2023
Santa Tarsila – 24 de Dezembro
Santa Tarsila – virgem | 24 de Dezembro
Hoje, lembramos a vida de Santa Tarsila, integrante da nobre família romana dos Anícios. A santa e sua irmã Emiliana foram as responsáveis pela educação de seu sobrinho São Gregório Magno, um dos grandes Papas da história.
As melhores companheiras de Santa Tarsila foram suas duas irmãs, Emiliana e Jordana. As três viviam na casa deixada pelo pai, no Monte Célio. Tarsila estava sempre à frente de todas, tinha como auxílio a Palavra de Deus e pregava a exemplo da caridade e da castidade.
Tendo como opção de vida seguir o Evangelho de Cristo, Tarsila estava sempre feliz na entrega de seu amor ao Senhor. Segundo relatos de São Gregório Magno, sua tia Tarsila teve uma visão com seu bisavô, Papa São Félix III, que teria lhe mostrado o lugar que ela ocuparia no Céu.
Logo após a visão, Tarsila adoeceu e acabou não resistindo, passando desta vida para a eternidade. Dizem os fatos históricos que, no momento de sua morte, Tarsila ouviu palavras de consolo e pediu que todos se afastassem dizendo: “Está chegando Jesus, meu Salvador”.
Ao prepararem o corpo para o sepultamento, encontraram calos em seus joelhos e cotovelos, resultado de seus constantes momentos de oração perante Jesus Crucificado.
O culto a Santa Tarsila se manteve discreto e perdurou ao longo dos anos, graças ao enriquecimento dos exemplos narrados por seu sobrinho São Gregório Magno.
Santa Tarsila, rogai por nós!
2023
São João Câncio – 23 de Dezembro
São João Câncio – presbítero | 23 de Dezembro
João nasceu em Kety, na diocese de Cracóvia, Polônia, em 1390; estudou na Cracóvia e foi ordenado sacerdote. Durante muitos anos foi professor da Universidade de Cracóvia; depois, foi pároco de Ilkus. A fé que ensinava uniu grandes virtudes, sobretudo, a piedade e a caridade para com o próximo, tornando-se um modelo insigne para seus colegas e discípulos.
Enquanto nas regiões vizinhas pululavam as heresias e os cismas, o bem-aventurado João ensinava na Universidade de Cracóvia a doutrina haurida da mais pura fonte, e explicava ao povo com muito empenho, em seus sermões, o caminho da santidade, confirmando a pregação com o exemplo da sua humildade, castidade, misericórdia, penitência e todas as outras virtudes próprias de um santo sacerdote e de um zeloso ministro do Senhor. Ao longo do dia, uma vez cumprido o seu dever de ensinar, dirigia-se diretamente à igreja, onde durante muito tempo se entregava à oração e à contemplação diante de Cristo na Eucaristia.
Tanto nas pequenas como nas grandes adversidades, João teve sempre em mente algo de bem superior ao prestígio, à carreira e ao bem-estar materiais: “Mais para o alto!” repetia sempre. Em todas as circunstâncias, só tinha Deus no seu coração, só tinha Deus na sua boca.
Morreu em Cracóvia, com a idade de oitenta e três anos, no ano de 1473.
São João Câncio, rogai por nós!
2023
Santa Francisca Xavier Cabrini – 22 de Dezembro
Santa Francisca Xavier Cabrini – virgem e fundadora | 22 de Dezembro
Chamada por Pio XII de “heroína dos tempos modernos”, Santa Francisca nasceu em Sant’Angelo de Lódi, na Lomabardia, Itália, em 1850. Última dos 13 filhos de Agostinho Cabríni e Estela Oldini, recebeu no batismo o nome de Maria Francisca, ao qual mais tarde ajuntou o de Xavier, pelo seu amor e veneração ao apóstolo das Índias.
Aos 11 anos fez voto de castidade. Seguiu a carreira do magistério com as religiosas Filhas do Sagrado Coração de Jesus, em Arluno, terminando-a aos 18 anos. Sentindo vocação divina, pretendeu entrar para essa Congregação religiosa, mas foi recusada por falta de saúde.
Exerceu durante dois anos o cargo de professora primária em Vidardo e, durante três anos, dedicou-se na sua terra à instrução religiosa da juventude e ao tratamento dos enfermos e daqueles que eram atingidos pela peste. Aos 23 anos tentou mais uma vez ser religiosa nas Filhas do Sagrado Coração, mas de novo obteve uma negativa.
Após isso, Santa Francisca transladou-se à “Casa da Providência” em Codogno, a fim de a reformar, pois estava em franca decadência. Fez a profissão em 1877 e, a partir disso, em meio às grandes tribulações e aos sofrimentos, ela encontrou as sete primeiras companheiras de sua futura Obra.
Três anos mais tarde, fundou uma nova Congregação religiosa. A 10 de novembro de 1880 alojou-se, com sete companheiras, num desmantelado Convento franciscano, onde, a 14 do mesmo mês, deu princípio ao novo Instituto, com a inauguração de uma capela em honra ao Sagrado Coração de Jesus. Um mês mais tarde, a sua Obra recebia a aprovação episcopal. Francisca contava então 30 anos.
Enquanto se dedicava com as companheiras à educação das meninas e à catequização dos rapazes, foi compondo as regras do seu Instituto, obra de prudência sobre-humana, que recebeu aprovação episcopal em 1881 e a definitiva da Santa Sé em 1907. Em 1884, com 7 anos de vida, a Obra já contava com cinco casas.
Em 1887, partiu para Roma onde, a princípio, só encontrou dificuldades e portas fechadas; até que, com fé, simplicidade e perseverança, Santa Francisca obteve a autorização do Cardeal Vigário para construir uma escola gratuita para pobres fora da Porta Pia e um asilo infantil na Sabina, em Aspra.
O problema da emigração italiana para a América do Norte preocupava o então Bispo de Placença, Monsenhor Scalabrini, que pediu à serva de Deus algumas das suas religiosas para irem socorrer aqueles desamparados. Mas a virtuosa fundadora não se decidia a responder, pois pensava nas Missões do Oriente. Foi então consultar o Papa Leão XIII que, após ouvir Francisca, concluiu: “Não ao Oriente mas ao Ocidente”. E desde esse momento ficou decidida a sua partida para Nova Iorque, a qual veio realizar pela primeira vez em 1889.
Quase aos 40 anos de idade, começa uma série ininterrupta de viagens, percorrendo a América inteira, transpondo a cavalo a Cordilheira dos Andes, sendo por toda parte conhecida como a “Mãe dos emigrados”. Ia de casa em casa, procurando a ovelha perdida, o enfermo e a criança ignorante. Lutou denotadamente contra a fome, as enfermidades e a própria morte.
Em 1912 fez a sua última viagem de Roma a Nova Iorque. A santa fundadora das Missionárias do Sagrado Coração morreu em Illinois, perto de Chicago, a 22 de dezembro de 1917, com 67 anos de idade. Igual era o número das casas que então deixara fundadas e que, em 1938, subiam a mais de 100, com cerca de 4.000 religiosas.
A fama das suas virtudes e os prodígios por ela operados fizeram que, logo após a morte dela, se começasse o processo da sua beatificação, que veio a se realizar em 1938. Foi canonizada pelo Papa Pio XII a 7 de julho de 1946.
Santa Francisca Xavier Cabríni, rogai por nós!
2023
São Pedro Canísio – 21 de Dezembro
São Pedro Canísio – presbítero e doutor da Igreja | 21 de Dezembro
São Pedro Canísio nasceu em Nimega, atual Holanda, mas então parte da Alemanha naquele tempo. Isto no ano de 1521. Canísio é a latinização de Kanijs. Seu pai foi prefeito de Nimega e encaminhou seu filho para estudar Direito.
Cursou estudos em Colônia e Lovaina para formar-se como advogado sem, no entanto, descuidar de sua espiritualidade (tendo em vista suas frequentes visitas ao Mosteiro dos Cartuxos). Descobrindo o seu chamado com o auxílio de um padre jesuíta, Pedro Canísio tornou-se o primeiro jesuíta alemão, tendo entrado na Companhia de Jesus em 1543. Recebeu a ordenação sacerdotal três anos mais tarde. Nesse mesmo ano publicou as obras de S. Cirilo de Alexandria, sendo o primeiro livro mandado imprimir por um jesuíta. Foi teólogo do Concílio de Trento e um grande pregador e professor. Exerceu a sua docência sobretudo em Inglostad, Viena, Augsburgo, Innsbruk e Munique. Organizou a sua Ordem na Alemanha, fazendo dela o instrumento valioso para a reforma católica contra o protestantismo. Foi um dos iniciadores da imprensa católica.
Profundo devoto da Santíssima Virgem, Pedro Canísio foi conselheiro de Príncipes, Núncios e Papas. Das 36 obras que compôs, as mais célebres são os seus três Catecismos (1555-1556 e 1558), largamente difundidos por toda a cristandade até o século XIX. O denominado “Catecismo Mayor”, em 221 perguntas e respostas, alcançou pelo menos 130 edições. O Papa Leão XIII chamou-lhe mesmo o “segundo Apóstolo da Alemanha, depois de S. Bonifácio”.
Faleceu em Friburgo, na Suíça, a 21 de dezembro de 1597. O Papa Pio XI canonizou-o a 21 de maio de 1925, declarando-o ao mesmo tempo Doutor da Igreja.
São Pedro Canísio, rogai por nós!
2023
São Domingos de Silos – 20 de Dezembro
São Domingos de Silos – abade | 20 de Dezembro
Os santos da Igreja de Cristo foram verdadeiros luzeiros para o mundo, pois levaram com sua vida e palavras a Luz do Mundo, que é Jesus Cristo. São Domingos nasceu em Cañas, vila da província de Navarra (Espanha), isso no ano 1000, dentro de uma humilde família cristã.
Quando o pai do pastorinho de ovelhas Domingos enxergou a inclinação do filho para os estudos religiosos, tratou logo de encaminhar Domingos para a formação que o levou – por vocação – ao Sacerdócio. Ordenado Sacerdote, passou mais de um ano na família e depois viveu dezoito meses na solidão. Com o passar do tempo, entrou para a família beneditina, ingressando no mosteiro de Santo Emiliano, onde logo foi feito mestre dos noviços pelo abade do mosteiro. Em seguida, foi encarregado de restaurar o priorado de Santa Maria de Cañas. Após isso, foi feito prior do mosteiro de Santo Emiliano. Um dia, o príncipe de Navarra, sem dinheiro para as suas guerras, veio ao mosteiro exigir uma contribuição exorbitante. Os monges estavam dispostos a ceder, mas o prior deu uma recusa humilde e categórica. Fugindo da vingança do príncipe, Domingos exilou-se em Burgos onde Fernando Magno, rei de Castela e Aragão, recebeu o fugitivo em seu palácio. São Domingos retirou-se, todavia, para um eremitério fora da cidade. Então, o rei pensou no mosteiro de São Sebastião de Silos, quase abandonado, e deu-o ao recém-chegado, a 14 de janeiro de 1041.
Na Ordem de São Bento, São Domingos de Silos descobriu seu chamado a uma contemplação profunda e ações que salvassem almas, sendo assim recebeu de um anjo em sonho a promessa de 3 coroas que significavam: uma por ter abandonado o mundo mal e se ter encaminhado para a vida perfeita; outra por ter construído Santa Maria de Cañas e ter observado castidade perfeita; e a terceira pela restauração de Silos. De fato, esta última coroa se realizou perfeitamente, pois durante os 30 anos de pai (abade) no mosteiro de São Sebastião em Silos, este local tornou-se centro de cultura e cenáculo de evangelização para a Igreja e o Mundo. O abade de Silos faleceu a 20 de dezembro de 1073, entre os seus numerosos filhos espirituais e assistido pelo Bispo de Burgos. Foi sepultado no claustro.
São Domingos amado pelo povo e respeitado por reis e rainhas, operou em vida e também depois da morte muitos milagres, os quais provaram com clareza o quanto se encontra no Céu tão íntimo, quanto buscava ser aqui na terra. Em 1076, o Bispo de Burgos transferiu o corpo de São Domingos para a igreja de São Sebastião. E a abadia foi perdendo pouco a pouco o nome de São Sebastião para adotar o de São Domingos.
São Domingos de Silos, rogai por nós!
2023
Santo Urbano V – 19 de Dezembro
Santo Urbano V – papa | 19 de Dezembro
Nascido em 1310, no castelo de Grisac, nas Cevenas, França, Guilherme de Grimoard, filho do cavaleiro do mesmo nome e de Anfelisa de Montferrand, mostrou-se, desde a infância, hostil a toda frivolidade. Vendo-o fugir dos jogos próprios da sua idade e recolher-se à capela, sua mãe dizia: “Eu não o compreendo; mas, enfim, basta que Deus o compreenda”. Entrou na abadia beneditina de Chirac, perto de Mende; proferiu os votos no convento de S. Vítor de Marselha e, a seguir, entrou na Congregação de Cluny. Formou-se em Direito Canônico em outubro de 1342; ensinou nas Universidades de Toulouse, Montpellier, Paris e Avignon; exerceu as funções de Vigário Geral em Clermon e Uzés; foi nomeado Abade de S. Germano de Auxerre em 13 de fevereiro de 1352 e, no dia 26 de julho do mesmo ano, Clemente VI nomeou-o Legado Pontifício na Lombardia. Mais tarde, sendo Abade de S. Vítor de Marselha, foi encarregado da mesma missão no reino de Nápoles, por Inocêncio VI.
Os Papas residiam em Avignon (Avinhão), mas já pensavam em voltar para Roma; para preparar esse regresso, Guilherme desenvolvia grande atividade diplomática na Itália. Nos fins de 1362, sucedeu a Inocêncio VI, com o nome de Urbano V, sendo um dos sete Papas que, de 1309 a 1377, residiram em Avignon. O seu Pontificado assinalou-se pelo envio de missionários para as Índias, a China e a Lituânia; pela pregação de uma nova cruzada; pelo apoio que deu aos estudos eclesiásticos, e por diversas reformas que levou a efeito na administração da Igreja. Depois de renovar a excomunhão pronunciada por Inocêncio VI contra Pedro IV, rei de Castela, assassino de sua mulher e polígamo, autorizou Henrique de Trastâmara, seu irmão, a destroná-lo. Convidou ao mesmo tempo Du Guesclin e as suas “companhias brancas” a prestar-lhe auxílio, assegurando assim o êxito dessa revolução dinástica.
Em 1367, Urbano V entendeu que tinha chegado o momento de regressar a Roma. No dia 19 de maio, embarcou em Marselha, acompanhado de vinte e quatro galeras; no dia 3 de junho, desembarcou em Corneto e em 16 de outubro fez a entrada triunfal na Cidade Eterna. Não conseguiu, porém, manter-se, apesar dos protestos de Santa Brígida, que lhe previu morte próxima se voltasse. Mas voltou no dia 26 de setembro de 1370, regressando a Avignon, onde morreu em 19 de dezembro seguinte, revestido do hábito beneditino. Tempos antes, tinha-se mudado para casa de seu irmão, por não desejar acabar a vida num palácio. Por sua ordem, as portas dessa casa mantinham-se abertas, a fim de que todos pudessem entrar livremente e ver “como morre um Papa”.
Santo Urbano V, rogai por nós!
2023
São Wunebaldo – 18 de Dezembro
São Wunebaldo – abade | 18 de Dezembro
Wunebaldo era irmão de Santo Willibaldo e de Santa Walburga.
Era 720, com a idade de dezenove anos, deixou a Inglaterra, onde nascera para ir a Roma com o pai Ricardo, que fora rei, e o irmão Willibaldo.
O pai morreu em caminho e foi enterrado em Luca, onde é honrado como santo. Os dois irmãos chegaram a Roma. Ali, Willibaldo deixou o irmão, dois anos depois, para, com dois jovens ingleses, ir visitar a Terra Santa.
Wunebaldo recebeu em Roma a tonsura, e estudou a Escritura santa, ali permanecendo por sete anos, depois dos quais retornou à Inglaterra, todo no desejo de entregar a Deus as pessoas da família, o que conseguiu com muitas delas.
Pouco mais tarde, voltou a Roma com um terceiro irmão, do qual se desconhece o nome.
Foi na segunda viagem que São Bonifácio, sabendo que o Santo estava na cidade eterna, procurou-o, falou-lhe e convidou-o para tomar parte nos trabalhos em que, então, estava empenhado. Atraído por Bonifácio, Winebaldo, o irmão e mais alguns jovens, entre os quais São Sebaldo, honrado em Nuremberg como o apóstolo do país, a 19 de agosto, partiram para a Turíngia. Foi ali, ordenado padre e encarregado do governo de sete igrejas naquele país.
O irmão, São Winebaldo, naquela época, bispo de Aischstaedt, atraiu-o para sua diocese.
Winebaldo retirou-se para a floresta de Heidenhein. Ali, desmatou uma certa porção de terra, e construiu algumas celas. Logo depois, cresceu um mosteiro. Um segundo, para moças das vizinhanças, fundou mais tarde, dando-lhe o governo a Santa Waburga.
O servo de Deus continuou trabalhando com zelo dos idólatras, os quais, por mais duma vez, atentaram contra a vida dele.
Na comunidade, sustentava o espírito de oração, de humildade e de mortificação, proporcionando ao estado de cada irmão as instruções mais precisas. Enrorajava os fracos, animava os perfeitos, e era o primeiro a praticar as virtudes que aos outros recomendava.
Deus provou-o por várias enfermidades. Quando a saúde não lhe permitia ir à Igreja, dizia a missa numa capela particular, contígua à cela. Duma feita, encontrava-se tão mal, que todos acreditavam que dentro em pouco deixaria o mundo. A saúde, contudo, voltou-lhe pela intercessão de São Bonifácio, ao qual tinha grande devoção.
Sentindo afinal, a proximidade da última hora, exortou os discípulos à perseverança e ao fervor.
São Winebaldo morreu a 18 de dezembro de 760 e foi enterrado no claustro do Mosteiro. A religiosa que lhe escreveu a vida, assegura que muitíssimas curas se deram à beira do túmulo onde repousava o corpo.
São Wunebaldo, rogai por nós!
2023
São Lázaro – 17 de Dezembro
São Lázaro – irmão de Santa Marta e Santa Maria Madalena | 17 de Dezembro
A Igreja, neste tempo do Advento, prepara-se para celebrar o aniversário de Jesus, e se renova no desejo ardente de que Cristo venha pela segunda vez e instaure aqui o Reino de Deus em plenitude. Sem dúvida, estão garantidos para este reinado pleno, que acontecerá em breve, os amigos do Senhor.
Hoje, vamos lembrar um desses amigos de Cristo: São Lázaro. Sua residência ficava perto de Jerusalém, numa aldeia da Judeia chamada Bethânia. Era irmão de Marta e de Maria. Sabemos pelo Evangelho que Lázaro era tão amigo de Jesus, que sua casa serviu muitas vezes de hospedaria para o Mestre e para os apóstolos.
Lázaro foi quem tirou lágrimas do Cristo quando morreu, a ponto de falarem: “Vejam como o amava!”. Assim aconteceu que, por amor do amigo e para a Glória do Pai, Jesus garantiu à irmã de Lázaro o milagre da ressurreição: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morto, viverá: e quem vive e crê em mim, não morrerá, Crês isto?” (Jo 11,26).
O resultado de tudo foi a ressurreição de São Lázaro, pelo poder do Senhor da vida e vencedor da morte. Lázaro reviveu, e esse fato bíblico acabou levando muitos à fé em Jesus Cristo, e outros começaram a pensar na morte do Messias como na de Lázaro. Antigas tradições relatam que a casa de Lázaro permaneceu acolhedora para os cristãos, e o próprio Lázaro teria sido Bispo e Mártir.
São Lázaro, rogai por nós!
2023
Santa Adelaide – 16 de Dezembro
Santa Adelaide – imperatriz e viúva | 16 de Dezembro
Adelaide nasceu em 931, como princesa, filha de uma princesa da Suécia, que era casada com o rei da Borgonha, hoje França. Com apenas seis anos ficou órfã de pai. A Corte, então, acertou seu casamento com um rei da Itália chamado Lotário. Os dois se casaram. Porém, três anos depois ela ficou viúva, pois seu marido foi morto defendendo o trono. Mas este trono foi usurpado pelo inimigo com quem lutava, o vizinho rei Berenjário.
Sem a proteção do marido, a rainha Adelaide foi feita prisioneira. Ela só recuperou a liberdade porque foi ajudada por amigos fiéis que sabiam de sua integridade. Uma vez liberta, ela foi para a Alemanha com a finalidade de pedir asilo e apoio ao imperador Oto. Este, além de acolhê-la na Corte, decidiu casar-se com ela, fazendo com que ela se tornasse a famosa Imperatriz Adelaide. Como tal, ela se destacou pela caridade, delicadeza e piedade. Por isso, passou a ser amada por todos os súditos.
Durante anos o casal viveu feliz e criaram seus filhos em paz. Porém, a tranquilidade acabou com a morte do imperador seu marido. Seu filho Oto II assumiu o trono. Este ouvia os conselhos da mãe e governava com caridade e ponderação. Os problemas começaram quando seu filho se casou com uma princesa grega chamada Teofânia. Esta não suportava a influência da sogra sobre o Oto II. Por isso, tentou até que conseguiu fazer o marido indispor-se coma mãe. O grande argumento da nora era que sua sogra gastava demais com obras de caridade e com doações a conventos e igrejas. Por fim, a nora exigiu que o filho pusesse sua mãe para fora do palácio real.
Expulsa do reino comandado por seu filho, Santa Adelaide buscou abrigo em Roma, dirigindo-se ao Papa. Depois, passou um tempo na França, na Corte do rei da Borgonha, que era seu irmão. Porém, a dor pela ingratidão de seu filho a maltratava. E piorou quando ela soube que o filho conduzia seu reinado baseado na injustiça, no luxo, na discórdia e na leviandade, seguindo a má influência da esposa.
Nesse tempo, dom Odilo, abade do Mosteiro de Cluny, acompanhou Santa Adelaide como diretor espiritual. Por graça de Deus, o mesmo dom Odilo começou também a orientar o filho da santa, Oto II. Assim, depois de dois anos separado da mãe, o filho caiu em si. Então, arrependido, ele convidou a mãe para ir ao palácio. Adelaide aceitou e o filho lhe pediu perdão. Adelaide teve a graça de reconciliar-se com seu filho e a paz retornou.
Entretanto, aconteceu que o imperador, filho de Santa Adelaide, faleceu logo depois de sua reconciliação com a mãe. Quem deveria assumir era o filho do rei, Oto III. Este, porém, era ainda uma criança. Por isso, a mãe, a rainha Teofânia, assumiu. E, novamente, a perseguição se voltou contra Santa Adelaide. Teofânia estava decidida a matar a sogra. Tal fato só não aconteceu porque Teofânia, que era odiada na corte, foi morta antes. Assim, Santa Adelaide assumiu o trono como imperatriz, por direito.
Santa Adelaide administrou o reino com retidão, justiça, piedade e solidariedade. Levou para a Corte real as duas filhas de Teofânia, sua grande inimiga, e deu a elas a melhor educação, aliada à proteção e muito carinho. O seu reinado uniu a administração justa e eficiente à caridade cristã. Com isso, ela conseguiu levar felicidade e prosperidade ao povo e um grande tempo de paz para o país.
Nos últimos anos de sua vida, Santa Adelaide decidiu ir viver no Convento beneditino de Selz, em Strasburg, na Alsácia. Este convento tinha sido fundado por ela mesma alguns anos antes. Lá, ela encontrou repouso e descanso numa vida dedicada à oração. Ali também ela veio a falecer, no alto de seus oitenta e seis anos de idade. Era o dia 16 de dezembro de 999.
Santa Adelaide, rogai por nós!
2023
Santa Cristiana – 15 de Dezembro
Santa Cristiana – virgem | 15 de Dezembro
A vida de Santa Cristiana é um grande testemunho de que nada é coincidência, mas tudo é providência. Os Georgianos consideram-na o instrumento providencial da sua conversão.
Ela era uma escrava que vivia na Grécia nos princípios do século IV. Teria sido levada cativa para essa terra por guerreiros vitoriosos ou teria lá procurado voluntariamente asilo, fugindo da perseguição que se desencadeara na sua pátria? Ninguém sabia qual era sua verdadeira origem, só a conheciam pelo nome de Cristiana ou Nina (cristã). Era humilde e caridosa e fazia-se estimar.
Quando alguma criança caía doente nessas regiões, a mãe a levava de porta em porta, a fim de consultar as vizinhas sobre os melhores remédios a aplicar. Um dia, foi ter com ela uma pobre mulher, levando nos braços um menino moribundo. Ao vê-lo, a santa, cuja memória a Igreja celebra hoje, disse: “Eu não posso fazer nada, mas Deus Todo-Poderoso pode restituir-lhe a saúde, se for essa a Sua vontade”. Deitou o moribundo no seu próprio catre, cobriu-o com o seu cilício, orou a Deus em nome de Cristo e, a seguir, restituiu à mãe o filho curado.
A fama desse milagre chegou aos ouvidos da rainha da Geórgia, que estava prestes a morrer de uma doença desconhecida. Pediu ela que lhe chamassem Nina, mas esta, cuja inocência já tinha corrido muitos perigos, respondeu: “O meu lugar não é em palácio”. Foi então a rainha ter com a escrava e recuperou a saúde. Tanto ela como o rei Mirian quiseram recompensá-la com ricos presentes, mas Cristiana os recusou dizendo: “A única coisa que me faria feliz seria ver-vos abraçar a religião cristã”. Mirian levou muito tempo a tomar essa decisão, mas um dia, correndo grave perigo numa caçada às feras, prometeu que, se escapasse ileso, se tornaria cristão. Sabe-se efetivamente que, cerca do ano de 325, ele pediu a Constantino que lhe enviasse missionários. O Imperador enviou-lhe o Bispo Pedro e o Sacerdote Jacob, que batizaram “todos os habitantes da sua capital”, lançando assim os fundamentos do Cristianismo nesse país.
Santa Cristiana, rogai por nós!