Devoção à Divina Misericórdia
Devoção à Divina Misericórdia
A Igreja estabeleceu que no primeiro domingo após a Páscoa o mundo católico celebrasse a Festa da Divina Misericórdia. A Associação Religiosa Nossa Senhora das Graças, desde seus primórdios, tem se empenhado na divulgação desta belíssima devoção, que certamente é muito indicada para os dias em que vivemos. O mundo está cercado de crises, ameaças, guerras, violências e injustiças. Desse modo, os bons, muitas vezes, sentem-se desanimados diante de tanta maldade e impunidade. A humanidade parece cada vez mais afastada de Deus e de seus mandamentos… Mas, as revelações de Nosso Senhor Jesus Cristo a Santa Faustina Kowalska nos indicam a solução para os problemas de nossos tempos.
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Santa Faustina Kowalska
Maria Faustina Kowalska nasceu a 25 de agosto de 1905 no pequeno povoado de Glogowiec, no interior da Polônia. Aos vinte anos entrou para a Congregação de Nossa Senhora da Misericórdia, na cidade de Cracóvia. Durante os anos turbulentos entre a primeira e a segunda guerra mundial, ela recebeu as revelações do próprio Nosso Senhor Jesus Cristo sobre a Divina misericórdia. Entretanto, em 5 de outubro de 1938, aos 33 anos, Faustina Kowalska faleceu devido a uma tuberculose. Após a sua morte, a devoção à Divina misericórdia espalhou-se pelo mundo inteiro.
O Papa São João Paulo II foi um grande devoto da Divina misericórdia. Em 1967, quando era Arcebispo de Cracóvia, o então Cardeal Karol Wojtyla concluiu a primeira etapa do processo de beatificação de Irmã Faustina. Posteriormente, já na condição de Papa, elevou Santa Faustina à honra dos altares: em 1993 a beatificou e em 2000 a canonizou. Ademais, a ele devemos também a Encíclica Dives in Misericordia, de 1980, que estabelece as bases doutrinárias do culto à misericórdia Divina.
A Revelação Misericordiosa de Jesus
Em suas revelações a Santa Faustina Nosso Senhor destacou a importância da misericórdia Divina no plano de salvação da humanidade. “Diz que a misericórdia é o maior atributo de Deus. Todas as obras das Minhas mãos são coroadas pela misericórdia” (301).
“Tudo que existe está encerrado nas entranhas da Minha misericórdia, e de forma mais profunda que a criança no ventre de sua mãe. Quanta dor Me causa a falta de confiança em Minha bondade. Os pecados que Me ferem mais dolorosamente são os de desconfiança” (1076).
“Abri o Meu Coração como fonte viva de misericórdia; que dela tirem vida todas as almas, que se aproximem desse mar de misericórdia com grande confiança. Os pecadores alcançarão justificação, e os justos serão confirmados no bem. O que confiou na Minha misericórdia, derramarei na hora da morte a Minha divina paz na sua alma” (1520).
É por isso que uma das lamentações mais impressionantes do Salvador é que, muitas vezes, os justos têm dificuldade em compreender a Sua misericórdia:
“O Meu Coração sofre porque até as almas eleitas não compreendem como é grande a minha misericórdia.” (379) …. “Oh! como me fere a incredulidade da alma! Essa alma confessa que sou Santo e Justo e não crê que sou misericórdia, não acredita na minha bondade. Até os demônios respeitam a minha justiça, mas não crêem na Minha bondade. Alegra-se o Meu Coração com esse título da misericórdia” (300).
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Divulgação da Devoção à Divina Misericórdia
De fato, Jesus quer que a humanidade conheça a bondade de Seu Coração. Por isso ele pede insistentemente que se divulgue para todo mundo o culto da Divina misericórdia.
“Minha filha, não te canses de divulgar a Minha misericórdia; consolarás com isso o Meu Coração, que arde como chama de compaixão para com os pecadores”. (1521) …. “Fala ao mundo da Minha misericórdia, do meu amor. Consomem-Me as chamas da misericórdia; desejo derramá-las sobre as almas humanas. Oh! que grande dor Me causam, quando não querem aceitá-las!” (1074).
“Diz minha filha, que sou puro Amor e a própria misericórdia. Quando uma alma se aproxima de mim com confiança, encho-a de tantas graças, que ela não pode encerrá-las todas em si mesma e as irradia para as outras almas” (1074).
“Minha filha, faz o que está ao teu alcance pela divulgação do culto da Minha misericórdia. Eu completarei o que não conseguires. Diz à humanidade sofredora que se aconchegue no Meu misericordioso coração, e Eu a encherei de paz” (1074).
“Minha filha, fala a todo o mundo da Minha inconcebível misericórdia” (699).
Promessas aos que divulgarem a Divina Misericórdia
“Deus prometeu uma grande graça a ti e a todos que proclamarem esta Minha grande misericórdia. Eu mesmo os defenderei na hora da morte como a Minha glória. E, ainda que os pecados das almas fossem negros como a noite, quando o pecador recorre àminha misericórdia presta-Me a maior glória e é a honra da Minha Paixão. Quando a alma glorifica a minha bondade, então o demônio treme diante dela e foge até o fundo do inferno”. (378)
“As almas que recorrem à Minha misericórdia e aquelas que glorificarem e anunciarem aos outros a Minha grande misericórdia, na hora da morte Eu as tratarei de acordo com a minha infinita misericórdia” (1520).
“As almas que divulgam o culto da Minha misericórdia eu as defendo por toda a vida como uma terna mãe defende seu filhinho e, na hora da morte não serei Juiz para elas, mas sim o Salvador Misericordioso. Nessa última hora a alma nada tem em sua defesa, além da Minha misericórdia. Feliz a alma que, durante a vida, mergulhou na fonte da misericórdia, porque não será atingida pela justiça” (1075).
“Todas as almas que louvarem Minha misericórdia e divulgarem a sua veneração, estimulando outras almas à confiança na Minha misericórdia, essas almas na hora da morte não sentirão pavor. A minha misericórdia as defenderá nesse combate final” (1540).
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A Festa da Misericórdia
Nosso Senhor pediu a Santa Faustina que a Sua misericórdia fosse celebrada todos os anos por meio de uma solene Festa: “Desejo que o primeiro domingo depois da Páscoa seja a Festa da Misericórdia” (299).
Devoção à Divina Misericórdia
“Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. Neste dia estão abertas as entranhas da Minha misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e das penas. Nesse dia estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças.
Que nenhuma alma tenha medo em se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como escarlate. A minha misericórdia é tão grande que, por toda a eternidade, nenhuma mente, nem humana, nem angélica a aprofundará. Tudo o que existe saiu das entranhas da Minha misericórdia. Toda alma contemplará em relação a Mim, por toda a eternidade, todo o Meu amor e a Minha misericórdia. A Festa da Misericórdia saiu das Minhas entranhas. Desejo que seja celebrada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa” (699).
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