2023
São Bento, semente de milhares de santos
São Bento, semente de milhares de santos
São Bento nasceu na Itália, na região central chamada Úmbria, por volta do ano 480. Era filho de uma família nobre e desde sua infância manifestou um gosto especial pela oração. Seus primeiros estudos se deram na região de Núrsia e mais tarde ele mudou-se para Roma onde aprofundou seus estudos de filosofia e retórica.
Vocação
O jovem Bento logo viu a decadência moral de Roma e decidiu retirar-se para uma vida de penitência e oração. Partindo para o deserto, passou a morar em uma gruta afastada localizada no monte Subiaco. Ali conheceu um eremita de nome Romano, que lhe dava alimentos. São Bento viveu ali três anos em recolhimento, longe de todos, rezando, meditando e estudando.
Foi quando alguns pastores, ouvindo falar de sua santidade, começaram a procura-lo para pedir conselhos e orações. A partir de então, todos os moradores das cidades vizinhas iam até Subiaco para encontrarem São Bento.
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Santidade
Próximo à gruta onde se refugiara São Bento, havia um mosteiro que sem abade. Os monges pediram que ele assumisse o cargo de superior, mas o santo não queria aceitar e atestava que os seus costumes não iriam se harmonizar com os dos monges que levavam uma vida já solta e sem observância da regra. Mas, por fim, acabou aceitando.
São Bento começou então a exigir a observância dos costumes e da regra do convento, determinou horários para oração, meditação, jejuns etc. Arrependidos pela escolha de tal superior, decidiram matá-lo, colocando veneno na taça de vinho. Quando o servo de Deus sentou-se à mesa, apresentaram-lhe a bebida. Seguindo o costume da casa, estendeu a mão e pronunciou a bênção. No mesmo instante a taça explodiu, reduzindo-se a cacos.
Foi então que São Bento compreendeu o que havia se passado, levantou-se tranquilamente e reuniu a comunidade, dizendo: “Deus tenha compaixão de vós, irmãos. Por que me quisestes fazer isto? Não vos disse eu previamente que não se harmonizariam os vossos costumes com os meus? Ide, e procurai para vós um Pai consoante à vossa vida; depois disto já não me podereis reter”.
Os Beneditinos
Assim, São Bento retornou para sua gruta, porém, vários discípulos apareceram querendo seguí-lo. Foi assim que, em pouco tempo, ele fundo doze mosteiros, organizou a vida monástica de sua comunidade, escreveu a Regra dos Mosteiros, ou simplesmente, a Regra de São Bento, que é utilizada até os dias de hoje. Foi assim que nasceu a Ordem dos Beneditina.
O Patriarca São Bento foi a semente que Deus utilizou para gerar uma multidão de Santos. Atualmente os beneditinos contam com cerca de cinco mil santos, entre eles Santa Escolástica, irmã gêmea de Santo Bento, São Mauro e São Plácido, primeiros discípulos do Patriarca Bento.
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São Mauro e São Plácido
Destes dois a história narra um fato curioso.
São Plácido um dia foi buscar água e acabou caindo no lago, sendo imediatamente arrastado pela corrente. São Bento, que neste momento estava em sua cela no convento, viu a cena em espírito e ordenou que são Mauro fosse salvá-lo. O jovem não sabia nadar e pediu a benção ao superior.
Assim que a recebeu, Mauro correu para o lago, e, miraculosamente caminhou sobre as águas, sem se dar conta, e puxou pelos cabelos seu companheiro Plácido. São Mauro atribuiu o milagre à ordem e à bênção de São Bento, entretanto o Santo Abade atribuiu o fato à obediência do discípulo.
Santa Lióbia
Em seguida, podemos citar Santa Lióbia (700 – 779), abadessa, parente de São Bonifácio (Bispo e Mártir, também beneditino).
Na vida desta santa conta-se que, numa noite, sua mãe teve um sonho a respeito do nascimento da filha Líoba. Sonhara que trazia em seu seio um sino de igreja e no momento em que estendia a mão para tomá-lo, o sino emitia doces e melodiosos sons. Ao acordar, chamou sua fiel ama e contou-lhe o sonho; a serva então, tomada de espírito profético, disse:: “Dareis a luz a uma filha, que deveis consagrar ao serviço de Deus.
Assim, antes de seu nascimento, Deus já reservava para Si, esta serva fiel.
A Civilização Cristã
Graças a São Bento a Europa produziu o que hoje conhecemos como Civilização Cristã. Foram os mosteiros da ordem beneditina os guardiões e dispensadores da cultura, da arte e da religiosidade.
Portanto, peçamos a todos os santos beneditinos, em especial ao grande Patriarca São Bento, que nunca nos afastemos de Deus, de sua Santa Igreja e seus preceitos. Peçamos a eles como Santa Lióbia um dia escreveu a São Bonifácio: “Suplico-vos, irmão bem-amado, ajudar-me com o escudo de vossas orações contra os assaltos de meu inimigo invisível.” (Carta de Santa Lióbia a São Bonifácio).
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2022
Santa Escolástica – um santo exemplo de irmã gêmea
Santa Escolástica – um santo exemplo de irmã gêmea
Santa Escolástica, alma inocente e cheia de amor a Deus, de quem pouco se conhece, era irmã gêmea do grande São Bento, pai do monacato ocidental, a quem amou com todo o seu coração.
Nasceram Escolástica e Bento em Núrsia, na Úmbria, região da Itália situada ao pé dos montes Apeninos, no ano 480. Como seu irmão, teve ela uma educação primorosa. Modelo de donzela cristã, Escolástica era piedosa, virtuosa, cultivava a oração e era inimiga das vaidades.
Com a morte dos pais, Escolástica vivia mais recolhida no retiro de sua casa. Quando se inteirou que seu irmão deixara o deserto de Subiaco e fundara o célebre mosteiro de Monte Cassino, decidiu ela professar a mesma perfeição evangélica, distribuindo todos os seus haveres aos pobres e partindo com uma criada em busca do irmão.
Encontrando-o, explicou-lhe suas intenções de passar o resto da vida numa solidão como a dele e suplicou-lhe que fosse seu pai espiritual, prescrevendo-lhe as regras que deveria seguir para o aperfeiçoamento de sua alma. São Bento, já conhecendo a vocação da irmã, aceitou-a e mandou construir para ela e a criada uma cela não muito longe do mosteiro, dando-lhe basicamente a mesma regra de seus monges.
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O relato de um Papa Santo guardou para a história a vida de Santa Escolástica
A fama de santidade desta nova eremita foi crescendo e, pouco a pouco, se juntaram a ela muitas outras jovens que se sentiam chamadas para a vida monástica. Colocando-se todas sob a sua direção, juntamente com a de São Bento, formando assim uma nova Ordem feminina, mais tarde conhecida como das Beneditinas, que chegou a ter 14.000 conventos espalhados por todo o Ocidente.
A cada ano, alguns dias antes da Quaresma, encontravam-se Bento e Escolástica a meio caminho entre os dois conventos, numa casinha que ali havia para este fim. Passavam o dia em colóquios espirituais, para então tornarem a ver-se no ano seguinte. Um dos capítulos do livro “Diálogos”, de São Gregório Magno, ajudou a salvar do esquecimento o nome desta grande santa que tem lugar de predileção entre as virgens consagradas. O grande Papa santo narra com simplicidade o último encontro de São Bento e Santa Escolástica, em que a inocência e o amor venceram a própria razão.
O último encontro destes 2 irmãos gêmeos santos
Era a primeira quinta-feira da Quaresma de 547. São Bento foi estar com sua irmã na casinha de costume. Passaram todo o dia falando de Deus. Ao entardecer, levantou-se São Bento decidido a regressar a seu mosteiro, para voltar apenas no próximo ano. Mas, pressentindo que sua morte viria logo, Santa Escolástica pediu ao irmão que passassem ali a noite e não interrompessem tão abençoado convívio. Ao que o irmão respondeu:
– Que dizes? Não sabes que não posso passar a noite fora da clausura do convento?
Escolástica nada disse. Apenas abaixou a cabeça e, na inocência de seu coração, pediu a Deus que lhe concedesse a graça de estar um pouco mais com seu irmão e pai espiritual, a quem tanto amava. No mesmo instante o céu se toldou. Raios e trovões encheram o firmamento de luz e estrondos. A chuva começou a cair torrencialmente. Era impossível subir assim o Monte Cassino naquelas condições. Escolástica apenas perguntou a seu irmão:
– Então, não vais sair? São Bento, percebendo o que se havia passado, perguntou-lhe:
– Que fizeste, minha irmã? Deus te perdoe por isso…
– Eu te pedi e não quiseste me atender. Pedi a Deus e Ele me ouviu – respondeu a cândida virgem.
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Passaram então aquela noite em santo convívio, podendo o santo fundador regressar ao seu mosteiro apenas no outro dia pela manhã. De fato, confirmou-se o pressentimento de Escolástica. Entregou sua alma ao Criador três dias depois deste belo fato. São Bento viu, da janela de sua cela, a alma de Escolástica subir ao céu sob a forma de uma branca pomba, símbolo da inocência que ela sempre teve. Levou o corpo para seu mosteiro e aí o enterrou no túmulo que havia preparado para si próprio. Enfim, alguns meses mais tarde também faleceu São Bento. Ficaram assim unidos na morte aqueles dois irmãos que na vida terrena se haviam unido pela vocação.
Logo após a morte de São Bento muitos milagres e graças começaram sendo alcançadas por intercessão destes 2 grande santos que são irmãos gêmeos e também por meio da Medalha Exorcística de São Bento.
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O último encontro destes 2 irmãos gêmeos santos
Comentando este fato da vida dos dois grandes santos, São Gregório diz que o procedimento de Santa Escolástica foi correto. Deus quis assim mostrar a força de alma de uma inocente, que colocou o amor a Ele acima até da própria razão ou regra. Conforme São João, “Deus é amor” (I Jo 4, 7) e não é de admirar que Santa Escolástica tenha sido mais poderosa que seu irmão, na força de sua oração cheia de amor. “Pôde mais quem amou mais”, ensina São Gregório. Aqui o amor venceu a razão, nesta singular contenda.
Peçamos, acima de tudo, a Santa Escolástica a graça da restauração de nossa inocência batismal. Que cresça o amor a Deus em nossa alma e possamos ter sua força espiritual para dizer com toda propriedade as palavras de São Paulo: “Tudo posso naquele que me conforta” (Fl 4, 13).
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2019
História da devoção à Medalha de São Bento
História da devoção à Medalha de São Bento
A Medalha de São Bento
A Medalha de São Bento é um poderoso instrumento de proteção contra o demônio, o pecado e toda espécie de males. Ao longo dos séculos, numerosos são os testemunhos dos que alcançaram graças por meio desta Medalha: socorro em casos de doenças, proteção contra calúnias, feitiços e acidentes em viagens; conversões e exorcismos de pessoas, bem como conceder graças especiais na hora da morte.
É bom lembrar que a medalha não é um talismã. As inúmeras graças alcançadas por meio deste precioso instrumento de fé são, antes de tudo, frutos da vida santa do Abade Bento. Durante a sua vida São Bento manifestou espantosos dons sobrenaturais, tais como: o poder de ler o pensamento de seus discípulos, a capacidade de curar, exorcizar e o dom da profecia.
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A história da devoção à Medalha de São Bento
Os habitantes de Metten, Alemanha, narram o seguinte fato.
Certo homem, invejoso e inescrupuloso, quis tomar as terras pertencentes à ordem de São Bento, a qual tinha – e tem – um grande mosteiro naquela cidade. Não encontrou outro meio senão pedir a um grupo de feiticeiras que pedissem ao diabo que os arrancasse dali. Durante muito tempo as bruxas pediram ao demônio aquele feito, mas nada conseguiram pois este, sempre que saía, voltava furioso e sem nada obter.
O homem então quis saber a causa. Uma das mulheres disse: “nada podemos fazer nos locais onde certa cruz está inscrita”. Assustado o homem voltou para casa e pouco tempo depois caiu doente. Na hora da morte confessou seus pecados e contou aos que estavam ao seu redor o fato do demônio e a cruz. A notícia correu rapidamente pela região e quando foram averiguar o fato, encontraram em diversas partes do convento a imagem da cruz que está na medalha de São Bento.
Significado da Medalha
Na face onde vemos a Cruz temos inscrito ao seu redor a palavra PAX (paz) que é o lema da Ordem de São Bento. Às vezes, PAX é substituído pelo monograma de Cristo “IHS”. Entre os braços da cruz temos quatro iniciais “C.S.P.B.”, que querem dizer “Crux Sancti Patris Benedicti” – “A Cruz do Santo Pai Bento“
Ao redor temos a oração de um exorcismo que está resumido nas letras: “C.S.S.M.L”: “Crux Sacra Sit Mihi Lux” – “A Cruz sagrada seja minha luz”. “N.D.S.M.D”: “Non Draco Sit Mihi Dux” – “Não seja o dragão meu guia”. V.R.S.N.S.M.V”: “Vade Retro Sátana Nunquam Suade Mihi Vana” – “Retira-te Satanás, nunca me aconselhes coisas vãs!” “S.M.Q.L.I.V.B” – “Sunt Mala Quae Libas Ipse Venena Bibas” – “É mau o que me ofereces, bebe tu mesmo os teus venenos!”.
No verso da medalha vemos a imagem de São Bento, segurando na mão esquerda o livro da Regra que ele escreveu para os monges e, na outra mão, sustenta uma cruz; junto a ele vemos um cálice, do qual sai uma serpente, e um corvo. Estes dois símbolos relembram as duas tentativas de envenenamento do Santo. Quem nos narra é São Gregório.
Tenha ao pescoço esta Medalha protetora de São Bento!
A taça de veneno
Próximo à gruta onde se refugiara São Bento, havia um mosteiro que estava sem abade. Os monges pediram que ele assumisse o cargo de superior, mas o santo não queria aceitar dizendo que os seus costumes não iriam se harmonizar com os dos monges que levavam uma vida já solta e sem observância da regra. Mas, por fim, acabou aceitando.
São Bento começou então a exigir a observância dos costumes e da regra do convento. De fato, arrependidos pela escolha, decidiram matá-lo, colocando veneno na taça de vinho. Quando o servo de Deus sentou-se à mesa, apresentaram-lhe a bebida. Conforme o costume da casa, estendeu a mão e pronunciou a benção. No mesmo instante a taça explodiu, reduzindo-se a cacos. Compreendendo o que havia se passado, levantou-se tranquilamente e reuniu a comunidade, dizendo: “Deus tenha compaixão de vós, irmãos. Por que me quisestes fazer isto? Não vos disse eu previamente que não se harmonizariam os vossos costumes com os meus? Ide, e procurai para vós um Pai consoante à vossa vida; depois disto já não me podereis reter”. Assim, São Bento retornou para sua gruta.
O pão da inveja
Em outra ocasião um sacerdote de uma igreja próxima ao mosteiro onde então morava São Bento, começou a invejar as virtudes do santo, e não conseguindo denegrir a pessoa do servo de Deus decidiu matá-lo enviando de presente um pão envenenado.
No momento em que fazia suas refeições, era costume aparecer – vindo da floresta – um corvo que era alimentado diariamente com um pedaço de pão que recebia das mãos de São Bento. Naquele dia, no momento em que a ave apareceu, foi revelado ao santo o crime do presbítero invejoso. São Bento atirou para o corvo o pão inteiro e ordenou que o atirasse para longe, onde ninguém pudesse encontrá-lo. O pássaro tomou o pão no bico e voou para longe, voltando depois sem nada.
Assim, para a memória destes dois fatos, ficaram gravados estes sinais na medalha.
Ao redor da Imagem do Santo lê-se: “Eius In Obtu Nro Praesentia Muniamur” – “Sejamos confortados pela presença de São Bento na hora de nossa morte”. Um pedido que unido ao da Ave Maria, “rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte”, nos enche de confiança no momento presente e na nossa hora derradeira, quando esperamos ouvir dos lábios do Divino Mestre: “Vinde, benditos de meu Pai”.
Agora que você conhece a história da devoção à Medalha de São Bento, beneficie-se você também com esta proteção!