apóstolos, a humanidade esperava a vinda do Messias que nos traria a salvação. Foi um longo período de espera e esperança. Justamente com essa impostação de alma devemos viver essa preparação para o Natal.
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Estamos esperando o Messias que irá nascer e nos trazer a salvação. As portas do Céu novamente serão abertas para nós!
Mas, o que vivemos hoje, está muito longe de ser assim. A cada Natal vai aumentando o número daqueles que se esquecem de Jesus que vai nascer. Muitos só pensam em presentes, comida, bebida e coisas materiais. Mas a melhor preparação para o Natal é a que fazemos dentro do nosso coração.
Ser luz no Natal
Apesar de boa parcela da sociedade ter esse espírito consumista, ainda sim, sentimos no ar uma fragância espiritual de algo que vai acontecer. Os olhos da alma começam a vislumbrar os primeiros raios de luz do Sol de Justiça que está para nascer.
A cada dia que vai se passando deste período do Advento, vamos nos aproximando cada vez mais da Luz Maior.
Deixemos um ponto claro: é totalmente lícito o planejamento e preparação da noite de Natal, o jantar, os presentes. Mas não podemos nos deixar sobrepor esse “prático-prático” e esquecer o motivo pelo qual estamos nos reunindo no jantar devidamente decorado e oferencendo os presentes aos nossos queridos. Não esqueçamos o Centro de tudo!
Para isso, o ponto chave: a Oração!
Não deixe para rezar somente no dia de Natal
A oração é um excelente modo para se preparar para o nascimento do Menino-Deus.
O homem que reza jamais se encontrará sozinho. Ele é como os Reis Magos, que caminhavam em terras desconhecidas, mas guiados pela luz da estrela guia. Essa luz que vinha do alto direcionavam eles pelo caminho correto.
Tal como os Reis, a alma que reza é conduzida pelo Céu para o Céu. E também, devemos ser nós, como que luzes que direcionam os outros para o caminho do Céu.
E a oração deve ser uma prática constante e diária.
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Não podemos ser como as luzes de enfeites que, passado o Natal, guardamos em caixas escondidas dentro do armário. Se deixarmos de rezar, certamente isso se dará.
Nossa luz é muito maior que isso. E também, somente aquele que foi iluminado pela Luz Maior, pode assim brilhar na vida de outras pessoas.
Preparemo-nos, pois, com redobrado empenho e fervor para o Santo Natal, com as nossas almas vigilantes na espera do Cristo que virá julgar o mundo, premiando os bons e punindo os maus.
Amemos o nosso Salvador e a salvação definitiva que nos promete se formos fieis às suas palavras, porque, se Lhe damos o nosso coração, como não O anunciaremos ao mundo?
Seja a nossa luz neste Natal também
Depois de todo esse ano que passamos, conseguimos alcançar muitos bons resultados. A missão da Associação Nossa Senhora das Graças está caminhando para a frente.
Esse ano está quase terminando. Mas, temos o próximo ano se aproximando e, se Nossa Senhora das Graças assim o quiser, todos os próximos anos que estão por vir.
E para continuarmos esse nosso caminho, sermos luz na vida de muitas pessoas, precisamos da SUA ajuda. As graças do Natal começam a pairar sobre todos. Pedimos sua ajuda porque sem você, jamais conseguiríamos conquistar tudo o que já conquistamos.
Ajude-nos neste Natal.
2022
Imaculada Conceição
Imaculada Conceição
O que é conceição?
O nome de Conceição ou Maria da Conceição é dado a muitas meninas em honra da imaculada conceição de Nossa Senhora. Conceição é o mesmo que concepção; ou seja, o fato de ser concebido ou gerado no seio de uma mulher.
Imaculada Conceição significa ser concebida sem mancha, porém, muitos pensam que quando a Igreja usa estes termos está se referindo à pureza imaculada da concepção de Jesus no seio de Maria, mas o Dogma não se refere a isso. É certo que Jesus nasceu de Maria por obra do Espírito Santo, e não houve participação de homem algum. É isso que afirmamos no Credo dizendo: Nasceu de Maria virgem.
Este título se refere à concepção da própria Virgem Maria no seio de sua mãe Santa Ana. Não significa, todavia, que a sua concepção foi virginal como a de Jesus. Ela nasceu, como as outras pessoas, da relação conjugal de um homem e uma mulher. Mas a conceição imaculada de Maria não se refere a seus pais mas sim, significa que desde o início de sua existência ela esteve livre do pecado original.
A Imaculada Conceição foi defendida desde o início do cristianismo. Santo Efrém, exalta Maria como tendo sido “sempre, de corpo e de espírito, íntegra e imaculada”. Para Santo Hipólito Ela é um “tabernáculo isento de toda corrupção”. Orígenes A aclama “imaculada entre imaculadas, nunca afetada pela peçonha da serpente”.
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A Proclamação do Dogma
A Igreja sempre honrou a Imaculada Conceição de Maria, porém, foi apenas no século XIX que esta devoção tornou-se Dogma, isto é, verdade de fé.
Em 1849, o papa Pio IX escreveu a todos Arcebispos e Bispos perguntando sobre a devoção de seu clero e de seus fiéis ao mistério da Imaculada Conceição, e expunha assim seu desejo de vê-lo definido como dogma.
Dos 750 Cardeais, Bispos e vigários apostólicos da época apenas cinco se diziam duvidosos quanto o momento de uma declaração dogmática. E, no dia 8 de dezembro de 1854 em uma solene liturgia com milhares de devotos, Pio IX proclamou: “Declaramos, pronunciamos e definimos que a doutrina de que a Bem-aventurada Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, por singular graça e privilégio de Deus Onipotente, em atenção aos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de culpa original, essa doutrina foi revelada por Deus, e deve ser, portanto, firme e constantemente crida por todos os fiéis”.
Cheia de Graça
Todos os anos, em Roma, o Papa dirige-se à Praça de Espanha onde há o monumento da Imaculada e ali participa das homenagens que são prestadas pelos bombeiros de Roma à Virgem Maria.
Em 2006, Bento XVI assim se dirigiu aos fiéis do mundo inteiro.
Ó Maria, Virgem Imaculada! (…) nos encontramos com amor filial aos pés desta tua imagem para te renovar a homenagem da comunidade cristã e da cidade de Roma. Aqui detemo-nos em oração, (…) no dia solene em que a liturgia celebra a tua Imaculada Conceição, mistério que é fonte de alegria e de esperança para todos os remidos. Saudamos-te e invocamos-te com as palavras do Anjo: “cheia de graça” (Lc 1, 28), o nome mais bonito, com o qual o próprio Deus te chamou desde a eternidade.
“Cheia de graça” és tu, Maria, repleta do amor divino desde o primeiro momento da tua existência, providencialmente predestinada para ser a Mãe do Redentor, e intimamente associada a Ele no mistério da salvação.
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Seguro refúgio
Na tua Imaculada Conceição resplandece a vocação dos discípulos de Cristo, chamados a tornar-se, com a sua graça, santos e imaculados no amor (cf. Ef 1, 14). Em ti brilha a dignidade de cada ser humano, que é sempre precioso aos olhos do Criador. Quem para ti dirige o olhar, ó Mãe Toda Santa, não perde a serenidade, por muito difíceis que sejam as provas da vida. Mesmo se é triste a experiência do pecado, que deturpa a dignidade dos filhos de Deus, quem a ti recorre redescobre a beleza da verdade e do amor, e reencontra o caminho que conduz à casa do Pai.
“Cheia de graça” és tu, Maria, que aceitando com o teu “sim” os projetos do Criador, nos abristes o caminho da salvação. Na tua escola, ensina-nos a pronunciar também nós o nosso “sim” à vontade do Senhor. Um “sim” que se une ao teu sem reservas e sem sombras, do qual o Pai celeste quis precisar para gerar o Homem novo, Cristo, único Salvador do mundo e da história.
Dá-nos a coragem de dizer “não” aos enganos do poder, do dinheiro, do prazer; aos lucros desonestos, à corrupção e à hipocrisia, ao egoísmo e à violência. “Não” ao Maligno, príncipe enganador deste mundo. “Sim” a Cristo, que destrói o poder do mal com a omnipotência do amor.
Nós sabemos que só corações convertidos ao Amor, que é Deus, podem assim construir um futuro para todos.
Mãe Imaculada
Virgem “cheia de graça”, mostra-te terna e solícita aos habitantes desta tua cidade, para que o autêntico espírito evangélico anime e oriente os seus comportamentos; (…) mostra-te Mãe providente e misericordiosa do mundo inteiro, para que, no respeito da dignidade humana e no repúdio de qualquer forma de violência e de exploração, sejam lançadas as bases firmes para a civilização do amor. Mostra-te Mãe especialmente de quantos têm mais necessidade: os indefesos, os marginalizados e os excluídos, as vítimas de uma sociedade que com muita frequência sacrifica o homem a outras finalidades e interesses.
Manifesta-te Mãe de todos, ó Maria, e dá-nos Cristo, a esperança do mundo! Virgem Imaculada, cheia de Graça! Amém!
Fonte: Bento XVI, Praça de Espanha, Sexta-feira, 8 de Dezembro de 2006
É certamente muito importante conhecer todos os aspectos de nossa fé. De fato, aumenta de fato nosso amor e o desejo de querer sempre mais.
Ajude-nos para que possamos fazer todo este conteúdo católico a chegar cada vez mais a todos os brasileiros!
2022
Advento
Advento
A Santa Igreja, em sua sabedoria multissecular, instituiu o Advento como período de preparação para do Natal do Senhor, com a finalidade de compenetrar todas as almas cristãs da importância desse acontecimento e proporcionar-lhes os meios de se purificarem para celebrar essa solenidade dignamente.
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Significado do termo
Advento – adventus, em latim – significa vinda, chegada. É uma palavra de origem pagã que designava a vinda anual da divindade pagã, ao templo, para visitar seus adoradores. Acreditava-se que o deus cuja estátua era ali cultuada permanecia em meio a eles durante a solenidade.
Nas obras cristãs dos primeiros tempos da Igreja, especialmente na Vulgata, adventus se transformou no termo clássico para designar a vinda de Cristo à terra, ou seja, a Encarnação, inaugurando a era messiânica e, depois, sua vinda gloriosa no fim dos tempos.
Com esse tempo de preparação, a Igreja quer ensinar-nos que a vida neste vale de lágrimas é um imenso advento e, se vivermos bem, isto é, de acordo com a Lei de Deus, Jesus Cristo será nossa recompensa e nos reservará no Céu um belo lugar, como está escrito: “Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou, tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que O amam” (1Cor 2, 9).
A Coroa do Advento
Ela é tão simples tanto quanto bonita: um círculo feito de ramos verdes, geralmente de ciprestes ou cedros. Nele coloca-se uma fita vermelha longa que, ao mesmo tempo enfeita e mantém presos à haste circular os ramos. Quatro velas de cores variadas completam essa bela guirlanda que, nos países cristãos, orna e marca há séculos a época do advento. A esta guirlanda dá-se o nome de Coroa do Advento.
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Um antigo costume piedoso
Nos domingos de Advento, existe o piedoso costume de as famílias e as comunidades católicas se reunirem em torno de uma coroa para rezar. A “liturgia da coroa”, como é conhecida esta oração, realiza-se de um modo muito simples.
Todos os participantes da oração colocam-se então, em torno daquela guirlanda enfeitada e a cerimônia tem início, Em cada uma das quatro semanas do advento acende-se uma nova vela, até que todas sejam acesas.
O acender das velas é sempre acompanhado com um canto. Logo em seguida, lê-se uma passagem das Sagradas Escrituras que seja própria para o tempo do Advento e é feita uma pequena meditação. Depois disso é que são realizadas algumas orações e são feitos alguns louvores para encerrar a cerimônia. Geralmente a guirlanda da coroa, bem como as velas são bentas por um sacerdote.
Origem
A Coroa de Advento tem sua origem na Europa. No inverno, seus ainda bárbaros habitantes acendiam algumas velas que representavam a luz do Sol. Assim, eles afirmavam a esperança que tinham de que a luz e o calor do astro-rei voltaria a brilhar sobre eles e aquecê-los. Com o desejo de evangelizar aquelas almas, os primeiros missionários católicos que lá chegaram quiseram, a partir dos costumes da terra, ensinar-lhes a Fé e conduzi-los para Jesus Cristo.
Foi assim que, criaram a “coroa do advento”, carregada de símbolos, ensinamentos e lições de vida.
Simbolismo
A forma circular – O círculo não tem princípio, nem fim. É interpretado como sinal do amor de Deus que é eterno, não tendo princípio e nem fim. O círculo simboliza, ademais, o amor do homem a Deus e ao próximo que nunca deve se acabar, chegar ao fim. O círculo ainda traz a ideia de um “elo” que liga Deus e as pessoas, como uma grande “Aliança”.
Ramos verdes – Verde é a cor que representa a esperança, a vida. Deus quer que esperemos a sua graça, o seu perdão misericordioso e a glória da vida eterna no final de nossa vida terrena. Os ramos verdes lembram as bênçãos que sobre os homens derramou Nosso Senhor Jesus Cristo, em sua primeira vinda entre nós e que, agora, com uma esperança renovada, aguardamos a sua consumação, na segunda e definitiva volta dEle.
Quatro velas – O advento tem quatro semanas, cada vela colocada na coroa simboliza uma dessas quatro semanas. No início a Coroa está sem luz, sem brilho, sem vida: ela lembra a experiência de escuridão do pecado.
À medida em que nos aproximamos do Natal, a cada semana do Advento, uma nova vela vai sendo acesa, representando a aproximação da chegada até nós Daquele que é a Luz do mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele dissipa toda escuridão e traz aos nossos corações a reconciliação tão esperada entre nós e Deus e, por amor a Ele, a “paz na Terra entre os homens de boa vontade”.
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Oração para o Advento
Senhor, meu Deus, teu Filho há de vir nas próximas semanas! Que meu coração seja como terra boa para recebê-lo. Que cada momento destes próximos dias sirva para que eu possa refletir sobre minha vida e o meu ser.
Onde tantos acham que precisam só de coisas materiais que eu possa levar o alimento espiritual. Onde tantos buscam só o ter, que eu possa mostrar o quanto vale o ser. Mostrar que Natal não é simplesmente o nascimento de Jesus, mas a vinda do Salvador acima do comércio desenfreado.
Senhor, meu Deus, agradeço por poder reviver plenamente este evento todos os anos e com ele sentir tua presença cada vez mais perto de mim.
Peço à Virgem Maria, Mãe tão agraciada nesta data, que abençoe as pessoas mais desfavorecidas e que elas consigam encontrar em Deus forças para trilharem seus caminhos. Jesus, estamos te aguardando, procurando ser cada vez melhores, cada vez mais humanos e santos em nossos dias.
Tua chegada nos fortalecerá e será para nós motivo de glória!
Que Deus nos abençoe e nos acompanhe! Amém!
Fonte: http://www.acidigital.com
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