2023
Nossa Senhora do Carmo
A História de Nossa Senhora do Carmo
Nossa Senhora do Carmo. Antecipando o monacato católico, uns tantos discípulos de Elias escolheram o alto do Monte Carmelo para, ali, abraçar a contemplação. Assim permaneceram na sucessão das gerações, até a vinda do Senhor. Vários deles se converteram depois de Pentecostes e foram os primeiros a erigir um oratório em louvor a Nossa Senhora.
Autores de peso discutem entre si, se o oratório lá existente seria de origem pagã ou se, de fato, já se tratava de um santuário dedicado à Santíssima Virgem. Entretanto, inteiramente certa é a enorme antiguidade da Ordem do Carmo.
Depois de Elias, seu discípulo Eliseu continuou a habitar aquela montanha, rodeado de “filhos dos profetas” (cf. 2Rs 2,25; 4, 25; 4,38, etc.). Conhece-se ali uma “gruta de Elias” e uma caverna chamada de “Escola dos Profetas”.
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Mas o primeiro documento da História que chegou até nós, mencionando um grupo de eremitas no Monte Carmelo, é da metade do séc. XII. Viviam eles sob a direção de um ex militar de nome Bertoldo.
Em 1154 ou 1155, um parente deste, Aymeric, Patriarca de Antioquia, o orientara no estabelecimento do eremitério. A um monge grego, João Focas, que o visitou em 1185, São Bertoldo contou ter-se retirado com dez discípulos para o Carmelo em virtude de uma aparição de Santo Elias.
Essa comunidade recebeu pouco depois, do Patriarca de Jerusalém, Santo Alberto, uma regra, que foi emendada e definitivamente aprovada pelo Papa Inocêncio IV, em 1247. Estava, assim, constituída a Ordem do Carmo.
O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo
No dia 16 de julho de 1251, São Simão Stock suplicava a Nossa Senhora ajuda para resolver um problema da Ordem Carmelitana, da qual era o Prior Geral. Enquanto ele rezava, a Virgem apareceu- lhe, trazendo o Escapulário nas mãos, e disse essas confortadoras palavras: “Filho diletíssimo, recebe o Escapulário da tua Ordem, sinal especial de minha amizade fraterna, privilégio para ti e todos os carmelitas. Aqueles que morrerem com este Escapulário não padecerão o fogo do Inferno. É sinal de salvação, amparo e proteção nos perigos, e aliança de paz para sempre”. A Igreja assumiu o Escapulário e fez dele uma das devoções mais difundidas entre o povo de Deus.
Em 1951, por ocasião da celebração do 700º aniversário da entrega do Escapulário, o Papa Pio XII disse em carta aos Superiores Gerais das duas Ordens carmelitas: “Porque o Santo Escapulário, que pode ser chamado de Hábito ou Traje de Maria, é um sinal e penhor de proteção da Mãe de Deus”.
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Exatamente 50 anos depois, o Papa João Paulo II afirmou: “O Escapulário é essencialmente um ‘hábito’. Quem o recebe é agregado ou associado num grau mais ou menos íntimo à Ordem do Carmo, dedicada ao serviço da Virgem para o bem de toda a Igreja. (…) Duas são as verdades evocadas pelo signo do Escapulário: de um lado, a constante proteção da Santíssima Virgem, não só ao longo do caminho da vida, mas também no momento da passagem para a plenitude da glória eterna; de outro, a consciência de que a devoção para com Ela não pode limitar-se a orações e tributos em sua honra em algumas ocasiões, mas deve tornar-se um ‘hábito’.”
Esses dois Pontífices confirmam, assim, manifestações de apreço ao Escapulário feitas por vários de seus antecessores, tais como Bento XIII, Clemente VII, Bento XIV, Leão XIII, São Pio X e Bento XV. Bento XIII estendeu a toda a Igreja a celebração da festa de Nossa Senhora do Carmo, a 16 de julho.
O maior negócio de nossa vida
Dentre todos os “negócios” de que nos ocupamos nesta vida, há um de tão grande importância que deve ser tratado com absoluta prioridade, sob pena de fracassarmos em todos os outros: nossa salvação eterna!
Certo dia, um repórter meu amigo resolveu fazer em várias cidades uma pesquisa sobre este assunto. Percorrendo as ruas, perguntava aos transeuntes: “Você quer ir para o Céu ou para o Inferno?” Impactadas, as pessoas respondiam, quase sem refletir: “Claro que quero ir para o Céu!” E tocavam em frente… Alguns, nosso repórter conseguia reter por mais um instante e fazer a segunda pergunta: “Quais os meios que você emprega para alcançar tão grande felicidade?”
Resultado da pesquisa: 100% querem ir para o Céu. Porém, menos de 1% se preocupa sobre como fazer para lá chegar! São abundantes esses meios. Vamos aqui indicar um dos mais eficazes, que a Mãe de Misericórdia põe à disposição de todos, sem qualquer exceção. Quem se julgar indigno, por ser grande pecador, lembre-se do que disse Jesus: “Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores” (Lc 5, 32).
Trata-se do uso do Escapulário do Carmo, recomendado por vários Papas e Santos. Um destes, São Cláudio de La Colombière, afirma: “Não basta dizer que o Escapulário é um sinal de salvação. Eu sustento que não há outro que faça tão certa nossa predestinação”.
Os grandes privilégios do Escapulário
Em nossa época de superstições, não é supérfluo esclarecer que o Escapulário está longe de ser um sinal “mágico” de salvação. Não é uma espécie de amuleto cujo uso nos dispensa das exigências da vida cristã. Não basta, portanto, carregá-lo ao pescoço e dizer: “Estou salvo!”
É verdade que Nossa Senhora não pôs condição alguma ao fazer sua promessa. Simplesmente afirma: “Quem morrer com o Escapulário não padecerá o fogo do inferno”. Não obstante, para beneficiar-se deste privilégio, é preciso usar o Escapulário com reta intenção. Neste caso, se na hora da morte a pessoa estiver em estado de pecado, Nossa Senhora providenciará, de alguma forma, que ela se arrependa e receba os sacramentos. E nisto a misericórdia da Mãe de Deus se mostra verdadeiramente insondável!
Alguns exemplos atestam de modo eloquente esta verdade
Viajando de automóvel em companhia de um bispo, o autor deste artigo viu uma mulher entrar distraída na rodovia e ser esmagada por uma enorme carreta cujo motorista não teve tempo de frear. O bispo mandou parar o automóvel, desceu apressadamente, deu a absolvição sacramental e ministrou a unção dos enfermos à mulher agonizante. Depois comentou comovido: “Ela estava com o Escapulário do Carmo. Certamente foi Nossa Senhora quem providenciou que um bispo estivesse passando por aqui, justo neste momento!”
Um caso diferente – narrado por Dom Marcos Barbosa na obra “O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo” – se passou na Inglaterra. Na hora da morte, um cavaleiro conhecido por sua grande impiedade, em vez de pedir a Deus perdão de seus pecados, blasfemava dizendo: “Quero o inferno e o diabo!” Os presentes, horrorizados, chamaram São Simão Stock, o qual tomou o Escapulário e estendeu- o sobre o blasfemador. Imediatamente este se arrependeu e pediu os sacramentos.
O privilégio sabatino
Segundo antiga e piedosa tradição, a Santíssima Virgem, aparecendo ao Papa João XXII, prometeu livrar do Purgatório, no primeiro sábado após a morte, todos os que portarem devotamente o Escapulário. Este é o chamado “privilégio sabatino”. Para se beneficiar dele é preciso então manter a castidade segundo o próprio estado, recitar o Pequeno Ofício da Imaculada ou rezar um terço todos os dias.
E mais: cada vez que o devoto beijar o Escapulário com piedade, fazendo um pedido à Santíssima Virgem, recebe uma indulgência parcial, isto é, a remissão de uma parte das penas que devia cumprir no Purgatório.
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Quem usa o Escapulário pode beneficiar-se também de indulgência plenária (remissão de todas as penas do Purgatório) no dia em que o recebe, na festa de Nossa Senhora do Carmo, 16 de julho; de Santo Elias, 20 de julho; Santa Terezinha, 1º de outubro; dos santos carmelitas, 14 de novembro; São João da Cruz, 14 de dezembro; São Simão Stock, 16 de maio.
A proteção de Nossa Senhora
São, de fato, inumeráveis os exemplos desse desvelo da Virgem Mãe por seus filhos. Dom Marcos Barbosa, na obra mencionada acima, narra dois bem interessantes.
Em Santo André (SP), uma menina de 5 anos caiu dentro de um poço de 20 metros de profundidade. Uma hora depois, foi encontrada boiando sobre a água, com o Escapulário no pescoço. A família, naturalmente, atribuiu o fato à proteção da Mãe do Carmelo.
Em São Paulo, um jovem de 15 anos, ao atravessar de bicicleta uma via férrea, foi apanhado pelo trem. Passado todo o comboio, ele se levantou ileso e, beijando comovido seu Escapulário, exclamava: “Só tive tempo de gritar: ‘Nossa Senhora do Carmo!’ Foi o bentinho d’Ela que me salvou!”
Como receber e usar o Escapulário
1 – Qualquer padre tem poder para benzer e impor na pessoa o Escapulário.
2 – Essa bênção e imposição valem para toda a vida, portanto, basta recebê-lo uma vez.
3 – Quando o Escapulário se desgastar, basta substituí-lo por um novo.
4 – Mesmo quando alguém tiver a infelicidade de deixar de usá-lo durante algum tempo, pode simplesmente retomar o seu uso, não é necessária outra bênção.
5 – Uma vez recebido, ele deve ser usado sempre, de preferência no pescoço, em todas as ocasiões, mesmo enquanto a pessoa dorme.
6 – Em casos de necessidade extrema, como doentes em hospitais, se o Escapulário lhe for retirado, o fiel não perde os benefícios da promessa de Nossa Senhora.
7 – Em casos de perigo de morte, mesmo um leigo pode impor o Escapulário. Basta recitar uma oração a Nossa Senhora e colocar na pessoa um escapulário já bento por algum sacerdote.
8 – O Papa São Pio X autorizou substituir o Escapulário por uma medalha que tenha de um lado o Sagrado Coração de Jesus e do outro uma imagem de Nossa Senhora. Mas a recepção deve ser feita com o escapulário de tecido.
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2023
São Bento, semente de milhares de santos
São Bento, semente de milhares de santos
São Bento nasceu na Itália, na região central chamada Úmbria, por volta do ano 480. Era filho de uma família nobre e desde sua infância manifestou um gosto especial pela oração. Seus primeiros estudos se deram na região de Núrsia e mais tarde ele mudou-se para Roma onde aprofundou seus estudos de filosofia e retórica.
Vocação
O jovem Bento logo viu a decadência moral de Roma e decidiu retirar-se para uma vida de penitência e oração. Partindo para o deserto, passou a morar em uma gruta afastada localizada no monte Subiaco. Ali conheceu um eremita de nome Romano, que lhe dava alimentos. São Bento viveu ali três anos em recolhimento, longe de todos, rezando, meditando e estudando.
Foi quando alguns pastores, ouvindo falar de sua santidade, começaram a procura-lo para pedir conselhos e orações. A partir de então, todos os moradores das cidades vizinhas iam até Subiaco para encontrarem São Bento.
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Santidade
Próximo à gruta onde se refugiara São Bento, havia um mosteiro que sem abade. Os monges pediram que ele assumisse o cargo de superior, mas o santo não queria aceitar e atestava que os seus costumes não iriam se harmonizar com os dos monges que levavam uma vida já solta e sem observância da regra. Mas, por fim, acabou aceitando.
São Bento começou então a exigir a observância dos costumes e da regra do convento, determinou horários para oração, meditação, jejuns etc. Arrependidos pela escolha de tal superior, decidiram matá-lo, colocando veneno na taça de vinho. Quando o servo de Deus sentou-se à mesa, apresentaram-lhe a bebida. Seguindo o costume da casa, estendeu a mão e pronunciou a bênção. No mesmo instante a taça explodiu, reduzindo-se a cacos.
Foi então que São Bento compreendeu o que havia se passado, levantou-se tranquilamente e reuniu a comunidade, dizendo: “Deus tenha compaixão de vós, irmãos. Por que me quisestes fazer isto? Não vos disse eu previamente que não se harmonizariam os vossos costumes com os meus? Ide, e procurai para vós um Pai consoante à vossa vida; depois disto já não me podereis reter”.
Os Beneditinos
Assim, São Bento retornou para sua gruta, porém, vários discípulos apareceram querendo seguí-lo. Foi assim que, em pouco tempo, ele fundo doze mosteiros, organizou a vida monástica de sua comunidade, escreveu a Regra dos Mosteiros, ou simplesmente, a Regra de São Bento, que é utilizada até os dias de hoje. Foi assim que nasceu a Ordem dos Beneditina.
O Patriarca São Bento foi a semente que Deus utilizou para gerar uma multidão de Santos. Atualmente os beneditinos contam com cerca de cinco mil santos, entre eles Santa Escolástica, irmã gêmea de Santo Bento, São Mauro e São Plácido, primeiros discípulos do Patriarca Bento.
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São Mauro e São Plácido
Destes dois a história narra um fato curioso.
São Plácido um dia foi buscar água e acabou caindo no lago, sendo imediatamente arrastado pela corrente. São Bento, que neste momento estava em sua cela no convento, viu a cena em espírito e ordenou que são Mauro fosse salvá-lo. O jovem não sabia nadar e pediu a benção ao superior.
Assim que a recebeu, Mauro correu para o lago, e, miraculosamente caminhou sobre as águas, sem se dar conta, e puxou pelos cabelos seu companheiro Plácido. São Mauro atribuiu o milagre à ordem e à bênção de São Bento, entretanto o Santo Abade atribuiu o fato à obediência do discípulo.
Santa Lióbia
Em seguida, podemos citar Santa Lióbia (700 – 779), abadessa, parente de São Bonifácio (Bispo e Mártir, também beneditino).
Na vida desta santa conta-se que, numa noite, sua mãe teve um sonho a respeito do nascimento da filha Líoba. Sonhara que trazia em seu seio um sino de igreja e no momento em que estendia a mão para tomá-lo, o sino emitia doces e melodiosos sons. Ao acordar, chamou sua fiel ama e contou-lhe o sonho; a serva então, tomada de espírito profético, disse:: “Dareis a luz a uma filha, que deveis consagrar ao serviço de Deus.
Assim, antes de seu nascimento, Deus já reservava para Si, esta serva fiel.
A Civilização Cristã
Graças a São Bento a Europa produziu o que hoje conhecemos como Civilização Cristã. Foram os mosteiros da ordem beneditina os guardiões e dispensadores da cultura, da arte e da religiosidade.
Portanto, peçamos a todos os santos beneditinos, em especial ao grande Patriarca São Bento, que nunca nos afastemos de Deus, de sua Santa Igreja e seus preceitos. Peçamos a eles como Santa Lióbia um dia escreveu a São Bonifácio: “Suplico-vos, irmão bem-amado, ajudar-me com o escudo de vossas orações contra os assaltos de meu inimigo invisível.” (Carta de Santa Lióbia a São Bonifácio).
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2023
Solenidade de São Pedro e São Paulo
Solenidade de São Pedro e São Paulo
No dia 29 de junho a Igreja celebra dois príncipes dos Apóstolos. Pedro, como Apóstolo universal e Paulo, Apóstolo dos gentios; ambos regaram a Igreja nascente com seu sangue, em Roma, onde, por um desígnio da providência divina, trabalharam e foram coroados pelo martírio.
Deste modo, da mesma forma que foram unidos em vida, Deus não os separou na morte. No ano 67 da era cristã, em 29 de junho, Pedro foi crucificado de cabeça para baixo, visto que era um pedido seu, na colina Vaticana, onde se ergue hoje a Basílica de São Pedro de Roma. Paulo foi decapitado na Via Óstia, no lugar onde se levanta a Igreja de São Paulo das três fontes.
Simão Pedro era natural de Betsaida; foi um dos primeiros Apóstolos chamados por Nosso Senhor, com seu irmão André. Era viúvo e logo depois da Ascenção, presidiu ao primeiro Concílio geral de Jerusalém, fixou depois residência em Antioquia, e mais tarde em Roma, governando a Igreja até o ano 67.
São Paulo, ou Saulo, era natural de Tarso (Asia) e foi educado no espírito dos fariseus. Mas converteu-se no ano 35, dois anos após a Ascensão, tornando-se, de perseguidor dos cristãos, um ardoroso Apóstolo do Evangelho. Inegavelmente indescritíveis os trabalhos, lutas e sofrimentos por que passou por amor de Jesus Cristo. Por fim foi conduzido a Roma, carregado de ferros, depois de longa permanência no cárcere foi decapitado no mesmo dia em que São Pedro foi crucificado.
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Declaração de Fé
A solenidade de São Pedro e de São Paulo, porém, o Evangelho da solenidade nos apresenta hoje a bela e entusiasta figura de Pedro. Jesus Cristo faz uma pergunta que provoca uma resposta decisiva. Interroga os Apóstolos acerca da sua personalidade : “Que dizem os homens ser o Filho do Homem?”
Cada um repete o que ouviu, e talvez o que pensava. Uns dizem que é Elias, outros João Batista, outros Jeremias ou qualquer outro profeta. Após ouvi as opiniões ouvidas, o divino Mestre quer ouvir a opinião pessoal dos Apóstolos, para isto pergunta: E vós, quem dizeis que eu sou?
Ele interroga os Apóstolos em geral; portanto, cabia ao Chefe deles dar a resposta, em nome de todos. Pedro faz sua primeira definição doutrinal, seu primeiro ato de autoridade, sob o olhar de seu Mestre. Sente-se a inspiração do Espírito Santo. Jesus Cristo está ali e escuta. Os Apóstolos, os primeiros Bispos, estão atentos. Todos escutam. Pedro responde sem hesitação; a sua palavra é curta: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!”
No dia 29 de Junho de 2007, o Papa Bento XVI, durante sua homilia comentou esta afirmação do primeiro Papa:
Isto não é falso, mas não basta. Com efeito, trata-se de ir em profundidade, de reconhecer a singularidade da pessoa de Jesus de Nazaré, a sua novidade. Também hoje é assim: muitos se aproximam de Jesus, por assim dizer, a partir de fora. Grandes estudiosos reconhecem a sua estatura espiritual e moral, bem como a sua influência sobre a história da humanidade, comparando-o com Buda, Confúcio, Sócrates e outros sábios e grandes personagens da história.
Entretanto, não conseguem reconhecê-lo. Vem à mente aquilo que Jesus disse a Filipe, durante a última Ceia: “Estou há tanto tempo convosco, e não me conheces, Filipe?” (Jo 14, 9).
E nós?
Muitas vezes Jesus é considerado também como um dos grandes fundadores de religiões, de quem cada um pode haurir algo para formar a sua própria convicção. Portanto, como nessa época, também hoje as “pessoas” têm diferentes opiniões sobre Jesus. E como então, também a nós, discípulos de hoje, Jesus repete a sua pergunta: “E vós, quem dizeis que Eu sou?”. Queremos fazer nossa a resposta de Pedro. Segundo o Evangelho de São Marcos, Ele disse: “Tu és Cristo” (8, 29); em Lucas, a afirmação é: “O Messias de Deus” (9, 20); em Mateus, ressoa: “Tu és Cristo, o Filho de Deus vivo” (16, 16); enfim, em João: “Tu és o Santo de Deus” (6, 69).
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Conclusão
Caros irmãos e irmãs, nesta solenidade de São Pedro e São Paulo, renovemos hoje o compromisso a cumprir até ao fim o desejo de Cristo, que nos quer plenamente unidos. Que nos oriente e nos acompanhe sempre com a sua intercessão a Santa Mãe de Deus: a sua fé indefectível, que sustentou a fé de Pedro e dos outros Apóstolos, continue a apoiar também a fé das gerações cristãs, a nossa própria fé: Rainha dos Apóstolos, rogai por nós! Amém.
Fonte:
1- Pe Julio Lombaerde, O Evangelho das Festas Litúrgicas
2- http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/homilies/2007/documents/hf_ben-xvi_hom_20070629_pallio.html
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2023
Natividade de São João Batista
Natividade de São João Batista
“A Igreja celebra a Natividade de São João Batista como um acontecimento sagrado. Dentre os nossos antepassados, não há nenhum cujo nascimento seja celebrado solenemente”, explicou o Bispo Santo Agostinho (354-430) em seus sermões nos primeiros séculos do cristianismo, sobre a natividade de São João Batista, que é celebrada hoje, 24 de junho.
“João apareceu, pois, como ponto de encontro entre os dois Testamentos, o antigo e o novo. O próprio Senhor o chama de limite quando diz: A lei e os profetas até João Batista”, acrescentou o Santo Doutor da Igreja.
São João Batista nasceu seis meses antes de Jesus Cristo. No primeiro capítulo de Lucas narra-se que Zacarias era um sacerdote judeu casado com Santa Isabel e não tinha filhos, porque ela era estéril. Estando já com a idade muito avançada, o anjo Gabriel apareceu a ele e comunicou que sua esposa teria um filho que seria o precursor do Messias, a quem daria o nome João. Zacarias duvidou desta notícia e Gabriel lhe disse que ficaria mudo até que tudo fosse cumprido.
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Meses depois, quando Maria recebeu o anúncio de que seria a Mãe do Salvador, a Virgem foi ver sua prima Isabel e permaneceu ajudando-a até o nascimento de São João.
Assim, como o nascimento do Senhor é celebrado todo 25 de dezembro, perto do solstício de inverno no hemisfério norte (o dia mais curto do ano), o nascimento de São João é em 24 de junho, próximo do solstício de verão no hemisfério norte (o dia mais longo). Dessa forma, depois de Jesus, os dias vão aumentando, e depois de João, os dias vão diminuindo, até que se volte “a nascer o sol”.
A Igreja assinalou essas datas no século IV, com a finalidade de que se sobrepusessem às duas festas importantes do calendário greco-romano: o “dia do sol” (25 de dezembro) e o “dia de Diana” no verão, cuja festa comemorava a fertilidade. O martírio de São João Batista é comemorado em 29 de agosto.
O Profeta do Altíssimo
Em 24 de junho de 2012, por ocasião desta festa, o Papa Bento XVI afirmou que o exemplo de São João Batista chama os cristãos “converter-nos, a testemunhar Cristo e anunciá-lo todo o tempo”.
Em suas palavras prévias à oração mariana do Ângelus, recordou a vida de São João Batista e indicou que “com exceção da Virgem Maria, João Batista é o único santo do qual a liturgia festeja o nascimento, e isto porque ele está estreitamente relacionado com o mistério da Encarnação do Filho de Deus”.
“Desde o seio materno João é o precursor de Jesus: a sua concepção prodigiosa é anunciada pelo Anjo a Maria como sinal de que ‘nada é impossível a Deus’”.
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Bento XVI recordou que o “pai de João, Zacarias — marido de Isabel, parente de Maria — era sacerdote do culto judaico. Ele não acreditou imediatamente no anúncio de uma paternidade já inesperada, e por isso ficou mudo até ao dia da circuncisão do menino, ao qual ele e a esposa deram o nome indicado por Deus, ou seja, João, que significa ‘o Senhor concede graças’”.
“Animado pelo Espírito Santo, Zacarias falou assim da missão do filho: ‘E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque irás adiante do Senhor a preparar os seus caminhos. Para dar a conhecer ao Seu povo a Sua salvação pela remissão dos pecados’”.
Ele explicou que “tudo isso se manifestou 30 anos depois, quando João começou a batizar no rio Jordão, chamando as pessoas para se preparar, com aquele gesto de penitência, à eminente vinda do Messias, que Deus lhe havia revelado durante sua permanência no deserto da Judeia”.
“Quando um dia veio de Nazaré o próprio Jesus para se fazer batizar, João inicialmente recusou-se, mas depois consentiu, e viu o Espírito Santo pairar sobre Jesus e ouviu a voz do Pai celeste que o proclamava seu Filho”.
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O Santo Padre explicou que a missão de São João Batista ainda não estava cumprida, porque “pouco tempo mais tarde, foi-lhe pedido que precedesse Jesus também na morte violenta: João foi decapitado na prisão do rei Herodes, e assim deu pleno testemunho do Cordeiro de Deus, que ele foi o primeiro a reconhecer e a indicar publicamente”.
Bento XVI também recordou que “a Virgem Maria ajudou a idosa prima Isabel a levar até ao fim a gravidez de João”. “Ela ajude todos a seguir Jesus, o Cristo, o Filho de Deus, que o Batista anunciou com grande humildade e fervor profético”, disse o então Pontífice.
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2023
Sagrado Coração de Jesus
Sagrado Coração de Jesus
Ao longo da história da Igreja, tem-se revelado de maneiras diversas os tesouros do Sagrado Coração de Jesus aos homens. A devoção a Ele tornou-se uma luz de misericórdia e de esperança continuamente derramada sobre a face da Terra.
Uma dessas manifestações divinas, entretanto, sobressai pelo extraordinário conteúdo de sua mensagem. Ela se deu no abençoado recesso de um convento de Visitandinas, erguido no centro da França, às margens de um rio de águas límpidas e tranquilas.
Santa Margarida Maria Alacoque
O mosteiro de Paray-le-Monial foi construído no séc. XII. No século XVII, este ambiente de fé e austeridade era habitado pelas religiosas da Ordem da Visitação. Fundada por São Francisco de Sales e Santa Joana de Chantal.
Ora, segundo expresso desejo de seu Pai e Fundador, essas monjas eram muito devotas do Sagrado Coração de Jesus, e de modo particular a Irmã Margarida-Maria Alacoque. Para tanto a conduziam a riqueza de suas virtudes, o entranhado fervor de uma vida de oração que a uniam cada vez mais ao Divino Mestre.
Foi a esta religiosa que o Sagrado Coração de Jesus quis manifestar seu amor ao mundo. Entre as aparições, quatro se destacam pela importância das palavras e promessas.
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Primeira Aparição
A primeira delas ocorreu no dia 27 de dezembro de 1673, festa de São João Evangelista. Encontrava-se a Irmã Margarida-Maria na capela do convento em profunda adoração ao Santíssimo Sacramento exposto sobre o altar-mor. De súbito, sentiu-se assumida por essa divina presença. De maneira tão forte que se esqueceu de todo o resto, do tempo e do lugar onde estava, não vendo senão o Espírito que havia envolvido e cativado sua alma.
E assim arrebatada em êxtase, ouviu Nosso Senhor que a convidava para tomar ao lado d’Ele o lugar que São João tinha ocupado na Santa Ceia. Assim ela descreve:
Jesus me fez repousar longamente sobre seu peito, desvendando-me as maravilhas de seu amor e os insondáveis segredos de seu Coração Sagrado. Ele o fez de maneira tão efetiva e sensível que não me deixou nenhuma possibilidade de dúvida. Disse-me: “Meu divino Coração encontra-se tão repleto de amor pelos homens e por ti em particular, que, não podendo mais conter as labaredas de sua ardente caridade, sente-se forçado a difundi-las por teu intermédio. Cumpre que ele se manifeste aos homens, para enriquecê-los com esses preciosos tesouros que te revelo, portadores de graças santificantes e salvadoras, necessárias para resgatá-los das vias da perdição. E Eu escolhi a ti, abismo de indignidade e de ignorância, para a realização desse grande desígnio, a fim de que todos vejam de modo claro que tudo isso é feito por Mim”.
Segunda Aparição
Várias semanas se passaram desde a primeira grande revelação até que ocorresse a segunda, cuja data não se pode determinar com exatidão. Há motivos para se supor ter acontecido numa sexta-feira, no início de 1674. Em carta dirigida a um de seus confessores e biógrafos, o Pe. Croiset, Santa Margarida-Maria lhe fala:
Esse divino Coração me foi apresentado como sobre um trono de chamas, mais resplandecente que um sol e transparente como um cristal, com a chaga adorável bem visível, e todo ele circundado por uma coroa de espinhos, significando as feridas que nossos pecados lhe infligiam.
Era encimado por uma cruz, dando a entender que ela havia sido plantada nele desde o primeiro instante em que foi formado e que a partir de então esteve cheio de todas as amarguras que lhe causariam as humilhações, dores e desprezos sofridos por sua humanidade santíssima ao longo de sua vida e de sua Paixão.
Ele me fez ver que seu ardente desejo de ser amado pelos homens, e de retirá-los da via da perdição na qual Satanás os precipitou, levou-O a formar esse desígnio de manifestar ao mundo seu Coração, com todos os tesouros de amor, de misericórdias, de graças, de salvação e santificação nele contidos. E àqueles que procurassem amá-Lo, honrá-Lo e glorificá-Lo plenamente, Ele os enriqueceria com a profusão e a abundância desses divinos tesouros do seu Coração.
E conclui:
Em todos os lugares onde essa imagem for exposta e venerada, Nosso Senhor difundirá suas graças e bênçãos, como um último esforço de seu amor em benefício dos homens, resgatando-os da tirania de Satanás e os colocando sob a doce liberdade do império de seu amor, o qual Ele quer estabelecer na alma de todos aqueles que procurem abraçar a devoção ao seu Coração Sagrado.
Terceira Aparição
A data da terceira visão é, como a da segunda, também incerta. Em seus escritos, Sor Margarida-Maria diz apenas que, nesse dia, “o Santíssimo Sacramento estava exposto”, e parece insinuar tratar-se de uma sexta-feira. Daí a conjectura de que o fato se passou em começos de junho de 1674, na oitava de Corpus Christi. Seja como for, eis o relato deixado pela santa vidente:
Uma vez diante do Santíssimo exposto, e depois de me sentir imersa num profundo recolhimento, meu doce Mestre Jesus Cristo se apresentou a mim, reluzente de glória, com suas cinco chagas brilhantes como outros tantos sóis. Chamas jorravam de todas as partes dessa humanidade sagrada, sobretudo de seu admirável peito, que parecia uma fornalha. Abrindo-se, descobriu-me seu amantíssimo Coração, fonte viva dessas labaredas. Aí Ele me revelou as maravilhas inexplicáveis de seu puro amor, e os excessos a que este chegou em proveito dos homens, recebendo em troca apenas ingratidões e menosprezos.
Jesus me disse: “Essa ingratidão me é mais penosa do que todos os sofrimentos que padeci em minha Paixão. Se me retribuíssem em algo esse amor, Eu tomaria como pouco tudo o que fiz pelos homens, e estaria disposto a fazer ainda mais, se possível fosse. Neles, porém, encontro somente friezas e recusas diante de minhas solicitudes e bondades. Tu, pelo menos, alivia-me ao suprires a ingratidão deles, em toda a medida de que fores capaz.”
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Confessando então sua indignidade e fraqueza, Sor Margarida-Maria suplica ao Divino Redentor que tenha compaixão de sua miséria. E d’Ele ouviu como resposta:
Eu serei tua força, não temas. Esteja, porém, atenta à minha voz e ao que te peço para cumprires os meus desígnios. Primeiramente, me receberás no Santíssimo Sacramento sempre que lhe permitir a obediência, e deverás aceitar algumas mortificações e humilhações como provas de meu amor.
Além disso, comungarás nas primeiras sextas-feiras de cada mês; e em todas as noites de quinta para sexta, far-te-ei participar da tristeza mortal que se abateu sobre Mim no Horto das Oliveiras.
Para me acompanhares nessa humilde prece que então apresentei a meu Pai, tu te levantarás entre onze e meia-noite, prosternando-te durante uma hora comigo, tanto para aplacar a cólera divina, pedindo misericórdia para os pecadores, como para suavizar em algo a amargura que senti quando me vi abandonado pelos meus apóstolos. Durante esta hora, farás o que Eu te indicar.”
Nosso Senhor faz ouvir a queixa secreta de seu Coração: Ele ama tanto os homens, e é por estes tão pouco amado! E pede uma reparação de amor que se traduza em atos externos e fervorosos, como a comunhão frequente, a recepção da Eucaristia nas primeiras sextas-feiras de cada mês e a Hora Santa.
Entretanto, o ciclo das grandes revelações ainda não estava completo. Algo faltava a ser dito, para que o culto ao Sagrado Coração de Jesus tivesse seu pleno florescimento na piedade cristã.
Quarta Aparição
A data da quarta aparição é mais conhecida que a das duas precedentes, embora não possa ser fixada com toda a segurança. A santa religiosa se limita a nos dizer que foi num dia da oitava de Corpus Christi de 1675. Ora, sabe-se que, naquele ano, tal festa caiu no 13 de junho, o que situa a visão entre os dias 13 e 20 do referido mês.
Dessa que pode ser considerada a mais importante de todas as revelações, deixou-nos a eleita do Senhor o seguinte relato:
Estando certa vez diante do Santíssimo Sacramento, num dia de sua oitava, recebi de Deus graças excessivas de seu amor, e me senti tocada pelo desejo de retribuição, de Lhe pagar amor por amor. Ele me disse: “Tu me darás a maior prova de seu amor, fazendo o que já te pedi inúmeras vezes”. Então, descobrindo-me seu divino Coração, acrescentou: “Eis o Coração que tanto amou os homens, e nada poupou até esgotar-se e consumir-se para testemunhar-lhes o seu amor. Em reconhecimento, da maior parte só recebo ingratidões: por suas irreverências e sacrilégios, pelas friezas e os desprezos que eles têm por Mim nesse Sacramento de amor. Porém, o que mais me magoa é o fato de que assim procedem corações que me são consagrados.
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Por isso, peço-te que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa especial para honrar meu Coração. Comungando nesse dia, e prestando a Ele uma solene retratação, a fim de desagravá-Lo pelas indignidades que recebe quando está exposto sobre os altares. Eu te prometo, também, que meu Coração se dilatará para difundir com abundância os influxos de seu divino amor sobre aqueles que Lhe prestarem esta honra, e se empenharem para que Lhe seja tributada.”
Esta é a origem da devoção e Solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Ele deseja ser amado. Deseja a retribuição por nos amar tanto e derramar até a última gosta de sangue por cada homem e mulher desta terra. Ele derramou seu sangue por mim, por você que lê estas palavras agora e nos convida: Filho você não quer me amar?
Sagrado Coração de Jesus, confio e espero em Vós!
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2023
Corpus Christi
Corpus Christi, a festa da grandeza e da pequenez
A solenidade de Corpus Christi é celebrada na Quinta Feira após o Domingo da Santíssima Trindade. Foi a Bem-aventurada Juliana de Mont Cornelon, perto de Liège, na Bélgica que teve a inspiração de pedir a instituição desta festa.
Na vida da Bam-aventurada conta-se que aos 16 anos teve pela primeira vez uma visão que se repetiu diversas vezes enquanto estava em suas adorações eucarísticas.
Ela via lua no seu pleno esplendor, mas com uma faixa escura que a atravessava. Nosso Senhora então explicou que a lua simbolizava a vida da Igreja sobre a terra, a faixa escura representava a ausência de uma festa litúrgica que honrasse de modo particular a Eucaristia.
Nosso Senhor então pediu que a religiosa trabalhasse para instituir uma festa na qual os fiéis pudessem adorar a Eucaristia para aumentar a fé, crescer na prática das virtudes e reparar os pecados cometidos contra o Santíssimo Sacramento.
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Bem-aventurada Juliana foi incompreendida e até perseguida pelo clero. Faleceu em 1258, na capela onde estava exposto o Santíssimo Sacramento. Morreu antes de ver a Festa do Corpo de Cristo estendida por toda a Igreja.
Uma amiga e confidente da religiosa, Eva, continuou a obra e obteve do Bispo de Liège que falasse com o Papa Urbano IV. Este então mandou compor o Ofício do Santíssimo Sacramento. Coube a São Tomás de Aquino esta obra, que perdura até os dias de hoje.
Urano IV falece em 1264 e a festa de Corpus Christi atrasou quase quarenta anos.
Foi só em 1311 que o papa Clemente V, durante o Concílio de Viena, estendeu a festa para toda a Igreja, e ele mesmo presidiu nesta cidade a primeira procissão do Santíssimo Sacramento!
Festa da grandeza
A grandeza da Eucaristia é expressa nesta solenidade.
– É a Carne e o Sangue do Salvador;
– O Sacramento de união com Deus;
– É a participação da vida divina;
– O pão da vida descido do céu;
– É o maná da imortalidade.
Ora, tudo que vive precisa de alimento. Nossa alma tem uma vida espiritual da qual só Deus pode ser o alimento; eis porque Ele se proclama “o Pão descido do céu.”
O maná dos hebreus era um alimento milagroso, que tomava o gosto preferido de quem o comesse. Era preciso diariamente renovar as provisões, pois, ao nascer do sol, o maná caído do céu, dissolvia-se num instante.
Pois bem, o maná do católico é a Eucaristia, que dá a cada um a força e a graça de que precisa. Para este é luz, para aquele outro é consolação, e para muitos é generosidade. E deveria ser recebido diariamente, o quanto possível, antes que o vento das tentações se lavante.
É uma grandeza escondida que deve ser realçada, exaltada e manifestada a todo católico. Por isso temos Corpus Chirsti.
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Pequenez
Notem bem que a Eucaristia é divinamente grande em seus efeitos, mas humanamente pequena em suas aparências.
Uma migalha de pão, um pouco de vinho, um sacerdote que diz umas palavras, e, embora vejamos pão e vinho, já se mudaram na substância em Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Cristo.
Neste pequeno espaço da Hóstia, está reunido o céu inteiro! É dai, deste silêncio, que raios de luz iluminam todas as criaturas.
Uma pequena Hóstia está ali sobre o altar. Os olhos humanos veem apenas o pão mas os Anjos do céu contemplam a divindade, em todo o seu esplendor, numa visão face a face, tão deslumbrante, que olhos humanos são incapazes de suportar.
Enquanto nós enxergamos apenas uma Hóstia branca, a realidade é a glória, a majestade e o poder do trono do Altíssimo. Que contraste entre a realidade e as aparências! É preciso manifestar esta pequenez! É preciso tirar do esconderijo este “Deus escondido” e mostra-lo ao mundo.
Conclusão
É por isso que na solenidade de Corpus Christi, seja numa pequena vila, seja numa grande metrópole, o Santíssimo Sacramento é levado em procissão, em triunfo, aclamado como Rei e conquistador. É o triunfo da Eucaristia, ou melhor, o triunfo da humildade. Este é o desejo do Senhor.
Por que tanta pompa a Jesus, se ele foi sempre pobre nesta vida? Ora, porque este foi seu desejo expresso na própria bíblia. Ele, sempre tão pobre e tão humilde, durante a sua vida mortal, exigiu para a instituição da divina Eucaristia, na última ceia, uma sala ricamente ornada (Lc 22 12) .
Para morar se contentava com uma humilde casa mas, para a sua Eucaristia, quer um edifício, que se impõe pela grandeza. Por que esta exigência? Para ensinar por todos os séculos, as honras devidas à Eucaristia. E assim os homens, vendo o pão, possam rezar: “Verdadeiramente tu es Deus Escondido” (cf Is 45,15)
2023
O Mistério da Santíssima Trindade
O Mistério da Santíssima Trindade
Quando rezamos o Credo, afirmamos em primeiro lugar que cremos em Deus. Mas quem é Deus? A Fé Católica nos ensina que Deus é um ser perfeitíssimo, eterno e soberano, criador do céu e da terra. Ensina-nos que esse Deus é único e que não há outros deuses além dele. A nossa fé também afirma que Deus é Uno e Trino. Ou seja, é um Deus em três pessoas iguais e realmente distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. O mistério da Santíssima Trindade.
O Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. Essas três pessoas são um só Deus, porque todas as três têm uma só e a mesma natureza divina. Esse mistério de um só Deus em três pessoas iguais e realmente distintas chama-se “Mistério da Santíssima Trindade”.
Um mistério revelado por Deus, contido nas Sagradas Escrituras
O mistério da Santíssima Trindade é um dos principais mistérios de nossa fé, e nos foi revelado por Jesus, no Novo Testamento.
Antes da Nova Aliança não se sabia que Deus é Uno e Trino, embora no Antigo Testamento, se encontrem algumas expressões que sugerem esse mistério, por exemplo no Gênesis (1,26): “E disse [singular] Deus [Elohim]: Façamos [plural] o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. Também em Gênesis (3,22) lemos: “Então disse o SENHOR Deus: Eis que o homem é como um de nós [plural], conhecendo o bem e o mal.”
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A leitura dos Evangelhos nos faz ver que Jesus revelou esse mistério aos Apóstolos por etapas. Primeiro ele ensinou-os a reconhecer nele o Filho Eterno de Deus. Quando seu ministério estava chegando ao fim, Ele prometeu que enviaria uma outra Pessoa, o Espírito Santo. Finalmente, depois da Ressurreição, ele revelou a doutrina da Trindade em termos explícitos: “Ide, pois, e ensinai a todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19). A força dessa passagem é decisiva. Que o Pai e o Filho sejam duas Pessoas distintas se deduz dos termos, que são mutuamente exclusivos. A menção do Espírito Santo nessa série, é evidência de que se trata de uma terceira Pessoa. A expressão “em nome”, no singular, indica que as três pessoas têm uma só natureza.
O Mistério
Não podemos compreender o mistério da Santíssima Trindade porque todo mistério é uma verdade, que ultrapassa a nossa inteligência, mas podemos conhecê-lo e compreender as verdades, que nos apresenta.
Santo Anselmo, Doutor da Igreja, fez uma comparação engenhosa e expressiva, para tornar sensível a possibilidade da Santíssima Trindade. Suponho – diz ele – uma fonte; desta fonte sai um rio que se estende e forma um lago chamado Nilo. As três chamam-se “Nilo”. A fonte, junta com o rio e o lago, chama-se Nilo.
O rio, igualmente, junto com a fonte e o lago chama-se Nilo. Não são três Nilos, mas um só.
Nesta comparação há três coisas a se considerar ; a fonte, o rio, o lago, mas um único Nilo, porque os três são unidos por uma Única e mesma água. Não são três Nilos, nem três lagos, mas um único Nilo porque, embora, cada uma das suas partes constitutivas seja distinta, são, entretanto, inseparáveis.
O mistério é tão sublime tão misterioso, tão belo, que conhecendo-o, sente-se a necessidade de prostrar-se de joelhos, para adorar a Trindade adorável, o Deus verdadeiro, único, em três Pessoas.
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Cada vez que fazemos o Sinal da Cruz sobre nós lembramos este sublime mistério. Lembremos sempre deste augusto mistério, cada vez que traçarmos o sinal da Cruz, repetindo com veneração e amor: Em nome do Padre, do Filho e do Espírito Santo.
Lembremo-nos também de que por atribuição, é o Padre que nos criou, o Filho que nos salvou, e o Espírito Santo que nos santifica por meio da graça divina, que nos transmite pela oração e pelos Sacramentos.
2023
Os pastorinhos de Fátima
Os pastorinhos de Fátima: O que aconteceu com eles depois das aparições?
Profundamente transformados pelas aparições e mensagens celestiais, os três pastorinhos passaram a exprimir no rosto a profundidade e gravidade das revelações a eles confiadas. As fotos de então nos mostram suas fisionomias sérias e sofridas, demonstração da vida de intensa oração e contínuos sacrifícios pela conversão dos pecadores e desagravo ao Imaculado Coração de Maria.
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Lúcia, na segunda aparição, havia pedido à Virgem de Fátima que os levasse para o Céu… “Sim, à Jacinta e ao Francisco levo-os em breve. Mas tu ficas cá mais algum tempo para Me fazer conhecer e amar. (…)”, foi a resposta de nossa Senhora.
Jacinta e Francisco esperaram, assim, o cumprimento da promessa de que a Virgem Maria os levaria em breve para o Céu. Durante o pouco tempo que passaram na Terra, foram ainda agraciados por algumas visões particulares.
Os últimos dias de Jacinta e Francisco
Pouco mais de um ano, após as aparições na Cova da Iria, Francisco e Jacinta adoeceram gravemente, atacados de bronco-pneumonia. Continuavam com os sacrifícios e penitências, fervorosamente. E percebiam que aquela doença devia conduzi-los ao Céu.
Foi, então, que lhes apareceu a Virgem e lhes declarou que, em breve, viria buscar Francisco. E que não demoraria muito em vir buscar também Jacinta.
Relatando a Lúcia, Jacinta contava:
“Nossa Senhora veio-nos ver, e disse que vem buscar o Francisco muito breve para o Céu. E a mim perguntou-me se queria ainda converter mais pecadores. Disse-lhe que sim. Disse-me que ia para um Hospital, que lá sofreria muito. Que sofresse pela conversão dos pecadores, em reparação dos pecados contra o Imaculado Coração de Maria, e por amor de Jesus. Perguntei se tu ias comigo. Disse que não. Isso é o que me custa mais. Disse que ia minha mãe levar-me, e, depois, fico lá sozinha!
Se tu fosses comigo! O que mais me custa é ir sem ti! Se calhar, o hospital é uma casa muito escura, onde não se vê nada, e eu estou ali a sofrer sozinha! Mas, não importa: sofro tudo por amor de Nosso Senhor, para reparar o Imaculado Coração de Maria, pela conversão dos pecadores e pelo Santo padre”.
Deus nos concede as graças por meio do Coração Imaculado de Maria
Jacinta se consumia e se sublimava no ardoroso desejo de reparar os Sagrados Corações de Jesus e de Maria. Antes de partir para o Hospital, ainda dirigiu a Lúcia outras edificantes palavras:
“Já me falta pouco para ir para o Céu. Tu ficas cá para dizeres que Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao Imaculado Coração de Maria. Quando for para dizeres isso, não te escondas, dize a toda a gente que Deus nos concede as graças por meio do Coração Imaculado de Maria, que lhas peçam a Ela, que o Coração de Jesus quer que, a seu lado, se venere o Coração Imaculado de Maria. Que peçam a paz ao Imaculado Coração de Maria, que Deus lha entregou a Ela. Se eu pudesse meter no coração de toda a gente o lume que tenho cá dentro no peito a queimar-me e a fazer-me gostar tanto do Coração de Jesus e do Coração de Maria!
Noutra ocasião, Jacinta disse:
“Olha, sabes? Nosso Senhor está triste porque Nossa Senhora disse-nos para não o ofenderem mais, que já estava muito ofendido e ninguém fez caso; continuam a fazer os mesmos pecados!”
Em julho de 1919, Jacinta é levada para o Hospital de Vila Nova de Ourém. O agravamento da doença a retém aí por 2 meses. Em seguida, é transportada para Lisboa, para ser submetida a arriscada e dolorida cirurgia. Permanece algum tempo num orfanato e, depois, é levada para o Hospital Dona Estefânia.
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A Madre Maria da Purificação Godinho, diretora do orfanato, impressionada pela sabedoria e virtude da menina registrou suas últimas palavras. Jacinta fala sobre o pecado, sobre os sacerdotes e os governantes e sobre as virtudes cristãs, surpreendendo pelas análises acertadas e profeticamente tão reais para nossos dias.
Nossa Senhora veio buscar Jacinta no dia 20 de fevereiro de 1920. Francisco partira para o Céu no dia 04 de abril de 1919.
Jacinta foi sepultada três dias depois no cemitério de Vila Nova de Ourém. Em setembro de 1935, seus restos mortais foram depositados num sepulcro novo, de pedra branca, em Fátima, com o singelo epitáfio: “Aqui repousam os restos mortais de Francisco e Jacinta, a quem Nossa Senhora apareceu”.
Já em 1951, os veneráveis restos mortais de Jacinta foram para a Basílica de Fátima, onde atualmente repousam. E em 1952, para lá também foram os despojos de Francisco.
O longo e sofrido itinerário de Lúcia
A única sobrevivente dos 3 pastorinhos percorreu longo e sofrido caminho até se tornar Carmelita Descalça, no Carmelo de São José, em Coimbra. Passou, antes, pela Casa das Irmãs Dorotéias, em Pontevedra, na Espanha.
A Irmã Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado permaneceu durante 58 anos no Carmelo, vindo a falecer em 13 de fevereiro de 2005, aos 97 anos de idade. Foi trasladada do Carmelo Santa Tereza, em Coimbra, onde ficou sepultada um ano, para a Basílica de Fátima, em 19 de fevereiro de 2006. Seus restos mortais repousam ao lado de Jacinta. Seus dois primos, Jacinta e Francisco, foram beatificados em 13 de maio de 2000. A lápide da Irmã Lúcia contém a frase, abaixo de seu nome: “A quem Nossa Senhora apareceu”.
A comunhão reparadora dos cinco primeiros sábados
No dia 10 dezembro de 1925, a Santíssima Virgem apareceu à Irmã Lúcia, tendo a Seu lado numa nuvem luminosa, um Menino. Ela mostrou a Lúcia um Coração que tinha numa das mãos, cercado de espinhos. E o Menino lhe disse:
“Tem pena do Coração de tua Santíssima Mãe, que está coberto de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Lhe cravam, sem haver quem faça um ato de reparação para os tirar”.
Em seguida, a Santíssima Virgem falou: “Olha, minha filha, o meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos cravam com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar, e dize que todos aqueles que durante cinco meses, no primeiro sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem quinze minutos de companhia meditando nos quinze mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assisti-los na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas”.
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Em 15 de fevereiro de 1926, novamente, o Menino Jesus apareceu à Irmã Lúcia e lhe perguntou se já havia difundido a devoção à sua Santíssima Mãe. A Irmã Lúcia respondeu que sua Madre Superiora estava disposta a propagá-la, mas que o confessor desta afirmara que ela sozinha, nada podia. E Jesus afirmou: “É verdade que a tua Superiora, só, nada pode; mas, com a minha graça, pode tudo”. A Irmã Lúcia apresentou a dificuldade que algumas almas tinham para se confessarem no sábado, e pediu para ser válida a confissão de oito dias.
Jesus respondeu: “Sim, pode ser de muitos mais [dias] ainda, contanto que, quando Me receberem, estejam em graça e tenham a intenção de desagravar o Imaculado Coração de Maria”. E se a pessoas se esquecerem de formar essa intenção, perguntou a Irmã Lúcia. “Podem formá-la na outra confissão seguinte, aproveitando a primeira ocasião que tiverem de se confessar”.
Quatro anos depois, na madrugada de 29 para 30 de maio de 1930, Nosso Senhor revelou interiormente à Irmã Lúcia outro pormenor a respeito das comunhões reparadoras dos cinco primeiros sábados. A Irmã Lúcia perguntou se quem não pudesse cumprir com todas as condições no sábado, poderia satisfazer com os domingos. Jesus respondeu: “Será igualmente aceita a prática desta devoção no domingo seguinte ao primeiro sábado, quando os meus Sacerdotes, por justos motivos, assim o concederem às almas”.
A consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria
Para o pedido de Nossa Senhora, na sua terceira aparição, houve também um complemento. Em 13 de junho de 1929, a Irmã Lúcia teve uma visão da Santíssima Trindade e do Imaculado Coração de Maria. Nossa Senhora dirigiu as seguintes palavras à Irmã Lúcia:
“É chegado o momento em que Deus pede para o Santo Padre fazer, em união com todos os Bispos do mundo, a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração, prometendo salvá-la por este meio. São tantas as almas que a Justiça de Deus condena por pecados contra Mim cometidos, que venho pedir reparação: sacrifica-te por esta intenção e ora”.
Diversas consagrações da Rússia ao Imaculado Coração de Maria, foram feitas ao longo dos pontificados que se sucederam a partir de 1929. Nenhuma delas, porém, chegou a atender plenamente os requisitos manifestados por Nossa Senhora à Irmã Lúcia. Esta, entretanto, desde meados de 1989 vem reconhecendo a validade da Consagração feita pelo Papa João Paulo II em 25 de março de 1984. Reconhecimento este que a própria vidente apresenta como expressão de uma opinião particular, e não de uma revelação sobrenatural.
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2023
Santa Catarina de Sena
Santa Catarina de Sena
Dotada de grande inteligência e beleza, Santa Catarina de Sena nasceu em 1347, na cidade de Sena. Foi a penúltima dos 25 filhos do casal Benincasa, porém, com a morte de sua irmã mais nova, acabou assumindo a posição de caçula e filha predileta da família. Seu pai era um simples tintureiro, mas – homem hábil e enérgico, reto e de grande reputação nas redondezas – bem sucedido na sua profissão.
Desde criança, foi favorecida por Deus com dons místicos extraordinários. Por exemplo, com apenas 6 anos de idade, teve uma grandiosa visão de Jesus Cristo. Ela havia saído com seu irmão Estevão para visitar a irmã Boaventura, no outro lado da cidade.
Na volta, passando pelo Valle Piatta, Catarina ergueu os olhos em direção à igreja de São Domingos e viu Jesus no ar, revestido de paramentos sacerdotais, sentado num trono sobre nuvens luminosas, acompanhado de São Pedro, São Paulo e São João Evangelista.
Ela ficou imóvel, contemplando a visão. Seu irmão, que nada via, espantado com a imobilidade da menina, gritou-lhe assustado:
– Catarina, que fazes aí?! – Ela voltou os olhos para Estevão e, quando olhou de novo em direção à visão, esta já havia desaparecido. Chorando, queixou-se:
– Ah, se tivesses visto o que eu vi, não me terias chamado!
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Decisão e firmeza desde a infância
Frei Raimundo de Cápua, confessor e primeiro biógrafo da santa, conta-nos que esta tomou a resolução de não se casar quando tinha apenas 7 ou 8 anos. A Divina Providência tinha desígnios especiais para ela, porém, a família tinha para ela outros planos… Sua própria mãe fez todos os esforços para que ela se casasse, e pediu ajuda da irmã de Catarina, Boaventura, recém-casada.
Catarina foi morar com a irmã que a incentivava a se vestir e pentear-se elegantemente, para ostentar sua beleza e conseguir um bom noivo. No início, a jovem Catarina cedeu e, aos poucos, foi-se esmerando em sua apresentação pessoal.
Porém, Jesus queria o coração dessa virgem exclusivamente para Si, e enviou-lhe uma severa advertência. Boaventura morreu subitamente e Catarina voltou para a casa dos pais, onde retomou a vida de penitência, que se habituara a levar quando menina.
Uma “cela monacal” construída no coração
Para vencer as pressões da mãe, que não desistira de seu intento, a heroica moça cortou sua bela cabeleira, em sinal de completo desapego e de rompimento com o mundo.
Este fato provocou uma feroz reação da mãe, que, em represália, obrigou-a a fazer todo o serviço da casa, como uma servente, e tirou-lhe o quartinho onde ela costumava se recolher em oração e penitência.
Mas, como diz São Paulo, “todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus” (Rom 8, 28). A perda de sua “cela monacal” levou a jovem santa a construir para si a “cela do coração”, a respeito da qual ela própria comentaria mais tarde, numa de suas inúmeras cartas: “Esta cela é uma moradia que o homem carrega consigo por toda parte. Nela adquirem-se as verdadeiras e reais virtudes, especialmente a humildade e a ardentíssima caridade” (Carta 37).
Vendo a fortaleza da filha, que não cedia em suas convicções e não perdia a alegria, o pai interveio a seu favor, devolvendo-lhe o pequeno quarto e permitindo-lhe receber o hábito de penitente da Ordem Terceira de São Domingos, o qual ela desejava com toda a sua alma.
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Núpcias espirituais
Dos 17 aos 20 anos de idade, Catarina passou reclusa em sua cela. Orava e jejuava, aprendendo os segredos de Deus e penetrando em suas maravilhas. Só saía para ir à Missa, quase não conversava com ninguém e se alimentava pouquíssimo. Aliás, ao longo de sua vida, passou dias e dias alimentando-se apenas da Sagrada Eucaristia.
No ano de 1367, véspera da Quarta-Feira de Cinzas, Nosso Senhor apareceu à Santa desposando-a em núpcias místicas. Após colocar-lhe como sinal um anel de ouro no dedo, ordenou-lhe que fosse juntar-se à família. Queria Ele fazer dela um apóstolo.
Do recolhimento ao apostolado e à luta
Começava para nossa Santa nova fase de sua curta vida. Iniciou seu apostolado socorrendo os pobres e enfermos. Não havia quem não a conhecesse em Sena. Também ninguém que viesse pedir-lhe auxílio e não fosse prontamente atendido.
Uma terrível peste avassalou o país em 1374. Catarina, cuidou dos corpos enfermos, mas sobretudo tratou das almas, conseguindo conquistar muitas delas para o Céu. Curava doentes, convertia pecadores impenitentes pela força de sua oração e expulsava demônios com uma só palavra de sua boca.
Muito mais importante, porém, foi a atuação de Santa Catarina naquele conturbado mundo político de fins da Idade Média. Em torno dos Estados Pontifícios, agrupavam-se pequenos reinos, além de várias cidades que constituíam Estados soberanos.
A todo momento nasciam novos conflitos, ou recrudesciam antigos. Sem falar nas “guerras privadas” de facções familiares dentro de uma mesma cidade. Muito pior, revoltas de muitas dessas cidades contra o Papa.
Santa Catarina foi chamada a intervir em numerosos desses conflitos. Viajando de cidade em cidade, exerceu um importante papel de pacificadora. Seu principal empenho tinha como meta a glória de Deus e a defesa do Papado e dos Estados Pontifícios.
Exílio de Avignon e Grande Cisma
Toda essa intensa atividade de Santa Catarina foi, sem dúvida, de grande benefício para a Igreja. Mas não passa de um simples degrau para aquilo que constitui sua grande missão pública. Sua maior luta foi trazer de volta a Roma a sede do Papado.
Forçado por injunções políticas ocasionais, o Papa Clemente V, ex-Arcebispo de Bordeaux, transferira em 1309 a Sé Pontifícia de Roma para a cidade francesa de Avignon. Em termos concretos, este fato submeteu os Sucessores de Pedro ao jogo das ambições e das corrupções de reis, príncipes e outros governantes terrenos e, infelizmente, mesmo de altas personalidades eclesiásticas indignas de seus cargos. Tudo isto com enormes prejuízos para o governo da Igreja e a salvação das almas.
Santa Catarina de Sena, Coluna de sustentação do verdadeiro Papa
Sem nunca exceder sua humilde condição de simples leiga de uma Ordem Terceira, Santa Catarina admoestava com ousadia e serenidade, “em nome de Cristo”, os grandes deste mundo, não apenas autoridades temporais, mas inclusive os cardeais da Corte Pontifícia de Avignon. E concorreu poderosamente para que o Papa enfrentasse a oposição do Rei de França. Assim, ficou restabelecida na Cidade Eterna o governo do mundo cristão.
Mas Gregório XI faleceu no ano seguinte, sendo sucedido por Urbano VI. Todavia, um grupo de Cardeais, sob pretextos falaciosos, se revoltou contra ele. Então, voltaram eles para Avignon, declararam nula a eleição do Papa legítimo. Em seguida, elegeram um antipapa, o qual tomou o nome de Clemente VII.
Nasceu assim o chamado Grande Cisma do Ocidente, durante o qual Santa Catarina de Sena foi a paladina e a coluna de sustentação do verdadeiro Papa, por ela cognominado de “o doce Cristo na Terra”.
Entretanto, “o que é fraco no mundo, Deus o escolheu para confundir os fortes” – afirma São Paulo (1 Cor 1, 27). Assim sendo, a humilde filha do tintureiro Benincasa empreendeu inúmeras viagens para resolver complicadas questões; foi dessa forma conselheira de reis, príncipes, bispos e até mesmo de Papas. Ademais, iluminada pelo Espírito Santo, fortalecida pela graça do Deus Crucificado, fez tudo quanto pôde para defender a unidade da Igreja.
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Doutora da Igreja
Assim, com apenas 33 anos, partiu para a eternidade a 29 de abril de 1380. Contudo, deixou uma plêiade de discípulos e um exemplo de vida e uma obra escrita composta de 381 cartas, 26 orações e o livro “O diálogo”, no qual descreve todo o seu método de apostolado e vida interior, chamado pela Igreja como “livro da doutrina divina”.
Afinal, por seus ensinamentos cheios de sabedoria, foi honrada pelo Papa Paulo VI com o título de Doutora da Igreja. “Suas cartas são como fagulhas de um fogo maravilhoso que brilha em seu coração, ardente do Amor infinito que é o Espírito Santo” – afirmou pois o Santo Padre ao outorgar-lhe este glorioso título.
Enfim, que o exemplo de Santa Catarina de Sena penetre em nossas almas. Que a força desse mesmo fogo de seu coração nos traga sobretudo a fidelidade plena e íntegra à Santa Igreja.
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2023
Páscoa
A Solenidade da Páscoa
A Páscoa é a mais antiga e a mais solene das festas do ano litúrgico. A nota dominante da liturgia da páscoa é uma intensa alegria e gratidão pelo benefício da Redenção que se traduz pela repetição do “Aleluia”
A celebração da Páscoa não tem dia fixo no Calendário, mas se celebra no primeiro Domingo depois da lua cheia, de março.
Jesus Cristo morreu no dia 14 do mês de Nisan, mês judaico lunar, correspondente mais ou menos ao nosso 22 de março a 25 de abril. Os meses atuais sendo solares, e pelo fato sendo mais longos, há necessariamente incompatibilidade nas datas.
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Foi em 325 no Concílio de Nicéa, que a Igreja adotou como data da ressurreição o primeiro Domingo depois da lua cheia de março. Foi assim que a Páscoa passou a ocorrer entre 22 de março a 25 de abril.
Naquele tempo, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago e Maria Salomé, compraram aromas, para embalsamarem o corpo de Jesus. E no primeiro dia da semana, partindo muito cedo, chegaram ao sepulcro ao nascer do sol. E diziam entre si: Quem nos tirará a pedra da boca do sepulcro? Mas quando olharam, acharam revolvida a pedra, que era muito grande. E, entrando no sepulcro, viram um anjo sentado ao lado direito, vestido de uma túnica branca; e tiveram medo. Este, porém, lhes disse: Não temais; procurais a Jesus de Nazaré, que foi crucificado; ressuscitou; não está aqui; eis o lugar onde o haviam posto. Mas ide, anunciai aos seus discípulos e a Pedro, que ele irá. adiante de vós para a Galileia; lá o vereis, assim como ele vos disse. (Mc 16, 1-7)
Seguindo os procedimentos
Maria Madalena, Maria, Mãe de Tiago e Salomé, tinham comprado e preparado os perfumes destinados a um completo embalsamamento do corpo de seu divino Mestre, o que havia sido feito provisoriamente e às pressas por Nicodemos. Tendo-se levantado cedo, elas seguiram para o sepulcro.
E’ no meio do caminho que perguntam uma a outra: Quem nos há de revolver a pedra da entrada do sepulcro?
Apenas haviam entrado no jardim, que continha o sepulcro, e eis a terra a tremer debaixo de seus pés. Um anjo luminoso desce do céu, num relâmpago ele se inclina sobre o túmulo, quebra os selos, remove a pedra, e senta-se em cima dela.
Madalena, mais nova e impacientemente ardorosa, havia tomado a dianteira; mas qual não foi a sua estupefação, quando, ao chegar ao túmulo, viu a pedra já tirada e a entrada do jazigo completamente livre. Nem ao menos lhe veio a ideia de que Jesus havia talvez ressuscitado, mas, persuadida de que haviam roubado o corpo, deixou as companheiras, e sem perda de tempo, correu ao Cenáculo para participar aos Apóstolos o que acabava de presenciar.
Nenhum dos Evangelistas descreveu o fato da ressurreição; nenhum deles o havia presenciado. Eles viram-no ressuscitado; não contam como ressuscitou. E’ provável que nunca o souberam como nós não o sabemos. E’ mistério divino!
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Enquanto Maria Madalena foi anunciar o fato da desaparição do Mestre aos Apóstolos, as suas duas companheiras, chegando ao sepulcro, penetraram no vestíbulo, que precede o túmulo, e aí à direita, viram um anjo cujo aspecto majestoso e vestes cintilantes as enchiam de terror.
Após ouvirem as palavras do Anjo As duas mulheres, trêmulas de medo, saíram do sepulcro e fugiram, não se atrevendo a pronunciar a mínima palavra. Neste tempo, Madalena havia comunicado o fato a Pedro e a João que levantam-se e correm ao sepulcro; corriam ambos juntos, mas João correu mais do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro, mas não entrou.
Alguns instantes depois, chegou Pedro e penetrou no jazigo a certificar-se do que havia. ocorrido. Viu as faixas de um lado e o sudário, que cobria a cabeça, dobrado, do outro. Aproximou-se João e ambos concluíram como Madalena, que tinham tirado o corpo. Nenhum deles imaginou que Jesus tivesse ressuscitado.
Pedro e João voltaram para casa, porém, Maria Madalena conserva-se na parte de fora do sepulcro, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para dentro, e viu dois anjos vestidos de branco, sentados no lugar, onde fora posto o corpo de Jesus. E eles lhe perguntam: Mulher, por que choras ? Respondeu-lhes: Porque levaram o meu Senhor e não sei onde o puseram. Ditas estas palavras, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não sabia que era Jesus.
Disse-lhe Jesus: “Mulher, porque choras? A quem procuras?”
Ela julgando que era o jardineiro, disse-lhe: Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei.
Jesus lhe disse: Maria. Ela voltando-se, disse-lhe: Rabboni, (que quer dizer: Mestre). Disse-lhe Jesus: Não me toques, porque ainda não subi para meu Pai. Foi Madalena dar a nova aos discípulos: Ví o Senhor, e êle disse-me estas coisas. (João 20, 10-19 ).
Jesus ressuscitou e aparece para consolar àqueles que tanto choraram e sofreram com ele. Ele não se manifesta, nem a Pilatos, nem a Herodes, nem aos chefes dos judeus, para confundi-los; não. Nem aparece logo a Pedro, a João, nem a um outro de seus Apóstolos. Ele se mostrou primeiro a sua Mãe querida e depois a Madalena. A Madalena, que muito pecou, mas que muito soube amar. A pureza imaculada recebeu a sua primeira visita ; a pureza readquirida pelo arrependimento e o amor receberá a sua segunda visita. Tocante delicadeza do Coração de Jesus.
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