2019
A Divina Misericórdia
A Divina Misericórdia
São João Paulo II em sua visita ao Santuário da Divina Misericórdia em 1997 disse:
“A mensagem da divina Misericórdia me foi sempre próxima e querida. É como se a história a tivesse inscrito na trágica experiência da segunda guerra mundial. Naqueles anos difíceis, constituiu um particular sustento e uma inexaurível fonte de esperança (…). Dou graças à divina Providência por me ter concedido contribuir pessoalmente para o cumprimento da vontade de Cristo, mediante a instituição da festividade da divina Misericórdia. (…) Rezo incessantemente a Deus para que tenha «misericórdia de nós e do mundo inteiro»
O amor de Deus para com cada homem adapta-se de maneira particular a nossa natureza frágil e débil. A este amor chamamos de MISERICÓRDIA.
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Com efeito, a misericórdia é o amor que se inclina sobre a miséria para a aliviar, remir, elevar para si.
Parece que Deus nos ama atraído pela nossa fraqueza, não porque ela seja amável, mas
porque Ela, bondade infinita, tem compaixão dela e quer supri-la com sua misericórdia.
Com sua perfeição infinita quer curar a nossa imperfeição, com a Sua pureza a nossa impureza, com Sua sabedoria a nossa loucura, com Sua bondade o nosso egoísmo, com Sua fortaleza a nossa Fragilidade.
A misericórdia de Deus não tem limites: nunca nos rejeita por causa dos nossos pecados, nunca se cansa das nossas infidelidades, nunca nos recusa o perdão, mas sempre está pronta a esquecer qualquer ofensa e ingratidão. Por isso, mesmo quando os homens nos condenam Deus usa de sua misericórdia e nos justifica, nos perdoa, como Jesus à mulher adultera: Vai, e não peques mais” (Jo 8,11).
Com a mesma medida com que tiverdes medido, também vós sereis medidoso
Pois bem, mas até onde chega a nossa misericórdia? Até que ponto sabemos nos compadecer dos defeitos alheios? A medida da nossa misericórdia para com os outros será a medida da misericórdia de Deus para conosco? Lembre-se o que disse Jesus: “Com a mesma medida com que tiverdes medido, também vós sereis medido” (Mt 7,2).
Para derramar sobre nós toda a sua misericórdia, Deus não exige que sejamos impecáveis, mas que sejamos misericordiosos para com nossos irmãos e também sejamos humildes. Não basta, portanto, ser miserável para atrair sobre si a divina misericórdia, é preciso reconhecer humildemente a própria miséria e voltar-se para Deus com plena confiança. Santa Teresinha nos ensina: “o que agrada a Jesus é me ver amar a minha pequenez e minha pobreza, é minha esperança cega na sua misericórdia, eis o meu tesouro”.
Logo, este é o tesouro que supre todas as nossas misérias, fraquezas, recaídas, infidelidades, porque, mediante esta humildade e esta confiança é que obtemos a misericórdia infinita. Então, se este presente de Deus está a nossa disposição, como poderemos desanimar por causa de nossa miséria?
Continua o Papa: O Coração de Cristo! O seu “Sagrado Coração” deu tudo aos homens: a redenção, a salvação, a santificação. Deste Coração superabundante de ternura Santa Faustina Kowalska viu sair dois raios de luz que iluminavam o mundo. ‘Os dois raios segundo quanto o próprio Jesus lhe disse representam o sangue e a água’ (Diário, pág. 132). O sangue recorda o sacrifício do Gólgota e o mistério da Eucaristia; a água, segundo o rico simbolismo do evangelista João, faz pensar no batismo e no dom do Espírito Santo”
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Reconhecer nossas misérias
A devoção a Jesus Misericordioso nos ensina a singela oração “Jesus, confio em Ti”.
De fato, não é verdade que muitas vezes desconfiamos de Deus? Ou pior, não reconhecemos nossas misérias. A falta de confiança é uma enorme ingratidão. Devemos reconhecer nossos defeitos, mas não devemos nos deixar sufocar ou desanimar por eles. Ao contrário, devemos tirar proveito da doença e miséria. Que santo, com exceção de Nossa Senhora, não teve defeitos?
Você conhece aquela conversa de Jesus com São Jerônimo?
Nosso Senhor disse: “Jerônimo, queres me dar um presente?
– Mas, senhor, respondeu o santo, já não vos deu tudo? Minha vida, meus bens, minhas energias, meu sofrimento, minha felicidade, minha alma, tudo é vosso.
– Jerônimo, dá-me mais uma coisa.
– O que, Senhor, o que? Haverá uma fibra do meu coração que não vos pertença?
– Jerônimo, Jerônimo, dá-me uma coisa que ainda não é minha. Guardas ainda, para ti, algo que devia ser meu…
– Falai, Senhor, pedi! De que se trata?
– Jerônimo, dá-me os teus pecados!
Conclusão
São Paulo tem uma palavra consoladora em relação à nossa miséria “Aos que amam a Deus, tudo coopera para o bem”. E Santo Agostinho acrescenta: “até os pecados”. Sim, porque os pecados nos humilham e nossas misérias nos obrigam a desconfiarmos de nós mesmos.
Portanto concluímos convidando você, leitor, a rezar conosco à Nossa Senhora como S. João Paulo II rezou: “Maria, Mãe da Misericórdia, faz com que conservemos sempre viva esta confiança no teu Filho, nosso Redentor. Ajuda-nos também tu, Santa Faustina, que hoje recordamos com particular afeto. Juntamente contigo queremos repetir, fixando o nosso olhar frágil no rosto do divino Salvador: “Jesus, confio em Ti”. Hoje e sempre. Amém”.
Fonte:
1. http://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/homilies/2001/documents/hf_jp-
ii_hom_20010422_divina-misericordia.html
2. CRAWLEY-BOEVEY, Mateo Pe., Jesus Rei de Amor, Ed. Vozes Ltda, 1956, Petropolis-RJ
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2019
O Terço da Misericórdia
O Terço da Misericórdia
Foi na Festa da Exaltação da Santa Cruz, dia 14 de setembro de 1935 que Nosso Senhor apareceu a Santa Faustina Kowalska e lhe apresentou uma poderosa oração: o terço da Misericórdia. Com efeito, o mundo vivia anos difíceis. Uma nova guerra se preparava e explodiria em breve. Inegavelmente, na Espanha, mais de 12 mil religiosos eram mortos durante a guerra civil.
Não só Santa Faustina rezava, mas também sentia-se impotente ao tentar pedir pela humanidade diante daquele panorama nascido pela falta de fé e pelos pecados de todos os povos. Foi quando, de fato, o próprio Jesus veio em seu socorro ensinando-lhe uma oração de súplica e de reparação para aplacar a ira divina.
Como rezar?
Assim, ela registra em seu diário as palavras do Divino Salvador: “Tu a recitarás (…) por meio do terço do rosário, da seguinte maneira:
Primeiro dirás o Pai-Nosso, a Ave-Maria e o Creio.
Em seguida, nas contas do Pai-Nosso, dirás as seguintes palavras: “Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e dos do mundo inteiro”.
Nas contas da Ave-Maria rezarás as seguintes palavras: “Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro”.
E portanto, no fim, rezarás três vezes estas palavras: “Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro”(D. 474 e 476).
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Santa Faustina continua: “O Senhor me disse para rezar o Terço da Misericórdia por nove dias antes da Festa da Misericórdia. Assim, devo começar na Sexta-feira Santa” (D. 796). Entretanto, o próprio Cristo pede à Santa que o recite sempre: “Recita, sem cessar, este Terço que te ensinei” (D. 687, cf. 714, 851).
Promessas de Nosso Senhor a quem reza o terço da Misericórdia
- “As almas que rezarem este Terço serão envolvidas pela Minha misericórdia durante a sua vida (…) (D. 754); Oh! que grandes graças concederei às almas que recitarem este Terço. As entranhas da Minha misericórdia comovem-se por aqueles que recitam este Terço (D. 848); Minha filha, exorta as almas a rezarem esse Terço que te dei. Assim, pela recitação desse Terço agrada-Me dar tudo o que Me peçam (D. 1541) se (…) estiver de acordo com a Minha vontade (D. 1731).
- Todo aquele que o recitar alcançará grande misericórdia na hora da sua morte (D. 687; cf. 754; 1541);
- Pela recitação desse Terço aproximas a humanidade de Mim (D. 929);
- Os sacerdotes o recomendarão aos pecadores como a última tábua de salvação. Ainda que o pecador seja o mais empedernido, se recitar esse Terço uma só vez, alcançará a graça da Minha infinita misericórdia. (D. 687); Quando os pecadores empedernidos o recitarem, encherei de paz as suas almas (…) (D. 1541).
- Na hora da morte defenderei como Minha glória toda alma que recitar esse Terço, ou quando outros o recitarem junto a um agonizante — eles conseguirão a mesma indulgência. De tal sorte que, quando recitam esse Terço junto a um agonizante, aplaca-se a ira de Deus, uma inconcebível misericórdia envolve a alma e abrem-se as entranhas da Minha misericórdia, pela dolorosa Paixão do Meu Filho (D. 811; cf. 810; 834; 1035; 1036; 1541; 1565; 1797).
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2019
São Simão Stock e o Escapulário do Carmo
São Simão Stock e o Escapulário do Carmo
No poético cenário da Galileia destaca-se o Monte Carmelo, refúgio de homens santos que no Antigo Testamento ali se retiravam para rezar, pedindo a vinda do Divino Salvador. Dentre esses varões, um foi incomparável: Elias, cuja missão profética marcou a história de Israel. De si mesmo, dizia: “Estou devorado de zelo pelo Senhor Deus dos Exércitos” (1 Reis 19, 10).
Por volta do século IX a.C., viveram os hebreus um longo e terrível período de estiagem, imposta por Deus como consequência dos pecados deste povo. Rezava Santo Elias no Monte Carmelo, pedindo o fim do castigo, pelos futuros méritos do Redentor, quando viu uma nuvenzinha se aproximando. Crescendo enormemente em tamanho, ela fez-se chuva, trazendo a salvação. Conforme famosos exegetas, essa nuvem seria símbolo de Maria, a qual, com sua humildade e santidade, atrairia à Terra o Salvador do gênero humano. O Profeta Elias vislumbrou, assim, em sua contemplação, o papel d’Aquela destinada a ser a Mãe do Messias esperado, e se tornou seu primeiro devoto.
Elias é considerado pai espiritual de uma multidão de religiosos que, dedicados à contemplação, começaram a viver como monges solitários nas encostas rochosas do Carmelo. Uma piedosa tradição diz ter essa descendência espiritual do profeta se prolongado ao longo dos séculos. Mas foi somente em 1226 que esses eremitas se institucionalizaram, quando sua regra, redigida por Santo Alberto, Bispo de Jerusalém, foi aprovada pelo Papa Onório III. Nascia a Ordem dos Irmãos da Bem aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo.
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São Simão Stock
Aumentando a perseguição contra os cristãos no Oriente, os religiosos do Monte Carmelo transladaram-se para a Europa. A Ordem passou então por um período de decadência e chegou à beira do desaparecimento. Nesse ínterim, Nossa Senhora fez florescer no tronco ressequido uma flor esplêndida: São Simão Stock. Ermitão inglês de reconhecida virtude, havia sido eleito para o cargo de Geral da Ordem. Naquela aflitiva situação, passou a implorar ardentemente a Nossa Senhora não deixar desaparecer a família carmelitana.
Atendendo às suas súplicas, em 16 de julho de 1251, a Virgem Santíssima lhe apareceu e entregou-lhe o escapulário, para ser usado por todos os carmelitas sobre as vestes, dizendo:
“Recebe, filho diletíssimo, o escapulário da tua Ordem, sinal de minha amizade fraterna, privilégio para ti e todos os carmelitas. Aqueles que morrerem revestidos deste escapulário não padecerão o fogo do Inferno. É um sinal de salvação, amparo e proteção nos perigos e aliança de paz para sempre.”
Desse modo, Nossa Senhora entregou ao mundo, através de São Simão Stock, o Escapulário do Carmo, ou “bentinho” como é conhecido em alguns locais. A partir dessa misericordiosa intervenção da Mãe do Carmelo, a Ordem carmelitana tomou novo vigor, de tal forma que dela nasceram muitas estrelas reluzentes para o firmamento da Igreja, como Santa Teresa, a Grande, São João da Cruz e Santa Teresinha do Menino Jesus.
Em lembrança desse feliz episódio de São Simão Stock e o Escapulário do Carmo, desde o fim do século XIV os carmelitas comemoram, no dia 16 de julho, a Festa de Nossa Senhora do Monte Carmelo, ou então, do Carmo, como é conhecida no Brasil.
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2019
Meditação do terço com as crianças
Meditação do terço com as crianças
Em nossos dias muitas tarefas, por mais prazerosas que seja, parecem difíceis muitas vezes. Entre elas a meditação do terço com as crianças parece ser algo quase impossível.
Entretanto, nestas horas devemos recordar o que São João Paulo II em sua carta Rosarium Virginis Maria disse em relação a isso:
“Rezar o Rosário pelos filhos e, mais ainda, com os filhos, educando-os desde tenra idade para este momento diário de “paragem orante’ da família, não traz por certo a solução de todos os problemas, mas é uma ajuda espiritual que não se deve subestimar. Pode-se objetar que o Rosário parece uma oração pouco adaptada ao gosto das crianças e jovens de hoje. Mas a objeção parte talvez da forma muitas vezes pouco cuidada de o rezar.
Ora, ressalvada a sua estrutura fundamental, nada impede que a recitação do Rosário para crianças e jovens, tanto em família como nos grupos, seja enriquecida com atrativos simbólicos e práticos, que favoreçam a sua compreensão e valorização. Por que não tentar?
Se o Rosário for bem apresentado, estou seguro de que os próprios jovens serão capazes de surpreender uma vez mais os adultos, assumindo esta oração e recitando-a com o entusiasmo típico da sua idade.”
Meditação dos mistérios com as crianças
Certamente é necessário tornar a oração do terço uma atividade agradável. Por isso a importância dos pais e responsáveis ajudarem na meditação do terço com as crianças.
Primeiramente vale a pena lembrar que, para ajudar a imaginação dos pequeninos e assim auxiliar na meditação, é bom que ela tenha uma estampa, ou uma imagem que represente cada um dos mistérios.
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Meditação dos mistérios gozosos ou da alegria com as crianças
- Anunciação do Arcanjo Gabriel a Virgem Maria – Assim como Maria acreditou e obedeceu a Deus, devemos pedir a Ela que nos torne obedientes e cheios de fé!
- Visitação de Maria a sua prima Santa Isabel – Maria vai apressadamente visitar Santa Isabel e fica com ela, auxiliando até o nascimento de São João. Devemos pedir aqui a virtude da generosidade, principalmente quando nossos pais nos ordenam fazer algo em casa.
- Nascimento de Jesus – Estamos diante do Menino Jesus Cristo, que ele nos faça santos e proteja todas as crianças do mundo.
- Apresentação do Menino Jesus no Templo – Jesus é levado ao templo, devemos pedir a graça de nunca nos afastarmos da casa de Deus
- Jesus, ainda criança, foi encontrado no Templo – Aqui vamos pedir por todos os sacerdotes que cuidam da casa de Deus.
Mistérios luminosos ou da luz com as crianças
- Batismo de Jesus – No dia de nosso Batismo nos tornamos filhos de Deus, irmãos de Jesus e herdeiros do céu. Neste mistérios, peçamos nunca esquecermos disso!
- Bodas de Caná, onde Jesus transformou a água em vinho – Assim como Jesus auxiliou o casal de noivos, ele possa ajudar nosso lar em todas as dificuldades.
- Jesus anunciando o Reino de Deus e o convite a conversão – Jesus nos chama a seguir a ele. Assim, neste mistério vamos pedir a graça de nunca faltarmos à Missa aos domingos.
- Transfiguração de Jesus – Jesus pode nos transformar em crianças santas, temos que pedir isso neste mistério.
- Jesus na última ceia com seus discípulos e se entrega em comunhão – Se ainda não fez sua primeira comunhão, deve pedir neste mistério que esse dia chegue o quanto antes. Se já comunga, que essas comunhões lhe façam santo.
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Meditação dos mistérios dolorosos ou da dor com as crianças
- Jesus no Horto das Oliveiras – Diante de uma angústia extrema, Jesus rezou por cada criança naquela hora.
- Flagelação de Jesus – Diante da dor física e moral, Jesus sofreu por nós, para que pudéssemos entrar no céu
- Coroação de espinhos – Quando somos desobediente, imitamos aqueles que coroaram de espinho Jesus. Devemos pedir para amar a Deus e sermos obediente.
- Jesus carrega a Cruz – Todos nós temos dificuldades, neste mistério devemos pedir forças para carregar cada dor com alegria.
- Crucifixão de Jesus – Com o próprio sacrifício, Jesus abriu as portas do reino dos céus para todos nós, ele é a ponte entre o Céu e a Terra.
Mistérios gloriosos ou da glória com as crianças
- Ressurreição de Jesus – Jesus ressuscitou Aleluia!
- Ascensão de Jesus – Jesus subiu aos céus para preparar um lugar para nós.
- Vinda do Espírito Santo sobre Nossa Senhora e os Apóstolos – Assim como todos receberam o Espírito Santo enquanto estava rezando com Maria, a Mãe de Jesus, nós também devemos sempre recorrer a Nossa Senhora.
- Assunção de Nossa Senhora – Nossa Senhora subiu ao céu para que, junto a Jesus possa rezar e interceder por todas as crianças do mundo
- Coroação de Nossa Senhora – Nossa Senhora é Rainha do céu, da terra, dos Anjos e dos homens e ama a todas as crianças que pedem a ela com fé.
Este artigo sobre a meditação do terço com as crianças lhe foi útil? Leia para seus filhos ou seus alunos.
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2019
A história de Nossa Senhora das Graças
A história de Nossa Senhora das Graças
Santa Catarina Labouré
A história de Nossa Senhora das Graças remonta ao início do século XIX.
Em 1806, a Providência fazia nascer na região da Borgonha, na França, uma menina destinada a representar um imenso papel em seu tempo e nos séculos futuros. Talvez, até o fim do mundo, Catarina Labouré.
Quando tinha nove anos perdeu sua mãe, senhora de origem distinta ligada a pequena nobreza de Fain-les-Moutiers. Todas em lágrimas, sobe ela então em um móvel, e declara, abraçando uma imagem da Virgem: “Agora vós sereis minha Mãe”. E Maria Santíssima, correspondendo a tanto afeto por Ela mesmo inspirado tornou-se de modo especial mãe de Catarina.
Certa vez, um sonho deixou-a intrigada: após celebrar missa na igrejinha de Fain-les-Moutiers, um velho e desconhecido padre, cujo olhar muito a impressionara, faz-lhe um sinal para que se aproxime. Tomada pelo temor, ela recua, mas sempre fascinada por aquele olhar. O velho padre lhe diz: “Minha filha, tu agora me foges, mas um dia serás feliz em vir a mim. Deus tem desígnios sobre ti. Não o esqueças…”.
Aos dezoito anos, uma enorme surpresa: ao visitar o convento das Filhas da Caridade em Châtillon-sur-Seine, onde fora estudar com uma prima, depara-se com um quadro que retratava o mesmo ancião de cujo olhar jamais se esquecera: era, nada mais nada menos, São Vicente de Paulo, fundador das Filhas da Caridade, que confirmava e indicava assim a vocação religiosa de Catarina. Entretanto, foi só aos 23 anos, que superando todos os obstáculos familiares que procuravam impedi-la de seguir os caminhos que Deus lhe traçara.
Três meses depois, no dia 21 de abril de 1830, transpôs pela primeira vez os umbrais do noviciado das Filhas da Caridade, em Paris, na Rue du Bac.
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A primeira aparição
Na noite anterior ao dia da festa de São Vicente, 19 de julho, o céu e a terra se tocariam. Quem conta é a própria Santa Catarina:
“Haviam-nos distribuído as noviças um pedaço de roquete de linho de São Vicente. ‘Eu cortei a metade e o engoli, adormecendo com a ideia de que São Vicente me obteria a graça de ver a Santíssima Virgem. Enfim, às onze e meia da noite, ouvi que me chamavam pelo nome: ‘Irmã Labouré, Irmã Labouré!’
Acordando, corri a cortina (que envolvia meu leito) e vi um menino de quatro ou cinco anos, vestido de branco, que me disse: ‘Venha para a Capela! A Santíssima Virgem te espera!’
Eu me vesti depressa e me dirigi para o lado do menino, que ficara de pé. Eu o segui. Ele estava sempre à minha esquerda. Por todos os lugares onde passávamos as luzes (as velas) estavam acesas. O que me deixou muito espantada. Mais surpresa ainda fiquei ao chegar à capela. O menino tocou apenas com a ponta do dedo e a porta se abriu! Minha surpresa foi muito maior porque vi que todas as velas e castiçais estavam acesos como se fosse missa de meia-noite.
Afinal, quando chegou a hora, o menino me avisou: Olhe! É a Santíssima Virgem! Ei-la!
Ouvi então um ruído como o ‘fru-fru’ de um vestido de seda que partia do lado direito do altar. Em seguida, vi uma senhora de extraordinária beleza sentar-se na cadeira que o diretor da comunidade costumava utilizar e que fica do lado esquerdo.”
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Seguindo o impulso de seu coração, Catarina pôs-se bem junto à Santíssima Virgem, apoiando suas mãos sobre os joelhos de Nossa Senhora, como teria feito com sua mãe… “Ali se passou o momento mais doce de minha vida. Seria impossível exprimir tudo o que senti. Ela me disse: Minha filha, quero encarregar-vos de uma missão. Tereis muito que sofrer, mas vós superareis esses sofrimentos pensando que o fareis para a glória do bom Deus. Sereis contraditada, mas tereis a graça, não temais! Sereis inspirada em vossas orações….
Revelações da Santíssima Virgem
Nossa Senhora continuou seu diálogo com aquela filha mostrando o que aguardava a França.
Os tempos são muito maus, calamidades virão precipitar-se sobre a França. O trono será derrubado. O mundo inteiro será transtornado por males de toda ordem. Mas vinde ao pé deste altar: aí as graças serão derramadas,… sobre todas as pessoas, grandes e pequenas, particularmente sobre aqueles que as pedirem… O perigo será grande, entretanto, não temais, o bom Deus e São Vicente protegerão a comunidade.”
Nossa Senhora ainda disse: “Haverá vítimas… as ruas estarão cheias de sangue… Minha filha, a Cruz será desprezada e derrubada por terra. O sangue correrá. Abrir-se-á de novo lado de Nosso Senhor. As ruas estarão cheias de sangue. O Arcebispo, será despojado de suas vestes (aqui a Santíssima Virgem não podia mais falar; o sofrimento estava estampado em suas faces). Minha filha – me dizia Ela – o mundo todo estará na tristeza. A estas palavras, pensei quando isto se daria. Eu compreendi muito bem: quarenta anos.”
De fato, quatro décadas depois, a França e Alemanha entravam em guerra…
Graças sobre o mundo
Outras aparições se seguiram, onde Nossa Senhora pediu que a santa cunhasse a Famosa Medalha Milagrosa, ao passo que trataremos em outro artigo. Uma coisa marcante nesta visita da Mãe de Deus são seus braços abertos e os raios de luz que saiam, segundo Santa Catarina, dos anéis da Virgem Maria.
Dizia Nossa Senhora: “Os raios são o símbolo das Graças que derramo sobre as pessoas que Me as pedem. Os raios mais espessos correspondem às graças que as pessoas se recordam de pedir. Os raios mais finos correspondem às graças que as pessoas não se lembram de pedir. Tenho muitas e muitas graças para dar à humanidade, mas as pessoas não mas pedem.”
A Virgem então queixou-se que seus filhos não pediam. Grande dor para uma Mãe é o fato de seu filho nunca lhe pedir nada. Por esta razão, Nossa Senhora das Graças abre seus braços, para abraçar profundamente seus filhos que correm até ela para pedirem ajuda! Você já pediu alguma graça?
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2019
Significado e importância das Novenas
Significado e importância das Novenas
Conforme São Jerônico, o número nove nas Sagradas Escrituras indicam sofrimento e dor. Nesse sentido, as Novenas simbolizam a imperfeição humana que busca a Deus (1). Mas qual o significado e importância das Novenas?
A origem da palavra Novena é, justamente, “nove”. Trata-se de uma devoção de oração privada ou pública que dura nove dias, feita com o objetivo de obter graças ou intenções especiais.
Ao pedir pela intercessão de Cristo, da Virgem Maria ou de algum santo de nossa devoção, devemos rezar a novena com o desejo sincero de imitarmos suas virtudes. Por isso São Jerônimo diz que esta devoção simboliza a imperfeição humana buscando a Deus, já que buscamos a perfeição e as virtudes dos santos.
Origens
Espanha e França foram os primeiros países a introduzirem uma novena em seus calendários. Tratava-se da Novena preparatória do Natal do Senhor, ou seja, tinha objetivo de recordar os nove meses de gravidez da Virgem Maria. Na Espanha, em 656, no Concílio de Toledo, a Festa da Anunciação foi transferida para o dia 18 de dezembro, dentro da novena. Desta novena, surge o costume de rezar-se novenas à Virgem Maria e aos santos pedindo sua intercessão.
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Importância
Com efeito, toda e qualquer novena requer três qualidades para ser eficaz: Humildade, Confiança e Perseverança! Incontáveis santos rezaram novenas com grande devoção e outros mais ainda deram testemunho da importância desta devoção aparecendo pessoalmente a seus devotos.
Em 1633, um jesuíta, Pe Mastrilli S.J, havia sofrido um grave acidente e estava entre a vida e a morte. Um dia, São Francisco Xavier (a quem tinha muita devoção) lhe apareceu dizendo que, se quisesse ficar curado, que consagrasse sua vida à evangelização do Oriente. O sacerdote então fez o propósito diante de seu superior.
Depois, o santo apareceu novamente pedindo que renovasse aquela promessa e mostrou ao jesuíta que este sofreria o martírio. Pe. Mastrilli assim o fez e imediatamente ficou curado. Por isso, na manhã seguinte, celebrou missa no altar de S. Francisco Xavier e pouco tempo depois viajou para o Japão, onde foi martirizado no dia 17 de outubro de 1637.
A fama deste milagre espalhou-se rapidamente e inspirou a novena a São Francisco Xavier, de tal forma que ficou conhecida até hoje como a “Novena da Graça”. Celebrada em muitos lugares do dia 4 ao dia 12 de março, dia da canonização de São Francisco Xavier.
O próprio Nosso Senhor Jesus Cristo, em suas aparições a Santa Margarida Maria Alacoque recomendou que celebrássemos as nove primeiras sextas feiras do mês prometendo: “Eu prometo, na excessiva misericórdia do meu Coração, que meu amor onipotente concederá a todos os que comungarem durante nove primeiras-sextas feiras do mês seguidas, a graça da penitência final; não hão de morrer em pecado e sem receber os sacramentos, servindo-lhes meu Coração de asilo seguro naquele último momento.”
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Conclusão
As novenas são importantes para afervorarem nossa fé devoção. Necessitamos de humildade, confiança e perseverança, três importantes qualidades para que nossas orações possam ser atendidas.
Sejamos então do número daqueles que, diariamente confiam nas palavras do divino Mestres “Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto. Porque todo aquele que pede, recebe. Quem busca, acha. A quem bate, se abrirá.” (Mt 7, 8-8)
Fontes consultadas:
1- cf. Jerome, loc. cit.; Athenagoras, “Legat. pro Christian.”, P.G., VI, 902; Pseudo-Ambrosius, P.L., XVII, 10 sq., 633; Rabanus Maurus, P.L., CIX, 948 sq., CXI, 491; Angelomus Monach., In Lib. Reg. IV, P.L., CXV, 346; Philo the Jew, “Lucubrationes”, Basle, 1554, p. 283).
2- cf. Vermeesch, “Pratique et doctrine de la dévotion au Sacré Coeur de Jésus”, Tournai, 1906, 555 sqq.).
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2019
A Mãe de todas as mães
A Mãe de todas as mães
1917 – 2023! 106 anos nos separam das aparições de Nossa Senhora em Fátima. Esta data, longe de ser uma simples comemoração, está cheia de significado e de mistério. Isto porque a Celestial Mensageira lembrava aos homens os apelos de seu Divino Filho: “Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo; fazei penitência e crede no Evangelho” (Mc 1, 15).
No dia 13 de maio de 1917, três inocentes pastorinhos foram escolhidos por Deus para transmitir ao mundo uma importante Mensagem. E esta lhes foi confiada “por Aquela que é, de fato, a Rainha do Céu e da terra. Aquela cuja beleza, poder e bondade foi o tema dos profetas e dos Santos, durante centenas de anos”. (WALSH, William Thomas. Nossa Senhora de Fátima. 2.ed. São Paulo: Melhoramentos, 1949, p.5.)
A mensagem
É importante interpretarmos a Mensagem de Fátima de forma autêntica, para que os espíritos se mantenham lúcidos, vigilantes e corajosos. Para os que têm fé, ressoarão sempre aos seus ouvidos as palavras de Nossa Senhora: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”
Diz a Escritura: “se hoje ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações”(Sl 94, 8). Pois bem, esta voz que se fez ouvir em 1917, ecoa até nossos dias. É a voz de uma rainha, mas, acima de tudo, é a voz de uma Mãe, nossa Mãe!
Entremos por um momento na casa de Nazaré para aí observarmos Maria como modelo de Mãe. As mães cristãs são raras, e aquelas que sabem praticar todos os deveres que este título impõe são mais raras ainda! Um dia que a Sagrada Família tinha ido a Jerusalém para adorar o Senhor, Jesus ficou no templo sem sua mãe o saber. Que aflição não foi a de Maria! Procurou seu filho até que o encontrou. Maria ensina aqui às mães que o exemplo e a vigilância são deveres importantes dentro do lar.
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Exemplo
Maria levava todos os anos seu divino Filho a Jerusalém. Feliz a mãe que, para formar seus filhos na virtude, desde cedo os faz conhecer o caminho da fé que o conduz até o Senhor.
Bem aventurada a criança que, desde cedo, aprende a soletrar o nome de Jesus e Maria. A experiência prova que, para o bem como para o mal, nada é mais forte que o exemplo. Não é a razão nem o costume que serve de norma de conduta para a maioria dos homens, mas sim, o exemplo. Santo Agostinho, no meio de suas loucuras antes da conversão, nunca perdeu a recordação das lições de piedade que tinha recebido de Santa Mônica.
Vigilância
O olhar de uma mãe deve sempre estar voltado para o seu filho, e o seu filho deve estar sempre presente em seu coração. A vigilância consiste em afastar dos filhos todos os perigos, físicos e espirituais.
Santo Agostinho teve um pai ambicioso de glória e de riquezas, e uma mãe que não tinha outro desejo senão o de ver o filho dentro da religião. Apenas o pai foi ouvido, e os conselhos da mãe foram desprezados. O que ocorreu? Agostinho recebeu todas as ciências, mas também todos os vícios.
Será que esta história não se repete ainda? Quantas famílias têm filhos que buscam apenas as ciências e esquecem da religião? Feliz os pais e mães que, ao comparecerem diante de Deus, possam dizer como Jesus: “Pai Santo, eu te glorifico sobre a terra, pois fiz conhecer o vosso nome aos filhos que me destes”.
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Nossa Senhora, nossa Mãe – a Mãe de todas as mães
Pois bem, nosso mundo, nosso país, nossos corações, são como estes filhos imprudentes que preferiram a glória do mundo e esqueceram do amor de Deus, esqueceram do templo. Maria novamente volta para procurar seu filho. Este filho está perdido, mas ela não o encontra no Templo, mas sim, no mundo caótico e triste.
“Filho, por que fizestes assim comigo?” ela poderia perguntar. É isso que ela faz em Fátima, toma seus filhos pela mão e os conduz através de seu olhar até Deus. Ela chora pelos filhos, ela reza pelos filhos. O que eu faço destas lágrimas e dessas preces?
Neste mês de maio, mês de Nossa Senhora, a Mãe de todas as mães, e mês das mães, pensemos nisso! Ela, a virgem prudente e vigilante, exemplo de todas as mães, quer a todos debaixo de sua proteção, mas espera que nós estejamos dispostos a ouvir e atender o apelo dela!
De fato, é a Mãe de todas as mães!
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2019
O granizo de Ouro
O granizo de Ouro
Certa vez um lavrador plantou uma bela e extensa vinha. Porém, antes da colheita foi atingida por um temporal com granizo que devastou toda a plantação. Nós poderíamos dizer: “Que desgraça, que prejuízo!”
Porém, na verdade havia ocorrido um milagre. Pela manhã, o agricultor constatou que o granizo era de ouro e outras pedras preciosas. O lavrador então colheu tudo e obteve um enorme lucro, muito maior que o prejuízo sofrido com a devastação de seu vinhedo.
Muitas vezes isso pode ocorrer na vida do leitor, ou na vida de quem escreve este texto. Como?
Talvez você já tenha passado por um temporal de granizos de ouro e não percebeu. Sim! Os desprezos que sofremos, as adversidades pelas quais passamos e as aflições que nos atormentam, são de OURO e PEDRAS PRECIOSAS! Mas somente para aquelas almas pacientes que sabem esperar a tempestade passar e colhem este tesouro em meio a devastação. E este tesouro, é muito maior do que se perde.
Você tem o coração perturbado pela impaciência? Adoremos em tudo os desígnios da Divina Providência” Se Deus permitiu que recebêssemos alguma prova ou sofrimento, contradição ou doença, amargura ou dor… paciência!
Um outro lavrador, que morava numa cidade próxima ao primeiro de que falamos aqui, teve péssimas colheitas, queixava-se dizendo: Se Deus deixasse a mim o governo do tempo, tudo iria melhor; porque, logo se vê que Ele não entende muito do cultivo da terra.
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Como achamos que deveria ser
Então Deus quis mostrar-lhe o quanto estava enganado, e disse: “Por este ano eu concedo a você o governo do tempo!”
O ingénuo lavrador quase enlouqueceu de alegria, e disse: “Agora, quero sol!” E veio o sol. Mais tarde disse: “Venha a chuva!” E choveu quanto ele quis. E ia pedindo: de novo sol; de novo chuva. E assim durante o ano inteiro. A plantação crescia, crescia. . . dava gosto vê-la.
“Agora, sim, pode ver Deus como se governa”, dizia o lavrador com uma pontinha de orgulho. Chegou o tempo da colheita. As espigas eram grandes, gordas, uma beleza!… Mas colhe uma, colhe outra, colhe todas e, que desgraça! as espigas estavam sem nenhum grão, tudo palha.
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Como realmente é
Nosso Senhor então apareceu e perguntou: “Então, que tal a colheita?
– “Muito má, Senhor! Muita palha e pouco grão!”
– Mas você não governou o tempo? Não se fez tudo como você desejava?
– Sim, tudo… sempre pedi chuva… pedi sol
– Pois é, você nunca pediu vento e tempestade, neve e gelo, e tudo que purifica o ar e torna resistentes as raízes. Por isso não há colheita!
A vida espiritual é assim! Sem mau tempo não se faz boa colheita. Se pedimos apenas alegria, riquezas, saúde, bem-estar, as raízes das virtudes não penetram em terra firme e não podem produzir frutos. Sem dor, mortificação, tribulações, não ajuntamos méritos s para o céu. É preciso aceitar o que Deus enviar. Devemos aceita-las com resignação, como granizo caído do céu. Granizo que mata nosso amor próprio, destrói a erva daninha de nosso orgulho, arrasa nossa vinha da vaidade. Só no céu teremos ideia da riqueza destes granizos de ouro durante nossa vida!
Esta é o bendito granizo de ouro que devemos pedir! Bendito granizo de ouro!
2019
A viúva insistente
A parábola da viúva insistente
Disse-lhes também uma parábola, para mostrar que importa orar sempre e não cessar de o fazer: “Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens. Havia também na mesma cidade uma viúva, que ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário. Ele, durante muito tempo não a quis atender. Mas, depois disse consigo: Ainda que eu não tema a Deus nem respeite os homens, todavia, visto que esta viúva me importuna, far-lhe-ei justiça, para que não venha continuamente importunar-me.” Então o Senhor acrescentou: “Ouvi o que diz este juiz iníquo. E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que a Ele clamam dia e noite, e tardará em socorrê-los? Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Mas, quando vier o Filho do Homem, porventura encontrará fé sobre a terra?” (Lc 18, 1-8)
Esta parábola, da viúva insistente, contada pelo Divino Mestre nos mostra a importância da oração insistente. Não julguemos pois tratar-se aqui de um simples conselho de Jesus. Não! É um preceito, uma obrigação, ninguém pode se dispensar da oração.
“Vigiai e orai”, diz-nos o Divino Mestre, e São Paulo insistirá: “Permanecei vigilantes na oração” (Col 4, 2) e “Orai sem interrupção” (I Tes 5, 17). Nossa própria natureza manchada pelo pecado exige de nós essa postura face à oração; e, mais ainda, assim nos manda proceder a Santa Igreja, conforme determina o Concílio de Trento: “Deus não manda impossíveis; e ao mandar-nos uma coisa, determina-nos fazer o que podemos e pedir-Lhe o que não podemos, bem como ajuda para poder”. Devemos então agir como a viúva insistente da parábola.
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Deus quer que peçamos ajuda a Ele
Por outro lado, o atendimento da parte de Deus será completo. Ele não olha para o tipo de necessidade, nem para a origem ou o tamanho da mesma, pois nada Lhe é impossível. Acontecimentos, ameaças, riscos, homens, demônios, etc., tudo está nas mãos d’Ele e bastará um mínimo ato de sua vontade para resolver qualquer problema. Porém, não nos esqueçamos de que se quisermos nos lançar contra uma dificuldade, usando exclusivamente de nossos dons naturais e forças, não estará aí engajada a palavra de Deus! É preciso importuná-Lo! Ele assim o exige. Ainda mais, é preciso ser incessante e fazer-Lhe uma espécie de “pressão moral”, sem nos cansarmos.
A contínua oração dos eleitos, em meio às dificuldades clamando a seu Pai, é infalível! Além disso, consideremos a absoluta necessidade da oração, no que diz respeito à salvação eterna, conforme as calorosas palavras de um grande Doutor da Igreja, Santo Afonso Maria de Ligório:
“Tudo quanto dissemos, que quem ora certamente se salva e quem não ora por certo será condenado. Todos os bem-aventurados, exceto as crianças, salvaram-se pela oração. Todos os condenados perderam-se por não orarem; se tivessem rezado não se teriam perdido. E este é e será no inferno o maior desespero, poderem ter alcançado a salvação com tanta facilidade quando bastava pedir a Deus as graças necessárias, e agora esses miseráveis não têm tempo de pedir.”
Muito mais que um ensinamento
Lembremo-nos do maternal conselho de Nossa Senhora: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2, 5). Com essas palavras, Ela nos confirma ainda mais, ao encerrarmos os comentários ao Evangelho de hoje, o quanto é indispensável rezar sempre. E se quisermos ser atendidos em maior profusão e prontamente, façamo-lo por intermédio de sua poderosa intercessão. Assim, estaremos agradando a Jesus que se tornará ainda mais propício às nossas súplicas.
Santa Teresa de Calcutá, fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade nos ensinou:
Toma gosto pela oração. Sente frequentemente a necessidade rezar ao longo do dia. Por certo, a oração dilata o coração, até que este possa receber o dom de Deus que é Ele próprio. Pede, procura, e o teu coração crescerá ao ponto de O receber e de O guardar como teu bem.
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Queremos tanto rezar bem e no entanto fracassamos. Então desanimamos e desistimos. Se queres rezar melhor, deves rezar mais. Deus aceita o fracasso, mas não quer desânimos. Ele quer que sejamos cada vez mais como crianças, cada vez mais humildes, cada vez mais cheios de gratidão na oração. Quer que nos recordemos da nossa pertença ao corpo místico de Cristo, que está em oração perpétua.
De fato, devemos ajudar-nos uns aos outros nas nossas orações. Libertemos o espírito. Não rezemos de forma muito prolongada; que as nossas orações não se alonguem indefinidamente, mas sejam breves, repletas de amor. Rezemos por aqueles que não rezam. Recordemo-nos de que aquele que quer ser capaz de amar tem de ser capaz de rezar.
Fontes: CALCUTÁ, Teresa S., Não Há Maior Amor (a partir da trad. de Il n’y a pas de plus grand amour, Lattès 1997, p. 20)
Decreto sobre a justificação, cap. XI.
LIGÓRIO, S. Afonso, A oração, o grande meio da salvação, Cap. I
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2019
O Lava Pés
O Lava Pés
Na vida de Jesus Cristo, tudo é divinamente ordenado. Ele ensina com os atos, como ensina pelas palavras.
Cada gesto é um ensinamento, como cada palavra é uma semente, tudo na vida de Jesus é significativo.
Procuremos imaginar a Última Ceia…
Os Apóstolos estão à mesa, acabam de realizar a Ceia legal, prescrita pela lei de Moisés, e Jesus inaugura a Ceia divina, a Ceia de seu próprio Corpo, a Ceia Sacramental, com que vai inaugurar o Novo Testamento.
A lei prescrevia que, ao terminar a Ceia legal, os convivas purificassem as mãos.
Os Apóstolos haviam-se levantado para esse fim. Jesus ordena que lhe tragam água. Os Apóstolos olham o seu bom Mestre, sentem que qualquer coisa de grande vai seguir-se. Enquanto estão em pé, Jesus lhes fala de seu reino, de sua volta para o Pai, de seu amor para com eles.
Ensina-lhes também a penitência, a confissão das faltas, o arrependimento e a justificação, referindo tudo à Cerimônia do lava-pés, que vai fazer em seguida.
Terminada esta solene instrução, Jesus ordena então a João e a Tiago, o menor, que busquem água, e manda aos Apóstolos disporem os assentos em semicírculo. O divino Mestre retira a sua túnica, e eis o Salvador de joelhos, tendo uma bacia com água diante de si, e uma toalha na mão, indo de um para outro dos Apóstolos, lavando e enxugando os pés de cada um de seus amigos.
Nos lavemos na humildade e contrição
Jesus começa por Pedro. E’ o chefe, é o primeiro, deve ser o condutor de seus irmãos. Pedro, impressionado pelas lições, que havia dado sobre a humildade, vendo a seus ele proclamara: “Quem sou eu, Senhor, para que me laveis os pés? Um Deus todo poderoso lavar os pés de uma criatura? O Mestre abaixar-se diante de um pecador como eu?! Não Senhor, é impossível!”
Jesus lava, sucessivamente, os pés de cada um dos Apóstolos, até os do traidor Judas. Quais os sentimentos, que se agitavam no coração do divino Mestre? Lavar os pés dos outros, e sem dúvida, um ato de humildade, mas tocar os pés de um traidor… Mas Jesus é pai e mãe. Lava, enxuga e beija os pés do traidor, com um sentimento de amor e de compaixão tão grande que dominava qualquer impressão contrária.
Tudo está terminado; Pedro deu o seu brado de fé: Senhor, lave-me não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça. João chora de comoção ao ver o bom Mestre humilhar-se a este ponto.
Jesus levanta-se retoma a sua túnica, volta à mesa e explica o que acaba de realizar. A lição é clara e dupla: A primeira no sentido literal: é uma lição de humildade e de caridade para com o próximo. A segunda, no sentido espiritual, é a necessidade de lavarmos a nossa alma, antes de sentar-nos ao banquete da sagrada comunhão.
Aqueles a quem retiverdes os pecados… lhes serão retidos
Se o exemplo do Salvador nos comove, a sua recomendação deve estimular-nos. Ele se abaixa, até prostrar-se aos pés dos Apóstolos; mas nos recomenda que nos prostremos aos pés de seu ministro.
Somos pecadores certamente. Ora, sendo pecadores, tendo ofendido a Deus, só Deus pode perdoar-nos. Só Ele pode perdoar pecados, porém quem somos nós para exigirmos que Deus baixe do céu e venha, pessoalmente, perdoar as nossas faltas; lavar a nossa alma? Quem de nós merece tal favor extraordinário? Ninguém!
Eis porque ele comunicou a seus Apóstolos o poder de perdoar os pecados em seu nome. A palavra divina é conhecida : Aqueles a quem perdoardes os pecados, os pecados serão perdoados, e aqueles a quem retiverdes os pecados, eles lhes serão retidos (Jo 21,23)
Ele lava os pés dos seus Apóstolos: o Sacerdote lavará as nossas almas. Ele declara os Apóstolos puros, porque foram purificados neste banho salutar: a palavra do Sacerdote nos purificará e restituirá à nossa alma o que talvez perdera nas lutas da vida: a graça.
Jesus preparou os Apóstolos para se sentarem à Mesa Sagrada: e aí receberam o seu próprio corpo, sob as aparências do pão. O Sacerdote tem o mesmo ideal: preparar a vossa alma para a recepção da Comunhão da Páscoa.
Não haja, pois, exceções entre nós. Somos discípulos de Jesus Cristo. Queremos seguir integralmente a sua doutrina, como acreditamos, integralmente, em todas as verdades, que nos revelou.
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