São Cosme e São Damião
Esta é a história de São Cosme e São Damião
São Cosme e São Damião eram cristãos e irmãos. Não há informações exatas sobre o fato de serem gêmeos ou não. Mas sabe-se que nasceram e viveram na região da Ásia Menor, na Cilícia, por entre os séculos III e IV.
Desde muito cedo manifestaram grande talento para o exercício da medicina. Pois então estudaram, formaram-se na Síria e passaram a vida exercendo a profissão de médico, aliás, com muita competência e dignidade.
São tidos como padroeiro dos médicos.
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A medicina como forma de apostolado
Os irmãos eram conhecidos como “os não cobradores”. Conseguiam deixar pasmos os mais céticos dos pagãos pois, eles não cobravam absolutamente nada por exercer sua função. Os gregos os chamavam de “anargiros”, que significava sem dinheiro. Eram muito desprendidos e caritativos com os mais pobres.
E no exercício de sua profissão, não rara as vezes, eles falavam a respeito de Jesus Cristo e de seu Evangelho.
Nesse ambiente então, conseguiam a conversão de muitos pagãos para o seio da verdadeira Igreja. Inspirados pelo Espírito Santo, usavam a fé aliada aos seus conhecimentos científicos e conseguiam muitas curas, muitas vezes de pessoas à beira da morte e por isso, eram vistos como verdadeiros milagres.
Contra a verdade, a perseguição dos maus.
As conversões que os dois irmãos médicos estavam fazendo na região começaram a incomodar a muitos.
Lisias, governador da Cilícia, desgostou-se muito da propaganda efusiva do Cristianismo que eles realizavam. Tentou inutilmente que deixassem de pregar e, como não conseguiu, mandou atirá-los ao mar. Eis que uma onda gigantesca os levou a salvos à margem!
Milagre!
Não satisfeito, este mesmo governador mandou que fossem queimados vivos, mas as chamas sequer tocaram seus corpos. Queimaram sim aos verdugos pagãos que queriam atormentá-los.
Diocleciano, imperador e grande perseguidor dos cristãos na época, mandou prendê-los e interrogá-los. Acusados de serem inimigos dos deuses e também de usarem feitiçarias e outros meios diabólicos para disfarçar suas curas. “Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo e pelo Seu poder”, sempre rebatiam as acusações com essa resposta.
Diante da insistência dos perseguidores da fé cristã, com relação à adoração aos deuses, respondiam: “Os teus deuses são vãos, e puras aparências, nem sequer se lhes pode dar nome de homens, mas de demônios”.
Finalmente, o mandatário mandou que fossem decapitados e assim puderam derramar seu sangue por proclamar o amor ao Divino Redentor. O martírio ocorreu em Ciro, cidade vizinha à Antioquia, na Síria.
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Médicos durante e depois da vida
O imperador Justiniano, por volta do ano 530 ficou gravemente enfermo. Encomendando-se a estes dos grandes mártires, ficou inexplicavelmente curado. Ordenou então que se construísse, em Constantinopla, uma grandiosa Igreja em honra a seus protetores.
O Papa Félix IV, entre 526 e 530, também pediu que se construísse em Roma uma Basílica dedicada a São Cosme e São Damião. A dedicação desta Basílica se deu em 26 de Setembro. Assim então esta data passou a ser comemorada a festa dos Santos médicos.
E os doces?
A festa litúrgica de São Cosme e São Damião, como dito antes, se dá no dia 26 de Setembro. Na umbanda, essa festa é no dia subsequente, 27 de Setembro.
Os africanos escravizados, na vinda ao Brasil, utilizavam imagens de Santos Católicos para cultuar, de forma disfarçada, seus orixás. Dentre esses, valiam-se das imagens de São Cosme e São Damião para cultuar dois orixás também irmãos gêmeos e crianças. Ao passo que nesta data é comum a distribuição de doces.
E nós, Católicos, seguidores da Igreja de Cristo, podemos comer esses doces?
O próprio São Paulo pode responder essa pergunta, conforme consta nas Sagradas Escrituras, em sua primeira carta aos Coríntios:
Biblia Católica Online – I Cor 8
“1Quanto às carnes oferecidas aos ídolos, somos esclarecidos, possuímos todos a ciência… Porém, a ciência incha, a caridade constrói.
2.Se alguém pensa que sabe alguma coisa, ainda não conhece nada como convém conhecer.
3.Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido por ele.
4.Assim, pois, quanto ao comer das carnes imoladas aos ídolos, sabemos que não existem realmente ídolos no mundo e que não há outro Deus, senão um só.
5.Pretende-se, é verdade, que existam outros deuses, quer no céu quer na terra (e há um bom número desses deuses e senhores).
6.Mas, para nós, há um só Deus, o Pai, do qual procedem todas as coisas e para o qual existimos, e um só Senhor, Jesus Cristo, por quem todas as coisas existem e nós também.
7.Todavia, nem todos têm esse conhecimento. Alguns, habituados ao modo antigo de considerar o ídolo, comem a carne como sacrificada ao ídolo; e sua consciência, por ser débil, se mancha.
8.Não é, entretanto, a comida que nos torna agradáveis a Deus: comendo, não ganhamos nada; e não comendo, nada perdemos.
9.Atenção, porém: que essa vossa liberdade não venha a ser ocasião de queda aos fracos.
10.Se alguém te vir, a ti que és instruído, sentado à mesa no templo dos ídolos, não se sentirá, por fraqueza de consciência, também autorizado a comer do sacrifício aos ídolos?
11.E assim por tua ciência vai se perder quem é fraco, um irmão, pelo qual Cristo morreu!
12.Assim, pecando vós contra os irmãos e ferindo sua débil consciência, pecais contra Cristo.
13.Pelo que, se a comida serve de ocasião de queda a meu irmão, jamais comerei carne, a fim de que eu não me torne ocasião de queda para o meu irmão.”
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De fato, o pecado se caracteriza como pecado quando, entre outras coisa, há a ciência da prática do errado.
São Cosme e São Damião derramaram seu sangue por Nosso Senhor Jesus Cristo. Desse modo, ter devoção a eles não é distribuir doces mas, ser testemunho vivo do Evangelho.
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