Confissão
A Confissão – Deus exige que nos acusemos
Se o pecado consiste essencialmente na desobediência à lei de Deus, nada mais justo que, para a remissão do pecado haja arrependimento, propósito de emenda e a humilhação de uma sincera confissão.
Isso podemos confirmar quando Deus mesmo exige, nas Sagradas Escrituras, a acusação formal de um pecador. Basta lembrar do primeiro homem após cometer o primeiro pecado, “Adão, onde estás?” (Gn 3,9), ou então de seu filho Caim após matar seu irmão, “Onde está teu irmão, Abel?” (Gn 4,9)
O mesmo aconteceu quando Jesus disse para a mulher samaritana no poço de Jacó: “vai, chama teu marido e vem cá.” (Jo 4,16). Mesmo sendo onisciente, Deus exigiu a declaração da falta para que assim pudesse perdoar e corrigir. Assim como o crime exige a declaração, a culpa exige acusação, manifestação.
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Obra divina
No século XVI, muitos cristãos foram levados pelas doutrinas de Martinho Lutero ao protestantismo. Entre outras coisas, dizia ele que a confissão sacramental estava abolida. Ora, o sacramento da penitência sempre foi uma barreira e um freio contra a criminalidade e às paixões desordenadas. Não quer dizer que não existiam, mas, é certo que determinados limites não eram ultrapassados por existir a confissão.
O fato é que o magistrado da cidade de Nuremberg ficou aterrorizado com o aumento dos crimes e da impiedade em toda cidade. Ele então pediu ao imperador Carlos V que escrevesse um decreto exigindo que todo o povo confessasse sacramentalmente. Ele esperava assim, pôr fim à crise.
O imperador então lhe disse: “Meu caro, se os homens se recusam a aceitar a confissão da mão de Deus, muito menos a aceitariam das minhas, se eu me atrevesse a querer impor através de um decreto imperial”.
De fato é assim, A Confissão não é um decreto humano. Seus efeitos maravilhosos ultrapassam a capacidade humana, pois são de origem divina. Basta lembrar o que diz São Pedro: “Foi Ele mesmo que levou nossos pecados em seu copo sobre o madeiro, afim de que, mortos para o pecado, vivamos para a justiça” (1Pd 2, 24)
Fonte de paz
Certa vez, Orígenes de Alexandria comparou o pecado mortal a uma comida indigesta. Após ser ingerida, o mal-estar do indivíduo torna-se geral. Dor de cabeça, mal humor, tonturas, calafrios, incômodo, falta de apetite.
Do mesmo modo, o pecado é tão tóxico que retira da alma a tranquilidade, o sossego, a paz, “para os ímpios não há paz” (Is 48,22). O pecador não tem paz, isso nos prova Adão que disse: “Ouvi tua voz no jardim, temi e me escondi” (Gn 3,10)
Para tirar o veneno da alma e para restituir ao pecador sua paz, Nosso Senhor instituiu a Confissão. Ali, no confessionário, está o ministro de Deus, a quem todos têm livre acesso. Não há protocolo, nem bilhete de ingresso.
É lá, no confessionário, que a alma despedaçada, cheia de remorsos entra como pecador e sai com o coração em festa e paz! A mais de dois mil anos, a história da Igreja tem confirmado, o sacramento da Confissão está destinado a ser na mente de seu fundador, Jesus Cristo, a fonte de paz e serenidade que nunca se esgota.
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“Eu me confesso só com Deus”
É possível que você, leitor, já tenha ouvido esta frase: “Eu me confesso só com Deus”. Jesus disse: “A quem perdoardes os pecados, os pecados lhes serão perdoados. A quem retiverdes os pecados, lhes serão retidos” (Jo 20, 22). O que significa isso?
Quer dizer: Eu concedo aos meus apóstolos, aos meus ministros, o poder de perdoar os pecados em Meu Nome. A todos a quem perdoarem, Eu, de minha parte também perdoo. E aqueles que meus ministros, iluminados pelo Espírito Santo, acreditarem que não devem perdoar, por serem indignos da remissão, estes Eu também não perdoo.
Na sua infinita sabedoria, Deus achou conveniente perdoar – por via normal – através de outros homens que tivessem sua autoridade e seu mandato, este é seu decreto divino.
Isso porque o homem, sinceramente arrependido, sente a necessidade de uma palavra que o assegure do perdão realmente conseguido. Porque, enfim, é um remédio direto contra o pecado, que é uma desobediência formal à lei suprema de Deus.
Os apóstolos eram homens, sujeitos à lei universal da morte. Por esta razão, Jesus Cristo instituiu os meios de salvação não somente para os tempos e a época dos apóstolos, mas sim, através de seus legítimos sucessores, para o bem dos cristãos de todos os séculos, de todos os países, de todas aa nações e raças.
Isso nos diz São Paulo: “Deus nos reconciliou consigo por Cristo e nos deu o ministério da reconciliação” (2 Cor 5, 18).
A maior felicidade
O padre Causette em seus escritos nos diz: “Confessai! Se é penoso no momento de se acusar dos pecados, porque é a hora da verdade, é suave depois da hora da misericórdia: A misericórdia e a verdade se encontram! (SI 84, 11).
Não vacile nem hesite! A vantagem espiritual é toda de nossa alma! Aproxime-se com fé e confiança do tribunal das misericórdias divinas. Após sincera e contrita confissão, você poderá rezar como o salmista: “As misericórdias do Senhor Cantarei eternamente! ” (Sl 88, 2)