2022
São José no presépio
São José no presépio
Natal é o tempo das belas recordações. É o dia do mistério que faz palpitar até mesmo os corações mais indiferentes. É o dia que os católicos do mundo inteiro se ajoelham diante do presépio para adorar o Deus que de fato se fez homem.
A história nós conhecemos bem, mas não basta só conhecer os fatos, é preciso reviver todos para assim podermos sentir as bênçãos da mais bela de todas as noites, aquela, em que a Virgem deu à luz um Filho.
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A Virgem Mãe de Jesus
Era noite alta, José e Maria não encontraram abrigo nas casas de Belém. Pobres e desprezados, foram abrigar-se em uma gruta onde os pastores protegiam-se nas noites frias de inverno. A gruta está deserta, José amarrou seu jumentinho, e foi explorar o interior da gruta. Paredes nuas, rochosas, frias. No chão palha limpa, feno, e uma manjedoura.
É a mobília do palácio do Rei dos Reis, para quem o luxo dourado não passa de farrapos. José ficou pensativo, inquieto e, escondido de sua esposa chorou. Se fosse um abrigo para ele, o humilde José aquela gruta pareceria um palácio, todavia, tratava-se da sua doce esposa, a Virgem, que lhe foi confiada pelo próprio Deus.
Então, José entregou tudo nas mãos de Deus, começou a limpeza do ambiente, enquanto Maria sentou-se do lado de fora para comer alguma coisa, pois já era muito tarde. Quando tudo estava pronto, Maria sentiu que a hora estava chegando. Alguns santos afirmam que São José, sabendo que aquele mistério era grande demais para seus olhos, saiu da gruta e ficou aguardando. E o milagre se deu!
Era meia noite! Nossa Senhora inclina a cabeça sobre a manjedoura, onde chorava uma criancinha. Com efeito, quem a visse, ativa e preocupada, não teria ideia de ser ela mesma a mãe da criança. Mas, bastaria ver os cuidados e carinhos com os quais cercava o menino, que logo compreenderia, era Mãe!
Ela o tomou nos braços, envolveu em paninhos quentes, beijou e abraçou o fruto bendito de suas entranhas e o depositou nas palhas ásperas do presépio. A criança então adormeceu, embalada pela adoração de sua mãe.
E São José?
José, prostrado pela fadiga, adormeceu à entrada da gruta. Pé ante pé, e sem palavras, a Virgem Santa acordou o esposo e o levou até à manjedoura. Você pode então imaginar o que se passou com São José naquela hora?
Ele viu o menino adormecido e sua mãe Maria, cujo rosto parecia transfigurado e radiante em meio às trevas daquela noite. José ficou sem palavras, Maria não apresentava nem fadiga, nem dor. Grossas lágrimas desceram pela face, José caiu de joelhos, a fronte no pó da terra, ele queria chorar, soluçar, rir. Ele então adorou, aniquilado pelo sentimento de sua indignidade, o Menino Deus que o havia escolhido como pai adotivo e guardião.
É provável que São José recordou-se que o Anjo lhe tinha dito: “O que dela nascer é obra do Espírito Santo; ela dará à luz um filho e o chamarás Jesus, porque Ele há de salvar seu povo dos seus pecados.” (Mt, 1, 20-21). Ele então compreendeu que Maria, sua esposa é quem acabava de dá-lo à luz, exclamou: “Meu Deus, meu Deus!” E viu que ele mesmo, pobre carpinteiro, de mãos calejadas e de rosto queimado, participava deste sublime mistério! “oh! Deus, será possível?”
E José chorou, soluçou, queria fugir mas, não; humilha-se e adora.
Ele não se parece conosco as vezes? Naqueles momentos que nos sentimos indignos, pobres e pecadores, e Nossa Senhora nos chama para perto do Filho dela, e nós choramos, nos aproximamos do confessionário e de joelhos pedimos perdão.
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Conclusão
Leitor, neste Natal a Virgem Santíssima e São José convida você a ficar mais próximo do presépio. Veja, a criança acordou. O choro, as palpitações de seu coraçãozinho, irradiam-se para Maria e José, inclinados sobre a manjedoura. A Virgem Santa, sorrindo toma nos braços o Menino e o deposita nos braços de José, que quase desmaia de emoção e amor. Num beijo prolongado, com o rosto banhado de lágrimas José exprime assim sua gratidão e seu amor.
Eis a cena de Belém, o Natal de Belém! O que ele lhe diz então?
Possa esta meditação nos chamar para mais perto de Deus. Como José, vamos ao presépio adorar nosso Redentor. Adoremos o Menino nos braços de sua Mãe e dela o recebamos para cobri-lo com os beijos de nossa adoração, de nosso amor, e de nossa eterna gratidão.
Lembremo-nos que só se encontra Jesus nos braços de sua Mãe e que só ela é quem deve apresentá-lo à nossa adoração, como o apresentou a São José, aos pastores e magos. Que neste Natal, estejamos dentro da gruta de Belém, amando a Deus e sentindo-nos amados por Ele, sua mãe e São José.
Um Santo Natal.
Fonte:
MARIA, Pe. Júlio, O Evangelho das Festas Litúrgicas e dos Santos mais Populares, Ed. O Lutador, Munhamirim – MG, 1952.
Ajude-nos a continuar nosso trabalho de evangelização e auxílio a nossos irmãos necessitados, bem como a catequese infantil.
2022
Preparação para o Natal
Preparação para o Natal
A nossa preparação para o Natal não seria simplesmente pensar na ceia, nos presentes, dar pousada àquele parente que vem de longe. Vai muito além…
Desde a expulsão de nossos primeiros pais do Paraíso terrestre até os tempos dos Apóstolos, a humanidade esperava a vinda do Messias que nos traria a salvação. Foi um longo período de espera e esperança. Justamente com essa impostação de alma devemos viver essa preparação para o Natal.
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Estamos esperando o Messias que irá nascer e nos trazer a salvação. As portas do Céu novamente serão abertas para nós!
Mas, o que vivemos hoje, está muito longe de ser assim. A cada Natal vai aumentando o número daqueles que se esquecem de Jesus que vai nascer. Muitos só pensam em presentes, comida, bebida e coisas materiais. Mas a melhor preparação para o Natal é a que fazemos dentro do nosso coração.
Ser luz no Natal
Apesar de boa parcela da sociedade ter esse espírito consumista, ainda sim, sentimos no ar uma fragância espiritual de algo que vai acontecer. Os olhos da alma começam a vislumbrar os primeiros raios de luz do Sol de Justiça que está para nascer.
A cada dia que vai se passando deste período do Advento, vamos nos aproximando cada vez mais da Luz Maior.
Deixemos um ponto claro: é totalmente lícito o planejamento e preparação da noite de Natal, o jantar, os presentes. Mas não podemos nos deixar sobrepor esse “prático-prático” e esquecer o motivo pelo qual estamos nos reunindo no jantar devidamente decorado e oferencendo os presentes aos nossos queridos. Não esqueçamos o Centro de tudo!
Para isso, o ponto chave: a Oração!
Não deixe para rezar somente no dia de Natal
A oração é um excelente modo para se preparar para o nascimento do Menino-Deus.
O homem que reza jamais se encontrará sozinho. Ele é como os Reis Magos, que caminhavam em terras desconhecidas, mas guiados pela luz da estrela guia. Essa luz que vinha do alto direcionavam eles pelo caminho correto.
Tal como os Reis, a alma que reza é conduzida pelo Céu para o Céu. E também, devemos ser nós, como que luzes que direcionam os outros para o caminho do Céu.
E a oração deve ser uma prática constante e diária.
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Não podemos ser como as luzes de enfeites que, passado o Natal, guardamos em caixas escondidas dentro do armário. Se deixarmos de rezar, certamente isso se dará.
Nossa luz é muito maior que isso. E também, somente aquele que foi iluminado pela Luz Maior, pode assim brilhar na vida de outras pessoas.
Preparemo-nos, pois, com redobrado empenho e fervor para o Santo Natal, com as nossas almas vigilantes na espera do Cristo que virá julgar o mundo, premiando os bons e punindo os maus.
Amemos o nosso Salvador e a salvação definitiva que nos promete se formos fieis às suas palavras, porque, se Lhe damos o nosso coração, como não O anunciaremos ao mundo?
Seja a nossa luz neste Natal também
Depois de todo esse ano que passamos, conseguimos alcançar muitos bons resultados. A missão da Associação Nossa Senhora das Graças está caminhando para a frente.
Esse ano está quase terminando. Mas, temos o próximo ano se aproximando e, se Nossa Senhora das Graças assim o quiser, todos os próximos anos que estão por vir.
E para continuarmos esse nosso caminho, sermos luz na vida de muitas pessoas, precisamos da SUA ajuda. As graças do Natal começam a pairar sobre todos. Pedimos sua ajuda porque sem você, jamais conseguiríamos conquistar tudo o que já conquistamos.
Ajude-nos neste Natal.
2022
Imaculada Conceição
Imaculada Conceição
O que é conceição?
O nome de Conceição ou Maria da Conceição é dado a muitas meninas em honra da imaculada conceição de Nossa Senhora. Conceição é o mesmo que concepção; ou seja, o fato de ser concebido ou gerado no seio de uma mulher.
Imaculada Conceição significa ser concebida sem mancha, porém, muitos pensam que quando a Igreja usa estes termos está se referindo à pureza imaculada da concepção de Jesus no seio de Maria, mas o Dogma não se refere a isso. É certo que Jesus nasceu de Maria por obra do Espírito Santo, e não houve participação de homem algum. É isso que afirmamos no Credo dizendo: Nasceu de Maria virgem.
Este título se refere à concepção da própria Virgem Maria no seio de sua mãe Santa Ana. Não significa, todavia, que a sua concepção foi virginal como a de Jesus. Ela nasceu, como as outras pessoas, da relação conjugal de um homem e uma mulher. Mas a conceição imaculada de Maria não se refere a seus pais mas sim, significa que desde o início de sua existência ela esteve livre do pecado original.
A Imaculada Conceição foi defendida desde o início do cristianismo. Santo Efrém, exalta Maria como tendo sido “sempre, de corpo e de espírito, íntegra e imaculada”. Para Santo Hipólito Ela é um “tabernáculo isento de toda corrupção”. Orígenes A aclama “imaculada entre imaculadas, nunca afetada pela peçonha da serpente”.
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A Proclamação do Dogma
A Igreja sempre honrou a Imaculada Conceição de Maria, porém, foi apenas no século XIX que esta devoção tornou-se Dogma, isto é, verdade de fé.
Em 1849, o papa Pio IX escreveu a todos Arcebispos e Bispos perguntando sobre a devoção de seu clero e de seus fiéis ao mistério da Imaculada Conceição, e expunha assim seu desejo de vê-lo definido como dogma.
Dos 750 Cardeais, Bispos e vigários apostólicos da época apenas cinco se diziam duvidosos quanto o momento de uma declaração dogmática. E, no dia 8 de dezembro de 1854 em uma solene liturgia com milhares de devotos, Pio IX proclamou: “Declaramos, pronunciamos e definimos que a doutrina de que a Bem-aventurada Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, por singular graça e privilégio de Deus Onipotente, em atenção aos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de culpa original, essa doutrina foi revelada por Deus, e deve ser, portanto, firme e constantemente crida por todos os fiéis”.
Cheia de Graça
Todos os anos, em Roma, o Papa dirige-se à Praça de Espanha onde há o monumento da Imaculada e ali participa das homenagens que são prestadas pelos bombeiros de Roma à Virgem Maria.
Em 2006, Bento XVI assim se dirigiu aos fiéis do mundo inteiro.
Ó Maria, Virgem Imaculada! (…) nos encontramos com amor filial aos pés desta tua imagem para te renovar a homenagem da comunidade cristã e da cidade de Roma. Aqui detemo-nos em oração, (…) no dia solene em que a liturgia celebra a tua Imaculada Conceição, mistério que é fonte de alegria e de esperança para todos os remidos. Saudamos-te e invocamos-te com as palavras do Anjo: “cheia de graça” (Lc 1, 28), o nome mais bonito, com o qual o próprio Deus te chamou desde a eternidade.
“Cheia de graça” és tu, Maria, repleta do amor divino desde o primeiro momento da tua existência, providencialmente predestinada para ser a Mãe do Redentor, e intimamente associada a Ele no mistério da salvação.
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Seguro refúgio
Na tua Imaculada Conceição resplandece a vocação dos discípulos de Cristo, chamados a tornar-se, com a sua graça, santos e imaculados no amor (cf. Ef 1, 14). Em ti brilha a dignidade de cada ser humano, que é sempre precioso aos olhos do Criador. Quem para ti dirige o olhar, ó Mãe Toda Santa, não perde a serenidade, por muito difíceis que sejam as provas da vida. Mesmo se é triste a experiência do pecado, que deturpa a dignidade dos filhos de Deus, quem a ti recorre redescobre a beleza da verdade e do amor, e reencontra o caminho que conduz à casa do Pai.
“Cheia de graça” és tu, Maria, que aceitando com o teu “sim” os projetos do Criador, nos abristes o caminho da salvação. Na tua escola, ensina-nos a pronunciar também nós o nosso “sim” à vontade do Senhor. Um “sim” que se une ao teu sem reservas e sem sombras, do qual o Pai celeste quis precisar para gerar o Homem novo, Cristo, único Salvador do mundo e da história.
Dá-nos a coragem de dizer “não” aos enganos do poder, do dinheiro, do prazer; aos lucros desonestos, à corrupção e à hipocrisia, ao egoísmo e à violência. “Não” ao Maligno, príncipe enganador deste mundo. “Sim” a Cristo, que destrói o poder do mal com a omnipotência do amor.
Nós sabemos que só corações convertidos ao Amor, que é Deus, podem assim construir um futuro para todos.
Mãe Imaculada
Virgem “cheia de graça”, mostra-te terna e solícita aos habitantes desta tua cidade, para que o autêntico espírito evangélico anime e oriente os seus comportamentos; (…) mostra-te Mãe providente e misericordiosa do mundo inteiro, para que, no respeito da dignidade humana e no repúdio de qualquer forma de violência e de exploração, sejam lançadas as bases firmes para a civilização do amor. Mostra-te Mãe especialmente de quantos têm mais necessidade: os indefesos, os marginalizados e os excluídos, as vítimas de uma sociedade que com muita frequência sacrifica o homem a outras finalidades e interesses.
Manifesta-te Mãe de todos, ó Maria, e dá-nos Cristo, a esperança do mundo! Virgem Imaculada, cheia de Graça! Amém!
Fonte: Bento XVI, Praça de Espanha, Sexta-feira, 8 de Dezembro de 2006
É certamente muito importante conhecer todos os aspectos de nossa fé. De fato, aumenta de fato nosso amor e o desejo de querer sempre mais.
Ajude-nos para que possamos fazer todo este conteúdo católico a chegar cada vez mais a todos os brasileiros!
2022
Advento
Advento
A Santa Igreja, em sua sabedoria multissecular, instituiu o Advento como período de preparação para do Natal do Senhor, com a finalidade de compenetrar todas as almas cristãs da importância desse acontecimento e proporcionar-lhes os meios de se purificarem para celebrar essa solenidade dignamente.
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Significado do termo
Advento – adventus, em latim – significa vinda, chegada. É uma palavra de origem pagã que designava a vinda anual da divindade pagã, ao templo, para visitar seus adoradores. Acreditava-se que o deus cuja estátua era ali cultuada permanecia em meio a eles durante a solenidade.
Nas obras cristãs dos primeiros tempos da Igreja, especialmente na Vulgata, adventus se transformou no termo clássico para designar a vinda de Cristo à terra, ou seja, a Encarnação, inaugurando a era messiânica e, depois, sua vinda gloriosa no fim dos tempos.
Com esse tempo de preparação, a Igreja quer ensinar-nos que a vida neste vale de lágrimas é um imenso advento e, se vivermos bem, isto é, de acordo com a Lei de Deus, Jesus Cristo será nossa recompensa e nos reservará no Céu um belo lugar, como está escrito: “Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou, tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que O amam” (1Cor 2, 9).
A Coroa do Advento
Ela é tão simples tanto quanto bonita: um círculo feito de ramos verdes, geralmente de ciprestes ou cedros. Nele coloca-se uma fita vermelha longa que, ao mesmo tempo enfeita e mantém presos à haste circular os ramos. Quatro velas de cores variadas completam essa bela guirlanda que, nos países cristãos, orna e marca há séculos a época do advento. A esta guirlanda dá-se o nome de Coroa do Advento.
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Um antigo costume piedoso
Nos domingos de Advento, existe o piedoso costume de as famílias e as comunidades católicas se reunirem em torno de uma coroa para rezar. A “liturgia da coroa”, como é conhecida esta oração, realiza-se de um modo muito simples.
Todos os participantes da oração colocam-se então, em torno daquela guirlanda enfeitada e a cerimônia tem início, Em cada uma das quatro semanas do advento acende-se uma nova vela, até que todas sejam acesas.
O acender das velas é sempre acompanhado com um canto. Logo em seguida, lê-se uma passagem das Sagradas Escrituras que seja própria para o tempo do Advento e é feita uma pequena meditação. Depois disso é que são realizadas algumas orações e são feitos alguns louvores para encerrar a cerimônia. Geralmente a guirlanda da coroa, bem como as velas são bentas por um sacerdote.
Origem
A Coroa de Advento tem sua origem na Europa. No inverno, seus ainda bárbaros habitantes acendiam algumas velas que representavam a luz do Sol. Assim, eles afirmavam a esperança que tinham de que a luz e o calor do astro-rei voltaria a brilhar sobre eles e aquecê-los. Com o desejo de evangelizar aquelas almas, os primeiros missionários católicos que lá chegaram quiseram, a partir dos costumes da terra, ensinar-lhes a Fé e conduzi-los para Jesus Cristo.
Foi assim que, criaram a “coroa do advento”, carregada de símbolos, ensinamentos e lições de vida.
Simbolismo
A forma circular – O círculo não tem princípio, nem fim. É interpretado como sinal do amor de Deus que é eterno, não tendo princípio e nem fim. O círculo simboliza, ademais, o amor do homem a Deus e ao próximo que nunca deve se acabar, chegar ao fim. O círculo ainda traz a ideia de um “elo” que liga Deus e as pessoas, como uma grande “Aliança”.
Ramos verdes – Verde é a cor que representa a esperança, a vida. Deus quer que esperemos a sua graça, o seu perdão misericordioso e a glória da vida eterna no final de nossa vida terrena. Os ramos verdes lembram as bênçãos que sobre os homens derramou Nosso Senhor Jesus Cristo, em sua primeira vinda entre nós e que, agora, com uma esperança renovada, aguardamos a sua consumação, na segunda e definitiva volta dEle.
Quatro velas – O advento tem quatro semanas, cada vela colocada na coroa simboliza uma dessas quatro semanas. No início a Coroa está sem luz, sem brilho, sem vida: ela lembra a experiência de escuridão do pecado.
À medida em que nos aproximamos do Natal, a cada semana do Advento, uma nova vela vai sendo acesa, representando a aproximação da chegada até nós Daquele que é a Luz do mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele dissipa toda escuridão e traz aos nossos corações a reconciliação tão esperada entre nós e Deus e, por amor a Ele, a “paz na Terra entre os homens de boa vontade”.
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Oração para o Advento
Senhor, meu Deus, teu Filho há de vir nas próximas semanas! Que meu coração seja como terra boa para recebê-lo. Que cada momento destes próximos dias sirva para que eu possa refletir sobre minha vida e o meu ser.
Onde tantos acham que precisam só de coisas materiais que eu possa levar o alimento espiritual. Onde tantos buscam só o ter, que eu possa mostrar o quanto vale o ser. Mostrar que Natal não é simplesmente o nascimento de Jesus, mas a vinda do Salvador acima do comércio desenfreado.
Senhor, meu Deus, agradeço por poder reviver plenamente este evento todos os anos e com ele sentir tua presença cada vez mais perto de mim.
Peço à Virgem Maria, Mãe tão agraciada nesta data, que abençoe as pessoas mais desfavorecidas e que elas consigam encontrar em Deus forças para trilharem seus caminhos. Jesus, estamos te aguardando, procurando ser cada vez melhores, cada vez mais humanos e santos em nossos dias.
Tua chegada nos fortalecerá e será para nós motivo de glória!
Que Deus nos abençoe e nos acompanhe! Amém!
Fonte: http://www.acidigital.com
https://pt.aleteia.org/
2022
Apresentação de Nossa Senhora
Festa da Apresentação de Nossa Senhora
O dia 21 de novembro é marcado no calendário de toda a Igreja como o dia da festa da Apresentação de Nossa Senhora no Templo. Tal fato não é narrado nos Evangelhos, mas sim, nos escritos chamados de proto evangelho de Tiago.
Conta-nos, de acordo com a tradição, que os justos Joaquim e Ana, fizeram um voto ao Altíssimo, prometendo consagrar a Deus a criança que Deus lhes concedesse. Após anos de espera, nasceu sua filha, a quem chamaram de Maria.
Quando a menina completou três anos, os pais a levaram ao Templo, acompanhada por virgens com lamparinas, e a colocaram então no primeiro degrau da escadaria do Templo. De acordo com a antiga tradição, Maria subiu os quinze degraus do Templo sozinha, sem olhar para trás. No alto da escadaria a esperava o sumo sacerdote que, cheio do Espírito Santo, levou-a não só até o altar, mas a introduziu no Santo dos Santos onde, de acordo com a Lei, onde ninguém poderia entrar além do sumo sacerdote em exercício que, por sua vez só podia entrar uma vez por ano ali.
Todo o povo ficou maravilhado e assustando com a cena e os próprios anjos de Deus ficaram extasiados. Assim nos fala uma antífona cantada sagrada Liturgia no Oriente:
Os Anjos, vendo a entrada da Puríssima Virgem,
admiraram-se com o fato dela entrar no Santo dos Santos.
Que nenhuma mão profana a toque, ela que é a Arca viva de Deus;
mas que os lábios dos fiéis cantem sem cessar à Mãe de Deus,
a saudação do Anjo, clamando com entusiasmo:
Ó Virgem Pura, sois realmente a mais alta de todas as criaturas!
A vida da Santíssima Virgem no Templo é muito digna de ser meditada, pois é a continuação do seu oferecimento ao Senhor e, portanto, também nessa vida podemos encontrar grandes ensinamentos para nós.
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Vida de Oração
O Templo é chamado com razão casa de oração. Em qualquer parte, podemos rezar a Deus, porém, o Templo é o lugar próprio da oração. Por isso Maria não se contenta com aquela comunicação que tinha com Deus em sua casa, mas queria ir ao Templo para levar ali uma vida de mais oração.
Leitor, contempla essa jovenzinha toda pura, inocente, cândida, prostrada no Templo orando e falando com Deus. Quão íntima com Deus e Deus para com Ela. Que fervor de oração! Que exemplo para nós católicos.
Examina, leitor, com este exemplo, as qualidades da oração: humildade, atenção, confiança, perseverança. Naquela menina prostrada por terra vemos o modelo pronto e acabado de perfeita oração. Depois de fazer este exame, coloque esta menina ao seu lado e compare as orações dela com as suas.
O que se parece? Repare bem, quando vamos ao templo, isto é, à igreja, é com essas qualidades que devemos ornar nossas orações, é assim que devemos tratar com Deus.
Diz São Boaventura, que Maria fazia oração ao Senhor sete vezes ao dia e que nessas orações fazia sete súplicas:
1 – Amá-lo com todo o seu coração;
2 – Amar ao próximo em Deus e por Deus;
3 – Ter um ódio implacável a todo o pecado e a toda a imperfeição;
4 – Uma humildade profunda, e com ela todas as virtudes, especialmente a pureza imaculada;
5 – A graça de poder conhecer o Messias prometido;
6 – Ser muito obediente aos sacerdotes representantes de Deus, e deixar-se dirigir por eles para assim fazer sempre a sua divina vontade;
7 – Que o Senhor mandasse quanto antes o Redentor para a salvação do mundo.
Não lhe parece que também devemos pedir coisas semelhantes?
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Vida de Santificação
O Templo é também casa de santificação. Assim, Deus levou ali Maria para prepará-la para o seu altíssimo destino de ser Mãe de Deus. Lembre-se que, mais tarde, Jesus, antes da sua vida pública, também se retirará ao deserto, deixará a sua casa e se afastará para longe do mundo para ali tratar mais a sós com Deus.
Imagine a vida de recolhimento interior e exterior junta com a prática da mortificação que levaria a Santíssima Virgem no Templo. É a imagem da vida interior da alma. Quanto nos agrada a vida exterior, a vida neste mundo.
Ainda que esta seja boa, ainda que façamos mais pela glória de Deus quando exteriormente trabalhamos mais, e nos movemos mais, no entanto, toda a vida de apostolado que não tenha por fundamento a vida interior, a vida de oração, é completamente inútil. Deus não a abençoa e, portanto, ela não frutifica. – É belo trabalhar pelos outros, porém temos de trabalhar primeiro por nós mesmos, por nossa santificação.
Leitor, Peça a Maria muito amor ao retiro, ao silêncio e à oração, enfim, à vida interior da alma.
Vida de trabalho
Em Deus e para Deus, foi sempre assim que Maria procedeu; mas agora no Templo, de um modo especial todo o seu trabalho seria para Deus. Esta pequena donzela entregue com afã ao trabalho do asseio e limpeza das coisas do culto; que amore que devoção não acompanhariam o seu trabalho?!
Todas as coisas ainda as mais pequenas, que se fazem por Deus, tem um valor imenso. – No serviço de Deus nada é pequeno. É necessário aprendermos a dirigir a Deus todo o trabalho e obras das nossas mãos, para que assim cresçamos em amor e em merecimento perante Ele, sabendo que nada disto ficará sem altíssima recompensa.
Conclusão
Esta Festa da Apresentação da Virgem Maria no Templo ocorre um pouco antes do Natal do Senhor, por que?
A liturgia nos faz um convite, nos chama a uma mais profunda e esmerada preparação para que possamos viver este tempo de graça em plenitude. Maria preparou-se desde a mais tenra infância para ser, ela mesma o “templo” do Altíssimo. Quando São Gabriel anunciou a encarnação do Verbo ele disse: “Não temas Maria, pois encontraste graça diante de Deus”. E Nossa Senhora lhe deu sua resposta, um sim que enaltece a humildade e destrona o orgulho de todo coração que confia, espera e quer imitar esta Santa Mãe.
Nossa Senhora da Apresentação, rogai por nós!
Espero que este artigo sobre a Apresentação de Nossa Senhora tenha lhe feito muito bem espiritualmente.
Ajude-nos dessa forma a continuar nosso trabalho de evangelização e catequização das crianças de todo o Brasil!
2022
Basílica de São João de Latrão
Festa da Dedicação da Basílica de São João de Latrão
A Igreja celebra com esplendor a festa da Dedicação da Basílica de São João de Latrão, que ostenta o título honorífico de “Omnium urbis et orbis ecclesiarum mater et caput”, ou seja, “Mãe e cabeça de todas as igrejas da cidade [de Roma] e do mundo”.
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É ela a Catedral do Papa, ao contrário do que se costuma pensar devido ao papel hoje desempenhado pela Basílica de São Pedro, a qual, na verdade, é apenas uma das quatro basílicas papais da Cidade Eterna.
Origens
Até o exílio dos Papas em Avignon, no século XIV, viviam eles no Palácio de Latrão, antiga propriedade da família Laterano, nome pelo qual ficou conhecido.
O cônsul romano Pláucio Laterano, por suspeita de conspiração, foi morto pelo infame Nero que lhe confiscou os bens, dentre os quais esse edifício, na mesma época em que movia a perseguição aos cristãos.
Não imaginava o tirano que, anos mais tarde, tudo aquilo seria doado à Igreja pelo Imperador Constantino. Tornar-se-ia a residência dos sucessores de Pedro e primeira Basílica da Cristandade.
O Papa São Silvestre dedicou-a no ano 324.
Tesouro da Basílica
Nesta Basílica encontramos não só vestígios de variados estilos artísticos, graças às obras de embelezamento e ampliação realizadas ao longo dos séculos, mas também numerosas e valiosíssimas relíquias. Dentre as principais contam-se a mesa onde foi celebrada a Santa Ceia (cf. Mt 26, 20-28; Mc 14, 18-24; Lc 22, 14-17).
Parte do tecido purpúreo com que os soldados revestiram o Divino Redentor na Paixão (cf. Mc 15, 17; Jo 19, 2).
As cabeças de São Pedro e de São Paulo, bem como a taça na qual São João Evangelista, segundo uma antiga tradição, foi obrigado a tomar um veneno que, por milagre, não lhe fez mal.
Nascida sob o signo da perseguição
Para melhor compreendermos a importância desta data, lembremo-nos de que a Santa Igreja Católica nasceu sob o signo da perseguição.
Em circunstâncias por vezes tão violentas que obrigavam os primeiros cristãos a se refugiar nas catacumbas — os cemitérios cristãos — para praticar o culto.
Era costume na Roma Antiga escavar extensas galerias subterrâneas, verdadeiros labirintos, nas quais sepultavam os mortos. Transitar por elas era perigoso, pois quem o fizesse podia se perder com facilidade, sem ter como retornar.
Nas épocas de perseguição, os irmãos que nos precederam com o sinal da Fé precisavam embrenhar-se nessas profundezas — naquele tempo sem dispor de luz elétrica. Havia assim grande risco de serem denunciados, presos e supliciados.
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No Coliseu e no Circo Máximo grande número de cristãos manifestou sua adesão à Fé com a própria vida. Eram mortos pelas feras na arena diante do público ou em meio a terríveis tormentos.
A liberdade de culto outorgada por Constantino com a promulgação do Edito de Milão, em 313, por influência de sua mãe Santa Helena. O consequente pulular de incontáveis igrejas por todo o império — dentre as quais a Basílica de Latrão ocupa um posto proeminente — representaram para os fiéis indescritível alívio e alegria.
Expressivo é o testemunho de Eusébio de Cesareia ao retratar o exultar do povo cristão com o advento dessa nova era da História da Igreja: “um dia esplendoroso e radiante, sem nuvem alguma que lhe fizesse sombra, ia iluminando com seus raios de luz celestial as igrejas de Cristo pelo universo inteiro, […] transbordávamos de indizível gozo, e para todos florescia uma alegria divina em todos os lugares que pouco antes se encontravam em ruínas pela impiedade dos tiranos, como se revivessem, depois de uma longa e mortífera devastação. E os templos surgiam de novo desde os fundamentos até uma altura imprevista. Recebiam uma beleza muito superior à dos que anteriormente haviam sido destruídos”
Por isso a festa da Dedicação da Basílica do Latrão foi instituída em Roma, expandindo-se mais tarde, e hoje consideramos com júbilo esse templo grandioso, que até nossos dias impressiona por seu esplendor.
Nós também somos templos de Deus
Nós somos então templos vivos e na medida em que somos íntegros, enriquecemos e aprimoramos nosso templo com vitrais, pinturas, símbolos, cores e belos mármores. Conforme crescemos em piedade eucarística, entregamo-nos a Nosso Senhor, fugimos do pecado e combatemos os nossos defeitos e caprichos, mais as suas paredes se tornam abençoadas e somos penetrados pela presença da Santíssima Trindade, que passa a falar com mais frequência no interior da alma.
Senhor, purificai este templo!
Se em alguma ocasião nosso templo foi profanado, hoje é o dia de pedir: “Senhor, vinde com vosso chicote e expulsai os vendilhões que estão dentro de mim!”. Este é o dia da expulsão dos vendilhões do templo de nossa alma. Caso tenhamos permitido que nela se fizesse comércio, transformando-a num “covil de ladrões”.
Aproveitemos então esta festa para assimilar com ardor o ideal de integridade e sermos verdadeiramente honestos. Abandonemos qualquer má inclinação que possa macular, ainda que seja num ponto mínimo, o vitral de nosso templo. Façamos desde já o propósito de tratar nosso corpo com todo respeito e veneração, e de nunca usá-lo para ofender a Deus.
De fato, é preferível morrer que pecar, pois ao manter-se livre de qualquer comércio, o templo de cada um ressuscitará com a glória extraordinária que lhe é prometida por Aquele que recebeu do Pai o poder de fazer justiça.
Ajude-nos a continuar nosso trabalho de evangelização e catequese de crianças e adultos em todo o Brasil. Ajude-nos assim a ajudar!
2022
O dia de Finados
Comemoração do dia de Finados
É uma antiquíssima tradição da Igreja Católica rezar por todos os fiéis falecidos, no dia 2 de novembro, o dia de Finados. A todos os que morreram “no sinal da fé” a Igreja reserva um lugar importante na Liturgia: há uma lembrança diária na Missa, com o Memento (lembrança) dos mortos, e no Ofício divino.
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Chorar os mortos
A Religião de Nosso Senhor Jesus Cristo não proíbe que choremos os nossos mortos. Podemos oferecer nossas lágrimas e nossas saudades. Como podemos ficar indiferentes diante da morte de um ente querido?
Nos custa ver nosso pai, mãe, filhos, irmãos, amigos arrebatados pela morte. O catolicismo, que nos ensina a sermos fortes nos momentos de dor e nos convida à meditação da Paixão de Nosso Senhor, não nos proíbe derramarmos aquelas lágrimas de saudade.
Por que a Igreja não nos proíbe de chorar pelos mortos? Porque seu fundador chorou o amigo Lázaro! A Virgem Maria chorou aos pés da Cruz! Maria Madalena e as Santas Mulheres choraram durante a Paixão! Ela apenas nos pede que não choremos de desespero, mas com esperança na vida eterna.
Choremos a separação dolorosa, mas com a esperança de que um dia, numa pátria melhor, tornaremos a ver todos aqueles que amamos aqui na terra. Essa esperança nos consola.
Quando o católico chorar diante do corpo imóvel de um ente querido, ele não deve dizer: “Nunca mais te verei!” ou “Adeus para sempre!”. Não! Mesmo com chorando, o católico deve dizer: “Até o céu! Lá nos veremos e seremos felizes para sempre!”
O Céu!
Como nos faz bem pensarmos no céu! Nos ajuda nos momentos de sofrimento e nos enche de esperança. Santa Teresinha escreveu uma vez à sua irmã: “Tenho sede do Céu, dessa mansão bem-aventurada onde se amará Jesus sem restrições! Mas é preciso sofrer e chorar para chegar até lá. Pois bem, eu quero sofrer tudo o que agradar ao meu Bem Amado!”
Logo estaremos na eternidade e veremos plenamente realizado no desejo, nosso sonho de felicidade eterna. Não podemos nos impacientar pois, “a figura deste mundo passa” (Is 64,4) e passa depressa quando comparamos com a eternidade.
Passando, chegaremos na Pátria, no Céu, onde não há lágrimas, nem morte, nem dor, nem luto, nem gemidos.
Santa Maria Egipcíaca, converteu-se após uma vida de pecado e foi viver isolada no deserto, e ali viveu sozinha por mais de cinquenta anos. Quando já estava para entregar sua alma a Deus, São Sozimo encontrou-se com ela e perguntou como pudera suportar aquela vida de penitência, oração e solidão por tanto tempo. A santa respondeu: “Meu padre, com a esperança do céu!”
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Saudade de nossos mortos
A Saudade de nossos mortos muitas vezes é amarga pois sentimos um vazio profundo quando a morte nos leva alguém querido. Abre-se uma ferida que parece nunca mais cicatrizar. Só o tempo consegue suavizar um pouco a dor.
Nossa Senhora da Soledade é a devoção que medita a vida da Virgem Maria naquelas horas amargas quando chorava a ausência de seu amado Filho morto e sepultado. Ela também chorou e experimentou a saudade de um filho e a tristeza da viuvez, Ela quis ser o nosso consolo.
Quando alguém que amamos viaja por alguns dias, não choramos, pois temos certeza de que o veremos novamente em breve. Mas, o que é a vida que passa tão depressa, comparada com a Eternidade? Um dia, uma hora, um minuto, um segundo… O tempo passa veloz sobre nós e não demorará, chegará a hora em que veremos àqueles que viajaram antes de nós para a pátria celeste.
O Consolador
Para nossa consolação, Nosso Senhora Jesus Cristo quis experimentar as amarguras da perda de um amigo. Lázaro era apenas um amigo, que logo seria ressuscitado pelo Divino Mestre. Mesmo assim, Jesus quis sofrer, e assim santificar as dores e as lágrimas da separação. São santificadoras as lágrimas quando são vivificadas pelo amor de Deus. Por isso, é importante rezarmos assim: “Senhor, verdadeiramente, somente Vós sois o Consolador! Junto de Vós, de vossa mão paternal, que fere e que cura, o pobre coração humano encontra a paz e a felicidade, não deste mundo, mas do céu!”
Só não é infeliz quem tem a graça e a fé. Olhemos para o céu, coragem! Choremos como Jesus na sepultura de Lázaro, mas esperemos confiantes, o dia da ressurreição e da vida eterna. Não choremos como o que não creem na eternidade, mas como Maria Santíssima chorava, aguardando a volta de seu Filho.
Oração às Santas Almas do Purgatório
Dignai-Vos, adorável Salvador meu, por vosso precioso Sangue, por vossa dolorosa Paixão e cruelíssima morte; pelos tormentos que vossa augusta Mãe sofreu ao pé da cruz quando vos viu exalar o último suspiro.
Dignai-Vos dirigir um olhar de piedade ao seio profundo do Purgatório e tirar dali as almas que gemem privadas temporariamente de vossa vista, e que suspiram pelo instante de reunir-se convosco no paraíso celestial.
Principalmente vos peço pela alma de N…, e daqueles por quem mais particularmente devo pedir.
Não desprezes, Senhor meus rogos, que uno aos rogos que por todos os fiéis defuntos vos dirige nossa santa mãe a Igreja Católica, a fim de que vossa misericórdia as leve onde com o Pai e o Espírito Santo vives e reinas por todos os séculos dos séculos. Amém.
Rezemos por elas no dia de Finados! Mas não somente no dia de finados, mas sim, também rezemos por elas todos os dias!
Fonte: BRANDÃO, Mons. Ascanio, Breviário da Confiança, Ed Ave Maria, São Paulo – SP, 1936
No dia de Finados, lembre-se de todos que já se foram, de sua família e amigos. Eles precisam de nossa oração.
A Associação Nossa Senhora das Graças trabalha pela evangelização das crianças.
Ajude-nos em nosso trabalho.
2022
São Frei Galvão
São Frei Galvão
Santo Antônio de Santanna Galvão, primeiro santo brasileiro, possuía uma espiritualidade tão grande que foi convidado até para fazer parte da Academia Brasileira de Letras, em 1770. É lá que ele declama, em latim, decorados, 16 peças poéticas em honra a Santa Ana, avó do menino Jesus e Mãe da Virgem Santíssima. Toda esta capacidade intelectual e força de personalidade se refletem em uma singela construção localizada no centro de São Paulo: o mosteiro da Luz. Hoje vamos poder ver um pouco do percurso que o trouxe até a capital e sua postura nos anos que viveu aqui.
Nasce o pequenino Antônio
Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, Frei Galvão, nasceu em Guaratinguetá – SP, em 23 de dezembro de 1739. Fez parte de uma família de muitas posses, tendo, portanto, sangue bandeirante: sua mãe era bisneta do famoso Fernão Dias Paes Leme.
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Foi ordenado sacerdote em 1762, no Rio de Janeiro, mas é só em 1769-70 que foi designado confessor do Recolhimento de Santa Teresa, em São Paulo. Esta parte providencial de sua vida o levou até a irmã Helena Maria do Espírito Santo, religiosa de profunda oração e grande penitência, que afirmava ter visões pelas quais Jesus lhe pedia para fundar um novo recolhimento. Frei Galvão, como confessor, ouviu e estudou tais mensagens e solicitou o parecer de pessoas sábias e esclarecidas, que reconheceram tais visões como válidas.
Fundação do Mosteiro da Luz
A data oficial da fundação do novo recolhimento é 2 de fevereiro de 1774. O bispo de São Paulo, franciscano e intrépido defensor da Imaculada, quis que este fosse construído segundo as concepcionistas aprovadas pelo Papa Júlio II, em 1511. A fundação passou a se chamar Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Previdência. Logo em 1775 a irmã Helena falece, imprevistamente, e o Frei Galvão se vê como o único pilar da obra ali começada. Pelo grande número de vocações, viu-se obrigado a aumentar o recolhimento. Durante quatorze anos (1774-1788), Frei Galvão cuidou da construção do recolhimento. Outros quatorze (1788-1802) dedicou à construção da Igreja, inaugurada aos 15 de agosto de 1802. A obra, “materialização do gênio e da santidade de Frei Galvão”, em 1988, tornou-se por decisão da Unesco Patrimônio da Humanidade.
Frei Galvão, além da construção e dos encargos especiais dentro e fora da ordem franciscana, deu muita atenção e o melhor de suas forças à formação das recolhidas. Para elas escreveu um regulamento ou estatuto. Em 1929, o recolhimento tornou-se mosteiro, incorporado à ordem da Imaculada Conceição (concepcionistas). É por isso que a história de São Frei Galvão se confunde com o Mosteiro da Luz, em São Paulo, do qual ele foi arquiteto, construtor e fundador. É já residindo ali que ele dá origem ao piedoso costume que depois se torna um sacramental da Santa Igreja, as pílulas milagrosas.
Enfim, é ali que se entende melhor sua disposição caridosa e sua generosidade sem limites que caracterizam os grandes santos.
Santo Antônio de Santanna Galvão, rogai por nós!
A morte colheu Frei Galvão na mesma serenidade que conservou durante a vida e seus últimos dias foram uma expressão fiel do altíssimo grau de santidade que ele havia atingido. Ele faleceu no dia 23 de dezembro de 1822, quando contava 84 anos, numa pobre cela atrás da capela do mosteiro da Luz, por ele construído.
Ao definirmos a vida deste perfeito filho de São Francisco, não encontraremos melhores palavras que aquelas figuradas em seu epitáfio no Mosteiro de Nossa Senhora da Luz: “Animam suam in manibus suis semper tenens”: Sempre teve a sua alma nas mãos.
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Com efeito, depois do pecado cometido por nossos primeiros pais, o gênero humano perdeu aquela completa harmonia de todas as suas inclinações, que era o dom de integridade. Reduzidos à dura prova de lutar contra si mesmos mais do que contra qualquer adversidade de sua existência, os homens passaram a depender em maior grau da graça divina do que de suas próprias forças, porque já não encontravam em sua natureza o antigo estado de perfeição.
É precisamente nessa docilidade à vontade da Providência em detrimento da sua própria que brilhou a santidade de Frei Galvão: flexível ao sopro do Espírito Santo, esqueceu-se por completo de si mesmo e sepultou as suas deliberações no Coração do Divino Mestre.
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2022
São João Paulo II
São João Paulo II
Todos de fato conhecem a fisionomia de São João Paulo II, sua devoção mariana, sua jovialidade e espontaneidade. Tudo ficou marcado na memoria de gerações que tiveram como papa por 27 anos e marcou sua biografia.
No inicio de seu pontificado disse: “Abrir as portas a Cristo, não tenham medo d’Ele”. Esta frase parece resumir todo o período no qual esteva como timoneiro da Barca de Pedro, isto é, a Igreja. É como se ele quisesse que todos os lugares da terra, todas as pessoas abrissem suas portas e seus corações para Cristo e seu verdadeiro amor.
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Infância
Seu nome de batismo era Karol Józef Wojtyla. Nasceu no dia 18 de maio de 1920 na cidade de Wadowice, Polônia. Ainda muito pequeno, viu sua irmã mais velha Olga falecer e antes que completasse doze anos, sua mãe morreu de insuficiência renal. Logo depois viu seu irmão mais velho Edmundo partir desta vida.
Ele mesmo nos conta que: “Depois que minha mãe morreu e, mais tarde, com a morte de meu irmão mais velho, fiquei sozinho com meu pai, um homem profundamente religioso. Dia após dia, tenho observado o seu estilo de vida austero … o seu exemplo foi de certa forma o meu primeiro seminário, uma espécie de seminário em casa.”
Juventude
Karol estudou na Universidade Jagiellonian, em Cracóvia. Cursou literatura, teatro e poesia. Foi neste período que conheceu Jan Tyranowski e através dele a obra de São João da Cruz. De tal sorte que aqui ele começou a discernir sua vocação sacerdotal.
Em 1939 seus estudos foram interrompidos quando a Polônia foi invadida pelo exército nazista. A fim de não ser deportado, Karol passou a trabalhar durante o dia em uma pedreira e a noite em uma fábrica de produtos químicos.
Em 1941 seu pai faleceu, vítima de um ataque cardíaco. Em 1944 sobreviveu milagrosamente após se atropelado por um caminhão nazista. Durante este período amadureceu sua vocação, ingressando no seminário clandestino do Cardeal Sapieha.
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Sacerdote, Bispo e Cardeal
Na solenidade de todos os santos, no ano de 1946 foi ordenado sacerdote e enviado para Roma a fim de continuar seus estudos. Quando voltou a Polônia tornou-se pároco assistente em Niegowic onde começou seu trabalho com a juventude.
Além disso lecionou por cinco anos na Universidade de Jagiellonian e Ética na Universidade Católica de Lublin. Até que, em 1958 foi sagrado Bispo e nomeado Auxiliar de Cracóvia.
Esteve no Concílio Vaticano II e suas opiniões contribuíram especialmente na redação final da Humanae Vitae, documento promulgado por Paulo VI em 1968. Após isso, foi nomeado Cardeal.
Papa
O Cardeal Wojtyla foi eleito papa no dia 16 de Outubro de 1978, tomou para si o nome de seu predecessor, João Paulo, sendo o 263º sucessor de São Pedro e por 27 anos governou a Igreja.
Quando o mundo conheceu seu brasão e lema de pontificado, souberam que algo havia mudado. Ele manteve o lema de quando ainda era bispo “Totus tuus” “Sou todo teu”, formula abreviada da Consagração como escravo de amor a Maria Santíssima, ensinada por São Luis Maria Grignion de Montfor, santo de grande devoção do papa, escravo de Nossa Senhora.
Ide por todo mundo
João Paulo II possuía um grande espírito missionário. Fez 104 viagens apostólicas visitando 129 países diferentes. O Brasil o recebeu oficialmente três vezes. Em 1980 passou 12 dias percorrendo mais de 14mil quilômetros, visitando Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória, Aparecida, Porto Alegre, Curitiba, Manaus, Recife, Salvador, Belém, Teresina e Fortaleza.
Retornou em 1991 quando visitou na Bahia Santa Dulce dos Pobres, e em 1997 no Encontro Mundial das Famílias no Rio de Janeiro quando abençoou os brasileiros aos pés do Cristo Redentor.
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Os jovens e a Família
São João Paulo II criou a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e a celebrou 19 vezes durante o pontificado. Instituiu o segundo domingo da Páscoa como o Domingo da Divina Misericórdia, para relembrar a todos o amor misericordioso de Jesus pela humanidade.
Preocupado com a família, dedicou suas catequeses de quarta-feira para refletir com todos o papel da família, do matrimonio e da vida. Assim, fundou o Pontifício Instituto João Paulo II de Estudos sobre o Matrimônio e a Família.
Tentativa de Assassinato
Foi no dia 13 de maio de 1981 que o mundo assistiu consternado o Papa João Paulo II ser atingido por um tiro na Praça de São Pedro. Surpreendentemente, após recuperar-se, marcou a história com dois fatos importantes: visitou na cadeia e perdoou seu agressor Ali Agca. Depois então, depositou na coroa de Nossa Senhora de Fátima a bala que o havia atingido. Segundo ele, Maria Santíssima o havia livrado da morte.
Ele vai dizer: “Em tudo o que me aconteceu naquele dia, senti a grande proteção da Mãe de Deus, que se revelou mais forte do que a bala mortal”
Contribuição para nossa fé
João Paulo II contribuiu de maneira significativa com a fé e a tradição da Igreja. Seus escritos somam 14 encíclicas, 11 Constituições Apostólicas, 45 cartas apostólicas, 15 exortações além de audiências, homilias e catequeses.
Para trazer ao mundo modelos de vida para todos os cristãos, beatificou 1.338 servos de Deus e canonizou 482 santos. Havia sido assim, até o atual pontificado, o papa que mais canonizou mais que todos os outros papas juntos nos últimos 500 anos.
Morte
O sofrimento é o que mais nos assemelha a Cristo crucificado. Com efeito, João Paulo II viveu de perto esta semelhança. A doença de Parkinson, a perda da fala, os ferimentos do atentado, as diversas cirurgias acompanham o papa em seus últimos dias.
No dia 2 de Abril de 2005, Vésperas do Domingo da Misericórdia, milhares de jovens com velas acesas rezavam debaixo da janela do Papa. Às 21:37 entrou na eternidade após dizer suas últimas palavras: “Deixe-me voltar para a casa de meu Pai”.
Santo súbito
Para a abertura do processo de canonização há um período de espera de cinco anos após a morte do fiel. No entanto, em 2005, Bento XVI anunciou que dispensava João Paulo II deste período, e em 2011 beatificou seu predecessor. Coube a Francisco a canonização em 2014.
Durante a missa de corpo presente, Bento XVI disse: “Podemos ter certeza de que nosso amado Papa João Paulo II está hoje junto à janela da casa do Pai, e de lá nos vê e nos abençoa.
“Abrir as portas a Cristo! Cristo sabe o que está no homem”. A vida deste santo nos mostra que devemos sim, abrir as portas de nossos corações para o amor de Cristo, pois este amor que vai até o fim e não se cansa jamais de nós!
São João Paulo II, rogai por nós.
A Associação Nossa Senhora das Graças trabalha, entre outras motivações, pela catequese e desenvolvimento religioso das crianças em todas as paróquias de todo o Brasil.
Ajude-nos para que, desse modo, possamos continuar este trabalho necessário para elas.
2022
Nossa Senhora Aparecida
Nossa Senhora Aparecida
Nos dias de hoje, quando entramos na sala dos milagres da Basílica de Nossa Senhora Aparecida podemos ver todas as manifestações de gratidão de seus devotos.
Imediamente nos vêm à memória todos os favores que a Padroeira dos Brasil concedeu a seus filhos ao longo destes séculos. Sobretudo nos momentos de aflições e dificuldades, tristeza e sofrimento, Maria sempre ouviu as preces do povo brasileiro.
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O Conde, os pescadores e uma imagem
Foi em 1717 que Dom Pedro de Almeida Portugal e Vasconcelos, Conde de Assumar, Governador das Capitanias de São Paulo e Minas Gerais, subiu a cavalo até São Paulo, para tomar posse do governo.
Assim, em Guaratinguetá, permaneceu de 17 a 30 de outubro, sendo recebido com a pompa, incluindo grandes banquetes com o melhor da culinário local como os saborosos pescados do Rio Paraíba do Sul.
Para isso, a Câmara Municipal convocou os mais experientes pescadores para lançar as redes, pois era necessária boa quantidade de peixes.
Domingos Alves Garcia, seu filho João Alves e Felipe Pedroso, entre outros, puseram as mãos no remo. Mas, por mais que se esforçassem, não pescaram nada.
Foi quando na rede de João Alves, apareceu primeiramente o corpo da pequena imagem de Nossa Senhora, e depois, sua cabeça
Imediatamente as redes se encheram de tanto peixe que os barcos quase afundaram!
Os bons ribeirinhos logo atribuíram essa pesca milagrosa à presença da imagem de Nossa Senhora da Conceição, que, pelo fato de ter aparecido nas águas, ficou conhecida como Aparecida!
O milagre das velas e outros prodígios
Felipe Pedroso levou para casa a imagem, diante da qual toda a família começou a rezar, dando início a uma sequência de milagres que continuam até hoje.
Com efeito, o primeiro milagre atribuído à imagem ocorreu numa noite enquanto a família e vizinhos “cantavam o terço”. Duas velas se apagaram acenderam sozinhas.
Certamente, a luz daquelas velas, que se reacenderam miraculosamente naquela noite, iluminou seus corações e despertou neles grande amor e devoção para com Nossa Senhora Aparecida
Tesouro para o povo brasileiro
As famílias dos três pescadores viviam na região do encontro da imagem e foram os primeiros a prestar culto à Nossa Senhora Aparecida.
Assim, a imagem peregrinou durante bom tempo pelas casas dos pescadores, até se fixar em Itaguaçu, lugar do seu encontro, na residência de Atanásio Pedroso, que construiu-lhe um oratório e um altar de madeira, onde, todos os sábados, grupos de famílias iam rezar o terço.
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A capelinha
Os milagres reforçaram enormemente a nova devoção popular, já com a invocação de Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
Nesse ínterim, o Padre José Alves Vilela, Pároco de Santo Antônio, de Guaratinguetá, deu apoio para a construção de uma capelinha, situada no Itaguaçu, à beira da estrada.
Certamente era uma localização pois ali passavam constantemente caravanas de viajantes, o que favoreceu rapidamente o crescimento do número de devotos.
Correntes da escravidão se estatelam no chão
No final do século dezoito um escravo fugitivo, que estava sendo conduzido de volta à fazenda, ao passar diante da capela, pediu-lhe que permitisse subir até à igreja para fazer oração.
Enquanto estava em oração diante da imagem, as correntes se soltaram de seu pescoço e de seus pulsos, caindo por terra. Comovido com o sucedido, o fazendeiro o resgatou, depositando no altar o preço do escravo, e o conduziu para casa como um homem livre”
Com certeza, a queda das pesadas correntes que prendiam o escravo Zacarias pelo pescoço e pelos pulsos é um testemunho do poder de intercessão Nossa Senhora Aparecida para desatar das prisões do pecado as pessoas arrependidas.
Romarias de todas as partes
As romarias que se iniciaram no oratório do Porto de Itaguaçu continuaram a partir de 1745, na igreja do Morro dos Coqueiros, que a voz do povo batizou de santuário.
Então, em 1884 o jornal “Correio Paulistano” estampou matéria sobre as romarias oriundas de todo o Império, ressaltando o articulista as saudades que ele sentia do tempo de menino, participando daquelas pias viagens junto com sua família:
“Antigamente as Romarias à Capela da Aparecida tinham muito de pitoresco; eram as famílias que se moviam lentamente com os filhos pequenos, os pagens, os camaradas, as mucamas, e o armazém ambulante às costas dos cargueiros”.
E observa que, com as mudanças nos hábitos causadas pela estrada de ferro, “acabou-se o encanto daquelas pias viagens”.
A nova devoção, refúgio para o povo
Os que iam à capela buscava-se curas físicas, é verdade, mas o principal motivo era a devoção, exteriorizada com gestos e atitudes.
Por exemplo, rezar sua Novena, limpar a igreja, percorrer de joelhos a rua que dá acesso à mesma, dar esmolas à Capela, ajudar os pobres.
Ainda mais, registram-se na história de Aparecida senhores e senhoras que assistirem de joelhos até três missas e outros que se arrastam de joelhos até o altar.
Via-se famílias se privarem de tudo para dar a Nossa Senhora, (…) uma devoção generosa, um amor pronto aos sacrifícios”.
Inúteis manifestações de ódio
Como não poderia deixar de ser, os que não gostam de nossa Mãe celeste deixaram as marcas de seu ódio gratuito.
Por exemplo, um homem de Cuiabá,que quis entrar a cavalo na igreja para desafiar Nossa Senhora, mas não conseguiu. As patas do animal grudaram-se nas pedras.
Ele, agora convertido, pediu perdão a Maria e dirigiu-se, contrito, à imagem para rezar. Isso ocorreu em 1866.
Da mesma forma, a quebra da imagem na Basílica Velha, em 1978, por um jovem protestante, comoveu o País, e só fez aumentar o amor dos brasileiros à sua Mãe, que a reentronizaram com manifestações de fé e entusiasmo.
Como também o sacrílego pontapé que um pastor protestante desfechou numa imagem de Nossa Senhora Aparecida, em pleno programa televisivo, em 1995.
O ato abalou a Nação, mas não a devoção do seu povo, que só fez aumentar.
Torrentes de milagres: os ex-votos
Haja tempo, papel e tinta para relatar os inúmeros milagres e graças obtidos pela intercessão da Senhora Aparecida
Por exemplo, a menina de Jaboticabal, cega de nascença, que ao chegar diante da Capela de Aparecida, em 1874, passa a enxergar e diz: “Mamãe, que bonita igreja!”
Ou ainda uma senhora devota que foi curada de trombose em São Paulo, em 1984.
Mas quem quiser ler esses relatos, vá até o Salão das Promessas e confira os milhares de ex-votos, ou seja, objetos que exprimem gratidão pelos milagres acontecidos.
Ali poderá ver um par de muletas, inúteis agora ao antigo usuário; a escultura de um braço miraculado; a peça de carro do acidente fatal que não matou; o desenho de uma máquina quase assassina.
Conclusão
São João Paulo II chamou Aparecida de “Capital Nacional da Fé” e, de fato, temos fé e confiança de que Nossa Senhora Aparecida continuará protegendo a todos os brasilieros.
Não importa quais sejam quais forem os problemas pessoais ou de outro gênero que tenhamos que enfrentar. Maria estará pronta a ouvir seus filhos.
Por isso, queremos que todos conheçam as orações à Padroeira do Brasil reunidas neste livreto e sintam-se amados por Nossa mãezinha.
Mas a Associação Nossa Senhora das Graças quer que você participe e colabore com esta ação missionária. Como? Aqui você pode fazer parte desta obra.
“
Oração
Ó Senhora da Conceição Aparecida, que fizestes tantos milagres que comprovam Vossa poderosa intercessão junto ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, obtende para nossas famílias as graças de que tanto necessitam.
Defendei-nos da violência, das doenças, do desemprego, e sobretudo do pecado, que nos afasta de Vós. Protegei nossos filhos de tantos fatores de deformação da juventude.
E concedei a todos os membros de nossas famílias a graça de poderem trilhar o caminho de perfeição e de paz ensinado por Vosso Divino Filho, que afirmou: “Disse-vos estas coisas para que tenhais paz em Mim. Haveis de ter aflições no mundo; mas tende confiança, Eu venci o mundo!” Amém.”