São Frei Galvão
São Frei Galvão
Santo Antônio de Santanna Galvão, primeiro santo brasileiro, possuía uma espiritualidade tão grande que foi convidado até para fazer parte da Academia Brasileira de Letras, em 1770. É lá que ele declama, em latim, decorados, 16 peças poéticas em honra a Santa Ana, avó do menino Jesus e Mãe da Virgem Santíssima. Toda esta capacidade intelectual e força de personalidade se refletem em uma singela construção localizada no centro de São Paulo: o mosteiro da Luz. Hoje vamos poder ver um pouco do percurso que o trouxe até a capital e sua postura nos anos que viveu aqui.
Nasce o pequenino Antônio
Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, Frei Galvão, nasceu em Guaratinguetá – SP, em 23 de dezembro de 1739. Fez parte de uma família de muitas posses, tendo, portanto, sangue bandeirante: sua mãe era bisneta do famoso Fernão Dias Paes Leme.
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Foi ordenado sacerdote em 1762, no Rio de Janeiro, mas é só em 1769-70 que foi designado confessor do Recolhimento de Santa Teresa, em São Paulo. Esta parte providencial de sua vida o levou até a irmã Helena Maria do Espírito Santo, religiosa de profunda oração e grande penitência, que afirmava ter visões pelas quais Jesus lhe pedia para fundar um novo recolhimento. Frei Galvão, como confessor, ouviu e estudou tais mensagens e solicitou o parecer de pessoas sábias e esclarecidas, que reconheceram tais visões como válidas.
Fundação do Mosteiro da Luz
A data oficial da fundação do novo recolhimento é 2 de fevereiro de 1774. O bispo de São Paulo, franciscano e intrépido defensor da Imaculada, quis que este fosse construído segundo as concepcionistas aprovadas pelo Papa Júlio II, em 1511. A fundação passou a se chamar Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Previdência. Logo em 1775 a irmã Helena falece, imprevistamente, e o Frei Galvão se vê como o único pilar da obra ali começada. Pelo grande número de vocações, viu-se obrigado a aumentar o recolhimento. Durante quatorze anos (1774-1788), Frei Galvão cuidou da construção do recolhimento. Outros quatorze (1788-1802) dedicou à construção da Igreja, inaugurada aos 15 de agosto de 1802. A obra, “materialização do gênio e da santidade de Frei Galvão”, em 1988, tornou-se por decisão da Unesco Patrimônio da Humanidade.
Frei Galvão, além da construção e dos encargos especiais dentro e fora da ordem franciscana, deu muita atenção e o melhor de suas forças à formação das recolhidas. Para elas escreveu um regulamento ou estatuto. Em 1929, o recolhimento tornou-se mosteiro, incorporado à ordem da Imaculada Conceição (concepcionistas). É por isso que a história de São Frei Galvão se confunde com o Mosteiro da Luz, em São Paulo, do qual ele foi arquiteto, construtor e fundador. É já residindo ali que ele dá origem ao piedoso costume que depois se torna um sacramental da Santa Igreja, as pílulas milagrosas.
Enfim, é ali que se entende melhor sua disposição caridosa e sua generosidade sem limites que caracterizam os grandes santos.
Santo Antônio de Santanna Galvão, rogai por nós!
A morte colheu Frei Galvão na mesma serenidade que conservou durante a vida e seus últimos dias foram uma expressão fiel do altíssimo grau de santidade que ele havia atingido. Ele faleceu no dia 23 de dezembro de 1822, quando contava 84 anos, numa pobre cela atrás da capela do mosteiro da Luz, por ele construído.
Ao definirmos a vida deste perfeito filho de São Francisco, não encontraremos melhores palavras que aquelas figuradas em seu epitáfio no Mosteiro de Nossa Senhora da Luz: “Animam suam in manibus suis semper tenens”: Sempre teve a sua alma nas mãos.
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Com efeito, depois do pecado cometido por nossos primeiros pais, o gênero humano perdeu aquela completa harmonia de todas as suas inclinações, que era o dom de integridade. Reduzidos à dura prova de lutar contra si mesmos mais do que contra qualquer adversidade de sua existência, os homens passaram a depender em maior grau da graça divina do que de suas próprias forças, porque já não encontravam em sua natureza o antigo estado de perfeição.
É precisamente nessa docilidade à vontade da Providência em detrimento da sua própria que brilhou a santidade de Frei Galvão: flexível ao sopro do Espírito Santo, esqueceu-se por completo de si mesmo e sepultou as suas deliberações no Coração do Divino Mestre.
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