A história de Nossa Senhora das Graças

A história de Nossa Senhora das Graças

Santa Catarina Labouré

A história de Nossa Senhora das Graças remonta ao início do século XIX.

Em 1806, a Providência fazia nascer na região da Borgonha, na França, uma menina destinada a representar um imenso papel em seu tempo e nos séculos futuros. Talvez, até o fim do mundo, Catarina Labouré.

Quando tinha nove anos perdeu sua mãe, senhora de origem distinta ligada a pequena nobreza de Fain-les-Moutiers. Todas em lágrimas, sobe ela então em um móvel, e declara, abraçando uma imagem da Virgem: “Agora vós sereis minha Mãe”. E Maria Santíssima, correspondendo a tanto afeto por Ela mesmo inspirado tornou-se de modo especial mãe de Catarina.

Certa vez, um sonho deixou-a intrigada: após celebrar missa na igrejinha de Fain-les-Moutiers, um velho e desconhecido padre, cujo olhar muito a impressionara, faz-lhe um sinal para que se aproxime. Tomada pelo temor, ela recua, mas sempre fascinada por aquele olhar. O velho padre lhe diz: “Minha filha, tu agora me foges, mas um dia serás feliz em vir a mim. Deus tem desígnios sobre ti. Não o esqueças…”.

Aos dezoito anos, uma enorme surpresa: ao visitar o convento das Filhas da Caridade em Châtillon-sur-Seine, onde fora estudar com uma prima, depara-se com um quadro que retratava o mesmo ancião de cujo olhar jamais se esquecera: era, nada mais nada menos, São Vicente de Paulo, fundador das Filhas da Caridade, que confirmava e indicava assim a vocação religiosa de Catarina. Entretanto, foi só aos 23 anos, que superando todos os obstáculos familiares que procuravam impedi-la de seguir os caminhos que Deus lhe traçara.

Três meses depois, no dia 21 de abril de 1830, transpôs pela primeira vez os umbrais do noviciado das Filhas da Caridade, em Paris, na Rue du Bac.

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A primeira aparição

Na noite anterior ao dia da festa de São Vicente, 19 de julho, o céu e a terra se tocariam. Quem conta é a própria Santa Catarina:

“Haviam-nos distribuído as noviças um pedaço de roquete de linho de São Vicente.   ‘Eu cortei a metade e o engoli, adormecendo com a ideia de que São Vicente me obteria a graça de ver a Santíssima Virgem. Enfim, às onze e meia da noite, ouvi que me chamavam pelo nome: ‘Irmã Labouré, Irmã Labouré!’

Acordando, corri a cortina (que envolvia meu leito) e vi um menino de quatro ou cinco anos, vestido de branco, que me disse: ‘Venha para a Capela! A Santíssima Virgem te espera!’

Eu me vesti depressa e me dirigi para o lado do menino, que ficara de pé. Eu o segui. Ele estava sempre à minha esquerda. Por todos os lugares onde passávamos as luzes (as velas) estavam acesas. O que me deixou muito espantada. Mais surpresa ainda fiquei ao chegar à capela. O menino tocou apenas com a ponta do dedo e a porta se abriu! Minha surpresa foi muito maior porque vi que todas as velas e castiçais estavam acesos como se fosse missa de meia-noite.

Afinal, quando chegou a hora, o menino me avisou: Olhe! É a Santíssima Virgem! Ei-la!

Ouvi então um ruído como o ‘fru-fru’ de um vestido de seda que partia do lado direito do altar. Em seguida, vi uma senhora de extraordinária beleza sentar-se na cadeira que o diretor da comunidade costumava utilizar e que fica do lado esquerdo.”

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Seguindo o impulso de seu coração, Catarina pôs-se bem junto à Santíssima Virgem, apoiando suas mãos sobre os joelhos de Nossa Senhora, como teria feito com sua mãe… “Ali se passou o momento mais doce de minha vida. Seria impossível exprimir tudo o que senti. Ela me disse: Minha filha, quero encarregar-vos de uma missão. Tereis muito que sofrer, mas vós superareis esses sofrimentos pensando que o fareis para a glória do bom Deus. Sereis contraditada, mas tereis a graça, não temais! Sereis inspirada em vossas orações….

Revelações da Santíssima Virgem

Nossa Senhora continuou seu diálogo com aquela filha mostrando o que aguardava a França.

Os tempos são muito maus, calamidades virão precipitar-se sobre a França. O trono será derrubado. O mundo inteiro será transtornado por males de toda ordem. Mas vinde ao pé deste altar: aí as graças serão derramadas,… sobre todas as pessoas, grandes e pequenas, particularmente sobre aqueles que as pedirem… O perigo será grande, entretanto, não temais, o bom Deus e São Vicente protegerão a comunidade.”

Nossa Senhora ainda disse: “Haverá vítimas… as ruas estarão cheias de sangue… Minha filha, a Cruz será desprezada e derrubada por terra. O sangue correrá. Abrir-se-á de novo lado de Nosso Senhor. As ruas estarão cheias de sangue. O Arcebispo, será despojado de suas vestes (aqui a Santíssima Virgem não podia mais falar; o sofrimento estava estampado em suas faces). Minha filha – me dizia Ela –   o mundo todo estará na tristeza. A estas palavras, pensei quando isto se daria. Eu compreendi muito bem: quarenta anos.”

De fato, quatro décadas depois, a França e Alemanha entravam em guerra…

Graças sobre o mundo

Outras aparições se seguiram, onde Nossa Senhora pediu que a santa cunhasse a Famosa Medalha Milagrosa, ao passo que trataremos em outro artigo. Uma coisa marcante nesta visita da Mãe de Deus são seus braços abertos e os raios de luz que saiam, segundo Santa Catarina, dos anéis da Virgem Maria.

Dizia Nossa Senhora: “Os raios são o símbolo das Graças que derramo sobre as pessoas que Me as pedem. Os raios mais espessos correspondem às graças que as pessoas se recordam de pedir. Os raios mais finos correspondem às graças que as pessoas não se lembram de pedir. Tenho muitas e muitas graças para dar à humanidade, mas as pessoas não mas pedem.”

A Virgem então queixou-se que seus filhos não pediam. Grande dor para uma Mãe é o fato de seu filho nunca lhe pedir nada. Por esta razão, Nossa Senhora das Graças abre seus braços, para abraçar profundamente seus filhos que correm até ela para pedirem ajuda! Você já pediu alguma graça?

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