2023
A Transfiguração do Senhor
A Transfiguração do Senhor
São Paulo declara aos coríntios ter sido arrebatado ao Céu, em certo momento de sua vida, onde ouviu o que era impossível transmitir ou explicar: “foi arrebatado ao Paraíso e lá ouviu palavras inefáveis, que não é permitido a um homem repetir” (II Cor 12, 4).
Esse é o Céu, “o fim último e a realização de todas as aspirações mais profundas do homem, o estado de felicidade suprema e definitiva”; e essa é a glória que transparece no Tabor, ao transfigurar-Se o Senhor. E é a Festa que a Igreja comemora no dia 6 de Agosto, a Festa da Transfiguração do Senhor.
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Jesus sobe ao Monte Tabor
O Evangelho nos conta: “Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha.”
Agradava ao Divino Mestre o alto das montanhas, e ali procurava prodigalizar seus grandes mistérios. Nesse caso concreto, escolheu o Tabor talvez para simbolizar a necessidade de elevarmos nossos corações sobre as coisas deste mundo conforme as palavras de São Remígio: “Com isto o Senhor nos ensina que é necessário, para quem deseja contemplar a Deus, não se deixar atolar nos baixos prazeres, mas elevar a alma para as coisas celestiais, por meio do amor às realidades superiores.”
Por que Jesus escolheu esses três Apóstolos? Muitas são as explicações, porém, algo muito claro e imediato salta logo aos olhos: estes de fato veriam mais de perto as humilhações pelas quais passaria o Salvador durante a paixão. Assim como também era fundamental haver algumas testemunhas da glória de Jesus para sustentarem, na provação da Paixão, os Apóstolos em suas tentações.
Uma visão divina
Continua assim o Evangelho: E foi transfigurado diante deles; o seu rosto brilhou como o Sol e as suas roupas ficaram brancas como a luz.
No que terá pois consistido essa transfiguração? Evidentemente, não viram os Apóstolos a divindade do Verbo de Deus, mas viam apenas uma fímbria da verdadeira glória da humanidade sagrada de Jesus.
Evangelho: Nisto apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus.
Esses dois grandes personagens aparecem na Transfiguração do Senhor, conforme nos assegura São João Crisóstomo, “para que se soubesse que Ele tinha poder sobre a morte e sobre a vida; por esta razão apresenta Moisés, que tinha morrido, e Elias, que ainda vivia”.
Então Pedro tomou a palavra e disse: “Senhor, é bom ficarmos aqui. Se queres, vou fazer aqui três tendas: uma para Ti, outra para Moisés, e outra para Elias”.
Pedro diz isso porque está inundado de grande alegria, deseja perpetuar aquela felicidade. Ele não estava ainda suficientemente instruído pelo Espírito Santo para saber o quanto a Terra não era o ambiente para o felicidade permanente. Não tinha assim noção de quanto as consolações são auxílios passageiros concedidos por Deus para nos estimular em seu serviço e a sofrer por Ele.
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INEGAVELMENTE Filho de Deus
Pedro ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra. E da nuvem uma voz dizia: “Este é o meu Filho amado, no qual Eu pus todo meu agrado. Escutai-O!” Quando ouviram isto, os discípulos ficaram muito assustados e caíram com o rosto em terra.
São Jerônimo nos explica as razões desta queda dos Apóstolos: “Por três motivos caíram aterrorizados: porque compreenderam seu erro, porque ficaram envolvidos pela nuvem luminosa e porque ouviram a voz de Deus que lhes falava. E não podendo a fragilidade humana suportar tamanha glória, ela se estremece com todo o seu corpo e toda a sua alma, e cai por terra: pois o homem que não conhece sua medida, quanto mais queira elevar-se até as coisas sublimes, mais desliza até as baixas”.
Jesus Se aproximou, tocou neles e disse: “Levantai-vos, e não tenhais medo”.
Além da onipotência de sua presença e sua voz, Jesus quis tocá-los com sua própria mão. Com efeito, esse fato nos faz recordar aquela passagem de Daniel: “uma mão me tocou, e fez com que me erguesse sobre os joelhos e as palmas das mãos” (10, 10). Tornou-se evidente para eles o quanto essa força partia de Jesus e não da natureza deles.
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Os discípulos ergueram os olhos e não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus.
Desaparecem de seus olhos a Lei e os profetas. Afinal entendem experimentalmente o quanto Jesus é o Esperado das Nações.
Quando desciam da montanha, Jesus ordenou-lhes: “Não conteis a ninguém esta visão, até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos”.
Até mesmo no alto do Tabor terminam as alegrias, como sempre ocorre nesta Terra de exílio. É necessário decerto descerem do monte todos aqueles que são chamados à vida ativa.
Deus nos fala hoje
No Tabor a voz do Pai proclama: “Escutai-O!”. Esta recomendação se dirige sobretudo a nós, batizados, pois somos filhos adotivos de Deus e, portanto, já passamos por uma imensa transformação quando ascendemos à ordem sobrenatural, deixando de ser exclusivamente puras criaturas
Confiemos nessa promessa com base nas garantias da Transfiguração do Senhor e antes de mais nada, peçamos à Mãe da Divina Graça que bondosamente nos auxilie com os meios sobrenaturais a chegarmos incólumes, decididos e seguros ao bom porto da eternidade: o Céu.
Esse é o Céu, “o fim último e a realização de todas as aspirações mais profundas do homem, o estado de felicidade suprema e definitiva”; e essa é a glória que transparece no Tabor, na transfiguração do Senhor. E é a Festa que a Igreja comemora no dia 6 de Agosto, a Festa da Transfiguração.
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2023
São Cristóvão, padroeiro dos motoristas e viajantes
São Cristóvão, padroeiro dos motoristas e viajantes
O Rei mais poderoso da terra
Antes de sua conversão, chamava-se Réprobo. Diz a tradição que era um forte gigante, da raça dos cananeus. Graças a isso, era o melhor guerreiro de seu reino. Mas Réprobo tinha o desejo de servir o maior rei de todos, e por isso, saiu pelo mundo à procura dele.
Em determinado momento encontrou um rei que dizia ser o maior de todos. Imediatamente réprobo começou a servi-lo.
Certa vez, durante uma festa no palácio, alguns músicos tocavam e cantavam para o rei. Em algumas canções a letra continha citações ao demônio e, sempre que o rei ouvia falar do demônio imediatamente fazia o sinal da cruz.
Réprobo então quis saber do rei por qual razão fazia aqueles gestos. O soberano então disse que aquele sinal da cruz era para afugentar qualquer coisa má vinda do demônio.
Foi então que o gigante percebeu que seu rei não era o mais poderoso dos reis. Concluiu então que era o demônio e que por isso, deveria servi-lo.
Encontro com o demônio
O gigante então saiu em mais uma jornada a procura do rei mais poderoso do mundo. Um dia, enquanto caminhava no deserto encontrou o demônio e passou acompanha-lo por toda parte.
Entretanto, percebeu que, o demônio, sempre que avistava uma cruz desviava seu caminho.
Réprobo então perguntou porque ele fugia daquele símbolo. O inimigo infernal lhe disse:
“Houve um homem chamado Jesus Cristo que morreu na Cruz, e com isso trouxe a salvação para a humanidade, e quando vejo Seu sinal, me sinto derrotado e fujo de medo”.
Foi então que Réprobo abandonou o demônio e desejou encontrar este Jesus.
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O menino mais pesado do mundo
Réprobo após sua conversão passou a se chamar Cristóvão, “aquele que carrega Cristo”. Sua conversão foi assim.
O gigante então passou a ganhar a vida carregando em seus ombros os viajantes de uma
margem para outra de um rio caudaloso sobre o qual não havia ponte. A correnteza não podia com ele, dava alguns passos largos e já estava do outro lado. Deixava ali o passageiro, recebia algumas moedas e logo voltava para carregar outra pessoa.
A tradição conta que um dia se apresentou à beira do rio um menino belo como um raio de sol e sorridente como uma rosa de primavera. Assim que o viu, São Cristóvão pensou: “tão belo como um Anjo, pequeno, deve pesar pouco”. Logo que chegou na margem disse:
– Menino, queres que te passe para o outro lado? Andas tão sozinho por estes caminhos.
O Menino respondeu:
– Ando pelo mundo à procura de um tesouro que perdi. Queria passar para o outro lado do rio para ver se encontro este tesouro por estes campos e caminhos. Mas é uma pena que não poderás me carregar.
Cristóvão soltou uma forte gargalhada.
– Não poderei contigo? Anjinho de Deus, sois tão pequeno e leve, que não te carregarei nos ombros, mas na ponta dos dedos.
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Dito isso, aquele vigoroso gigante tomou o menino e, como se fosse uma pena, o colocou sobre os ombros e, saltando no rio, começou a caminhar em direção a outra margem.
Entretanto, quando estava no meio do trajeto, o menino começou a pesar tanto, tanto, que o gigante começou a tremer. Vendo que a correnteza estava começando a arrastá-lo, exclamou:
– Menino, pesas muito, tens que ser mais que um simples menino.
O menino então respondeu:
– Cristóvão, tens razão, eu peso mais que o mundo inteiro! Sou o Menino Deus, ando por estas terras procurando um tesouro que são as almas que se afastaram de mim. Hoje vim buscar a tua alma, se crês em mim e me amas, não só sentirás meu peso nos ombros, mas também no coração, e Eu te farei feliz neste mundo e no outro.
Quando chegou à outra margem do rio, Cristóvão colocou o menino sobre a areia, ajoelhou-se diante dele e disse:
– Menino, tu és Deus, eu creio em Ti e eu Te amo e só a Ti quero amar por toda minha vida!
E cumpriu a sua palavra, porque abandonou aquela vida e desde aquele dia se dedicou a servir e amar a Deus.
Oração a São Cristóvão para uma boa viagem
Senhor, todo poderoso, concedei-me firmeza e vigilância no volante para que eu chegue ao meu destino sem acidentes e em segurança. Protegei os que viajam, e a todos que dirigem concedei com prudência, e que descubram vossa presença na natureza, nas rodovias, nas ruas, nas criaturas, e em tudo aquilo que nos rodeia.
São Cristóvão, protegei-me e ajudai-me nas minhas idas e vindas a saber viver com alegria, e fé intensa agora e sempre. Amém!
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2023
Santa Maria Madalena
Santa Maria Madalena
Quem ouve o nome “Maria Madalena”, na maioria das vezes, lembra-se da mulher pecadora e de má vida do Evangelho. Mas poucos se recordam que dela foram tirados sete demônios (Lc 8,2) e que ela foi perdoada de seus numerosos pecados (Lc 7,47- Mc 16,9). Santa Maria Madalena.
Muitos ignoram que ela arrependeu-se do mal que praticou. Esquecem que ela viveu uma vida de penitente, que foi uma grande Santa. Por fim, santificou-se por amar intensamente a Deus.
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As três Maria e Santa Maria Madelana
O Papa São Gregório Magno, foi um zeloso reformador da Igreja, foi quem estabeleceu regras para o canto e cerimônias litúrgicas na Igreja. Além disso ele foi também um grande estudioso da vida dos santos e das Escrituras Sagradas. São Gregório Magno afirma que Santa Maria Madalena, Maria de Betânia e Maria pecadora, citadas no evangelho, por certo, são a mesma pessoa.
Por isso mesmo, é que Santa Maria Madalena é, entre as mulheres, a que mais tem seu nome citado nos Santos Evangelhos.
Ela nasceu em Magdala e viveu no século I. Conheceu Nosso Senhor, foi contemporânea de Nossa Senhora, dos Apóstolos, dos primeiros cristãos.” Ela era irmã de Santa Marta e de Lázaro, a quem o Mestre Divino ressuscitou. “Lázaro havia caído doente em Bethania onde estavam Maria e sua irmã Marta. Maria era quem ungira o Senhor com óleos perfumados e Lhe enxugara os pés com seus cabelos” durante um banquete do qual Jesus participava.
Na Via Dolorosa, no Calvário, … de pé, com a Virgem Maria!
Sem dúvida, Maria Madalena esteve no Calvário. “Havia ali algumas mulheres (…) que tinham seguido Jesus desde a Galileia para o servir. Entre elas Maria Madalena.” (Mt 27,55-56) É certo que durante a peregrinação na via dolorosa Santa Maria Madalena esteve ao lado da Virgem Mãe de Deus, Nossa Senhora, a quem ela admirava e venerava afetuosamente e que naquela ocasião era quem mais sofria espiritualmente as dores pelas quais seu Divino Filho passava para a salvação dos homens.
E essa, sem dúvida, foi uma ocasião oportuna que, aquela que muito havia pecado, encontrou para consolar quem nunca havia pecado. No Calvário, quando todos fugiram, “junto à cruz de Jesus estavam de pé sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, mulher de Cléofas, e… Maria Madalena.” (Jo 19,25).
Frutos do amor a Deus
Seu amor a Nosso Senhor já tinha feito com que ela, após a morte do Salvador, estivesse junto dEle também em Seu sepultamento. E, depois que a pedra foi rolada, “Maria Madalena e a outra Maria ficaram lá, sentadas diante do túmulo” (Mt 27,61).
Passou-se a sexta feira, passou-se o sábado.
“Depois do sábado, quando amanhecia o primeiro dia da semana, Maria Madalena, e a outra Maria foram ver o túmulo” (Mt 28,1). Ela descobriu o túmulo vazio e ouviu dois seres angélicos anunciarem a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ela seria a primeira testemunha da Ressurreição do Senhor e a primeira a ver Cristo mais tarde no mesmo dia quando o Mestre deu a ela a mensagem para entregar aos demais discípulos (Jo 20,1-18).
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De fato, a partir deste encontro com Jesus Ressuscitado, Santa Maria Madalena, a discípula fiel, continuou vivendo entre os apóstolos e discípulos, sendo um exemplo vivo das graças que o Senhor dispensou a ela, levando uma vida de testemunho e de luta por uma santidade maior.
Após Pentecostes
A tradição nos conta que juntamente com a Virgem Maria e o Apóstolo João, ela foi evangelizar em Éfeso. No entanto, outra história, que desde muito corre no Ocidente, diz que ela viajou para Provença, França, com seus irmãos Marta e Lázaro com mais outros discípulos para evangelizar Gaul.
Neste local ela passou 30 anos de sua vida na caverna de La Saint-Baume, nos Alpes Marítimos. Foi milagrosamente transportada, pouco antes de sua morte, para a Capela de Saint-Maximin, onde recebeu os últimos sacramentos da Santa Igreja. Ela foi enterrada em Aix. Em Vazelay, na França, todos afirmam que suas relíquias ali estão desde o século XI.
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2023
Nossa Senhora do Carmo
A História de Nossa Senhora do Carmo
Nossa Senhora do Carmo. Antecipando o monacato católico, uns tantos discípulos de Elias escolheram o alto do Monte Carmelo para, ali, abraçar a contemplação. Assim permaneceram na sucessão das gerações, até a vinda do Senhor. Vários deles se converteram depois de Pentecostes e foram os primeiros a erigir um oratório em louvor a Nossa Senhora.
Autores de peso discutem entre si, se o oratório lá existente seria de origem pagã ou se, de fato, já se tratava de um santuário dedicado à Santíssima Virgem. Entretanto, inteiramente certa é a enorme antiguidade da Ordem do Carmo.
Depois de Elias, seu discípulo Eliseu continuou a habitar aquela montanha, rodeado de “filhos dos profetas” (cf. 2Rs 2,25; 4, 25; 4,38, etc.). Conhece-se ali uma “gruta de Elias” e uma caverna chamada de “Escola dos Profetas”.
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Mas o primeiro documento da História que chegou até nós, mencionando um grupo de eremitas no Monte Carmelo, é da metade do séc. XII. Viviam eles sob a direção de um ex militar de nome Bertoldo.
Em 1154 ou 1155, um parente deste, Aymeric, Patriarca de Antioquia, o orientara no estabelecimento do eremitério. A um monge grego, João Focas, que o visitou em 1185, São Bertoldo contou ter-se retirado com dez discípulos para o Carmelo em virtude de uma aparição de Santo Elias.
Essa comunidade recebeu pouco depois, do Patriarca de Jerusalém, Santo Alberto, uma regra, que foi emendada e definitivamente aprovada pelo Papa Inocêncio IV, em 1247. Estava, assim, constituída a Ordem do Carmo.
O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo
No dia 16 de julho de 1251, São Simão Stock suplicava a Nossa Senhora ajuda para resolver um problema da Ordem Carmelitana, da qual era o Prior Geral. Enquanto ele rezava, a Virgem apareceu- lhe, trazendo o Escapulário nas mãos, e disse essas confortadoras palavras: “Filho diletíssimo, recebe o Escapulário da tua Ordem, sinal especial de minha amizade fraterna, privilégio para ti e todos os carmelitas. Aqueles que morrerem com este Escapulário não padecerão o fogo do Inferno. É sinal de salvação, amparo e proteção nos perigos, e aliança de paz para sempre”. A Igreja assumiu o Escapulário e fez dele uma das devoções mais difundidas entre o povo de Deus.
Em 1951, por ocasião da celebração do 700º aniversário da entrega do Escapulário, o Papa Pio XII disse em carta aos Superiores Gerais das duas Ordens carmelitas: “Porque o Santo Escapulário, que pode ser chamado de Hábito ou Traje de Maria, é um sinal e penhor de proteção da Mãe de Deus”.
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Exatamente 50 anos depois, o Papa João Paulo II afirmou: “O Escapulário é essencialmente um ‘hábito’. Quem o recebe é agregado ou associado num grau mais ou menos íntimo à Ordem do Carmo, dedicada ao serviço da Virgem para o bem de toda a Igreja. (…) Duas são as verdades evocadas pelo signo do Escapulário: de um lado, a constante proteção da Santíssima Virgem, não só ao longo do caminho da vida, mas também no momento da passagem para a plenitude da glória eterna; de outro, a consciência de que a devoção para com Ela não pode limitar-se a orações e tributos em sua honra em algumas ocasiões, mas deve tornar-se um ‘hábito’.”
Esses dois Pontífices confirmam, assim, manifestações de apreço ao Escapulário feitas por vários de seus antecessores, tais como Bento XIII, Clemente VII, Bento XIV, Leão XIII, São Pio X e Bento XV. Bento XIII estendeu a toda a Igreja a celebração da festa de Nossa Senhora do Carmo, a 16 de julho.
O maior negócio de nossa vida
Dentre todos os “negócios” de que nos ocupamos nesta vida, há um de tão grande importância que deve ser tratado com absoluta prioridade, sob pena de fracassarmos em todos os outros: nossa salvação eterna!
Certo dia, um repórter meu amigo resolveu fazer em várias cidades uma pesquisa sobre este assunto. Percorrendo as ruas, perguntava aos transeuntes: “Você quer ir para o Céu ou para o Inferno?” Impactadas, as pessoas respondiam, quase sem refletir: “Claro que quero ir para o Céu!” E tocavam em frente… Alguns, nosso repórter conseguia reter por mais um instante e fazer a segunda pergunta: “Quais os meios que você emprega para alcançar tão grande felicidade?”
Resultado da pesquisa: 100% querem ir para o Céu. Porém, menos de 1% se preocupa sobre como fazer para lá chegar! São abundantes esses meios. Vamos aqui indicar um dos mais eficazes, que a Mãe de Misericórdia põe à disposição de todos, sem qualquer exceção. Quem se julgar indigno, por ser grande pecador, lembre-se do que disse Jesus: “Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores” (Lc 5, 32).
Trata-se do uso do Escapulário do Carmo, recomendado por vários Papas e Santos. Um destes, São Cláudio de La Colombière, afirma: “Não basta dizer que o Escapulário é um sinal de salvação. Eu sustento que não há outro que faça tão certa nossa predestinação”.
Os grandes privilégios do Escapulário
Em nossa época de superstições, não é supérfluo esclarecer que o Escapulário está longe de ser um sinal “mágico” de salvação. Não é uma espécie de amuleto cujo uso nos dispensa das exigências da vida cristã. Não basta, portanto, carregá-lo ao pescoço e dizer: “Estou salvo!”
É verdade que Nossa Senhora não pôs condição alguma ao fazer sua promessa. Simplesmente afirma: “Quem morrer com o Escapulário não padecerá o fogo do inferno”. Não obstante, para beneficiar-se deste privilégio, é preciso usar o Escapulário com reta intenção. Neste caso, se na hora da morte a pessoa estiver em estado de pecado, Nossa Senhora providenciará, de alguma forma, que ela se arrependa e receba os sacramentos. E nisto a misericórdia da Mãe de Deus se mostra verdadeiramente insondável!
Alguns exemplos atestam de modo eloquente esta verdade
Viajando de automóvel em companhia de um bispo, o autor deste artigo viu uma mulher entrar distraída na rodovia e ser esmagada por uma enorme carreta cujo motorista não teve tempo de frear. O bispo mandou parar o automóvel, desceu apressadamente, deu a absolvição sacramental e ministrou a unção dos enfermos à mulher agonizante. Depois comentou comovido: “Ela estava com o Escapulário do Carmo. Certamente foi Nossa Senhora quem providenciou que um bispo estivesse passando por aqui, justo neste momento!”
Um caso diferente – narrado por Dom Marcos Barbosa na obra “O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo” – se passou na Inglaterra. Na hora da morte, um cavaleiro conhecido por sua grande impiedade, em vez de pedir a Deus perdão de seus pecados, blasfemava dizendo: “Quero o inferno e o diabo!” Os presentes, horrorizados, chamaram São Simão Stock, o qual tomou o Escapulário e estendeu- o sobre o blasfemador. Imediatamente este se arrependeu e pediu os sacramentos.
O privilégio sabatino
Segundo antiga e piedosa tradição, a Santíssima Virgem, aparecendo ao Papa João XXII, prometeu livrar do Purgatório, no primeiro sábado após a morte, todos os que portarem devotamente o Escapulário. Este é o chamado “privilégio sabatino”. Para se beneficiar dele é preciso então manter a castidade segundo o próprio estado, recitar o Pequeno Ofício da Imaculada ou rezar um terço todos os dias.
E mais: cada vez que o devoto beijar o Escapulário com piedade, fazendo um pedido à Santíssima Virgem, recebe uma indulgência parcial, isto é, a remissão de uma parte das penas que devia cumprir no Purgatório.
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Quem usa o Escapulário pode beneficiar-se também de indulgência plenária (remissão de todas as penas do Purgatório) no dia em que o recebe, na festa de Nossa Senhora do Carmo, 16 de julho; de Santo Elias, 20 de julho; Santa Terezinha, 1º de outubro; dos santos carmelitas, 14 de novembro; São João da Cruz, 14 de dezembro; São Simão Stock, 16 de maio.
A proteção de Nossa Senhora
São, de fato, inumeráveis os exemplos desse desvelo da Virgem Mãe por seus filhos. Dom Marcos Barbosa, na obra mencionada acima, narra dois bem interessantes.
Em Santo André (SP), uma menina de 5 anos caiu dentro de um poço de 20 metros de profundidade. Uma hora depois, foi encontrada boiando sobre a água, com o Escapulário no pescoço. A família, naturalmente, atribuiu o fato à proteção da Mãe do Carmelo.
Em São Paulo, um jovem de 15 anos, ao atravessar de bicicleta uma via férrea, foi apanhado pelo trem. Passado todo o comboio, ele se levantou ileso e, beijando comovido seu Escapulário, exclamava: “Só tive tempo de gritar: ‘Nossa Senhora do Carmo!’ Foi o bentinho d’Ela que me salvou!”
Como receber e usar o Escapulário
1 – Qualquer padre tem poder para benzer e impor na pessoa o Escapulário.
2 – Essa bênção e imposição valem para toda a vida, portanto, basta recebê-lo uma vez.
3 – Quando o Escapulário se desgastar, basta substituí-lo por um novo.
4 – Mesmo quando alguém tiver a infelicidade de deixar de usá-lo durante algum tempo, pode simplesmente retomar o seu uso, não é necessária outra bênção.
5 – Uma vez recebido, ele deve ser usado sempre, de preferência no pescoço, em todas as ocasiões, mesmo enquanto a pessoa dorme.
6 – Em casos de necessidade extrema, como doentes em hospitais, se o Escapulário lhe for retirado, o fiel não perde os benefícios da promessa de Nossa Senhora.
7 – Em casos de perigo de morte, mesmo um leigo pode impor o Escapulário. Basta recitar uma oração a Nossa Senhora e colocar na pessoa um escapulário já bento por algum sacerdote.
8 – O Papa São Pio X autorizou substituir o Escapulário por uma medalha que tenha de um lado o Sagrado Coração de Jesus e do outro uma imagem de Nossa Senhora. Mas a recepção deve ser feita com o escapulário de tecido.
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2023
São Bento, semente de milhares de santos
São Bento, semente de milhares de santos
São Bento nasceu na Itália, na região central chamada Úmbria, por volta do ano 480. Era filho de uma família nobre e desde sua infância manifestou um gosto especial pela oração. Seus primeiros estudos se deram na região de Núrsia e mais tarde ele mudou-se para Roma onde aprofundou seus estudos de filosofia e retórica.
Vocação
O jovem Bento logo viu a decadência moral de Roma e decidiu retirar-se para uma vida de penitência e oração. Partindo para o deserto, passou a morar em uma gruta afastada localizada no monte Subiaco. Ali conheceu um eremita de nome Romano, que lhe dava alimentos. São Bento viveu ali três anos em recolhimento, longe de todos, rezando, meditando e estudando.
Foi quando alguns pastores, ouvindo falar de sua santidade, começaram a procura-lo para pedir conselhos e orações. A partir de então, todos os moradores das cidades vizinhas iam até Subiaco para encontrarem São Bento.
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Santidade
Próximo à gruta onde se refugiara São Bento, havia um mosteiro que sem abade. Os monges pediram que ele assumisse o cargo de superior, mas o santo não queria aceitar e atestava que os seus costumes não iriam se harmonizar com os dos monges que levavam uma vida já solta e sem observância da regra. Mas, por fim, acabou aceitando.
São Bento começou então a exigir a observância dos costumes e da regra do convento, determinou horários para oração, meditação, jejuns etc. Arrependidos pela escolha de tal superior, decidiram matá-lo, colocando veneno na taça de vinho. Quando o servo de Deus sentou-se à mesa, apresentaram-lhe a bebida. Seguindo o costume da casa, estendeu a mão e pronunciou a bênção. No mesmo instante a taça explodiu, reduzindo-se a cacos.
Foi então que São Bento compreendeu o que havia se passado, levantou-se tranquilamente e reuniu a comunidade, dizendo: “Deus tenha compaixão de vós, irmãos. Por que me quisestes fazer isto? Não vos disse eu previamente que não se harmonizariam os vossos costumes com os meus? Ide, e procurai para vós um Pai consoante à vossa vida; depois disto já não me podereis reter”.
Os Beneditinos
Assim, São Bento retornou para sua gruta, porém, vários discípulos apareceram querendo seguí-lo. Foi assim que, em pouco tempo, ele fundo doze mosteiros, organizou a vida monástica de sua comunidade, escreveu a Regra dos Mosteiros, ou simplesmente, a Regra de São Bento, que é utilizada até os dias de hoje. Foi assim que nasceu a Ordem dos Beneditina.
O Patriarca São Bento foi a semente que Deus utilizou para gerar uma multidão de Santos. Atualmente os beneditinos contam com cerca de cinco mil santos, entre eles Santa Escolástica, irmã gêmea de Santo Bento, São Mauro e São Plácido, primeiros discípulos do Patriarca Bento.
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São Mauro e São Plácido
Destes dois a história narra um fato curioso.
São Plácido um dia foi buscar água e acabou caindo no lago, sendo imediatamente arrastado pela corrente. São Bento, que neste momento estava em sua cela no convento, viu a cena em espírito e ordenou que são Mauro fosse salvá-lo. O jovem não sabia nadar e pediu a benção ao superior.
Assim que a recebeu, Mauro correu para o lago, e, miraculosamente caminhou sobre as águas, sem se dar conta, e puxou pelos cabelos seu companheiro Plácido. São Mauro atribuiu o milagre à ordem e à bênção de São Bento, entretanto o Santo Abade atribuiu o fato à obediência do discípulo.
Santa Lióbia
Em seguida, podemos citar Santa Lióbia (700 – 779), abadessa, parente de São Bonifácio (Bispo e Mártir, também beneditino).
Na vida desta santa conta-se que, numa noite, sua mãe teve um sonho a respeito do nascimento da filha Líoba. Sonhara que trazia em seu seio um sino de igreja e no momento em que estendia a mão para tomá-lo, o sino emitia doces e melodiosos sons. Ao acordar, chamou sua fiel ama e contou-lhe o sonho; a serva então, tomada de espírito profético, disse:: “Dareis a luz a uma filha, que deveis consagrar ao serviço de Deus.
Assim, antes de seu nascimento, Deus já reservava para Si, esta serva fiel.
A Civilização Cristã
Graças a São Bento a Europa produziu o que hoje conhecemos como Civilização Cristã. Foram os mosteiros da ordem beneditina os guardiões e dispensadores da cultura, da arte e da religiosidade.
Portanto, peçamos a todos os santos beneditinos, em especial ao grande Patriarca São Bento, que nunca nos afastemos de Deus, de sua Santa Igreja e seus preceitos. Peçamos a eles como Santa Lióbia um dia escreveu a São Bonifácio: “Suplico-vos, irmão bem-amado, ajudar-me com o escudo de vossas orações contra os assaltos de meu inimigo invisível.” (Carta de Santa Lióbia a São Bonifácio).
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2023
Solenidade de São Pedro e São Paulo
Solenidade de São Pedro e São Paulo
No dia 29 de junho a Igreja celebra dois príncipes dos Apóstolos. Pedro, como Apóstolo universal e Paulo, Apóstolo dos gentios; ambos regaram a Igreja nascente com seu sangue, em Roma, onde, por um desígnio da providência divina, trabalharam e foram coroados pelo martírio.
Deste modo, da mesma forma que foram unidos em vida, Deus não os separou na morte. No ano 67 da era cristã, em 29 de junho, Pedro foi crucificado de cabeça para baixo, visto que era um pedido seu, na colina Vaticana, onde se ergue hoje a Basílica de São Pedro de Roma. Paulo foi decapitado na Via Óstia, no lugar onde se levanta a Igreja de São Paulo das três fontes.
Simão Pedro era natural de Betsaida; foi um dos primeiros Apóstolos chamados por Nosso Senhor, com seu irmão André. Era viúvo e logo depois da Ascenção, presidiu ao primeiro Concílio geral de Jerusalém, fixou depois residência em Antioquia, e mais tarde em Roma, governando a Igreja até o ano 67.
São Paulo, ou Saulo, era natural de Tarso (Asia) e foi educado no espírito dos fariseus. Mas converteu-se no ano 35, dois anos após a Ascensão, tornando-se, de perseguidor dos cristãos, um ardoroso Apóstolo do Evangelho. Inegavelmente indescritíveis os trabalhos, lutas e sofrimentos por que passou por amor de Jesus Cristo. Por fim foi conduzido a Roma, carregado de ferros, depois de longa permanência no cárcere foi decapitado no mesmo dia em que São Pedro foi crucificado.
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Declaração de Fé
A solenidade de São Pedro e de São Paulo, porém, o Evangelho da solenidade nos apresenta hoje a bela e entusiasta figura de Pedro. Jesus Cristo faz uma pergunta que provoca uma resposta decisiva. Interroga os Apóstolos acerca da sua personalidade : “Que dizem os homens ser o Filho do Homem?”
Cada um repete o que ouviu, e talvez o que pensava. Uns dizem que é Elias, outros João Batista, outros Jeremias ou qualquer outro profeta. Após ouvi as opiniões ouvidas, o divino Mestre quer ouvir a opinião pessoal dos Apóstolos, para isto pergunta: E vós, quem dizeis que eu sou?
Ele interroga os Apóstolos em geral; portanto, cabia ao Chefe deles dar a resposta, em nome de todos. Pedro faz sua primeira definição doutrinal, seu primeiro ato de autoridade, sob o olhar de seu Mestre. Sente-se a inspiração do Espírito Santo. Jesus Cristo está ali e escuta. Os Apóstolos, os primeiros Bispos, estão atentos. Todos escutam. Pedro responde sem hesitação; a sua palavra é curta: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!”
No dia 29 de Junho de 2007, o Papa Bento XVI, durante sua homilia comentou esta afirmação do primeiro Papa:
Isto não é falso, mas não basta. Com efeito, trata-se de ir em profundidade, de reconhecer a singularidade da pessoa de Jesus de Nazaré, a sua novidade. Também hoje é assim: muitos se aproximam de Jesus, por assim dizer, a partir de fora. Grandes estudiosos reconhecem a sua estatura espiritual e moral, bem como a sua influência sobre a história da humanidade, comparando-o com Buda, Confúcio, Sócrates e outros sábios e grandes personagens da história.
Entretanto, não conseguem reconhecê-lo. Vem à mente aquilo que Jesus disse a Filipe, durante a última Ceia: “Estou há tanto tempo convosco, e não me conheces, Filipe?” (Jo 14, 9).
E nós?
Muitas vezes Jesus é considerado também como um dos grandes fundadores de religiões, de quem cada um pode haurir algo para formar a sua própria convicção. Portanto, como nessa época, também hoje as “pessoas” têm diferentes opiniões sobre Jesus. E como então, também a nós, discípulos de hoje, Jesus repete a sua pergunta: “E vós, quem dizeis que Eu sou?”. Queremos fazer nossa a resposta de Pedro. Segundo o Evangelho de São Marcos, Ele disse: “Tu és Cristo” (8, 29); em Lucas, a afirmação é: “O Messias de Deus” (9, 20); em Mateus, ressoa: “Tu és Cristo, o Filho de Deus vivo” (16, 16); enfim, em João: “Tu és o Santo de Deus” (6, 69).
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Conclusão
Caros irmãos e irmãs, nesta solenidade de São Pedro e São Paulo, renovemos hoje o compromisso a cumprir até ao fim o desejo de Cristo, que nos quer plenamente unidos. Que nos oriente e nos acompanhe sempre com a sua intercessão a Santa Mãe de Deus: a sua fé indefectível, que sustentou a fé de Pedro e dos outros Apóstolos, continue a apoiar também a fé das gerações cristãs, a nossa própria fé: Rainha dos Apóstolos, rogai por nós! Amém.
Fonte:
1- Pe Julio Lombaerde, O Evangelho das Festas Litúrgicas
2- http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/homilies/2007/documents/hf_ben-xvi_hom_20070629_pallio.html
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2023
Natividade de São João Batista
Natividade de São João Batista
“A Igreja celebra a Natividade de São João Batista como um acontecimento sagrado. Dentre os nossos antepassados, não há nenhum cujo nascimento seja celebrado solenemente”, explicou o Bispo Santo Agostinho (354-430) em seus sermões nos primeiros séculos do cristianismo, sobre a natividade de São João Batista, que é celebrada hoje, 24 de junho.
“João apareceu, pois, como ponto de encontro entre os dois Testamentos, o antigo e o novo. O próprio Senhor o chama de limite quando diz: A lei e os profetas até João Batista”, acrescentou o Santo Doutor da Igreja.
São João Batista nasceu seis meses antes de Jesus Cristo. No primeiro capítulo de Lucas narra-se que Zacarias era um sacerdote judeu casado com Santa Isabel e não tinha filhos, porque ela era estéril. Estando já com a idade muito avançada, o anjo Gabriel apareceu a ele e comunicou que sua esposa teria um filho que seria o precursor do Messias, a quem daria o nome João. Zacarias duvidou desta notícia e Gabriel lhe disse que ficaria mudo até que tudo fosse cumprido.
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Meses depois, quando Maria recebeu o anúncio de que seria a Mãe do Salvador, a Virgem foi ver sua prima Isabel e permaneceu ajudando-a até o nascimento de São João.
Assim, como o nascimento do Senhor é celebrado todo 25 de dezembro, perto do solstício de inverno no hemisfério norte (o dia mais curto do ano), o nascimento de São João é em 24 de junho, próximo do solstício de verão no hemisfério norte (o dia mais longo). Dessa forma, depois de Jesus, os dias vão aumentando, e depois de João, os dias vão diminuindo, até que se volte “a nascer o sol”.
A Igreja assinalou essas datas no século IV, com a finalidade de que se sobrepusessem às duas festas importantes do calendário greco-romano: o “dia do sol” (25 de dezembro) e o “dia de Diana” no verão, cuja festa comemorava a fertilidade. O martírio de São João Batista é comemorado em 29 de agosto.
O Profeta do Altíssimo
Em 24 de junho de 2012, por ocasião desta festa, o Papa Bento XVI afirmou que o exemplo de São João Batista chama os cristãos “converter-nos, a testemunhar Cristo e anunciá-lo todo o tempo”.
Em suas palavras prévias à oração mariana do Ângelus, recordou a vida de São João Batista e indicou que “com exceção da Virgem Maria, João Batista é o único santo do qual a liturgia festeja o nascimento, e isto porque ele está estreitamente relacionado com o mistério da Encarnação do Filho de Deus”.
“Desde o seio materno João é o precursor de Jesus: a sua concepção prodigiosa é anunciada pelo Anjo a Maria como sinal de que ‘nada é impossível a Deus’”.
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Bento XVI recordou que o “pai de João, Zacarias — marido de Isabel, parente de Maria — era sacerdote do culto judaico. Ele não acreditou imediatamente no anúncio de uma paternidade já inesperada, e por isso ficou mudo até ao dia da circuncisão do menino, ao qual ele e a esposa deram o nome indicado por Deus, ou seja, João, que significa ‘o Senhor concede graças’”.
“Animado pelo Espírito Santo, Zacarias falou assim da missão do filho: ‘E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque irás adiante do Senhor a preparar os seus caminhos. Para dar a conhecer ao Seu povo a Sua salvação pela remissão dos pecados’”.
Ele explicou que “tudo isso se manifestou 30 anos depois, quando João começou a batizar no rio Jordão, chamando as pessoas para se preparar, com aquele gesto de penitência, à eminente vinda do Messias, que Deus lhe havia revelado durante sua permanência no deserto da Judeia”.
“Quando um dia veio de Nazaré o próprio Jesus para se fazer batizar, João inicialmente recusou-se, mas depois consentiu, e viu o Espírito Santo pairar sobre Jesus e ouviu a voz do Pai celeste que o proclamava seu Filho”.
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O Santo Padre explicou que a missão de São João Batista ainda não estava cumprida, porque “pouco tempo mais tarde, foi-lhe pedido que precedesse Jesus também na morte violenta: João foi decapitado na prisão do rei Herodes, e assim deu pleno testemunho do Cordeiro de Deus, que ele foi o primeiro a reconhecer e a indicar publicamente”.
Bento XVI também recordou que “a Virgem Maria ajudou a idosa prima Isabel a levar até ao fim a gravidez de João”. “Ela ajude todos a seguir Jesus, o Cristo, o Filho de Deus, que o Batista anunciou com grande humildade e fervor profético”, disse o então Pontífice.
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2023
Corpus Christi
Corpus Christi, a festa da grandeza e da pequenez
A solenidade de Corpus Christi é celebrada na Quinta Feira após o Domingo da Santíssima Trindade. Foi a Bem-aventurada Juliana de Mont Cornelon, perto de Liège, na Bélgica que teve a inspiração de pedir a instituição desta festa.
Na vida da Bam-aventurada conta-se que aos 16 anos teve pela primeira vez uma visão que se repetiu diversas vezes enquanto estava em suas adorações eucarísticas.
Ela via lua no seu pleno esplendor, mas com uma faixa escura que a atravessava. Nosso Senhora então explicou que a lua simbolizava a vida da Igreja sobre a terra, a faixa escura representava a ausência de uma festa litúrgica que honrasse de modo particular a Eucaristia.
Nosso Senhor então pediu que a religiosa trabalhasse para instituir uma festa na qual os fiéis pudessem adorar a Eucaristia para aumentar a fé, crescer na prática das virtudes e reparar os pecados cometidos contra o Santíssimo Sacramento.
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Bem-aventurada Juliana foi incompreendida e até perseguida pelo clero. Faleceu em 1258, na capela onde estava exposto o Santíssimo Sacramento. Morreu antes de ver a Festa do Corpo de Cristo estendida por toda a Igreja.
Uma amiga e confidente da religiosa, Eva, continuou a obra e obteve do Bispo de Liège que falasse com o Papa Urbano IV. Este então mandou compor o Ofício do Santíssimo Sacramento. Coube a São Tomás de Aquino esta obra, que perdura até os dias de hoje.
Urano IV falece em 1264 e a festa de Corpus Christi atrasou quase quarenta anos.
Foi só em 1311 que o papa Clemente V, durante o Concílio de Viena, estendeu a festa para toda a Igreja, e ele mesmo presidiu nesta cidade a primeira procissão do Santíssimo Sacramento!
Festa da grandeza
A grandeza da Eucaristia é expressa nesta solenidade.
– É a Carne e o Sangue do Salvador;
– O Sacramento de união com Deus;
– É a participação da vida divina;
– O pão da vida descido do céu;
– É o maná da imortalidade.
Ora, tudo que vive precisa de alimento. Nossa alma tem uma vida espiritual da qual só Deus pode ser o alimento; eis porque Ele se proclama “o Pão descido do céu.”
O maná dos hebreus era um alimento milagroso, que tomava o gosto preferido de quem o comesse. Era preciso diariamente renovar as provisões, pois, ao nascer do sol, o maná caído do céu, dissolvia-se num instante.
Pois bem, o maná do católico é a Eucaristia, que dá a cada um a força e a graça de que precisa. Para este é luz, para aquele outro é consolação, e para muitos é generosidade. E deveria ser recebido diariamente, o quanto possível, antes que o vento das tentações se lavante.
É uma grandeza escondida que deve ser realçada, exaltada e manifestada a todo católico. Por isso temos Corpus Chirsti.
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Pequenez
Notem bem que a Eucaristia é divinamente grande em seus efeitos, mas humanamente pequena em suas aparências.
Uma migalha de pão, um pouco de vinho, um sacerdote que diz umas palavras, e, embora vejamos pão e vinho, já se mudaram na substância em Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Cristo.
Neste pequeno espaço da Hóstia, está reunido o céu inteiro! É dai, deste silêncio, que raios de luz iluminam todas as criaturas.
Uma pequena Hóstia está ali sobre o altar. Os olhos humanos veem apenas o pão mas os Anjos do céu contemplam a divindade, em todo o seu esplendor, numa visão face a face, tão deslumbrante, que olhos humanos são incapazes de suportar.
Enquanto nós enxergamos apenas uma Hóstia branca, a realidade é a glória, a majestade e o poder do trono do Altíssimo. Que contraste entre a realidade e as aparências! É preciso manifestar esta pequenez! É preciso tirar do esconderijo este “Deus escondido” e mostra-lo ao mundo.
Conclusão
É por isso que na solenidade de Corpus Christi, seja numa pequena vila, seja numa grande metrópole, o Santíssimo Sacramento é levado em procissão, em triunfo, aclamado como Rei e conquistador. É o triunfo da Eucaristia, ou melhor, o triunfo da humildade. Este é o desejo do Senhor.
Por que tanta pompa a Jesus, se ele foi sempre pobre nesta vida? Ora, porque este foi seu desejo expresso na própria bíblia. Ele, sempre tão pobre e tão humilde, durante a sua vida mortal, exigiu para a instituição da divina Eucaristia, na última ceia, uma sala ricamente ornada (Lc 22 12) .
Para morar se contentava com uma humilde casa mas, para a sua Eucaristia, quer um edifício, que se impõe pela grandeza. Por que esta exigência? Para ensinar por todos os séculos, as honras devidas à Eucaristia. E assim os homens, vendo o pão, possam rezar: “Verdadeiramente tu es Deus Escondido” (cf Is 45,15)
2023
O Mistério da Santíssima Trindade
O Mistério da Santíssima Trindade
Quando rezamos o Credo, afirmamos em primeiro lugar que cremos em Deus. Mas quem é Deus? A Fé Católica nos ensina que Deus é um ser perfeitíssimo, eterno e soberano, criador do céu e da terra. Ensina-nos que esse Deus é único e que não há outros deuses além dele. A nossa fé também afirma que Deus é Uno e Trino. Ou seja, é um Deus em três pessoas iguais e realmente distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. O mistério da Santíssima Trindade.
O Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. Essas três pessoas são um só Deus, porque todas as três têm uma só e a mesma natureza divina. Esse mistério de um só Deus em três pessoas iguais e realmente distintas chama-se “Mistério da Santíssima Trindade”.
Um mistério revelado por Deus, contido nas Sagradas Escrituras
O mistério da Santíssima Trindade é um dos principais mistérios de nossa fé, e nos foi revelado por Jesus, no Novo Testamento.
Antes da Nova Aliança não se sabia que Deus é Uno e Trino, embora no Antigo Testamento, se encontrem algumas expressões que sugerem esse mistério, por exemplo no Gênesis (1,26): “E disse [singular] Deus [Elohim]: Façamos [plural] o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. Também em Gênesis (3,22) lemos: “Então disse o SENHOR Deus: Eis que o homem é como um de nós [plural], conhecendo o bem e o mal.”
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A leitura dos Evangelhos nos faz ver que Jesus revelou esse mistério aos Apóstolos por etapas. Primeiro ele ensinou-os a reconhecer nele o Filho Eterno de Deus. Quando seu ministério estava chegando ao fim, Ele prometeu que enviaria uma outra Pessoa, o Espírito Santo. Finalmente, depois da Ressurreição, ele revelou a doutrina da Trindade em termos explícitos: “Ide, pois, e ensinai a todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19). A força dessa passagem é decisiva. Que o Pai e o Filho sejam duas Pessoas distintas se deduz dos termos, que são mutuamente exclusivos. A menção do Espírito Santo nessa série, é evidência de que se trata de uma terceira Pessoa. A expressão “em nome”, no singular, indica que as três pessoas têm uma só natureza.
O Mistério
Não podemos compreender o mistério da Santíssima Trindade porque todo mistério é uma verdade, que ultrapassa a nossa inteligência, mas podemos conhecê-lo e compreender as verdades, que nos apresenta.
Santo Anselmo, Doutor da Igreja, fez uma comparação engenhosa e expressiva, para tornar sensível a possibilidade da Santíssima Trindade. Suponho – diz ele – uma fonte; desta fonte sai um rio que se estende e forma um lago chamado Nilo. As três chamam-se “Nilo”. A fonte, junta com o rio e o lago, chama-se Nilo.
O rio, igualmente, junto com a fonte e o lago chama-se Nilo. Não são três Nilos, mas um só.
Nesta comparação há três coisas a se considerar ; a fonte, o rio, o lago, mas um único Nilo, porque os três são unidos por uma Única e mesma água. Não são três Nilos, nem três lagos, mas um único Nilo porque, embora, cada uma das suas partes constitutivas seja distinta, são, entretanto, inseparáveis.
O mistério é tão sublime tão misterioso, tão belo, que conhecendo-o, sente-se a necessidade de prostrar-se de joelhos, para adorar a Trindade adorável, o Deus verdadeiro, único, em três Pessoas.
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Cada vez que fazemos o Sinal da Cruz sobre nós lembramos este sublime mistério. Lembremos sempre deste augusto mistério, cada vez que traçarmos o sinal da Cruz, repetindo com veneração e amor: Em nome do Padre, do Filho e do Espírito Santo.
Lembremo-nos também de que por atribuição, é o Padre que nos criou, o Filho que nos salvou, e o Espírito Santo que nos santifica por meio da graça divina, que nos transmite pela oração e pelos Sacramentos.
2023
Os pastorinhos de Fátima
Os pastorinhos de Fátima: O que aconteceu com eles depois das aparições?
Profundamente transformados pelas aparições e mensagens celestiais, os três pastorinhos passaram a exprimir no rosto a profundidade e gravidade das revelações a eles confiadas. As fotos de então nos mostram suas fisionomias sérias e sofridas, demonstração da vida de intensa oração e contínuos sacrifícios pela conversão dos pecadores e desagravo ao Imaculado Coração de Maria.
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Lúcia, na segunda aparição, havia pedido à Virgem de Fátima que os levasse para o Céu… “Sim, à Jacinta e ao Francisco levo-os em breve. Mas tu ficas cá mais algum tempo para Me fazer conhecer e amar. (…)”, foi a resposta de nossa Senhora.
Jacinta e Francisco esperaram, assim, o cumprimento da promessa de que a Virgem Maria os levaria em breve para o Céu. Durante o pouco tempo que passaram na Terra, foram ainda agraciados por algumas visões particulares.
Os últimos dias de Jacinta e Francisco
Pouco mais de um ano, após as aparições na Cova da Iria, Francisco e Jacinta adoeceram gravemente, atacados de bronco-pneumonia. Continuavam com os sacrifícios e penitências, fervorosamente. E percebiam que aquela doença devia conduzi-los ao Céu.
Foi, então, que lhes apareceu a Virgem e lhes declarou que, em breve, viria buscar Francisco. E que não demoraria muito em vir buscar também Jacinta.
Relatando a Lúcia, Jacinta contava:
“Nossa Senhora veio-nos ver, e disse que vem buscar o Francisco muito breve para o Céu. E a mim perguntou-me se queria ainda converter mais pecadores. Disse-lhe que sim. Disse-me que ia para um Hospital, que lá sofreria muito. Que sofresse pela conversão dos pecadores, em reparação dos pecados contra o Imaculado Coração de Maria, e por amor de Jesus. Perguntei se tu ias comigo. Disse que não. Isso é o que me custa mais. Disse que ia minha mãe levar-me, e, depois, fico lá sozinha!
Se tu fosses comigo! O que mais me custa é ir sem ti! Se calhar, o hospital é uma casa muito escura, onde não se vê nada, e eu estou ali a sofrer sozinha! Mas, não importa: sofro tudo por amor de Nosso Senhor, para reparar o Imaculado Coração de Maria, pela conversão dos pecadores e pelo Santo padre”.
Deus nos concede as graças por meio do Coração Imaculado de Maria
Jacinta se consumia e se sublimava no ardoroso desejo de reparar os Sagrados Corações de Jesus e de Maria. Antes de partir para o Hospital, ainda dirigiu a Lúcia outras edificantes palavras:
“Já me falta pouco para ir para o Céu. Tu ficas cá para dizeres que Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao Imaculado Coração de Maria. Quando for para dizeres isso, não te escondas, dize a toda a gente que Deus nos concede as graças por meio do Coração Imaculado de Maria, que lhas peçam a Ela, que o Coração de Jesus quer que, a seu lado, se venere o Coração Imaculado de Maria. Que peçam a paz ao Imaculado Coração de Maria, que Deus lha entregou a Ela. Se eu pudesse meter no coração de toda a gente o lume que tenho cá dentro no peito a queimar-me e a fazer-me gostar tanto do Coração de Jesus e do Coração de Maria!
Noutra ocasião, Jacinta disse:
“Olha, sabes? Nosso Senhor está triste porque Nossa Senhora disse-nos para não o ofenderem mais, que já estava muito ofendido e ninguém fez caso; continuam a fazer os mesmos pecados!”
Em julho de 1919, Jacinta é levada para o Hospital de Vila Nova de Ourém. O agravamento da doença a retém aí por 2 meses. Em seguida, é transportada para Lisboa, para ser submetida a arriscada e dolorida cirurgia. Permanece algum tempo num orfanato e, depois, é levada para o Hospital Dona Estefânia.
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A Madre Maria da Purificação Godinho, diretora do orfanato, impressionada pela sabedoria e virtude da menina registrou suas últimas palavras. Jacinta fala sobre o pecado, sobre os sacerdotes e os governantes e sobre as virtudes cristãs, surpreendendo pelas análises acertadas e profeticamente tão reais para nossos dias.
Nossa Senhora veio buscar Jacinta no dia 20 de fevereiro de 1920. Francisco partira para o Céu no dia 04 de abril de 1919.
Jacinta foi sepultada três dias depois no cemitério de Vila Nova de Ourém. Em setembro de 1935, seus restos mortais foram depositados num sepulcro novo, de pedra branca, em Fátima, com o singelo epitáfio: “Aqui repousam os restos mortais de Francisco e Jacinta, a quem Nossa Senhora apareceu”.
Já em 1951, os veneráveis restos mortais de Jacinta foram para a Basílica de Fátima, onde atualmente repousam. E em 1952, para lá também foram os despojos de Francisco.
O longo e sofrido itinerário de Lúcia
A única sobrevivente dos 3 pastorinhos percorreu longo e sofrido caminho até se tornar Carmelita Descalça, no Carmelo de São José, em Coimbra. Passou, antes, pela Casa das Irmãs Dorotéias, em Pontevedra, na Espanha.
A Irmã Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado permaneceu durante 58 anos no Carmelo, vindo a falecer em 13 de fevereiro de 2005, aos 97 anos de idade. Foi trasladada do Carmelo Santa Tereza, em Coimbra, onde ficou sepultada um ano, para a Basílica de Fátima, em 19 de fevereiro de 2006. Seus restos mortais repousam ao lado de Jacinta. Seus dois primos, Jacinta e Francisco, foram beatificados em 13 de maio de 2000. A lápide da Irmã Lúcia contém a frase, abaixo de seu nome: “A quem Nossa Senhora apareceu”.
A comunhão reparadora dos cinco primeiros sábados
No dia 10 dezembro de 1925, a Santíssima Virgem apareceu à Irmã Lúcia, tendo a Seu lado numa nuvem luminosa, um Menino. Ela mostrou a Lúcia um Coração que tinha numa das mãos, cercado de espinhos. E o Menino lhe disse:
“Tem pena do Coração de tua Santíssima Mãe, que está coberto de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Lhe cravam, sem haver quem faça um ato de reparação para os tirar”.
Em seguida, a Santíssima Virgem falou: “Olha, minha filha, o meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos cravam com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar, e dize que todos aqueles que durante cinco meses, no primeiro sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem quinze minutos de companhia meditando nos quinze mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assisti-los na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas”.
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Em 15 de fevereiro de 1926, novamente, o Menino Jesus apareceu à Irmã Lúcia e lhe perguntou se já havia difundido a devoção à sua Santíssima Mãe. A Irmã Lúcia respondeu que sua Madre Superiora estava disposta a propagá-la, mas que o confessor desta afirmara que ela sozinha, nada podia. E Jesus afirmou: “É verdade que a tua Superiora, só, nada pode; mas, com a minha graça, pode tudo”. A Irmã Lúcia apresentou a dificuldade que algumas almas tinham para se confessarem no sábado, e pediu para ser válida a confissão de oito dias.
Jesus respondeu: “Sim, pode ser de muitos mais [dias] ainda, contanto que, quando Me receberem, estejam em graça e tenham a intenção de desagravar o Imaculado Coração de Maria”. E se a pessoas se esquecerem de formar essa intenção, perguntou a Irmã Lúcia. “Podem formá-la na outra confissão seguinte, aproveitando a primeira ocasião que tiverem de se confessar”.
Quatro anos depois, na madrugada de 29 para 30 de maio de 1930, Nosso Senhor revelou interiormente à Irmã Lúcia outro pormenor a respeito das comunhões reparadoras dos cinco primeiros sábados. A Irmã Lúcia perguntou se quem não pudesse cumprir com todas as condições no sábado, poderia satisfazer com os domingos. Jesus respondeu: “Será igualmente aceita a prática desta devoção no domingo seguinte ao primeiro sábado, quando os meus Sacerdotes, por justos motivos, assim o concederem às almas”.
A consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria
Para o pedido de Nossa Senhora, na sua terceira aparição, houve também um complemento. Em 13 de junho de 1929, a Irmã Lúcia teve uma visão da Santíssima Trindade e do Imaculado Coração de Maria. Nossa Senhora dirigiu as seguintes palavras à Irmã Lúcia:
“É chegado o momento em que Deus pede para o Santo Padre fazer, em união com todos os Bispos do mundo, a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração, prometendo salvá-la por este meio. São tantas as almas que a Justiça de Deus condena por pecados contra Mim cometidos, que venho pedir reparação: sacrifica-te por esta intenção e ora”.
Diversas consagrações da Rússia ao Imaculado Coração de Maria, foram feitas ao longo dos pontificados que se sucederam a partir de 1929. Nenhuma delas, porém, chegou a atender plenamente os requisitos manifestados por Nossa Senhora à Irmã Lúcia. Esta, entretanto, desde meados de 1989 vem reconhecendo a validade da Consagração feita pelo Papa João Paulo II em 25 de março de 1984. Reconhecimento este que a própria vidente apresenta como expressão de uma opinião particular, e não de uma revelação sobrenatural.
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