Uma missionária de 10 anos

Uma missionária de 10 anos

Uma missionária de 10 anos. O mundo católico comoveu-se este mês com a história de Teresita Castillo de Diego, Missionária da Arquidiocese de Madri (Espanha). Nascida na Sibéria, foi adotada muito pequena por um casal espanhol e desde os três anos morava em Madri. 

Desde cedo demonstrou uma profunda espiritualidade, chegando a frequentar diariamente À Santa Missa na capela do colégio das Filhas de Santa Maria do Sagrado Coração de Jesus. 

Entretanto, diferente dos demais missionários, Teresita tinha apenas 10 anos, sofria com um tumor na cabeça e nunca saiu do hospital para uma missão. Pelo menos, até agora…

A história desta menina nos recorda a de outra Teresa, nascida em Lisieux (França), que, com quinze anos entrou no Carmelo e levou uma vida humilde, simples e recolhida da clausura.

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Padroeira das Missões

Contudo, Santa Teresinha queria mais e mais. Assim, ela dizia “Sigamos o caminho da simplicidade. Entreguemo-nos com todo o nosso ser ao amor. Em tudo busquemos fazer a vontade de Deus. O zelo pela salvação das pessoas devore nosso coração”. E esse zelo se fazia notar pelo desejo dela: “Eu quisera percorrer a Terra, pregar Teu nome e plantar, no solo infiel, tua cruz gloriosa (…) Mas, ó meu bem amado, uma só missão não me bastaria. Eu quisera, ao mesmo tempo, anunciar o Evangelho nas cinco partes do mundo e até nas ilhas mais afastadas. Quisera ser missionária, não somente durante alguns anos, mas quisera tê-lo sido desde a Criação do mundo, e sê-lo até a consumação dos séculos” (Carta de Santa Teresinha ao Abbé Maurice Bellière)

Este desejo de Santa Teresinha a tornou padroeira das missões e até nossos dias inspira milhares de homens e mulheres que abandonam tudo para levar a fé aos confins da terra.

A visita do Padre Ángel

O desejo de conquistar almas para Cristo não conhece idade, nem condições sociais, nem mesmo físicas.

No dia 11 de fevereiro de 2021, o Vigário episcopal da Arquidiocese de Madri, Padre Ángel Camino Lamena, celebrou missa no Hospital La Paz, na cidade. Logo depois, passou pelo hospital visitando os enfermos. Entre tantos que sofriam, encontrou ele uma pequena menina de dez anos que se preparava para uma cirurgia para retirada de um tumor no cérebro.

Iniciaram uma conversa leve. O sacerdote soube que a cirurgia seria no dia seguinte, soube seu nome, idade, o que gostava de estudar, etc. Durante o colóquio a menina disse: “Padre, sabe de uma coisa? Amo muito a Jesus! Quero ser missionária!”

Santa Teresinha escreveu sobre isso: “Compreendi que só o amor fazia agir os membros da Igreja e que, se o amor viesse a se extinguir, os apóstolos não anunciariam mais o Evangelho, os mártires recusariam derramar o sangue. Compreendi que o amor encerra todas as vocações, que o amor é tudo, abraça todos os tempos e todos os lugares”. Porque Teresita Castillo de Diego amava muito, Deus a amou e a chamou para a Missão.

Pe. Ángel ficou emocionado com aquilo. E disse: “Teresita, neste momento eu te constituo missionária da Santa Igreja. Mais tarde voltarei aqui com as credenciais e a cruz missionária.” 

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Já sou missionária

Naquele momento o sacerdote ministrou o sacramento da Unção dos Enfermos, e o viático. Pela tarde, para surpresa da mãe da menina Pe Ángel voltou com as credenciais e a cruz. Teresita pediu que a mãe pendurasse a cruz na cabeceira da cama. “Mãe, coloque a cruz na cabeceira da cama, para que eu possa olhar bem para ela. Amanhã vou levar ela comigo para a cirurgia. Já sou missionária”.

A santa carmelita de Lisieux escreveu uma vez: “Haverá uma alma mais pequenina, mais impotente do que a minha? Entretanto, por causa de minha fraqueza, aprouve-te, Senhor, cumular meus pequenos desejos infantis, e hoje queres realizar outros desejos maiores que o universo”.

Deus quer sempre perto de si os pequeninos. Com a Missionária Teresita não foi diferente. No dia sete de março, Deus a chamou para junto de si. Missionária, tão jovem, que, deixando este mundo evangelizou milhares de corações que souberam de sua curta, porém, bela vida. 

Do alto do céu, junto a Deus, Ela roga por todos os Missionários e Missionárias, roga pela infância e pelos enfermos. E junto a Santa Teresinha do Menino Jesus pode dizer como a padroeira das Missões: “Ó Jesus, meu amor, encontrei enfim minha vocação. Minha vocação é o Amor”.


Como formar uma missionária de 10 anos? Ou 9… ou 8…

Esta é de fato nossa missão: catequisar e evangelizar o Brasil todo, de modo especial as crianças. Ajude-nos a ajudar com nosso trabalho.

Santa Francisca Romana

Santa Francisca Romana – Piedade precoce

Nascida em 1384, Santa Francisca Romana pertencia a uma rica família romana. Desde a mais tenra idade, acompanhava a mãe nas práticas de piedade.  Aos onze anos manifestou o desejo de consagrar-se a Deus fazendo-se religiosa, mas seu pai não concordou pois ela estava já prometida em casamento a um nobre, o jovem Lourenço Ponziani.

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Esposa exemplar

Por desejo do marido, apresentava-se em público com a categoria de dama romana, usando belas joias e suntuosos trajes. Mas debaixo deles vestia uma tosca túnica de tecido ordinário. Não apenas dedicava à oração suas horas livres, como também nunca negligenciava as práticas de vida interior.

Transformou em oratório um salão do palácio e aí passava longas horas de vigília noturna. Era ridicularizada pelas pessoas mundanas, mas sua família a considerava um “anjo da paz”.

Modelo de mãe e de dona de casa

Em 1400 nasceu seu primeiro filho, João Batista, seguido de João Evangelista e Inês, que nasceram alguns anos depois.

Cumpria de fato, com perfeição, seu ofício de dona de casa, compreendendo que as tarefas cotidianas fazem parte da purificação necessária nesta vida e têm prioridade sobre as mortificações particulares.

Prodígios realizados em vida

Por volta de 1413, a fome se abateu sobre Roma. Preocupado, o sogro de Francisca proibiu a nora de continuar distribuindo as provisões aos pobres.

Certo dia a santa dirigiu-se a um celeiro vazio do palácio para procurar o que pudesse ter restado de trigo no meio da palha. Com muito trabalho conseguiu recolher alguns poucos quilos do desejado grão.

Assim que saiu, Lourenço, seu esposo, entrou no celeiro e lá encontrou 40 sacos contendo, cada um, 100 quilos de trigo dourado e maduro. O mesmo ocorreu em outra ocasião: querendo levar aos pobres um pouco de vinho, Francisca recolheu o que sobrava no fundo de um tonel e no mesmo instante este encheu-se milagrosamente de um excelente vinho.

Grandes provações

Naquela época, Ladislau Durazzo, rei de Nápoles, invadiu Roma três vezes. Em 1410, as tropas saquearam o palácio da família, seus bens foram confiscados, Lourenço e seu filho Batista foram exilados.

Em 1413 morreu Evangelista, seu filho mais novo, e no ano seguinte a pequena Inês. Por fim, ela também contraiu a doença, mas foi milagrosamente curada por Deus. Naquele mesmo ano viu seu filho falecido, tendo a seu lado um jovem muito belo.

O filho disse que estava no Céu e que Deus enviava aquele Arcanjo para auxiliá-la. “Dia e noite o verás ao teu lado e ele te assistirá em tudo.”

O Anjo irradiava uma tal luz que Francisca podia ler ou trabalhar à noite, sem dificuldade alguma, como se fosse dia, iluminava o caminho quando precisava sair à noite. Na luz desse Arcanjo, ela podia ver os pensamentos mais íntimos dos corações. Recebeu, ademais, o dom do discernimento dos espíritos e o de conselho, os quais usava para converter os pecadores e reconduzir os desviados ao bom caminho.

As visões do inferno

Deus a favoreceu com numerosas outras visões. As mais impressionantes foram as do inferno. Viu em pormenores os suplícios pelos quais são punidos os condenados, de acordo com os pecados cometidos.

Observou a organização hierárquica dos demônios e as funções de cada um na obra de perdição das almas. Lúcifer é o rei do orgulho e o chefe de todos. Viu outrossim como os atos de virtude praticados pelos bons atormentam essas miseráveis criaturas e prejudicam sua ação na terra.

“O inferno é dividido em três partes: o inferno superior, o inferno médio e o inferno inferior. Lúcifer está no fundo do inferno inferior. Sob Lúcifer, chefe universal, acham-se subordinados três chefes a ele e prepostos aos demais: Asmodeu, que preside os pecados da carne, era um querubim, “Mamon, que preside aos pecados de avareza, era um trono e Belzebu preside aos pecados da idolatria.

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“Uma parte dos demônios fica no inferno; outra reside no ar e outra reside entre os homens, buscando a quem devorar. Os que ficam no inferno dão as ordens e enviam seus deputados; os que residem no ar agem fisicamente sobre as perturbações atmosféricas e telúricas, lançam por toda parte influências más, empestam o ar física e moralmente.

“O seu trabalho é principalmente debilitar a alma. Quando os demônios encarregados na terra veem uma alma debilitada pela influência dos demônios do ar, atacam-na no seu esmorecimento para vencê-la mais facilmente. Atacam-na no momento em que ela desconfia da Providência”.

Vida religiosa

Tendo falecido o rei Ladislau, restabeleceu-se então a paz na Cidade Eterna. Seu esposo e seu filho regressaram do exílio, e por fim, a família Ponziani recuperou os bens injustamente confiscados.

A santa fundou uma sociedade denominada Oblatas da Santíssima Virgem Eram Francisca e outras nove damas que viviam cada qual em sua casa, seguindo os conselhos evangélicos. O Desta sociedade surgiu, por decreto do Papa Eugenio IV a Congregação das Oblatas da Santíssima Virgem, depois chamada de Congregação das Oblatas de Santa Francisca Romana. Era uma instituição nova e original para seu tempo: religiosas sem votos, sem clausura, mas de vida austera e dedicadas a um genuíno apostolado social.

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Em 1436, Francisca ficou viúva e só então pode abraçar a vida religiosa integralmente. Viveu no convento apenas três anos. Em 1440, viu-se forçada a retornar ao palácio Ponziani para cuidar de seu filho, gravemente enfermo.

Atingida por uma forte pleurisia, ali assim permaneceu, por não ter mais forças. No dia 9 de março, com os olhos muito brilhantes, dizia assim estar vendo o Céu aberto e haverem chegado os Anjos para buscá-la.

Foi canonizada em 1608, o Papa Paulo V qualificou-a de “a mais romana de todas as Santas”. E o Cardeal São Roberto Belarmino, disse: “A proclamação da santidade de Francisca será de admirável proveito para classes muito diferentes de pessoas: as virgens, as mulheres casadas, as viúvas e as religiosas”.

 

Fontes:

1 SUÁREZ, OSB, Pe. Luis M. Pérez. Santa Francisca Romana. In: ECHEVERRÍA, L.; LLORCA, B. e BETES, J. (Org.). Año Cristiano. Madrid: BAC, 2003. p. 173.

2 Idem, ibidem.

3 Tor de’Specchi, Monastero delle Oblate di S. Francesca Romana – Venerazione e culto. Disponível em: . Acesso em: 14/01/2009.

4 SUÁREZ, OSB, Op. cit., p. 185.

5 SODANO, Card. Angelo. Homilia por ocasião da festa de Santa Francisca Romana, 05/03/2005. Disponível em: . Acesso em: 14/01/2009.


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A conversão de São Paulo

A conversão de São Paulo

No dia 25 de janeiro a Igreja celebra a Conversão de São Paulo. Saulo, fervoroso judeu e perseguidor dos cristãos torna-se Paulo, o Apóstolo.

Mas o que é conversão? Quem nos responde esta pergunta é Bento XVI em uma de suas catequeses.

A catequese de hoje será dedicada à experiência que São Paulo teve no caminho de Damasco e, portanto, ao que comumente se chama a sua conversão. Precisamente no caminho de Damasco, nos primeiros anos 30 do século I, e depois de um período no qual tinha perseguido a Igreja, verificou-se o momento decisivo da vida de Paulo.

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Sobre ele muito foi escrito e naturalmente sob diversos pontos de vista. O que é certo é que ali aconteceu uma mudança, (…) ele, inesperadamente, começou a considerar “perda” e “esterco” tudo o que antes constituía para ele o máximo ideal, quase a razão de ser da sua existência (cf. Fl 3, 7-8). O que tinha acontecido?

O Evangelho de São Lucas

Em relação a isto temos dois tipos de fontes. O primeiro tipo, o mais conhecido, são as narrações de Lucas, que por três vezes narra o acontecimento nos Atos dos Apóstolos (cf. 9, 1-19; 22, 3-21; 26, 4-23). O leitor é tentado a deter-se demasiado em alguns pormenores, como a luz do céu, a queda por terra, a voz que chama, a nova condição de cegueira, a cura e a perda da vista e o jejum.

Entretanto, todos estes pormenores se referem ao centro do acontecimento:  Cristo ressuscitado mostra-se como uma luz maravilhosa e fala a Saulo, transforma o seu pensamento e a sua própria vida.

O esplendor do Ressuscitado o cega:  assim vê-se também exteriormente o que era a sua realidade interior, a sua cegueira em relação à verdade, à luz que é Cristo. E depois o seu “sim” definitivo a Cristo no batismo volta a abrir os seus olhos, faz com que ele realmente veja.

Portanto, São Paulo foi transformado não por um pensamento mas por um acontecimento, pela presença irresistível do Ressuscitado, da qual nunca poderá duvidar, dado que foi muito forte a evidência do acontecimento.

As Cartas de São Paulo

O segundo tipo de fontes sobre a conversão é constituído pelas próprias Cartas de São Paulo. Ele nunca falou pormenorizadamente deste acontecimento, talvez porque podia supor que todos conhecessem o essencial desta sua história, todos sabiam que de perseguidor tinha sido transformado em apóstolo fervoroso de Cristo.

E isto tinha acontecido não após uma própria reflexão, mas depois de um acontecimento importante, um encontro com o Ressuscitado. Mesmo sem falar dos pormenores, ele menciona diversas vezes este fato importantíssimo, isto é, que também ele é testemunha da ressurreição de Jesus, do qual recebeu imediatamente a revelação, juntamente com a missão de apóstolo.

O texto mais claro sobre este ponto encontra-se na sua narração sobre o que constitui o centro da história da salvação:  a morte e a ressurreição de Jesus e as aparições às testemunhas (cf. 1 Cor 15). Com palavras da tradição antiga, que também ele recebeu da Igreja de Jerusalém, diz que Jesus morto e crucificado, sepultado e ressuscitado apareceu, depois da ressurreição, primeiro a Cefas, isto é, a Pedro, depois aos Doze, depois a quinhentos irmãos que em grande parte naquele tempo ainda viviam, depois a Tiago, e depois a todos os Apóstolos.

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E a esta narração recebida da tradição acrescenta:  “E, em último lugar, apareceu-me também a mim” (1 Cor 15, 8). Assim dá a entender que é este o fundamento do seu apostolado e da sua nova vida. 

Assim podemos ver que as duas fontes, os Atos dos Apóstolos e as Cartas de São Paulo, convergem e convêm sob o ponto fundamental:  o Ressuscitado falou a Paulo, chamou-o ao apostolado, fez dele um verdadeiro apóstolo, testemunha da ressurreição, com o encargo específico de anunciar o Evangelho aos pagãos, ao mundo greco-romano.

E ao mesmo tempo Paulo aprendeu que, apesar da sua relação imediata com o Ressuscitado, ele deve entrar na comunhão da Igreja, deve fazer-se batizar, deve viver em sintonia com os outros apóstolos. Só nesta comunhão com todos ele poderá ser um verdadeiro apóstolo, como escreve explicitamente na primeira Carta aos Coríntios:  “Assim é que pregamos e é assim que vós acreditastes” (15, 11). Há só um anúncio do Ressuscitado, porque Cristo é um só.

A Conversão de São Paulo foi seu encontro com Cristo

Como se vê, Paulo nunca interpreta este momento como um facto de conversão. Porquê? Existem muitas hipóteses, mas para mim o motivo é muito evidente. Esta mudança da sua vida, esta transformação de todo o seu ser não foi fruto de um processo psicológico, de uma maturação ou evolução intelectual e moral, mas vem de fora:  não foi o fruto do seu pensamento, mas do encontro com Cristo Jesus.

Neste sentido não foi simplesmente uma conversão, uma maturação do seu “eu”, mas foi morte e ressurreição para ele mesmo:  morreu uma existência e outra nova nasceu com Cristo Ressuscitado. De nenhum outro modo se pode explicar esta renovação de Paulo. Todas as análises psicológicas não podem esclarecer e resolver o problema. Só o acontecimento, o encontro forte com Cristo, é a chave para compreender o que tinha acontecido:  morte e ressurreição, renovação por parte d’Aquele que se tinha mostrado e tinha falado com ele. Neste sentido mais profundo podemos e devemos falar de conversão. 

E nós?

Voltando a nós, perguntamo-nos o que significa isto para nós? Significa que também para nós o cristianismo não é uma nova filosofia ou uma nova moral. Somos cristãos unicamente se encontramos Cristo. Certamente Ele não se mostra a nós deste modo irresistível, luminoso, como fez com Paulo.

 Mas também nós podemos encontrar Cristo, na leitura da Sagrada Escritura, na oração, na vida litúrgica da Igreja. Podemos tocar o coração de Cristo e sentir que Ele toca o nosso. Só nesta relação pessoal com Cristo, só neste encontro com o Ressuscitado nos tornamos realmente cristãos. E assim abre-se a nossa razão, abre-se toda a sabedoria de Cristo e toda a riqueza da verdade.

Portanto rezemos ao Senhor para que nos ilumine, para que nos doe no nosso mundo o encontro com a sua presença:  e assim nos conceda uma fé viva, um coração aberto, uma grande caridade para todos, capaz de renovar o mundo.

 

Fonte: Bento XVI, Audiência geral, de 3 de setembro de 2008


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Santos Inocentes

Os Santos Inocentes

“Depois de os Magos partirem, o anjo do Senhor apareceu, em sonhos, a José e disse-lhe: ‘levanta-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e fica lá até que eu te avise, pois Herodes procurará o menino para o matar.’ E ele levantou-se, de noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito, permanecendo ali até à morte de Herodes.

Assim se cumpriu o que o Senhor anunciou pelo profeta: Do Egito chamei o meu filho. Então Herodes, ao ver que tinha sido enganado pelos magos, ficou muito irado e mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o seu território, da idade de dois anos para baixo, conforme o tempo que, diligentemente, tinha inquirido dos magos.

Cumpriu-se, então, o que o profeta Jeremias dissera: Ouviu-se uma voz em Ramá, uma lamentação e um grande pranto: É Raquel que chora os seus filhos e não quer ser consolada, porque já não existem.” (Mt  2, 13-18)

— ℘ —

Há poucos dias atrás, ouvimos em Belém o cântico dos anjos: “Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens de boa vontade”. E vimos a alegria dos pastores, adorando a Jesus Menino na manjedoura.

Nos causa uma certa estranheza celebrarmos logo após as alegrias do Natal, o martírio de crianças inocente. Da alegria, eis a tristeza. Do riso, que pranto! É o ruído das armas, das espadas que afoitamente se desembainham e se tingem de sangue, do sangue de inocentes crianças. É o grito inconsolável das mães que atroa os ares, ao verem os filhos mortos.

Entretanto, a festa do Santos Inocentes nos ajuda na compreensão mais profunda do Santo Natal de Cristo. Aquele Menino que dorme na manjedoura não é um menino qualquer, nós sabemos. Ele é a Luz do mundo, a qual as trevas não aceitaram e lutaram contra ela. A festa dos Inocentes nos apresenta exatamente essa luta do Deus Menino que começou desde cedo.

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Herodes

Herodes, o Grande, descendente de Esaú, idumeu, ficou famoso pela crueldade. Aterrorizou a Palestina por trinta e seis anos, e desposou dez mulheres. Ele assustou-se quando viu três reis do oriente chegarem à Jerusalém perguntando sobre “o Rei dos Judeus que acabava de nascer”.

Que era aquilo que diziam dos magos que vinham do Oriente: Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? E que significava viemos adorá-lo? Nascera mesmo um rei? E a estrela que lhes aparecera? Que era aquilo?

Herodes procura os escribas para saber exatamente onde deveria nascer este tal rei e eles lhe dizem “em Belém”. O rei cruel então arma um plano para matar aquele rei que que havia nascido, uma ameaça para seu poder. Herodes chama os magos e diz: “Ide e informai-vos bem acerca do menino, e, quando o encontrardes, comunicai-me a fim de que também eu o vá adorar.” Na verdade, Herodes desejava matar o menino.

A Fuga para o Egito

No segundo capítulo do Evangelho de São Mateus encontramos a narração das circunstâncias da fuga da Sagrada Família, saindo de Belém para o Egito.

Nesta ocasião, São José, fugiu levando consigo Maria e seu Filho. Ele foi inspirado em sonhos por um Anjo e marchou para o Egito, onde, segundo a tradição, refugiaram-se durante seis meses no monte Qusqam, sendo acolhidos pelos habitantes da região.

A matança dos santos inocentes

Com o passar do tempo, o rei Herodes deu-se conta que os reis magos não retornavam. E Herodes desconfiava, fora enganado? O tempo passava. Sim, fora enganado. Havia sido iludido.

Na narração da fuga da Sagrada Família para o Egito, três versículos (Mt 2,16-18) descrevem a ferocidade do rei Herodes, que, para matar Jesus, decidiu exterminar todos os meninos de dois anos para baixo que viviam em Belém.

Este acontecimento pode ser interpretado como sendo um preludio das grandes perseguições dos mártires durante os primeiros séculos. Com a matança de inocentes, Herodes quis sufocar toda possibilidade de perigo que o levasse a perder seu domínio absoluto. E, para ele o Messias representava uma grande ameaça.

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São Mateus interpreta a historia da matança dos inocentes sob o ponto de vista do plano salvífico de Deus e a intende em um sentido profético como sendo o cumprimento das Escrituras. É por isso o evangelista faz referencia ao profeta Jeremias, que se narra o lamento da matriarca Raquel pelo povo de Israel, levado ao exílio na Babilônia: «um grito se ouve em Ramá, pranto e lamentos grandes; é Raquel que chora por seus filhos e recusa o consolo, porque já não vivem» (Mt 2,18; cf. Jr 31,15). Para Mateus, os meninos assassinados em Belém representam o povo de Israel e a dor vivida pelas mães é a dor do povo que não reconheceu o Rei-Messias. (JS)

Corroído pelos vermes, morreu em 750 da fundação de Roma, logo depois do nascimento de Jesus, que se deu em 749 da mesma era.

O pranto de mães

Estais a chorar, ó mães infortunadas, porque vossos filhos já não mais existem?

Não choreis, ó mãe felizes, porque vossos filhos existem! Estão, não no mundo enganador e perverso como o rei Herodes, mas num mundo melhor e que jamais se acaba. Morreram, sim, mas para o século. Morreram, mas, olhai, vede que sublime: deram a vida por aquele que é a Vida. São as primícias dos mártires do Senhor Jesus Cristo.

O Coração de Jesus ama tanto as crianças que disse: “Deixai vir a mim as criancinhas”. Nosso Senhor, menino recém-nascido, quis chamar para si, desde cedo as crianças, por esta razão, distribuiu as primeiras palmas do martírio para elas. 

Fontes: Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume XXI, p. 122 à 124


Espero que este artigo sobre os Santos Inocentes tenha lhe feito muito bem espiritualmente! Nos faz pensar também nos santos inocentes de nossos dias…

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A Medalha que veio do Céu

A Medalha que veio do Céu

Na cidade de Paris, na Rue du Bac, está um dos endereços mais visitados da capital francesa. Anualmente, milhares de peregrinos provenientes de todos os recantos do mundo, procuram o convento das Filhas da Caridade para rezarem na capela onde a Virgem Maria apareceu a Santa Catariana Labouré e lhe entregou um presente, a Medalha Milagrosa, a Medalha que veio do Céu.

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Santa Catarina

Santa Catarina Labouré nasceu na pequena aldeia francesa de Fain-les-Moutiers, em 2 de maio de 1806. Logo que completou nove anos, sua mãe faleceu. Com o rosto banhado em lágrimas a menina tomou uma imagem de Nossa Senhora que havia em sua casa e, cheia de confiança, disse: “A partir de agora, sereis Vós a minha mãe!” 

E a Virgem Maria ouviu esta prece.

Certa noite, depois de fazer suas costumeiras orações, adormeceu e sonhou. Encontrava-se ela numa igreja e um sacerdote celebrava a Missa. Ao final da missa o sacerdote se voltou para ela e fez um gesto, chamando-a para perto dele. Porém, assustada, Catarina correu e saiu da igreja. O sacerdote então lhe disse: “Você agora foge de mim, mas um dia será feliz de me encontrar. Deus tem desígnios sobre você, não se esqueça.”

A Vocação

Tempo mais tarde, Catarina passou a frequentar o convento das Filhas da Caridade em sua cidade. Em uma dessas visitas, viu na parede o quadro de um sacerdote, o mesmo que anos lhe apareceu em sonho. Perguntou a uma freira quem era aquele padre e ela lhe respondeu: É de São Vicente de Paulo, nosso Pai e fundador!

Catarina compreendeu. Ela deveria ser religiosa, Filha da Caridade! Dessa maneira, aos 24 anos ela foi acolhida como postulante no Convento das Filhas da Caridade em Châtillon-sur-Seine, no dia 22 de janeiro de 1830,  e três meses depois, ela foi transferida para o Noviciado da Casa-Mãe das Irmãs da Caridade, na Rue du Bac, em Paris.

Primeira Aparição de Nossa Senhora

No dia 18 de julho de 1830, véspera da festa de São Vicente de Paulo, Catarina rezou ardentemente a São Vicente de Paulo: “Suplico-vos que intercedais por mim, e alcançai-me a graça de ver com os meus próprios olhos a Santíssima Virgem!”

Pouco antes da meia-noite, Catarina despertou ouvindo alguém que a chamava. Era um menino de uns cinco anos de idade que lhe dizia: Minha irmã, minha irmã! Venha depressa! A Santíssima Virgem a espera na capela.

Catarina levantou-se, vestiu-se rapidamente e deixou-se guiar pela criança através dos corredores do convento. Tanto quanto caminhavam, ela se admirava ao ver as velas todas acesas.

Quando chegou à capela encontrou-a completamente iluminada, como se fossem celebrar uma Missa solene. O menino (que, na verdade, era seu Anjo da Guarda) a conduziu até o presbitério e a colocou junto à cadeira do Padre Diretor.

Depois de um tempo que lhe pareceu longo, percebeu um movimento e ouviu um frufru de vestido de seda. O menino então lhe disse: – Eis a Santíssima Virgem!

Catarina viu Nossa Senhora sentar-se na cadeira. Assim, tomada de amor e filial confiança pela Mãe que lhe aparecia, a noviça aproximou-se d’Ela e apoiou suas mãos nos joelhos de Maria. Durante quase duas horas de um encontro celestial, a Virgem Bendita revelou a Catarina que lhe confiaria uma importante missão, cuja realização apresentaria muitas dificuldades. Depois de falar por mais algum tempo, a Virgem desapareceu. Catarina ficou ainda por alguns minutos, até que o menino a chamou para que retornassem ao dormitório.

Deixe suas intenções para que rezemos por elas na Santa Missa. Clique aqui.

A Medalha Milagrosa

Na tarde do dia 27 de novembro de 1830, estando as religiosas reunidas na capela da Rue du Bac, Catarina recebeu novamente a visita de Maria, a Mãe de Jesus.

“Nossa Senhora trajava vestido e véu brancos, e um manto azul que descia até os pés: estes se apoiavam sobre uma meia esfera e pisavam a cabeça de uma serpente. Suas mãos seguravam um globo de ouro, encimado por uma cruz”. Em seguida, a cena se modifica, e Catarina vê as mãos de Maria adornadas de anéis espargindo intensos fachos de luz sobre a terra.

Depois, formou-se em torno de Nossa Senhora um quadro ovalado onde estavam escritas em letras de ouro estas palavras: Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós.

Depois disso, o quadro voltou-se, mostrando o reverso. No centro, um   M (o monograma de Maria); encimado por uma cruz; abaixo havia dois corações: o da esquerda cercado de espinhos, o da direita transpassado por uma espada. Em volta deste conjunto uma constelação de doze estrelas.

Assim, Nossa Senhora deu ao mundo um dos maiores presentes vindos do céu, a Medalha de Nossa Senhora das Graças

Os primeiros milagres

A Irmã Catarina contou tudo a seu confessor, Pe Aladel, que não acreditou nas aparições, mas depois de alguns fatos que confirmam a veracidade das visões, autorizou que cunhassem algumas medalhas segundo o modelo indicado por Catarina e distribuíssem entre as irmãs, mas proíbiu que dissessem a origem delas.

Na mesma época da confecção das medalhas Paris foi assolada por uma terrível epidemia de cólera, de tal sorte que contavam-se milhares de mortos por toda cidade. Não tendo mais o que oferecer aos doentes, as Filhas da Caridade começaram a distribuir as medalhas, indicando aos doentes que rezasse a oração contida nela “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!”

E por isso, rapidamente os doentes ficaram curados, a peste recuou e o povo começou a aclamar dizendo que a pequena medalha “era Milagrosa”, daí o nome que até hoje ela carrega, Milagrosa!

Fonte de Graças e bênçãos para as famílias

Leitor, este artigo é uma pequena amostra do presente que A Associação Cultural e Artística Nossa Senhora das Graças quer lhe oferecer no dia de hoje. Clique aqui para baixar o e-book da Medalha Milagrosa. A história completa desta aparição, os incontáveis milagres de curas e as conversões através da oração da Medalha Milagrosa.

Certamente incontáveis graças estão reservadas para as famílias que usarem com devoção este sinal de amor da Mãe de Deus e rezarem confiantes pedindo sua intercessão. 

“Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!”


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A Mãe de todas as mães

A Mãe de todas as mães

1917 – 2023! 106 anos nos separam das aparições de Nossa Senhora em Fátima. Esta data, longe de ser uma simples comemoração, está cheia de significado e de mistério. Isto porque a Celestial Mensageira lembrava aos homens os apelos de seu Divino Filho: “Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo; fazei penitência e crede no Evangelho” (Mc 1, 15).

No dia 13 de maio de 1917, três inocentes pastorinhos foram escolhidos por Deus para transmitir ao mundo uma importante Mensagem. E esta lhes foi confiada “por Aquela que é, de fato, a Rainha do Céu e da terra. Aquela cuja beleza, poder e bondade foi o tema dos profetas e dos Santos, durante centenas de anos”. (WALSH, William Thomas. Nossa Senhora de Fátima. 2.ed. São Paulo: Melhoramentos, 1949, p.5.)

A mensagem

É importante interpretarmos a Mensagem de Fátima de forma autêntica, para que os espíritos se mantenham lúcidos, vigilantes e corajosos. Para os que têm fé, ressoarão sempre aos seus ouvidos as palavras de Nossa Senhora: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”

Diz a Escritura: “se hoje ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações”(Sl 94, 8). Pois bem, esta voz que se fez ouvir em 1917, ecoa até nossos dias. É a voz de uma rainha, mas, acima de tudo, é a voz de uma Mãe, nossa Mãe!

Entremos por um momento na casa de Nazaré para aí observarmos Maria como modelo de Mãe. As mães cristãs são raras, e aquelas que sabem praticar todos os deveres que este título impõe são mais raras ainda! Um dia que a Sagrada Família tinha ido a Jerusalém para adorar o Senhor, Jesus ficou no templo sem sua mãe o saber. Que aflição não foi a de Maria! Procurou seu filho até que o encontrou. Maria ensina aqui às mães que o exemplo e a vigilância são deveres importantes dentro do lar.

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Exemplo

Maria levava todos os anos seu divino Filho a Jerusalém. Feliz a mãe que, para formar seus filhos na virtude, desde cedo os faz conhecer o caminho da fé que o conduz até o Senhor.

Bem aventurada a criança que, desde cedo, aprende a soletrar o nome de Jesus e Maria. A experiência prova que, para o bem como para o mal, nada é mais forte que o exemplo. Não é a razão nem o costume que serve de norma de conduta para a maioria dos homens, mas sim, o exemplo. Santo Agostinho, no meio de suas loucuras antes da conversão, nunca perdeu a recordação das lições de piedade que tinha recebido de Santa Mônica.

Vigilância

O olhar de uma mãe deve sempre estar voltado para o seu filho, e o seu filho deve estar sempre presente em seu coração. A vigilância consiste em afastar dos filhos todos os perigos, físicos e espirituais.

Santo Agostinho teve um pai ambicioso de glória e de riquezas, e uma mãe que não tinha outro desejo senão o de ver o filho dentro da religião. Apenas o pai foi ouvido, e os conselhos da mãe foram desprezados. O que ocorreu? Agostinho recebeu todas as ciências, mas também todos os vícios.

Será que esta história não se repete ainda? Quantas famílias têm filhos que buscam apenas as ciências e esquecem da religião? Feliz os pais e mães que, ao comparecerem diante de Deus, possam dizer como Jesus: “Pai Santo, eu te glorifico sobre a terra, pois fiz conhecer o vosso nome aos filhos que me destes”.

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Nossa Senhora, nossa Mãe – a Mãe de todas as mães

Pois bem, nosso mundo, nosso país, nossos corações, são como estes filhos imprudentes que preferiram a glória do mundo e esqueceram do amor de Deus, esqueceram do templo. Maria novamente volta para procurar seu filho. Este filho está perdido, mas ela não o encontra no Templo, mas sim, no mundo caótico e triste.

“Filho, por que fizestes assim comigo?” ela poderia perguntar. É isso que ela faz em Fátima, toma seus filhos pela mão e os conduz através de seu olhar até Deus. Ela chora pelos filhos, ela reza pelos filhos. O que eu faço destas lágrimas e dessas preces?

Neste mês de maio, mês de Nossa Senhora, a Mãe de todas as mães, e mês das mães, pensemos nisso! Ela, a virgem prudente e vigilante, exemplo de todas as mães, quer a todos debaixo de sua proteção, mas espera que nós estejamos dispostos a ouvir e atender o apelo dela!

De fato, é a Mãe de todas as mães!


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