Nossa Senhora das Dores
Nossa Senhora das Dores
A Festa de Nossa Senhora das Dores é celebrada no dia seguinte à Festa da Exaltação da Santa Cruz. É uma das poucas festas que ainda mantém sua sequência, oração hino recitado antes do Evangelho do dia. É o Stabat Mater.
Receba em sua casa a Medalha Milagrosa! Peça a sua.
Sequência
o Stabat Mater Dolorosa (“estava a mãe dolorosa“) foi motivo de centenas de adaptações musicais pelos compositores clássicos e contemporâneos. Não só na versão original latina mas também nos idiomas vernáculos. Suas palavras mostram assim a grande dor pela qual passou a Santíssima Virgem aos pés da cruz na qual o Salvador entregou seu espírito ao Pai.
Estava a mãe dolorosa chorando junto à cruz da qual seu Filho pendia.
Sua alma soluçante, inconsolável e angustiada era atravessada por um punhal.
Ó, quão triste e aflita estava a bendita mãe do Filho Unigênito!
Transpassada de dor, chorava, vendo o tormento do seu Filho.
Quem poderia não se entristecer ao contemplar a Mãe de Cristo sofrendo tanto suplício?
Quem poderia conter as lágrimas vendo a mãe de Cristo dolorida junto ao seu Filho?
Pelos pecados do seu povo Ela viu Jesus no tormento, flagelado por seus súditos.
Viu seu doce Filho morrendo desolado ao entregar seu espírito.
Ó mãe, fonte de amor, faz-me sentir toda a tua dor para que eu chore contigo.
Faz com que meu coração arda no amor a Cristo Senhor para que possa consolá-lo.
Receba em sua casa a Medalha Milagrosa! Peça a sua.
Mãe Santa, marca profundamente no meu coração as chagas do teu Filho crucificado.
Por mim, teu Filho coberto de chagas quis sofrer seus tormentos, quero compartilhá-los.
Faz com que eu chore e que carregue com Ele a sua cruz enquanto dure a minha existência.
Quero estar em pé ao teu lado, junto à cruz chorando junto a ti.
Virgem das virgens notável, não sejas rigorosa comigo, deixa-me chorar junto a ti.
Faz com que eu compartilhe a morte de Cristo que participe da sua paixão e que rememore suas chagas.
Faz com que me firam suas feridas, que sofra o padecimento da cruz pelo amor do teu Filho.
Inflamado e elevado pelas chamas, seja defendido por ti, ó Virgem, no dia do Juízo Final.
Faz com que eu seja custodiado pela cruz, fortalecido pela morte de Cristo e confortado pela graça.
Quando o corpo morrer, faz com que minha alma alcance a glória do Paraíso. Amém.
Imensidade das dores de Maria
Não queremos falar das causas propriamente ditas das dores de Maria Santíssima, mas de certas fontes especiais de amarguras contínuas.
A grande fonte, a única fonte especial de todos os seus sofrimentos é o amor que dedicava a seu Jesus, como a Deus e como a seu filho, mas além desta fonte primeira, há outras fontes que aumentavam singularmente os sofrimentos da Virgem desolada.
Estas fontes são as três seguintes:
I- Não poder morrer com Jesus
Jesus exercia sobre Maria todo o atrativo da sua beleza, da sua bondade, de seu amor de Filho e de Deus, enquanto se concentravam no Coração de Maria, o amor e os direitos de pai e de mãe; Jesus era três vezes seu filho: o filho de seu amor, o filho de sua virgindade e o filho das suas entranhas.
E este Jesus desaparece, morre derramando o seu próprio sangue, e envolto numa nuvem de ignomínias morre este adorável Jesus, e Maria não pode segui-lo na morte.
Oh! que morte horrível de tormentos de não poder morrer! Santa Teresa, no êxtase de seu amor para com Deus, exclamava: – “Morro, por não poder morrer.”
Receba em sua casa a Medalha Milagrosa! Peça a sua.
E Maria morria continuamente por não poder morrer com o seu Jesus.
A morte natural é de um instante. A morte mística de Maria, entretanto, era contínua. sua vida era uma morte prolongada.
II- Não poder aliviar as dores de Jesus
Nossa Senhora não podia morrer com seu Jesus, e por cúmulo de tormento, nem lhe era dado aliviar os sofrimentos dele.
Revelações de Santos nos dizem que, embora ausente do Getsêmani corporalmente, ela assistia em espírito e seguia interiormente as diversas fases da agonia do Redentor.
Mas, ela estava corporalmente presente na flagelação, na coroação de espinhos, no caminho do Calvário, na crucificação, na morte de Jesus. Que suplício indescritível, para um coração de mãecomo o de Maria, o ser obrigado a seguir passo por passo, este drama sangrento.
Outras mães teriam pelo menos a consolação, ao perderem o filho, de sentir, a presença de Deus que consola quando fere, mas para Maria o filho é ao mesmo tempo Deus que se imola e que fere seu Coração. E não podia prestar-lhe o mínimo serviço.
III- O seu conhecimento do pecado.
Uma terceira fonte de suplício para Maria é o conhecimento nítido, que tem do pecado. Ela havia sido escolhida por Deus para ser a co-redentora do gênero humano.
O redentor veio expiar e reparar o pecado, que conhecia a fundo, em toda a sua maldade e perversidade. Ademais, Maria Santíssima, associada à reparação, estava naturalmente associada ao conhecimento do mal que iam expiar.
Ora, o pecado é o centro da paixão e da morte do Salvador. Foram os espinhos do pecado que lhe perfuraram a cabeça, e os açoites da perversidade que lhe rasgaram o corpo.
Foi o peso do pecado que o prostrou por terra banhado em sangue. Foi a crueldade do pecado que o pregou na cruz, e abriu-lhe o peito. Maria via o que olhares de pecadores não podiam ver: Ela via que o pecado atingia a própria divindade, procurando como que destruir o Autor da vida. Maria via a grandeza de Deus ofendia, como via a maldade do homem revoltado.
Conclusão
A Virgem Dolorosa nos ensina o horror do pecado, a dor que ele causa a seu Divino Filho e a seu Imaculado Coração. E também nos ensina que estará a nosso lado, enxugando nossas lágrimas nos momentos mais difíceis, pois ela é Mãe que não abandona e não esquece nunca de seus filhos, principalmente nos momentos mais difíceis.
Ajude-nos assim a continuar nosso trabalho de evangelização e catequese das crianças das paróquias de todo Brasil!