Propósitos para a Quaresma

Propósitos para a Quaresma

Neste início de Quaresma, procuremos, como propósitos para a Quaresma, mais ainda do que a mortificação corporal, aceitar o convite que a Liturgia sabiamente nos faz, combatendo o amor próprio com todas as nossas forças. 

“Procurai o mérito, procurai a causa, procurai a justiça; e vede se encontrais outra coisa que não seja a graça de Deus”. Santo Agostinho

 

Na quarta-feira de cinzas, ao recebermos as cinzas sobre a cabeça, ouvimos mais uma vez um claro convite à conversão que pode expressar-se numa fórmula dupla: “Convertei-vos e acreditai no evangelho”, ou: “Recorda-te que és pó e em pó te hás de tornar”.

A Quarta-Feira de Cinzas é considerada a “porta” da Quaresma. De fato, em sua tradição, a Igreja não se limita a oferecer-nos ao período quaresmal, mas indica-nos também os instrumentos necessários para o percorrer frutuosamente.

“Convertei-vos a mim de todo o vosso coração com jejuns, com lágrimas, com gemidos”. (Jl 2,12). Os sofrimentos que afligiam naquele tempo a terra de Judá estimulam o autor sagrado a encorajar o povo eleito a voltar com confiança filial ao Senhor. De fato, recorda o profeta, ele “é clemente e compassivo, paciente e rico em misericórdia e se compadece da desgraça” (Jl 2,13). O convite que Joel dirige aos seus ouvintes, por certo também é válido para nós.

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3 armas para combater o mal e as paixões

Não hesitemos em reencontrar a amizade de Deus perdida com o pecado; encontrando o Senhor experimentamos a alegria do seu perdão. E assim, quase respondendo às palavras do profeta, fazemos nossa a invocação do refrão do Salmo 50: “Perdoai-nos Senhor, porque pecamos”.

Amados irmãos e irmãs, temos quarenta dias para aprofundar esta extraordinária experiência. No Evangelho (cf. Mt 6, 1-6.16-18), Jesus indica quais são os instrumentos úteis para realizar a autêntica renovação interior e comunitária: as obras de caridade (a esmola), a oração e a penitência (o jejum). São as três práticas fundamentais queridas também à tradição hebraica, porque contribuem para purificar o homem aos olhos de Deus.

Estes gestos exteriores, que devem ser realizados para agradar a Deus e não para obter a aprovação dos homens, expressam a determinação do coração a servi-l’O, com simplicidade e generosidade. Recorda-nos isto também um dos Prefácios das missas quaresmais onde, em relação ao jejum, lemos esta singular expressão: “com o jejum elevas o espírito” (Prefácio IV).

O jejum, ao qual a Igreja nos convida neste tempo forte, certamente não nasce de motivações de ordem física ou estética. Mas brota da exigência que o homem tem de uma purificação interior que o desintoxique da poluição do pecado e do mal. Por esta razão o jejum e as outras práticas quaresmais são consideradas pela tradição cristã “armas” espirituais para combater o mal, as paixões negativas e os vícios.

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A este propósito, comenta São João Crisóstomo. “Assim como no fim do Inverno volta a estação do Verão e o navegante arrasta para o mar o barco, o soldado limpa as armas e treina o cavalo para a luta, o agricultor lima a foice, o viandante revigorado prepara-se para a longa viagem e o atleta depõe as vestes e prepara-se para as competições; assim também nós, no início deste jejum, quase no regresso de uma Primavera espiritual forjamos as armas como os soldados, limamos a foice como os agricultores, e como timoneiros reorganizamos a nave do nosso espírito para enfrentar as ondas das paixões. Como viandantes retomamos a viagem rumo ao céu e como atletas preparamo-nos para a luta com o despojamento de tudo” (Homilias ao povo antioqueno, 3).

Peçamos a Maria que nos acompanhe para que, no final da Quaresma. Possamos contemplar o Senhor ressuscitado, interiormente renovados e reconciliados com Deus e com os irmãos. Amém!

Adaptação da Homilia do Papa Bento XVI – Quarta-feira de Cinzas, propósitos para a Quaresma, 21 de Fevereiro de 2007 – Basílica de Santa Sabina no Aventino.


Nossa Associação está empenhada na divulgação da devoção a Nossa Senhora das Graças bem como na evangelização da juventude brasileira. Ajude-nos a ajudar!

Cinzas

Quarta-feira de Cinzas

A imposição das cinzas.

“Memento homo, quia pulvis es et in pulverem reverteris”

“Lembra-te, ó homem, que és pó e em pó te hás de tornar” (Gn 3,19).

Após a terça-feira de Carnaval a Igreja nos convida ao jejum e a abstinência de carne na Quarta-Feira de Cinzas em um grande contraste com o dia anterior. Neste reina a seriedade e o recolhimento destinados à preparação das almas para receberem a Cristo que se aproxima na Solenidade da Páscoa.

A Quarta-Feira de Cinzas marca o início de um novo tempo litúrgico – a Quaresma – tempo dedicado à penitência e a oração. Mas qual é a razão das cinzas?

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Penitência

Entre o povo Hebreu o costume de se utilizar das cinzas como sinal de penitência e dor. Era muito comum e até mesmo recomendado pelo Senhor através de seus Profetas. Podemos verificar em vários trechos das Sagradas Escrituras, tais como:

 “Cobri-vos de cinzas, guardas do rebanho, pois que chegou o dia da vossa destruição.” (Jr 25,34).

“Volvi-me para o Senhor Deus a fim de dirigir-lhe uma oração de súplica, jejuando e me impondo o cilício e a cinza.” (Dn 9,3).

Com o passar do tempo algumas Igrejas locais passaram a utilizar desta tradição tão incentivada nas Escrituras. A partir do ano 300 a cinza passou a ser empregada como forma de humilhação e punição para aqueles que praticavam algum pecado público.

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Por volta do século VII, nas igrejas, utilizava-se das cinzas para os pecadores públicos que haviam se arrependido de suas práticas e desejavam voltar à prática religiosa. Estes recebiam as cinzas na quarta-feira em que se iniciava a Quaresma, e logo depois se retiravam das comunidades para ficarem isolados durante quarenta dias vestidos com roupas grossas e portando a cinza a fim de serem reconhecidos como penitentes e aceitos novamente no seio da Igreja no Sábado Santo.

Já no século VIII o uso das cinzas visava os moribundos, que eram cobertos de cinzas e aspergidos com água benta a fim de representar os sentimentos de aflição e arrependimento e também como penitência pelos pecados cometidos.

Mais tarde, seguindo o sacramental gregoriano, as cinzas passaram a ser usadas no cerimonial público de iniciação da Quaresma, utilizando-se das cinzas provenientes dos ramos distribuídos no Domingo de Ramos do ano anterior, o sacerdote as impõe na fronte dos fiéis traçando uma cruz e recitando o versículo: “Lembra-te, ó homem, que és pó e em pó te hás de tornar.” (Gn 3, 19) ou a fórmula: “Convertei-vos e crede no Evangelho”

Sinal profundo em nossa alma

A imposição das cinzas não se trata apenas de um ato exterior, mas traz um significado muito mais profundo, como tão bem nos expressa Bento XVI: “A liturgia da Quarta-Feira de Cinzas indica assim na conversão do coração a Deus a dimensão fundamental do tempo quaresmal. Esta é a chamada muito sugestiva que nos vem do tradicional rito da imposição das cinzas, que daqui a pouco renovaremos. Rito que assume um dúplice significado: o primeiro relativo à mudança interior, à conversão e à penitência, enquanto o segundo recorda a precariedade da condição humana, como é fácil compreender das duas fórmulas diversas que acompanham o gesto.” (Bento XVI – Quarta-feira de Cinzas, 21 de Fevereiro de 2007 – Basílica de Santa Sabina no Aventino)

O profeta Joel nos diz: “Convertei-vos a mim de todo o vosso coração com jejuns, com lágrimas, com gemidos”. Neste período que a Igreja nos convida a uma conversão sincera, para bem aproveitarmos este tempo de preparação peçamos o auxílio da Santíssima Virgem, a Mãe Dolorosa, a fim de que Ela nos obtenha a humildade e a mansidão para buscarmos o sacramento da confissão e assim estarmos cada vez mais atentos à palavra de Deus que nos falará de modo especial nestes quarenta dias em que devemos nos preparar para receber o Senhor Ressuscitado.


Esperamos ter lhe feito bem espiritual. Preparemo-nos para o novo tempo que irá se iniciar.

Ajude-nos para que consigamos ajudar mais famílias, com catequese e catequese para jovens.

Ajude-nos a ajudar.

Nossa Senhora de Lourdes

Nossa Senhora de Lourdes

Nossa Senhora de Lourdes! Onde encontraremos os termos que alcancem exprimir tudo quanto esse nome significa para a piedade católica no mundo inteiro? Quem poderá traduzir em palavras o ambiente de paz que envolve a gruta sagrada na qual, há mais de 150 anos, a Santíssima Virgem apareceu à humilde Bernadette e inaugurou, de modo definitivo, um novo vínculo com a humanidade sedenta de refrigério e paz? Por desígnio da Divina Providência, a esse lugar associou-se uma ação intensa da graça, especialmente capaz de transmitir aos milhares de peregrinos, vindos de longe, a certeza interior de serem suas preces benignamente ouvidas, seus dramas apaziguados, e suas esperanças fortalecidas.

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Com efeito, ao longo deste século e meio, as ásperas rochas de Massabielle tornaram-se palco das mais espetaculares conversões e curas, legando à Santa Igreja Católica um tesouro espiritual de valor incalculável.

Em Lourdes fatos se revestem de uma grandiosidade peculiar, diante da qual nossa língua emudece. Ali está, diante de nós, a sublimidade do milagre. Entretanto, não se pode falar de Nossa Senhora de Lourdes sem nos lembrarmos com veneração da personagem ligada de modo indissociável a essa história de bênçãos e misericórdias.

A modesta pastorinha a quem Nossa Senhora de Lourdes apareceu é o primeiro e maior prodígio de Lourdes: ela simboliza a íntegra fidelidade aos apelos de conversão e penitência, que naqueles dias foram lançados pela Rainha dos Céus, os quais haveriam de chegar aos mais longínquos recantos da Terra.

Nossa Senhora de Lourdes - Bernadette

Celestial surpresa

Na manhã inolvidável de 11 de fevereiro de 1858, Bernadette saiu com a irmã Toinette e a amiga Jeanne Abadie para o bosque, a fim de recolherem gravetos para a lareira e ossos para vender a fim de comprarem algum alimento. Andaram bastante até chegarem à gruta de Massabielle, onde Bernadette nunca havia estado. Enquanto as vivazes meninas atravessavam a água gelada do rio Gave, Bernadette se preparava para fazer o mesmo.

Eis sua própria narração do que então sucedeu: “Escutei um barulho, como se fosse um rumor. Então, virei a cabeça para o lado do prado; vi que as árvores absolutamente não se mexiam. Continuei a descalçar-me. Escutei de novo o mesmo barulho. Levantei a cabeça, olhando para a gruta. Avistei uma Senhora toda de branco, com um vestido branco, um cinto azul e uma rosa amarela sobre cada pé, da cor da corrente do seu terço: as contas do terço eram brancas”.

Era a Santíssima Virgem sorrindo-lhe, e chamando-a para se aproximar d’Ela. Temerosa, Bernadette não se adiantou, mas puxou o terço e começou a rezar. O mesmo fez a “linda Senhora”, a qual embora sem mover os lábios, a acompanhava com seu próprio terço. Após o término do Rosário, Ela desapareceu.

A impressão causada por essa primeira aparição em Bernadette foi profunda. Sem reconhecer nEla a Mãe celeste, a menina sentia-se irresistivelmente atraída por figura tão amável e admirável, na qual não podia parar de pensar. Quando uma freira lhe perguntou, anos mais tarde, na enfermaria do convento, se a Senhora era bela, ela respondeu: – Sim! Tão bela que, quando se vê uma vez, deseja-se a morte só para tornar a vê-la!

Dezoito encontros em Massabielle

Por mais que Bernadette tivesse pedido segredo às suas duas companheiras, às quais contou o que vira, elas não se mantiveram caladas por muito tempo. Logo, dezenas de pessoas comentavam na vizinhança o sobrenatural acontecimento. E era apenas o começo: a impressionante popularidade das aparições assumiram proporções tais, que no dia 4 de março, estavam junto a Bernadette nada menos que vinte mil peregrinos.

Antes de cada visita de Nossa Senhora de Lourdes, Bernadette sentia irresistível desejo de ir a Massabielle. Assim aconteceu nos dias 14 e 18 de fevereiro, quando um pressentimento interior a conduziu até a gruta. Na segunda aparição, a Virgem Santíssima permaneceu novamente em silêncio; disse algo apenas no dia 18, conforme no-lo narra a obediente menina: “A Senhora só me falou na terceira vez. Ela perguntou-me se eu queria ir lá durante quinze dias. Eu respondi que sim, depois que pedisse licença a meus pais”.

A quinzena de aparições, que se deu entre 18 de fevereiro e 4 de março, com exceção dos dias 22 e 26, constituiu o cerne da mensagem confiada a Bernadette. A cada dia multiplicava- se o número dos assistentes. Embora mais ninguém além de Bernadette visse a “Senhora”, todos sentiam Sua presença e se comoviam com os êxtases da camponesa.

– Ela não parecia ser deste mundo – disse uma testemunha.

Nossa Senhora de Lourdes confiou três segredos

As palavras de Nossa Senhora de Lourdes não foram muitas, mas de expressivo significado. Disse a Bernadette no mesmo dia 18: “Não prometo fazer-te feliz neste mundo, mas sim no outro”. E nas outras vezes: “Eu quero que venha aqui muita gente”. “Pede a Deus pelos pecadores! Beije a terra pelos pecadores!”. “Penitência, penitência, penitência!” “Vá e diga aos padres que construam aqui uma capela. Quero que todos venham em procissão”.

Ainda durante a quinzena, a Rainha dos Céus confiou três segredos e ensinou uma oração a Bernadette, a qual ela recitou com insuperável fervor todos os dias de sua vida. Após um longo silêncio a respeito de sua identidade, a Senhora revelou seu nome a Bernadette na 16ª aparição, em 25 de março de 1858: “Eu sou a Imaculada Conceição”. Era uma solene confirmação do dogma proclamado pelo Beato Pio IX, quatro anos antes; a pureza da doutrina seria coroada, daqui por diante, pela beleza dos milagres.

Respondendo aos magistrados

Nossa Senhora de LourdesOs espíritos céticos, pelo contrário, estavam à espreita dos acontecimentos. Sumamente irritados, portanto, pela afluência multitudinária à gruta, diziam: “É incrível quererem fazer-nos crer em aparições em pleno século XIX”. Tais homens, com toda a certeza, colocavam suas esperanças mais em seus “modernos” inventos que na onipotência de Deus: “É estupidez e obscurantismo admitir a possibilidade de aparições e milagres na época do telégrafo elétrico e da máquina a vapor”.

Foi, aliás, diante de autoridades com essa mentalidade que Bernadette teve de depor três vezes. Foi eventualmente durante os intermináveis inquéritos em que a crivaram de perguntas capciosas, que Bernadette ouviu coisas brutais: “Vamos prenderte! O que é que vais procurar à gruta? Por que fazes correr tanta gente? Vamos meter-te na prisão! Matar-te-emos na prisão!”. Nesse ínterim, chamaram-na de mentirosa, visionária, louca. No entanto, a tudo isso ela apenas respondia com a verdade, suportando esses sofrimentos com humildade e doçura. Mas, suas respostas acertadas confundiram os magistrados, que nunca tiveram qualquer motivo legal para prendê-la.

A opinião final que formaram a respeito de Bernadette, e que enviaram ao Ministro da Justiça de então, foi esta: “Segundo o reduzido número daqueles que pretendem ter a seu lado o bom senso, a razão e a ciência, Bernadette Soubirous é portadora de uma enfermidade mental conhecida: está sendo vítima de alucinações, apenas isto!”. Teriam eles, como pretendiam, a razão do seu lado? A resposta não demorou a se tornar clara.

A fonte milagrosa e o chamado à expiação

Na aparição de 25 de fevereiro, a Santíssima Virgem disse a Bernadette: “Vai beber à fonte”. Bernadette foi ao rio Gave e bebeu. Contudo, não era ao rio que Ela se referia, mas sim a um canto da gruta. Entretanto, havia ali apenas água suja. A menina cavou e bebeu.

Daquela nascente obscura, por fim, brotou discretamente a água milagrosa. Depois de alguns dias, já borbulhava em abundância para maravilhamento de todos. De tal sorte que os doentes não demoraram em servir-se dela e as curas inexplicáveis se iniciaram em 1º de março. Posteriormente, enfermos desenganados “pela razão e pela ciência” viam seus males desaparecer num instante. Bem como os argumentos de inúmeros corações reticentes se transformavam em cânticos de fé.

Mas, quando Bernadette, mais tarde, serviu-se da água para suas penosas doenças, ela não lhe foi eficaz. Perguntaram, então: – Essa água cura os outros doentes: por que não te cura a ti? – Talvez a Santíssima Virgem queira que eu sofra – foi a sua resposta. De fato, a sua vocação era sofrer e expiar pela conversão dos pecadores. A água da fonte não era para ela.

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Essa filha predileta de Maria compreendeu com profundidade sua singular missão. Tudo quanto haveria de padecer física e moralmente dali em diante – o que não foi pouco – ela desejava unir aos méritos infinitos do Redentor crucificado, para que fosse pleno o efeito das graças derramadas na gruta. Nunca um murmúrio, uma queixa ou um ato de impaciência. Seus resignados lábios, sempre foram afeitos de modo heróico ao silêncio e à imolação.

No Asilo e em Nevers

Após o ciclo das aparições, todos queriam ver Bernadette e tocá-la. Além disso, pediam-lhe bênçãos, roubavam relíquias… Analogamente, homens ilustres empreendiam longas viagens para conhecê-la e altas figuras eclesiásticas não escondiam sua admiração diante dela.

Todavia, quanto a faziam sofrer por causa disso! De tal forma que, em sua acrisolada humildade, Bernadette sentia-se incomodada perante tantas manifestações de deferência. Seu maior desejo, em suma, era ser esquecida, pois queria que apenas a Virgem Santíssima fosse objeto de enlevo e amor.

Em Lourdes, ela viveu ainda nove anos no Asilo, administrado pelas Irmãs de Caridade e da Instrução Cristã, de Nevers. Ajudava principalmente no atendimento aos doentes, nos serviços da cozinha, na atenção às crianças. Aos 23 anos partiu para a Casa-Mãe da Congregação, em Nevers, desejando de fato avidamente a vida de recolhimento e oração.

– Vim aqui para esconder-me – disse ela.

Seus treze anos de vida religiosa foram vincados pela prática de todas as virtudes. De modo especial, sobretudo, o desprendimento de si mesma e o amor ao sofrimento. Todavia, desse período, passou nove anos de ininterruptas enfermidades. A asma inclemente e um doloroso tumor no joelho, que evoluiu até uma terrível cárie dos ossos. Assim, no dia 16 de abril de 1879, aos 35 anos de idade, ela entregou sua alma ao Criador.

“Encontrar-me-eis junto ao rochedo” 

Seus restos mortais incorruptos constituem um dos mais belos vestígios da felicidade eterna que Deus. Intocado, puro, angélico é o corpo de Bernadette! Ademais, diante dele, o peregrino sente-se atraído a passar horas seguidas em oração. Levantando-se depois com a doce impressão de ter penetrado na felicidade eterna de que goza a vidente de Massabielle.

Ali estão, cerrados, mas eloqüentes, os olhos que outrora contemplaram a Santíssima Virgem. Com efeito nos ensinam que os únicos a serem exaltados são os mansos e humildes de coração. Afinal, para realizar Suas grandes obras, Deus não precisa das forças humanas, mas sim de fidelidade.

Sabemos que a missão de Bernadette não terminou. A ação benfazeja de sua intercessão se faz sentir junto à gruta. Ela mesma predisse: “Encontrar-me-eis junto ao rochedo que tanto amo”. Que ela nos obtenha uma confiança inquebrantável no poder dAquela que disse: “Eu sou a Imaculada Conceição”.


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Santa Josefina Bakhita

Santa Josefina Bakhita, Virgem

Santa Josefina Bakhita nasceu no Sudão, região de Darfur na África, no ano de 1869, e através de suas poucas informações sabemos que sua aldeia natal é Olgossa, cuja pronúncia é “algoz”, que em árabe significa “Dunas de Areia”. De família abastada, seu pai possuía terras, plantações e gado; ele era irmão do chefe da aldeia. Sua família era composta pelos pais e sete filhos, sendo muito unidos e afeiçoados. 

Vejamos então o contexto histórico da época: em 1821 Mohamed Ali envia dois exércitos para conquistarem o Sudão. O objetivo político era de instaurar uma dinastia própria na região. Ademais, os objetivos práticos eram de saquear riquezas e capturar escravos a serem vendidos no mercado.

No ano de 1874, a irmã mais velha da Bakhita foi raptada. A dor dilacerou o coração daquela família tão unida e feliz. “Bakhita,” contudo, não foi o nome que recebera dos pais quando nasceu: no ano de 1876.  Com mais ou menos 7 anos de idade, foi raptada e arrancada do seio de sua família. A pequena menina tomada de pavor, foi levada brutalmente por dois árabes e foram eles que impuseram o nome de “Bakhita”, que significa: “afortunada”.

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Mercadoria

A pequena escrava, depois de um mês de prisão, foi vendida a um mercador de escravos. Na ânsia de voltar para casa, Bakhita se arma de coragem e tenta fugir. Entretanto, foi capturada por um pastor e revendida a outro árabe, homem feroz e cruel, que, por sua vez, revendeu-a a outro mercador de escravos.

Novamente ela é vendida a um general turco, cuja esposa era uma mulher terrivelmente má. Desejou marcar suas escravas e Bakhita estava entre elas. Chamou então um tatuador que, com uma navalha, ia marcando os corpos das meninas que se contorciam de dores, mergulhadas numa poça de sangue. Bakhita recebeu no peito, no ventre e nos braços 114 cortes de navalha que eram esfregados com sal para que as marcas ficassem bem abertas. As jovens escravas foram jogadas sem tratamento e nenhum cuidado, durante um mês.

No ano de 1882, o general turco vendeu Bakhita ao agente consular Calisto Legnani que seria, para ela, seu anjo bom. Na casa do cônsul, Bakhita conheceu a serenidade, o afeto e os momentos de alegria, lembranças dos momentos felizes na casa dos pais. Mas, em 1885 o Sr. Calisto é obrigado a retornar à Itália; Bakhita pede para acompanhá-lo e obtêm consentimento. E assim partiram em companhia de um amigo, o Sr. Augusto Michieli, a quem o cônsul presentearia em Gênova com a jovem africana.

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Chegando na Itália com seu 7º “patrão”, o rico comerciante Michieli, foi para vila Zianino de Mirano Veneto onde Bakhita se tornou babá de Mimina, a filhinha do casal. Apesar de serem pessoas boas e honestas, não eram praticantes da religião. Como sempre, Deus tem suas vias e acabou colocando no caminho de Bakhita, o administrador dos Michieli, Iluminato Chechini. 

Iluminato era um homem muito religioso e logo se preocupou com a formação religiosa de Bakhita; e ao dar um crucifixo a ela, disse em seu coração: “Jesus, eu a confio a Ti”. Quando os Michieli tiveram de voltar para Suakin, na África, por motivos de negócios, Bakhita e a pequena Mimina ficaram pois aos cuidados das Irmãs Canossianas, em Veneza, e isto graças ao Sr. Iluminato.

Nos desígnios da Providência

Bakhita iniciou o catecumenato (catequese para receber os sacramentos iniciais), no Instituto das Irmãs. Ao final de nove meses, a Sra. Maria Turina voltou à Itália para buscar sua filhinha Mimina e aquela que considerava sua escrava, pois retornariam à África.

Naquele instante, Bakhita já toda apaixonada por Jesus, prestes a receber os sacramentos, recusa-se a voltar para a África, apesar do afeto que nutria pela família Michieli e principalmente pela pequena. Sentia em seu coração um desejo inexplicável de abraçar a fé e vivê-la para sempre.

Apesar dos apelos e até ameaças da Sra. Michieli, nossa jovem africana não cedeu em sua resolução. Bakhita estava livre, na Itália não havia escravidão. Sua patroa retornou então à África com sua filha e Bakhita prosseguiu com sua catequese, feliz mesmo sabendo que seria a última chance de rever seus familiares na África.

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No dia 09 de janeiro de 1890, Bakhita é batizada, crismada e recebe a Primeira Comunhão das mãos do Patriarca de Veneza. No batismo recebe o nome de Josefina Margarida Bakhita. Ela descreverá este dia como mais feliz de sua vida: sentir-se filha de Deus era-lhe uma emoção inigualável, assim como receber Jesus na Eucaristia.

Bakhita nutria em seu coração o sublime desejo de se tornar religiosa: “uma Irmã Canossiana”. Foi então aceita na congregação das Filhas da Caridade Canossianas, servas dos pobres e, depois de três anos de noviciado, no dia 08 de dezembro de 1896 pronunciou os votos de: Castidade Pobreza e Obediência. Depois da profissão religiosa, nossa Irmã Bakhita foi transferida para a cidade de Schio, em outra obra da Congregação, e lá permaneceu por 45 anos, onde passou a ser conhecida como a “Madre Morena”.

Irmã Bakhita era atenciosa com todos, sem distinção, desde as crianças do colégio, seus pais, sacerdotes, com suas irmãs religiosas, sempre levando a todos palavras de conforto, consolo e amor incondicional a Deus Pai. Dessa forma, em todas as funções que exerceu, sempre colocou assim seu coração doce e sincero: na Igreja, na Sacristia, na portaria ou na cozinha, era tudo para todos, com seu sorriso de anjo.

A entrega a Deus

Com efeito, no dia de sua profissão religiosa, Santa Josefina Bakhita rezou: “Ó Senhor, se eu pudesse voar lá longe, entre a minha gente e proclamar a todos, em voz alta, a tua bondade. Oh! Quantas almas eu poderia conquistar para Ti! Entre os primeiros, a minha mãe e o meu pai, os meus irmãos, a minha irmã ainda escrava… e todos, todos os pobres negros da África. Faça,  ó Jesus, que também eles te conheçam e te amem!”.

No ano de 1947 Bakhita adoeceu, já quase sem forças, em cadeira de rodas, passava horas em oração, em adoração e contemplação. Era o dia 08 de fevereiro de 1947, nossa Irmã Morena balbuciava: “Como estou contente! Nossa Senhora! Nossa Senhora!”. Depois de algum tempo, em seus últimos momentos, disse: “Vou devagarinho para a eternidade… Vou com duas malas: uma contém os meus pecados; a outra, bem mais pesada, contém os méritos infinitos de Jesus Cristo. Quando eu comparecer diante do Tribunal de Deus, cobrirei a minha mala feia com os méritos de Nossa Senhora. Depois abrirei a outra e apresentarei os méritos de Jesus Cristo. Direi ao Pai: ‘Agora julgai o que vedes’. Estou segura de que não serei rejeitada! Então me voltarei para São Pedro e lhe direi: ‘Pode fechar a porta porque eu fico!” 

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Às 20 horas, irmã Bakhita entrega sua alma a Deus. O povo em grande multidão quer dar o último adeus à Madre Morena, sua fama de santidade se espalhou rapidamente e todos recorriam ao seu túmulo pedindo sua intercessão. Em 17 de maio de 1992 foi beatificada e, no dia 1 de outubro de 2000, foi elevada à honra dos altares, declarada “Santa” pelo Santo Padre, o Papa João Paulo II, sendo que o milagre que a levou a ser reconhecida como Santa, aconteceu em Santos, no Brasil. Santa Josefina Bakhita deve sempre inspirar sentimentos de confiança na Providência, doçura para com todos e alegria em servir.


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Bem como a catequese infantil e para adultos!

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Apresentação do Senhor

Apresentação do Senhor

À espera do Messias, glórias e vicissitudes do Templo de Jerusalém

Quase seis séculos antes tinha si­do arrasado esse edifício. Indispen­sável fora aproveitar a primeira oca­sião para reconstruí-lo. Essa no­bre tarefa coube a Zorobabel, che­fe da Casa de Davi e antepassado de Cris­to (515 a.C.). Entretanto, quão mais grandioso havia sido o esplendor daquele Templo “em sua primeira glória”! — afirmara o profeta Ageu, ao vê-lo reerguido.

Na época de Salomão, a inauguração do Templo havia se dado com pompa e majestade. Logo de­pois “uma névoa enchera a casa do Senhor, e os sacerdotes não po­diam ter-se de pé nem fazer as funções do seu ministério por cau­sa da névoa, porque a glória do Senhor tinha enchido a casa do Senhor. Então disse Salomão: O Senhor declarou que habitaria nu­ma névoa. Eu edifiquei esta casa para tua morada, para teu trono firmíssimo para sempre” (1 Rs 8, 10-13).

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Mas agora, “não parece ele, aos vossos olhos, como uma coisa de nada?” — perguntava Ageu ao povo (Ag. 2, 3).

A consternação se abateu sobre todos os que ouviam a recriminação de Deus pelos lábios de seu profeta. Mas logo suas faces se tornaram mais luzidias do que nunca: “Por­que isto diz o Senhor dos exércitos: Ainda falta um pou­co, e eu como­verei o céu e a terra, o mar e todo o universo. Abalarei todas as nações, e virá o desejado de todos os povos; e encherei de glória esta casa. …. Minha é a prata, meu é o ouro …. A glória desta casa será maior que a da primei­ra …. e darei a paz neste lugar” (Ag. 2, 7-10).

O cumprimento da profecia

Apresentação do Senhor - Revista Arautos do Evangelho - Revista Católica - Menino Jesus e Maria Virgem

Quem poderia imaginar a cena na qual a profecia de Ageu se cumpriria? O Templo na glória de sua inauguração, ou na es­pe­ran­ça da hora de sua reconstrução, jamais aco­lheu alguém mais importante: o pró­prio Criador Me­­nino, nos braços de sua Mãe, pa­ra ser oferecido ao Pai!

Tem Ele já o pleno uso da ra­zão, apesar de ainda tão criança. Quais te­riam sido, en­tão, seus pensamentos ao cruzar o portal daquele sa­grado edifício? Gran­de emoção humana num Cora­ção Infante e Sagrado, que ardia em desejo de se oferecer como vítima expiatória.

Já ao ser con­cebido por obra do Espírito Santo no claustro de sua Mãe, esse ofer­­tório se efetivara. Du­ran­te os trinta anos em Na­zaré, a vida do Cordei­­ro de Deus foi uma cons­tan­te re­no­­va­ção desse ato su­premo da entrega de Si próprio em holocausto, que atingiu seu ápice no Calvário.

É o que afirma São Paulo: “… entrando no mundo, Cristo diz: Não quiseste sacrifício, nem obla­ção, mas me formaste um corpo …. Em se­guida ajuntou: Eis que venho para fazer, a tua vontade …. Foi em virtude desta vontade de Deus que temos sido  santificados uma vez para sempre, pela oblação do corpo de Jesus Cristo.” (Hb. 10, 5, 9-10)

Mas foi quando Simeão, representante do povo judeu, tomou o Cristo nos braços para entregá-Lo ao Pai, que a oferenda ganhou um caráter oficial. O sacerdote se uniu a Cristo nesse momento, ou vice-versa? É um belo problema teológico.

Com inteira propriedade exclama Frei Luís de Granada: “Cristo não só se oferece ao Pai, mas por meio de Maria é entregue à Igreja, representada por Simeão. Maria …. nos entrega o melhor que possui.

A Santíssima Trindade ratifica essa doação, pois o Pai assim havia disposto, o Fi­lho se oferecera para nosso re­mé­dio e o Espírito Santo trou­xe Si­meão. “Hoje é-nos entregue oficialmente em lugar público o Tem­plo; por pessoa pública, Maria …. Correi, pois …. e aprendei na escola desse Menino como, sendo Deus tão elevado, agradam-Lhe os corações humildes no céu e na terra”.

O ensinamento de Maria Virgem para nós

Apresentação do Senhor - Revista Arautos do Evangelho - Revista Católica - Menino Jesus e Maria Virgem

Quanto à Purificação da Vir­gem Maria, está ela adstrita à Lei Mosaica (Lv. 12). Nenhum dos re­quisitos da Lei precisava cum­prir Maria. Entretanto assim procedeu a Mater Ecclesiae, para, entre outras razões, ensinar-nos com que amor e carinho devemos se­guir as leis da Igreja.

Ela fará o oferecimento dos po­bres: “um par de rolas, ou dois pombinhos”.

“A rola”, dirá São Tomás (Summa Theologica, III – q. 37, a. 3), “com seu contínuo canto significa a pregação e confissão da fé; ave casta e soli­tária, recorda essas duas virtudes. A pomba, man­sa e feita de simplicidade, amiga de viver em coletividade, representa a vida ativa; a perfeição, portanto, da comunidade formada por Cristo e seus membros.

Rolas e pombos com seus ge­midos nos falam do suspirar contínuo dos santos pela vida futura. Enquanto a rola solitária significa o gemido da oração se­cre­ta, a pomba, animal gregário, ge­me em público, como a oração da Igreja. Oferecem-se dois animais que simbolizam a Igreja. Oferecem-se dois animais que simbo­li­zam a dupla santidade: a do corpo e a da alma”.

O famoso Beda, anteriormente a São To­más, já afirmara representar a pomba a candidez, por amar a simplicidade, e a rola, a castidade, porque, se perde sua companheira, não procura outra.

Simeão, varão de fé e de discernimento

“Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem era jus­­to e temente a Deus…” (Lc. 2, 25).

É bem o elogio e a essência cor­respondentes a um varão santo. São as características de uma ancianida­de perfeita.

“… esperava a consolação de Israel …” (idem).

É muito adequado o comentário de Santo Ambrósio a esse respeito. O velho Simeão não pro­curava a graça tão-só para si; ele a queria pa­ra todo o povo. Compreendia, por­tanto, dessa for­ma quão mais importante é a graça para a coletividade do que para uma só pessoa. Era um va­rão co­nhecedor do papel relevante da opinião pública.

Era um homem de grande fé. Cria nas promessas de Deus. De grande discernimento, pois sabia ser a libertação do pecado o consolo do povo, e não o mero tér­mino das opressões estran­geiras.

“… e o Espírito Santo estava nele” (idem).

É o que se passa com toda alma em estado de graça. Mas, aqui, São Lucas parece querer indicar algo de mais profundo, ou seja, destacar que se trata de um verdadeiro profeta, conforme me­lhor transparecerá mais adiante, na promessa recebida e no fato de ter sido guiado ao encontro com Jesus e Maria.

“Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não mor­reria sem pri­meiro ver o Cristo do Senhor” (Lc. 2, 26).

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Não paira a menor dúvida de que se tratava de uma revelação mística e clara.

A promessa de ver a Cristo Jesus também nos foi feita. Para tal acon­tecer, é ne­cessário imitar Simeão, ser justo, temer a Deus e esperar contra toda a esperança.

“Impelido pelo Espí­rito Santo, foi ao Tem­plo” (Lc. 2, 27).

Tratava-se de uma alma que havia alcan­çado os píncaros da união transformante. Deixava-se conduzir pelo Espírito.

“E levando os pais o menino Jesus, para cumprirem a respeito dele os preceitos da lei…” (idem)

Não nos esqueçamos de que o esposo era senhor e dono de todo fruto de sua mulher. Jesus pertencia a José, e, assim, este era mais que um pai adotivo.

Graça maior do que ter o Menino Jesus nos braços

“… tomou-O nos braços…” (Lc. 2, 28)

 

Que graça extraordinária! Ta­l­vez depois de São José, Simeão te­nha sido o primeiro varão a gozar dessa indizível felicidade. Deus lhe deu mais do que prometera.

São Beda assim se ­expressa sobre esta passagem: “Aque­le ho­mem recebeu o Menino Jesus em seus braços, segundo a lei, para de­mons­trar que a jus­tiça das obras, que, segundo a Lei, estavam figuradas pelas mãos e os braços, devia ser substituída pela graça, humilde certamente, mas revigorante, de fé evangélica. Tomou o ancião o Me­nino Jesus, para demonstrar que este mundo, já decrépito, ia vol­tar à infância e à inocência da vida cristã”.

Porém, nós ainda recebemos mais do que Simeão, pois, na hora da comunhão, nossa união com Cristo é muito mais íntima. Que Simeão nos obtenha a graça de comungar diariamente como ele mesmo teria gostado de fazê-lo.

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“… e louvou a Deus nestes termos: Agora, Senhor, deixai o vosso servo ir em paz” (Lc. 2, 29).

Mais uma vez transparece por suas próprias palavras, a fidelida­de desse varão. Certamente suas for­ças estiveram para abandoná-lo vá­rias vezes. Quais não devem ter sido suas súplicas a Deus para que não falhasse em sua divina pro­messa? Quantas ve­zes não te­rá sido provado: “Se­rá que agora mor­rerei sem ter visto o Messias?”

Não O vimos, nem O vemos, mas, na Eucaristia, podemos unir-nos a Ele mais intimamente do que Simeão. Que felicidade a nossa!

Um Salvador para todos os povos

“… luz para iluminar as nações, e para glória de teu povo” (Lc. 2, 32)

Sim, as outras nações não ha­viam recebido a Revelação. A gló­ria cabia ao povo judeu; aos demais devia ser concedido o conhe­cimento da chegada do Salvador. Nesse momento estavam a cami­nho os três Reis Magos, que dariam ocasião à manifestação da missão universal do Menino Deus, a Epifania.

“Seu pai e sua mãe estavam admirados das coisas que se diziam” (Lc. 2, 33)

Assim haviam estado ao cons­tatarem as manifestações angélicas e a presença dos pastores na gruta em Belém. A mesma admiração se repetirá na chegada dos Reis do Oriente. Discerniam ambos a glória futura da Civilização Cristã, promovida pelo oferecimento de Jesus.

“Simeão os abençoou e disse a Ma­ria, sua mãe” (Lc. 2, 34)

Cabia-lhe abençoar, pois era da raça de Levi, sacerdote, portanto. É à co-redentora que ele se dirige.

Sinal de contradição, para se revelarem os segredos dos corações

“Eis que este Menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal de contra­di­ção” (Lc. 2, 34)

Menino Jesus e Maria Virgem - Comentário ao Evangelho - Revista Arautos do Evangelho - Revista Católica

No primeiro livro de suas homilias, São Beda, o Venerável, assim se ex­pressa:

“Com júbilo ouvem-se essas pa­­lavras, que exprimem haver sido destinado o Senhor a conse­guir a ressurreição universal, conforme o que Ele mesmo disse: ‘Eu sou a ressurreição e a vida; o que crê em mim, ainda que esteja mor­to, vi­verá’ (Jo 11, 25).

“Mas quão terríveis soam aquelas outras pa­lavras: Eis que este Me­nino está destinado a ser uma causa de queda!

“Verda­dei­ramente infeliz aquele que, depois de haver visto sua luz, fica, sem embargo, cego pela névoa dos vícios… porque, segundo o Apóstolo (2 Pd. 2, 21), ‘me­lhor fora não terem conhecido o ca­minho da jus­tiça, do que, depois de tê-lo conhecido, tornarem atrás, abandonando a lei que lhes  foi ensinada’.

“Contradizem-No os judeus e gentios, e, o que é mais grave, os cristãos que, professando interior­mente o Salvador, desmentem-No com suas ações.”

“… a fim de serem revelados os pen­samentos de muitos corações” (Lc 2, 35).

Continua São Beda: “Antes da Encarnação, estavam ocultos muitos pensamentos, mas uma vez nascido na terra o Rei dos céus, o mundo se alegrou, enquanto Herodes ‘se perturbava e com ele toda Jerusalém’. Quan­do Jesus pregava e prodigalizava seus milagres, enchiam-se as turbas de temor e glorificavam o Deus de Israel; mas os fariseus e escri­bas acolhiam com raivosas pa­la­vras quantos ditos procediam dos lábios do Senhor e quantas obras realizava. Quando Deus pa­decia na cruz, riam com alegria nécia os ímpios, e choravam com amargura os pie­dosos; mas, quan­do ressuscitou den­tre os mortos e subiu aos céus, mudou-se em tristeza a alegria dos maus, e se converteu em gozo a pena dos amigos…”

Ainda hoje e até o Juízo Final, os cristãos, outros Cristos, são “si­nais de contradição” e, em função deles, revelar-se-ão os pensamen­tos escondidos nos corações de muitos.

Maria, co-redentora, e o amor às nossas cruzes

 

“E uma espada transpassará tua al­ma” (Lc 2, 35) .

Maria é co-redentora do gê­ne­ro humano. Essa profecia de Si­meão, Ela já a conhecia. Mais ainda, estaria gravada em seu espírito até a ressurreição de Jesus. Ela é a Rainha dos Mártires e, desde a Anunciação, sofreria com Cristo, por Cristo e em Cristo.

Nós somos convidados neste tre­cho do Evangelho a dar um ca­ráter de holocausto às dores que nos forem permitidas pela Pro­vi­dência. Tenhamos amor às cruzes que nos cabem, unindo-nos a Jesus e a Maria nessa grandiosa cena da apresentação.


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Como Dom Bosco catequizava as crianças?

Como Dom Bosco catequizava as crianças?

São João Bosco foi proclamado “Patrono da Juventude” por São João Paulo II. Desde muito jovem reunia os amigos para ensinar o catecismo e a história sagrada. E dizia querer ser sacerdote para cuidar da juventude. 

Logo que se ordenou Sacerdote Dom Bosco iniciou sua obra à qual chamou de Oratório!

Foi no dia 8 de dezembro, dia da Imaculada conceição, do ano de 1841. Nos conta o próprio santo:

“Mal entrei no Colégio de S. Francisco, vi-me logo cercado por um bando de meninos que me acompanhavam em ruas e praças, até mesmo na sacristia da igreja do Instituto. Não podia, entretanto, cuidar deles diretamente por falta de local. Um feliz encontro proporcionou-me a oportunidade de tentar a concretização do projeto em favor dos meninos que erravam pelas ruas da cidade, sobretudo dos que deixavam as prisões.

No dia solene da Imaculada Conceição de Maria, 8 de dezembro de 1841, estava, à hora marcada, vestindo-me com os sagrados paramentos para celebrar a santa missa. O sacristão José Comotti, vendo um rapazinho a um canto, convidou-o a ajudar-me a missa.

– Não sei! Respondeu ele, todo mortificado.

– Vem, replicou o outro, tens que ajudar.

– Não sei! Disse novamente o rapaz. Nunca ajudei.

– És um animal – disse o sacristão enfurecido – Se não sabes ajudar a missa, que vens fazer na sacristia?   E, assim dizendo, tomou do espanador e começou a desferir golpes nas costas e na cabeça do pobrezinho. Enquanto este fugia, gritei em voz alta:

– Que está fazendo? Por que bater nele desse jeito? O que é que ele fez?

– Se não sabe ajudar a missa, por que vem à sacristia?

– Mas você agiu mal, é um amigo meu; chame-o imediatamente, preciso falar com ele.

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O sacristão saiu correndo atrás dele e garantindo-lhe melhor tratamento trouxe-o assim para junto de mim. O rapaz aproximou-se tremendo e chorando pelas pancadas recebidas.

 – Já ouviste missa?   Disse-lhe com a maior amabilidade que pude.

– Não! respondeu.

– Vem então ouvi-la. Depois gostaria de falar de um negócio que vai te agradar.

Era meu desejo aliviar o sofrimento do pobrezinho e não deixa-lo com a má impressão que lhe causara o sacristão.

Celebrada a santa missa e terminada a ação de graças, levei o rapaz ao coro. Com um sorriso no rosto e garantindo lhe que já não devia recear novas pancadas, comecei a interroga-lo assim:

– Meu bom amigo, como te chamas?

– Bartolomeu Garelli.

– De onde és?

– De Asti.

– Tens pai?

– Não, meu pai morreu.

– E tua mãe?

– Morreu também.

– Quantos anos tens?

– Dezesseis.

– Sabes ler e escrever?

– Não sei nada.

– Sabes cantar?

– Não.

 – Sabes assobiar? Ele sorriu.

– Já fizeste a primeira comunhão?

– Ainda não.

– Já te confessaste?

– Sim, quando era pequeno.

– E agora, vais ao catecismo?

– Não tenho coragem.

– Por quê?

– Porque meus companheiros menores que eu sabem o catecismo, e eu, tão grande, não sei nada. Por isso fico com vergonha de ir a essas aulas.

– Se te desse catecismo à parte, virias?

– Então sim.

– Gostarias que fosse aqui mesmo?

– Com muito gosto, contanto que não me batam.

– Fica sossegado, que ninguém te maltratará. Pelo contrário, serás meu amigo. Terás que haver te só comigo e mais ninguém. Quando queres começar?

– Quando o senhor quiser.

– Esta tarde serve?

– Sim.

– E se fosse agora mesmo?

– Sim, agora mesmo. Que bom!

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Levantei me e fiz o sinal da cruz para começar; meu aluno não o fez porque não sabia. Naquela primeira aula procurei ensinar-lhe a fazer o sinal da cruz e a conhecer a Deus Criador e também o fim pelo qual nos criou. 

Embora tivesse pouca memória, conseguiu, com atenção, aprender em poucos domingos as coisas necessárias para fazer uma boa confissão e, pouco depois, receber a sagrada comunhão.

A esse primeiro aluno juntaram-se outros mais. Durante aquele inverno limitei-me a alguns adultos que tinham necessidade de catequese especial, sobretudo aos que saiam da cadeia. Pude então constatar que os rapazes que saem de lugares de castigo, caso encontrem mão bondosa que deles cuidem, os assista nos domingos, procure arranjar lhes emprego com bons patrões e visitá-los de quando em quando ao longo da semana, tais rapazes dão se a uma vida honrada, esquecem o passado, tornam se bons cristãos. Essa é a origem do nosso Oratório, que, abençoado por Deus, teve um desenvolvimento que então eu não podia imaginar.”

Conheça os 5 ensinamentos!

Com esta descrição que São João Bosco nos deixou, narrando a pedagogia que ele usava na catequização das crianças, nós podemos tirar muitas lições. 

Muitos pais e avós nos escrevem descrevendo as dificuldades que enfrentam na educação e catequização de suas crianças. 

Também recebemos pedido de ajuda de muitos catequistas que se sentem desorientados na formação catequética dos jovens.

Com este pequeno relato do Patrono da Juventude podemos de fato aprender 5 regras de ouro para a catequização da juventude:

1 – Saiba ouvir os jovens para conhecer a realidade de vida deles;

2 – Saiba amar cada jovem como um reflexo do amor de Deus;

3 – Saiba compreender as lutas interiores pelas quais os jovens passam;

4 – Saiba ensinar a sã doutrina como ela é, sem nunca fugir à verdade para contemporizar. Saber distinguir o bem do mal, a verdade do erro e o belo do feio, dará aos jovens uma estrutura moral e psicológica que o marcará por toda a vida. Sem isto, de quase nada adiantam os 4 pontos anteriores…

5 – Saiba esperar o momento da graça! Se Deus espera por cada um de nós para que nos santifiquemos, por que n~;ao poderemos nós esperar o tempo necessário para que a catequese dada aos jovens comece a desabrochar em frutos de boas obras?

 

Aqui fica então uma meditação e um ensinamento para este semana.


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A impressionante vida de São João Bosco

A impressionante vida de São João Bosco

Juventude sofrida mas confiante!

A impressionante vida de São João Bosco. Nascido no Colle dos Becchi, no Piemonte, Itália, uma localidade junto de Castelnuovo de Asti (agora chama-se Castelnuovo Dom Bosco) a 16 de agosto de 1815. Filho de humilde família de camponeses, órfão de pai aos dois anos, viveu sua mocidade e fez os primeiros estudos no meio de inumeráveis trabalhos e dificuldades.

Desde muito jovem sentiu-se impelido para o apostolado entre os companheiros. Sua mãe, que era analfabeta, mas rica de sabedoria cristã, com a palavra e com o exemplo animava-o no seu desejo de crescer virtuoso aos olhos de Deus e dos homens.

Mesmo diante de todas as dificuldades, João Bosco nunca desistiu. Durante um tempo foi obrigado a mendigar para manter os estudos. Prestou toda a espécie de serviços. Foi costureiro, sapateiro, ferreiro, carpinteiro e, ainda nos tempos livres, estudava música.

Queria ser sacerdote. Dizia: “Quando crescer quero ser sacerdote para tomar conta dos meninos. Os meninos são bons; se há meninos maus é porque não há quem cuide deles”.

Em 1835 entrou para o seminário de Chieri.

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O Apostolo da juventude

Ordenado Sacerdote a 5 de junho de 1841. No dia 8 de dezembro desse mesmo ano, iniciou assim o seu apostolado em Turim, catequizando um humilde rapaz de nome Bartolomeu Garelli. Em 1846 estabeleceu-se definitivamente em Valdocco, bairro de Turim, onde fundou o Oratório de São Francisco de Sales. Ao Oratório juntou uma escola profissional, depois um ginásio, um internato etc. Ao passo que, em 1855 deu o nome de Salesianos aos seus colaboradores. Em seguida, em 1859 fundou com os seus jovens salesianos a Sociedade ou Congregação Salesiana.

Com a ajuda de Santa Maria Domingas Mazzarello, fundou em 1872 o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora para a educação da juventude feminina. Em 1875 enviou a primeira turma de seus missionários para a América do Sul.

Se em vida foi honrado e admirado, muito mais o foi depois da morte. O seu nome de taumaturgo, de renovador do Sistema Preventivo na educação da juventude, bem como de defensor intrépido da Igreja Católica e de apóstolo da Virgem Auxiliadora se espalhou pelo mundo inteiro e ganhou o coração dos povos. Pio XI, que o conheceu e foi seu amigo, canonizou-o na Páscoa de 1934.

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Com atitudes audaciosas, pontuadas por diversas inovações, Dom Bosco, dessa forma, revolucionou no seu tempo o modelo de ser padre, sempre contando com o apoio e a proteção de Nossa Senhora Auxiliadora.

Dom Bosco ficou famoso pelas frases que usava com os meninos do oratório e com os padres e irmãs que o ajudavam. Embora tenham sido criadas no século passado, essas frases, ainda hoje, são atuais e ricas de sabedoria. Elas demonstram o imenso carinho que Dom Bosco tinha pelos jovens.

Entre alguns exemplos, “Basta que sejam jovens para que eu vos ame.”; “Prometi a Deus que até meu último suspiro seria para os jovens.”; “O que somos é presente de Deus; no que nos transformamos é o nosso presente a Ele”; “Ganhai o coração dos jovens por meio do amor”; “A música dos jovens se escuta com o coração, não com os ouvidos.”

Um novo método de educar os jovens

O método de apostolado de Dom Bosco era o de partilhar em tudo a vida dos jovens. Para alcançar isto ele abriu escolas de alfabetização e artesanato, casas de hospedagem, campos de diversão para os jovens com catequese e orientação profissional.

Educar não é só uma arte! Educar é um desafio, pois é cada vez mais difícil orientar a juventude num sentido contrário à mentalidade dominante. São João Bosco encontrou a chave que abre a alma do jovem à influência do bem.

Dom Bosco fazia o “milagre” de atrair e formar jovens que já não se deixavam moldar pelos antigos métodos educacionais e se subtraíam à ação da Igreja. Pois eram tão surpreendentes os resultados obtidos pelo fundador dos salesianos que muitas pessoas procuravam insistentemente arrancar dele o “segredo” de seu êxito.

Uma vez conversava sobre este tema com o cardeal Tosti, em Roma. Dom Bosco lhe disse: “Veja, Eminência, é impossível educar bem a juventude se não se lhe conquista a confiança”.

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Afinal, como fazia São João Bosco para cativar confiança da juventude?

São João Bosco jamais dava castigos corporais, na convicção de que isso só incitaria os corações à revolta, bem como fecharia a alma do jovem para os conselhos salutares. Então, a maneira pela qual ele repreendia era através de uma palavra fria, um olhar triste, uma mão retraída, ou qualquer outro sinal discreto de desagrado com alguma falta. Mas os resultados demonstravam ser extremamente eficaz essa forma de correção.

Embora toda a vivacidade e afeto no trato com os jovens, estes sempre mantinham uma atitude de respeito e admiração para com seu mestre. Como se vê, a alegria ocupava um grande papel no método educativo de Dom Bosco. Com ela, pretendia o Santo tornar a vida leve e criar pois, disposições para os meninos abrirem a alma à influência dele e ao sobrenatural.

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Dom Bosco mostrava a seus alunos que a perseverança só é possível pela frequência aos sacramentos e uma ardente devoção a Nossa Senhora.

Seguindo assim os sábios conselhos maternos, Dom Bosco fez da devoção a Maria Santíssima, sob a bela invocação de Maria Auxiliadora, uma coluna da espiritualidade dos salesianos. “Se chegares a ser padre – repetia-lhe afetuosamente ‘mamma Margherita’ – propaga sem cessar a devoção a Nossa Senhora”.

Em suma, é ela a verdadeira causa do êxito surpreendente desse grande educador que marcou sua época, até nossos dias, com seu inovador método transmitido a seus seguidores, os sacerdotes salesianos e as filhas de Maria Auxiliadora.


 Ajude-nos a continuar nosso trabalho de evangelização das crianças, conforme Dom Bosco santamente o fazia.

O Batismo de Nosso Senhor Jesus Cristo

O Batismo de Nosso Senhor Jesus Cristo

O Convite de João Batista

São João Batista dizia: Fazei penitência porque está próximo o Reino dos céus”.(Mt 3, 2). Símbolo da purificação da consciência, necessária para receber esse “reino dos céus” que estava “próximo”, o batismo conferido por São João confirmava as boas disposições de seus ouvintes. “Confessavam seus pecados e eram batizados por ele nas águas do Jordão”, conta São Mateus (3, 6).

Apareceram-lhe discípulos, que o assistiam em seu ministério, e que passaram a constituir um modelo de piedade mais fervorosa. Enfim, sua pregação produzia um grande movimento popular rumo à virtude, como nunca se vira na história de Israel.

Encontro com o Messias e Batismo do Senhor

A missão do Precursor era preparar os caminhos do Messias. Vivia, portanto, na expectativa do encontro com Ele. Não esperou muito tempo. Certo dia, notou a presença de Jesus no meio dos peregrinos.

Tomado de sobrenatural emoção, inclinou-se para o recém-chegado, esquivando-se de Lhe dar o batismo: “Eu devo ser batizado por ti e tu vens a mim!” Respondeu-lhe, porém, Jesus: “Deixa por agora, pois convém cumpramos a justiça completa”. Obediente, São João O imergiu no Jordão.

Logo que saiu da água, Jesus se pôs a orar. Então o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre Ele na forma de uma pomba. “E ouviu-se dos céus uma voz: Tu és o meu Filho muito amado; em ti ponho minha afeição”.

Por que Jesus quis ser batizado?

O batismo conferido por São João não era da mesma natureza que o Batismo sacramental, instituído posteriormente por Nosso Senhor Jesus Cristo. Provinha verdadeiramente de Deus, mas não tinha o poder de conferir a graça santificante. O próprio Batista pôs em realce a diferença: “Eu vos batizo na água, mas eis que vem outro mais poderoso do que eu, a quem não sou digno de lhe desatar a correia das sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo.” (Lc 3, 16).

O efeito do batismo de João consistia num incentivo ao arrependimento dos pecados, explica São Tomás de Aquino. Ora, em Jesus não havia sequer sombra de pecado, nem poderia haver, uma vez que Ele era o Homem-Deus. Não tinha, portanto, matéria para arrependimento e penitência. Mas, então, por que o batizado?

Sujeitar-se à condição humana

Várias são as razões dadas pelos Padres e Doutores da Igreja.

Eis uma delas: quando o Verbo se fez Homem, Ele quis se sujeitar às leis que regem a vida humana. Por exemplo, obedeceu às leis que estavam em vigor entre os judeus, sendo apresentado no Templo após seu nascimento, sofrendo a circuncisão, e cumprindo os ritos da Páscoa judaica. Assim, quis também receber o batismo penitencial de João.

Perdido no meio da multidão, Jesus — inocente — submeteu-se a um rito destinado ao pecador: “Convém cumpramos a justiça completa”, justificou-se Ele perante o profeta.

Comentando essas palavras, Santo Agostinho diz que Nosso Senhor “quis fazer o que ordenou que todos fizessem”. E Santo Ambrósio acrescenta: “A justiça exige que comecemos por fazer o que queremos que os outros façam, e exortemos os outros a nos imitarem pelo nosso exemplo”.

Purificar as águas

Entre as dez razões enumeradas na Suma Teológica para o batismo de Jesus, São Tomás de Aquino coloca em destaque o objetivo da purificação das águas.

Citando Santo Ambrósio, diz o Doutor Angélico que “o Senhor foi batizado, não por querer purificar-se, mas para purificar as águas”. Desse modo, continua ele, as águas “purificadas pelo contato com o corpo de Jesus Cristo, que não conheceu o pecado, tivessem a virtude de batizar”.

E conclui citando o mesmo argumento, de São João Crisóstomo, de que Jesus “deixou as águas santificadas para os que, depois, deveriam ser batizados”.

 

Temos aqui um interessante problema teológico-metafísico: por que razão Deus escolheu a água como matéria para o Batismo?

A água é um elemento rico em simbolismo. Por exemplo, é uma imagem da exuberância de Deus. Basta considerar que três quartas partes da superfície da Terra são constituídas por água.

Também é símbolo de vida. É elemento essencial para a manutenção de todos os seres vivos. Quanto mais abunda a água numa região, maior é a quantidade de plantas e animais que ali se desenvolvem.

Além disso, ela é o elemento preponderante da matéria viva, de modo tal que o próprio corpo humano é composto, na sua maior parte, de água.

Podemos considerá-la também um símbolo da bondade, do carinho e da magnanimidade de Deus para com a humanidade. Agrada ao ser humano vê-la cair, em forma de chuva, cristalina, refrescante, tornando fértil o solo, favorecendo as plantações, limpando o ar.

Nada mais conveniente, portanto, do que a água ser a matéria do Batismo. E nada mais adequado que Deus encarnado ter querido purificá-la pelo contato de seu sacratíssimo corpo.

Incentivo ao Batismo

A recepção do Batismo é necessária para a salvação, como demonstram as palavras de Jesus a Nicodemos: “Quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus” (Jo 3, 5). Pelo tom categórico da afirmação, avalia-se a importância desse Sacramento.

O batismo de João levava ao arrependimento dos pecados, mas não tinha o poder de perdoá-los. O Batismo sacramental, instituído por Jesus Cristo, tem efeitos infinitamente maiores.

Adão transmitiu a todos os seus descendentes a culpa original. O Sacramento do Batismo limpa a alma da mancha desse pecado, confere a graça santificante, eleva o homem à condição de filho de Deus e abre-lhe as portas do Céu. Ele é a chave de todos os outros Sacramentos, indispensáveis para o homem cumprir com fidelidade a Lei de Deus.

Convide que permanece até o fim do mundo

“Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1, 29), declarou São João Batista a dois de seus discípulos, indicando Nosso Senhor Jesus Cristo que passava.

São João Evangelista e seu irmão, São Tiago, que até então haviam seguido fielmente o Batista, compreenderam que Jesus era Aquele ao qual deviam entregar suas vidas. E deixando seu antigo mestre, procuraram logo o Senhor, pedindo-Lhe permissão para O acompanharem e viver com Ele.

Pelos séculos dos séculos, essas palavras do grande profeta da penitência ressoarão no mundo, convidando todos os homens a também colocarem seus olhos no Divino Salvador, a se encantarem com a figura d’Ele e como católicos fiéis a seguirem seus mandamentos, até o momento em que forem chamados para estar definitivamente com Ele, na vida Eterna.

O Rei dos reis

O Rei dos reis

O Rei dos reis, que levou os reis do oriente a tão arriscada empreitada, mas, devido sua confiança, o olhar fixo na Estrela, tiveram como prêmio contemplar Deus, nascido como bebê.

“Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo.’” (Mt 2,1-2)

Causou sensação em Jerusalém a chegada de três importantes personagens – Gaspar, Melchior e Baltazar – acompanhados de numeroso séquito e rica equipagem.  Os moradores da cidade perguntavam: “São reis?”

Sim, respondiam uns.

Não, mas parecem ser sacerdotes caldeus, opinavam outros.

Nada disso, são magos, homens sábios que conhecem os segredos da astronomia, sentenciavam alguns eruditos da época.

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Como eram os Reis Magos?

Nos presépios e nas pinturas, eles são apresentados em geral como homens de idade madura, e até mesmo já idosos, às vezes com uma barba branca descendo até o peito, andado enfileirados, trazendo nas mãos seus presentes.

Na Catena Áurea, São Tomás afirma: “Esses magos eram reis”. E acrescenta que devia ser grande sua comitiva, pois puseram em alvoroço Herodes e Jerusalém inteira. São João Crisóstomo é de opinião de que “esses Reis Magos que vieram do Oriente adorar o Menino Jesus, o Rei dos reis, são os filósofos dos caldeus, homens muito considerados em seu país. Seus reis e príncipes aconselham-se com eles, por causa da sua ciência. Assim é que foram os primeiros a tomar conhecimento do nascimento do Senhor”.

Era mesmo uma estrela?

Santos, doutores e teólogos interessaram-se por esta pergunta, pois tudo quanto diz respeito a nosso Salvador é, de si, muito interessante.

A ser uma estrela, era diferente de todas as outras, pois, ao contrário dos demais astros – os quais, seguem uma órbita fixada – esta percorria um roteiro. Além do mais, parava e punha-se de novo em movimento, fazendo-se visível não só à noite, mas também durante o dia.

Isso, comenta São João Crisóstomo, é próprio de um ser inteligente, não de uma estrela comum. De onde deduz ele que “não era simplesmente uma estrela, mas uma virtude invisível tomou a forma de uma estrela”.

Segundo São Remígio, alguns creem que essa estrela era o Espírito Santo, outros que era um Anjo, talvez o mesmo que apareceu aos pastores perto da Gruta de Belém.

Santo Agostinho opina de modo mais afirmativo: “Era um astro novo, criado para anunciar o parto da Virgem e para oferecer seu ministério, marchando diante dos Magos que procuravam a Cristo e conduzi-los ao lugar onde estava o Verbo, Menino-Deus”.

A Adoração

Soror Maria de Agreda, em suas visões nos conta: Eles (os Reis Magos) se prosternaram diante do Menino Jesus e O adoraram como o Salvador do mundo. Eles foram de novo iluminados pela graça e viram até mesmo os Anjos que estavam ordenados, com profundo respeito, em torno do Rei dos reis. Após ter rendido culto ao Divino Infante, eles felicitaram a Mãe e Lhe testemunharam sua veneração, dobrando os joelhos diante d’Ela e pedindo para beijar suas mãos. Após terem se prosternado de novo em uma fervorosa adoração ante o menino Jesus, os Magos felicitaram São José por ser o esposo da Virgem Mãe de Deus, e como sua visita já tinha transcorrido três horas, eles pediram à celeste Rainha a permissão de ir procurar um alojamento na cidade.

Ouro, Incenso e Mirra

Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra, seguindo outro caminho. (Mt 2,11-12)

São Gregório Magno nos dá uma interpretação dos presentes que os Reis Magos ofertaram ao Menino Jesus:

Eles oferecem ouro, incenso e mirra. O ouro convinha bem ao Rei; o incenso costuma ser apresentado em sacrifício a Deus; e usa-se a mirra para embalsamar os corpos dos falecidos. Assim, os Magos proclamam, por seus simbólicos presentes, quem é Aquele que eles adoram. Eis o ouro: é um rei; o incenso: é um Deus; eis a mirra: é um mortal.

Há hereges que creem na divindade de Cristo, não, porém, na sua realeza universal; oferecem-Lhe incenso, mas não querem oferecer-Lhe ouro. Outros reconhecem sua realeza, mas negam sua divindade; estes Lhe oferecem ouro, mas se recusam a Lhe oferecer incenso. Outros, por fim, O proclamam Deus e Rei, mas negam que Ele tenha assumido uma carne mortal; estes Lhe oferecem ouro e incenso, mas não querem presenteá-lo com a mirra, símbolo da condição mortal por Ele assumida.

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De nossa parte, ofereçamos ouro ao Senhor, confessando que Ele reina em toda parte. Ofereçamos-Lhe incenso, proclamando que, tendo nascido no tempo, é Deus desde antes de todos os tempos. Ofereçamos-Lhe mirra, reconhecendo que Aquele que cremos ser impassível em sua divindade, tornou-Se mortal ao assumir nossa carne.

São Tomás comenta: “Quando se diz que ofereceram ao Menino-Deus três dons – ouro, incenso e mirra – não significa que eram apenas três, mas que neles estavam representadas todas as nações descendentes dos três filhos de Noé, que haviam de ser chamadas à Fé”.

E o Papa São Leão Magno dá esta outra interpretação do significado dos presentes dos reis: “Os Magos realizam, pois, o seu desejo, e guiados pela mesma estrela, chegam até o menino, o Senhor Jesus Cristo, o Rei dos reis. Adoram o Verbo na carne, a Sabedoria na infância, a Força na fraqueza, e o Senhor de majestade na realidade de um homem. E para apresentarem uma homenagem de sua fé e de sua compreensão, testemunham, por meio de dons, aquilo que crêem em seus corações. Oferecem incenso ao Deus, mirra ao homem e ouro ao rei, venerando conscientemente na unidade a natureza divina e a natureza humana.”

Oração do dia de Reis

Pai Santo, que neste dia revelastes ao mundo o Vosso Filho Unigénito, Jesus Cristo Nosso Senhor, fazei que Ele seja presença constante do Vosso amor no coração dos homens, para que, acreditando que somos filhos de Deus, amemo-nos uns aos outros e, como irmãos, caminhemos para a paz e a salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amém.


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São José no presépio

São José no presépio

Natal é o tempo das belas recordações. É o dia do mistério que faz palpitar até mesmo os corações mais indiferentes. É o dia que os católicos do mundo inteiro se ajoelham diante do presépio para adorar o Deus que de fato se fez homem.

A história nós conhecemos bem, mas não basta só conhecer os fatos, é preciso reviver todos para assim podermos sentir as bênçãos da mais bela de todas as noites, aquela, em que a Virgem deu à luz um Filho.

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A Virgem Mãe de Jesus

Era noite alta, José e Maria não encontraram abrigo nas casas de Belém. Pobres e desprezados, foram abrigar-se em uma gruta onde os pastores protegiam-se nas noites frias de inverno. A gruta está deserta, José amarrou seu jumentinho, e foi explorar o interior da gruta. Paredes nuas, rochosas, frias. No chão palha limpa, feno, e uma manjedoura.

É a mobília do palácio do Rei dos Reis, para quem o luxo dourado não passa de farrapos. José ficou pensativo, inquieto e, escondido de sua esposa chorou. Se fosse um abrigo para ele, o humilde José aquela gruta pareceria um palácio, todavia, tratava-se da sua doce esposa, a Virgem, que lhe foi confiada pelo próprio Deus. 

Então, José entregou tudo nas mãos de Deus, começou a limpeza do ambiente, enquanto Maria sentou-se do lado de fora para comer alguma coisa, pois já era muito tarde. Quando tudo estava pronto, Maria sentiu que a hora estava chegando. Alguns santos afirmam que São José, sabendo que aquele mistério era grande demais para seus olhos, saiu da gruta e ficou aguardando. E o milagre se deu!

Era meia noite! Nossa Senhora inclina a cabeça sobre a manjedoura, onde chorava uma criancinha. Com efeito, quem a visse, ativa e preocupada, não teria ideia de ser ela mesma a mãe da criança. Mas, bastaria ver os cuidados e carinhos com os quais cercava o menino, que logo compreenderia, era Mãe!

Ela o tomou nos braços, envolveu em paninhos quentes, beijou e abraçou o fruto bendito de suas entranhas e o depositou nas palhas ásperas do presépio. A criança então adormeceu, embalada pela adoração de sua mãe.

E São José?

José, prostrado pela fadiga, adormeceu à entrada da gruta. Pé ante pé, e sem palavras, a Virgem Santa acordou o esposo e o levou até à manjedoura. Você pode então imaginar o que se passou com São José naquela hora?

Ele viu o menino adormecido e sua mãe Maria, cujo rosto parecia transfigurado e radiante em meio às trevas daquela noite. José ficou sem palavras, Maria não apresentava nem fadiga, nem dor. Grossas lágrimas desceram pela face, José caiu de joelhos, a fronte no pó da terra, ele queria chorar, soluçar, rir. Ele então adorou, aniquilado pelo sentimento de sua indignidade, o Menino Deus que o havia escolhido como pai adotivo e guardião.

É provável que São José recordou-se que o Anjo lhe tinha dito: “O que dela nascer é obra do Espírito Santo; ela dará à luz um filho e o chamarás Jesus, porque Ele há de salvar seu povo dos seus pecados.” (Mt, 1, 20-21). Ele então compreendeu que Maria, sua esposa é quem acabava de dá-lo à luz, exclamou: “Meu Deus, meu Deus!” E viu que ele mesmo, pobre carpinteiro, de mãos calejadas e de rosto queimado, participava deste sublime mistério! “oh! Deus, será possível?”

E José chorou, soluçou, queria fugir mas, não; humilha-se e adora.

Ele não se parece conosco as vezes? Naqueles momentos que nos sentimos indignos, pobres e pecadores, e Nossa Senhora nos chama para perto do Filho dela, e nós choramos, nos aproximamos do confessionário e de joelhos pedimos perdão.

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Conclusão

Leitor, neste Natal a Virgem Santíssima e São José convida você a ficar mais próximo do presépio. Veja, a criança acordou. O choro, as palpitações de seu coraçãozinho, irradiam-se para Maria e José, inclinados sobre a manjedoura. A Virgem Santa, sorrindo toma nos braços o Menino e o deposita nos braços de José, que quase desmaia de emoção e amor. Num beijo prolongado, com o rosto banhado de lágrimas José exprime assim sua gratidão e seu amor.

Eis a cena de Belém, o Natal de Belém! O que ele lhe diz então?

Possa esta meditação nos chamar para mais perto de Deus. Como José, vamos ao presépio adorar nosso Redentor. Adoremos o Menino nos braços de sua Mãe e dela o recebamos para cobri-lo com os beijos de nossa adoração, de nosso amor, e de nossa eterna gratidão.

Lembremo-nos que só se encontra Jesus nos braços de sua Mãe e que só ela é quem deve apresentá-lo à nossa adoração, como o apresentou a São José, aos pastores e magos. Que neste Natal, estejamos dentro da gruta de Belém, amando a Deus e sentindo-nos amados por Ele, sua mãe e São José.

Um Santo Natal.

Fonte:

MARIA, Pe. Júlio, O Evangelho das Festas Litúrgicas e dos Santos mais Populares, Ed. O Lutador, Munhamirim – MG, 1952.


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