2024
Beata Retistuta Kafka – 30 de Outubro
Beata Retistuta Kafka – virgem e mártir | 30 de Outubro
Seu nome de batismo era Helene. Seus pais se chamavam Anton e Maria Kafka. Ela nasceu em 1 de maio de 1894, na cidade de Brno, situada na atual República Checa. Dois anos depois, em 1896, a família Kafka mudou-se para a cidade de Viena que, na época, era a capital do Império Austro-Húngaro.
Em Viena, a jovem Helene estudou e formou-se como enfermeira. Ela alimentava em seu coração o desejo de tornar-se religiosa. Seus pais, porém, reprovavam esta ideia. A princípio, ela se conformou. Mas, depois, quando completou vinte anos, seus pais compreenderam que sua vocação era verdadeira e abençoaram sua vontade. Assim, ela entrou para a Congregação das Franciscanas da Caridade Cristã. Ao fazer os votos, adotou o nome composto de irmã Maria Retistuta. Maria, em homenagem a sua mãe; e Restituta, em homenagem a uma santa mártir do século I.
Irmã Maria Retistuta recebeu um apelido carinhoso: “irmã Resoluta”. Isso por causa de sua maneira delicada e decidida, e por causa de sua segurança e competência no exercício da enfermagem, especialmente no auxílio às cirurgias e também como anestesista. Trabalhando no hospital de Modling, na cidade de Viena, Irmã Maria Retistuta passou a ser referência as enfermeiras, médicos e, muito especialmente, para os enfermos.
Irmã Maria Retistuta soube, como ninguém, comunicar o amor pela vida aos doentes, estivessem eles na alegria ou na dor. Durante vários anos ela serviu a Deus na pessoa dos doentes. Para eles, ela estava sempre disponível, atenciosa, carinhosa e competente.
Em 1938, Hitler ordenou que o exército ocupasse a Áustria. Por isso, Viena passou a ser uma das bases mais importantes do comando nazista. Imediatamente, Irmã Maria Restituta colocou-se contra aquela loucura. Não teve receios de deixar claro que, sendo a favor da vida, jamais apoiaria o nazismo de Hitler, assumindo as consequências disso.
Pouco tempo depois, a perseguição nazista começou no hospital onde Irmã Maria Retistuta trabalhava. Em determinado momento, os nazistas começaram a retirar o crucifixo até mesmo das salas de cirurgia. Irmã Maria Retistuta, porém, com serenidade, recolocava-o no lugar. E fazia isso de cabeça erguida, forte, cheia de fé, desafiando os nazistas. Por isso, os nazistas a prenderam em 1942.
Irmã Maria Retistuta, presa pelos nazistas, fez da prisão um lugar de graças, com o intuito de honrar o nome que adotara em seus votos perpétuos, ou seja, Restituta, que significa aquela que foi restituída para Deus. Ela esteve durante cinco meses na prisão antes de ser morta. Nesses meses, foi exemplo de fé, oração, perseverança e coragem diante de todas as humilhações e sofrimentos causados pelos nazistas.
No dia 30 de março de 1943, Irmã Maria Retistuta foi decapitada. Sabendo de seu destino, antes de morrer enviou uma mensagem para as franciscanas: “Por Cristo eu vivi, por Cristo desejo morrer”. E diante dos assassinos nazistas, permaneceu firme. Antes que o carrasco cortasse sua cabeça, ela pediu ao capelão: “Padre, faça-me na testa o sinal da cruz”. O padre fez o sinal da Cruz de Cristo em sua testa e ela foi decapitada, dando testemunho de Cristo.
Irmã Maria Retistuta foi declarada bem-aventurada pelo Papa João Paulo II, no ano 1998. Sua celebração litúrgica foi estabelecida para o dia 30 de outubro, porque esta é a data em que os nazistas decretaram sua sentença de morte.
Beata Retistuta Kafka, rogai por nós!
2024
São Narciso – 29 de Outubro
São Narciso – bispo | 29 de Outubro
O santo de hoje, São Narciso, foi Bispo de Jerusalém e, quando se deu tal fato, devia ter quase cem anos de idade. Narciso não era judeu e teria nascido no ano 96. Homem austero, penitente, humilde, simples e puro, sabe-se que presidiu com Teófilo de Cesareia a um concílio onde foi aprovada a determinação de se celebrar sempre a Páscoa num Domingo.
Eusébio narra que, em certo dia de festa, em que faltou o óleo necessário para as unções litúrgicas, Narciso mandou vir água de um poço vizinho e, com sua bênção, a transformou em óleo. Conta também as circunstâncias que levaram Narciso a demitir-se das suas funções.
Para se justificarem de um crime, três homens acusaram o Bispo Narciso de certo ato infame. “Que me queimem vivo – disse o primeiro – se eu minto”. “E a mim, que me devore a lepra”, disse o segundo. “E que eu fique cego”, acrescentou o terceiro. O desgosto de ser assim caluniado despertou em Narciso o seu antigo desejo pelo recolhimento e, por isso, sem dizer para onde iria, perdoou os caluniadores e saiu de Jerusalém em direção ao deserto. Considerando-o definitivamente desaparecido, deram-lhe por sucessor a Dio, ao qual por sua vez sucederam Germânio e Górdio. Todavia, os três caluniadores não tardaram a sofrer os castigos que em má hora tinham invocado, pois o primeiro pereceu num incêndio com todos os seus, o segundo morreu de lepra e o terceiro cegou à força de tanto chorar o seu pecado.
Alguns anos depois, Narciso reapareceu na cidade episcopal. Nunca tinha sido posta em dúvida a santidade do seu procedimento; por isso, foi com imensa alegria que Jerusalém recebeu seu antigo pastor. Segundo diz Eusébio, continuou Narciso a governar a diocese até a idade de 119 anos, auxiliado por um coadjutor chamado Alexandre. Faleceu cerca do ano de 212.
São Narciso, rogai por nós!
2024
São Simão e São Judas Tadeu – 28 de Outubro
São Simão e São Judas Tadeu – apóstolos | 28 de Outubro
São Simão: Simão tinha o cognome de Cananeu, palavra hebraica que significa “zeloso”. Nicéforo Calisto diz que Simão pregou na África e na Grã-Bretanha. São Fortunato, Bispo de Poitiers no fim do século VI, indica estarem Simão e Judas enterrados na Pérsia. IsSo vem das histórias apócrifas dos apóstolos; segundo elas, foram martirizados em Suanir, na Pérsia, a mando de sacerdotes pagãos que instigaram as autoridades locais e o povo, tendo sido ambos decapitados. É o que rege o martirológio jeronimita.
Outros dizem que Simão foi sepultado perto do Mar Negro; na Caucásia, foi elevada em sua honra uma igreja entre o VI e o VIII séculos. Beda, pelo ano de 735, colocou os dois santos no martirológio a 28 de outubro; assim ainda hoje os celebramos. Na antiga basílica de São Pedro do Vaticano havia uma capela dos dois santos, Simão e Judas, e nela se conservava o Santíssimo Sacramento.
São Judas Tadeu: Judas, um dos doze, era chamado também Tadeu ou Lebeu, que São Jerônimo interpreta como homem de senso prudente. Judas Tadeu foi quem, na Última Ceia, perguntou ao Senhor: “Senhor, como é possível que tenhas de te manifestar a nós e não ao mundo?” (Jo 14,22).
Temos uma epístola de Judas “irmão de Tiago”, que foi classificada como uma das epístolas católicas. Parece ter em vista convertidos, e combate seitas corrompidas na doutrina e nos costumes. Começa com estas palavras: “Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos chamados e amados por Deus Pai, e conservados para Jesus Cristo: misericórdia, paz e amor vos sejam concedidos abundantemente”. Orígenes achava esta epístola “cheia de força e de graça do céu”.
Segundo São Jerônimo, Judas terá pregado em Osroene (região de Edessa), sendo rei Abgar. Terá evangelizado a Mesopotâmia, segundo Nicéforo Calisto. São Paulino de Nola tinha-o como apóstolo da Líbia. Conta-se que Nosso Senhor, em revelações particulares, teria declarado que atenderá os pedidos daqueles que, nas suas maiores aflições, recorrerem a São Judas Tadeu. Santa Brígida refere que Jesus lhe disse que recorresse a este apóstolo, pois ele lhe valeria nas suas necessidades. Tantos e tão extraordinários são os favores que São Judas Tadeu concede aos seus devotos, que se tornou conhecido em todo o mundo com o título de Patrono dos aflitos e Padroeiro das causas desesperadas.
São Judas é representado segurando um machado, uma clava, uma espada ou uma alabarda, por sua morte ter ocorrido por uma dessas armas.
São Simão e São Judas Tadeu, rogai por nós!
2024
São Frumêncio – 27 de Outubro
São Frumêncio – bispo | 27 de Outubro
Frumêncio é o nome do primeiro bispo missionário da Etiópia, e na sua história há coisas incríveis. No tempo do imperador Constantino um velho preceptor, chamado filósofo pelo próprio Rufino, voltava a Tiro de uma viagem à Índia, costeando as margens da África. Acompanhavam-no dois jovens discípulos, Edésio e Frumêncio. Durante uma parada no porto de Adulis, junto a Massaua, um grupo de etíopes assaltou a embarcação, matando todos os passageiros, com exceção de Edésio e Frumêncio. Conta-se que no momento do massacre os dois meninos estavam à parte, debaixo de uma árvore, enlevados na leitura de um livro. Conduzidos ambos como escravos à corte de Axum, tornaram-se benquistos pelo rei, que os conservou no seu serviço, Frumêncio como secretário e Edésio como copeiro.
Com a morte do rei, aguardando que o herdeiro se tornasse maior, o poder foi exercido pela rainha, que tinha confiado a Frumêncio a educação do futuro rei. Foi nesse período que ambos, entrando em contato com comerciantes greco-romanos, obtiveram da rainha a licença para erguer uma igreja próxima ao porto. Essa foi a primeira semente do cristianismo, que teve rápido desenvolvimento. Edésio e Frumêncio pediram e obtiveram do novo rei a licença de voltar à pátria. O primeiro foi a Tiro, onde encontrou Rufino, o futuro historiador, a quem contou sua história. Frumêncio foi para Alexandria para aí encontrar o grande bispo Atanásio e propor-lhe enviar-lhe à Etiópia um bispo e um grupo de missionários. Atanásio ouviu com vivo interesse a sua história, depois decidiu consagrar bispo o próprio Frumêncio e mandá-lo de volta a Etiópia com alguns missionários.
Frumêncio foi acolhido cordialmente pelo amigo rei Ezana, que foi um dos primeiros a aderir ao Evangelho e com ele a maior parte dos seus súditos. Frumêncio, chamado pelos etíopes de ABBA SALAMA, portador de luz, foi enumerado entre os maiores missionários cristãos e um dos mais felizardos semeadores da Boa Nova, se considerarmos a extraordinária colheita que produziu no decorrer dos séculos aquela semente de amor aos estudos.
Se Frumêncio não tivesse se separado, em companhia de Edésio, para se ocupar na leitura o tempo em que aguardava no porto de Adulis, provavelmente teria sido morto à espada pelos negros que tinham assaltado o navio estacionado e não teria podido levar a mensagem evangélica a uma população, a etíope, que lhe teria sido fiel também na tempestade islâmica no século VII.
São Frumêncio, rogai por nós!
2024
Santo Evaristo – 26 de Outubro
Santo Evaristo – papa e mártir | 26 de Outubro
É preciso dizer logo que temos muito poucas informações certas a respeito de santo Evaristo, um dos primeiros sucessores de Pedro. Santo Ireneu e santo Eusébio indicam-no como sucessor imediato de são Clemente, e por isso foi por volta do ano 100 que ele se tornou papa, ou mais exatamente bispo de Roma. Esse esclarecimento faz-se oportuno, pois então o título de papa, ou seja pai, era conferido a qualquer autoridade religiosa: só a partir do século VI ficou reservado ao pontífice romano. É incerta a data precisa do início do pontificado de santo Evaristo. Júlio Africano apresenta-o como papa de 97 a 105, enquanto o Liber Pontificalis esclarece que foi papa durante nove anos e dez meses, exercendo o pontificado sob os imperadores Domiciano († 96), Nerva (96-98), Trajano († 117), e mais precisamente do consulado de Valente e Vetus (96) ao de Galo e Bradua (108).
O mesmo Liber informa que era grego originário de Antioquia, enquanto seu pai, de nome Judas, era judeu de Belém. É ainda o mesmo Liber que atesta o martírio de santo Evaristo, e este testemunho é acolhido pelo Martirológio Romano, que escreve precisamente: “Em Roma, santo Evaristo, papa e mártir, que, sob o Imperador Adriano empurpurou com o seu sangue a Igreja de Deus”. Mas a notícia está bastante falha nos fundamentos, a tal ponto que os redatores do novo calendário julgaram oportuno redigir a seguinte nota: “A memória de santo Evaristo, introduzida no calendário romano no século XI, seja eliminada: por título algum santo Evaristo pode ser contado entre os mártires, e o dia da sua morte não é conhecido”.
Ainda mais lendárias aparecem as notícias de duas disposições tomadas por santo Evaristo no exercício do seu pontificado: a distribuição dos sacerdotes de Roma nos vinte e cinco títulos ou igrejas paroquiais da cidade, que teriam sido instituídas já por são Cleto; e que os diáconos estivessem ao lado do bispo enquanto este pregava e proclamava o prefácio da missa, para testemunhar, em caso de necessidade, a ortodoxia e também para conferir maior solenidade à celebração.
Santo Evaristo, rogai por nós!
2024
Santo Antônio de Sant’Anna Galvão – 25 de Outubro
Santo Antônio de Sant’Anna Galvão – presbítero | 25 de Outubro
Conhecido como “o homem da paz e da caridade”, Antônio de Sant’Anna Galvão, popularmente conhecido como Frei Galvão, nasceu no dia 10 de maio de 1739 na cidade de Guaratinguetá (SP).
Filho de Antônio Galvão, português natural da cidade de Faro em Portugal, e de Isabel Leite de Barros, natural da cidade de Pindamonhangaba, em São Paulo. O ambiente familiar era profundamente religioso. Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestígio social e influência política.
O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou Antônio, com a idade de 13 anos, à Bahia, a fim de estudar no seminário dos padres jesuítas.
Em 1760, ingressou no noviciado da Província Franciscana da Imaculada Conceição, no Convento de São Boaventura do Macacu, na Capitania do Rio de Janeiro. Foi ordenado sacerdote no dia 11 de julho de 1762, sendo transferido para o Convento de São Francisco em São Paulo.
Em 1774, fundou o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência, hoje Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz, das Irmãs Concepcionistas da Imaculada Conceição.
Cheio do espírito da caridade, não media sacrifícios para aliviar os sofrimentos alheios. Por isso o povo a ele recorria em suas necessidades. A caridade de Frei Galvão brilhou, sobretudo, como fundador do mosteiro da Luz, pelo carinho com que formou as religiosas e pelo que deixou nos estatutos do então recolhimento da Luz. São páginas que tratam da espiritualidade, mas em particular da caridade de como devem ser vivida a vida religiosa e tratadas as pessoas de dentro e de fora do “recolhimento”.
Às 10 horas do dia 23 de dezembro de 1822, no Mosteiro da Luz de São Paulo, havendo recebido todos os sacramentos, adormeceu santamente no Senhor, contando com seus quase 84 anos de idade. Foi sepultado na Capela-Mor da Igreja do Mosteiro da Luz, e sua sepultura ainda hoje continua sendo visitada pelos fiéis.
Sobre a lápide do sepulcro de Frei Galvão está escrito para eterna memória: “Aqui jaz Frei Antônio de Sant’Anna Galvão, ínclito fundador e reitor desta casa religiosa, que tendo sua alma sempre em suas mãos, placidamente faleceu no Senhor no dia 23 de dezembro do ano de 1822”. Sob o olhar de sua Rainha, a Virgem Imaculada, sob a luz que ilumina o tabernáculo, repousa o corpo do escravo de Maria e do Sacerdote de Cristo, a continuar, ainda depois da morte, a residir na casa de sua Senhora ao lado de seu Senhor Sacramentado.
Frei Galvão é o religioso cujo coração é de Deus, mas as mãos e os pés são dos irmãos. Toda a sua pessoa era caridade, delicadeza e bondade: testemunhou a doçura de Deus entre os homens. Era o homem da paz, e como encontramos no Registro dos Religiosos Brasileiros: “O seu nome é em São Paulo, mais que em qualquer outro lugar, ouvido com grande confiança e não uma só vez, de lugares remotos, muitas pessoas o vinham procurar nas suas necessidades”.
O dia 25 de outubro, dia oficial do santo, foi estabelecido, na Liturgia, pelo saudoso Papa João Paulo II, na ocasião da beatificação de Frei Galvão em 1998 em Roma. Com a canonização do primeiro santo que nasceu, viveu e morreu no Brasil, a 11 de maio de 2007, o Papa Bento XVI manteve a data de 25 de outubro.
Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, rogai por nós!
2024
Santo Antônio Maria Claret – 24 de Outubro
Santo Antônio Maria Claret – bispo | 24 de Outubro
O santo lembrado hoje foi de muita importância para a Igreja, que guarda o testemunho de sua santidade. Ele mereceu a frase do Papa Pio XI que disse: “Antônio Maria Claret é uma figura verdadeiramente grande, como apóstolo infatigável”. Nasceu em 1807, em Sallent (Província de Barcelona – Espanha), ao ser batizado recebeu o nome de Antônio João, ao qual ele veio depois acrescentar o de Maria como sinal de sua especial devoção a Santíssima Virgem: “Nossa Senhora é minha Mãe, minha Madrinha, minha Mestra, meu tudo, depois de Cristo”.
Antônio Maria ajudou o pai numa fábrica de tecidos até os 22 anos quando entrou para o seminário de vida, pois almejava um sacerdócio santo e, como padre, desejou consagrar-se nas difíceis missões da Espanha. Ao ver a pobreza dos missionários e as portas se abrindo, Antônio Maria, com amigos, tratou de fundar a “Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria”, conhecidos como Claretianos.
O Carisma era evangelizar todos os setores, por meio da caridade de Cristo que constrangia, por isso dizia: “Não posso resistir aos impulsos interiores que me chamam para salvar almas. Tenho sede de derramar o meu sangue por Cristo!”. Mal tinha fundado a Congregação, o Espírito o nomeou para Arcebispo de Santiago de Cuba, onde fez de tudo, até arriscar a própria vida, para defender os oprimidos da ilha e converter a todos, conta-se que ao chegar às terras cubanas foi logo visitar e consagrar o apostolado à Nossa Senhora do Cobre.
Com os amigos, o Arcebispo Santo Antônio Maria Claret evangelizou milhares de almas, isso por meio de missões populares e escritos, que chegaram a 144 obras. Fundador das Religiosas de Maria Imaculada, voltou à Espanha, também tornou-se confessor e conselheiro particular da rainha Isabel II; participou do Concílio Vaticano I e, ao desviar-se de calúnias, retirou-se na França onde continuou o apostolado até passar pela morte e chegar na glória em 24 de outubro de 1870.
Foi beatificado em 1934 pelo Papa Pio XI e canonizado por Pio XII em 1950. Pelo seu amor ao Imaculado Coração de Maria e pelo seu apostolado do Rosário, tem uma estátua de mármore no interior da Basílica de Fátima.
Santo Antônio Maria Claret, rogai por nós!
2024
São João de Capistrano – 23 de Outubro
São João de Capistrano – presbítero | 23 de Outubro
O santo de hoje fez da ação um ato de amor e do amor uma força para a ação, por isso, muito penitente e grande devoto do nome de Jesus, chegou à santidade. João nasceu em Capistrano (Itália), em 1386, e com privilegiado e belos talentos, cursou os estudos jurídicos na universidade de Perusa.
Juiz de direito, casado e nomeado governador de uma cidade na Itália, acabou na prisão por causa de intrigas políticas. Diante do sistema do mundo, frágil, felicidade terrena, e após a morte de sua esposa, João quis entrar numa Ordem religiosa. Com esse objetivo, teve João a coragem de vender os bens, pagar o resgate de sua missão, dar o resto aos pobres e seguir Jesus como São Francisco de Assis. O superior da Ordem, conhecendo os antecedentes de João, submeteu-o a duras provas de sua vocação e, por tudo, João passou com humildade e paciência.
Ordenado sacerdote, consagrou-se ao poder do Espírito no apostolado da pregação; viveu de modo profundo o espírito de mortificação. João de Capistrano enfrentou a ameaça dos turcos contra a Europa e a tentativa de desunião no seio da própria Ordem Franciscana. Apesar de homem de ação prodigiosa e de suas contínuas viagens através de toda a Europa descalço, João foi também escritor fecundo, consumido pelo trabalho.
São João tinha muita habilidade para a diplomacia; era sábio, prudente, e media muito bem seus julgamentos e suas palavras. Tinha sido juiz e governador, e sabia tratar muito bem as pessoas. Por isso, quatro Pontífices (Martinho V, Eugênio IV, Nicolau V e Calixto III) empregaram-no como embaixador em muitas e muito delicadas missões diplomáticas e com muito bons resultados.
Três vezes os Sumos Pontífices quiseram nomeá-lo bispo de importantes cidades, mas preferiu seguir sendo humilde pregador, pobre e sem títulos honoríficos. Em 1453, os turcos muçulmanos propuseram invadir a Europa para acabar com o Cristianismo. Então, São João foi à Hungria e percorreu toda a nação pregando ao povo, incitando-o a sair entusiasta em defesa de sua santa religião. As multidões responderam a seu chamado, e logo se formou um bom exército de crentes. Os muçulmanos chegaram perto de Belgrado com 200 canhões, uma grande frota de navios de guerra pelo rio Danúbio, e 50.000 terríveis jenízaros a cavalo, armados até os dentes. Os chefes católicos pensaram em retirar-se porque eram muito inferiores em número.
João de Capistrano interveio e, empunhando um crucifixo, foi percorrendo com ele todas as fileiras, animando os soldados com a lembrança de que iam combater por Jesus Cristo, o grande Deus dos exércitos. Tanta confiança e coragem inspirou a presença do santo aos cristãos, que logo ao primeiro ímpeto foi derrotado o exército otomano.
Morreu aos 71 anos de idade a 23 de outubro de 1456, e foi beatificado pelo Papa Leão X e solenemente canonizado pelo Papa Alexandre VIII no ano de 1690.
São João de Capistrano, rogai por nós!
2024
São João Paulo II – 22 de Outubro
São João Paulo II – papa | 22 de Outubro
São João Paulo II nasceu no dia 18 de Maio de 1920, em Wadowice, na Polônia. Foi batizado com o nome de Karol Wojtyła.
Em Outubro de 1942, entrou no seminário de Cracóvia clandestinamente por causa da invasão comunista em seu país e, em 1º de novembro de 1946, foi ordenado sacerdote. Em 4 de julho de 1958, o Papa Pio XII nomeou-o Bispo auxiliar de Cracóvia. Tendo em vista sua espiritualidade marcadamente mariana, Karol escolheu como lema episcopal a conhecida expressão “Totus tuus”, de São Luís Maria Grignion de Montfort, grande apóstolo da Virgem Maria. A ordenação episcopal de Wojtyla foi em 28 de setembro do mesmo ano. No dia 13 de janeiro de 1964, foi eleito Arcebispo de Cracóvia. Em 26 de junho de 1967, foi criado Cardeal por Paulo VI. Na tarde de 16 de outubro de 1978, depois de oito escrutínios, foi eleito Papa.
A espiritualidade mariana do grande São João Paulo II o levou a uma vida inteiramente dedicada a Deus, principalmente os seus mais de 25 anos de pontificado, um dos mais longos da história da Igreja. Olhando para a vida de João Paulo II, esse santo dos nossos dias, podemos aprender a espiritualidade que o fez de um dos Papas mais extraordinários de todos os tempos e que o elevou rapidamente à glória dos altares.
Ainda seminarista, um livro clássico de espiritualidade mariana o ajudou a tirar as dúvidas que tinha em relação a devoção a Nossa Senhora e a centralidade de Jesus Cristo na vida e na espiritualidade católica.
A obra que marcou profundamente a vida e, consequentemente, a espiritualidade de Karol Wojtyla foi o “Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem”, de São Luís Maria Grignion de Montfort. Falando às Famílias Monfortinas, o Papa João Paulo II disse que o Tratado é um “texto clássico da espiritualidade mariana”, que teve singular importância em seu pensamento e em sua vida. Segundo o Santo Padre, o Tratado é uma “obra de eficiência extraordinária para a difusão da ‘verdadeira devoção’ à Virgem Santíssima”. São João Paulo II experimentou e testemunhou essa eficácia do Tratado em sua própria vida:
“Eu próprio, nos anos da minha juventude, tirei grandes benefícios da leitura deste livro, no qual “encontrei a resposta às minhas perplexidades” devidas ao receio que o culto a Maria, “dilatando-se excessivamente, acabasse por comprometer a supremacia do culto devido a Cristo”. Sob a orientação sábia de São Luís Maria compreendi que, quando se vive o mistério de Maria em Cristo, esse risco não subsiste. O pensamento mariológico do Santo, de fato, “está radicado no Mistério trinitário e na verdade da Encarnação do Verbo de Deus”.
No dia 22 de outubro, a Igreja Católica celebra o dia de São João Paulo II. A data foi estabelecida pelo papa Francisco por simbolizar o dia em que Karol Wojtyla celebrou sua primeira missa como Pontífice, em 1978, iniciando seu pontificado.
São João Paulo II, rogai por nós!
2024
Santa Úrsula e companheiras – 21 de Outubro
Santa Úrsula e companheiras – mártires | 21 de Outubro
Úrsula nasceu no ano 362. Filha dos reis da Cornúbia, na Inglaterra, a fama de sua beleza se espalhou e ela passou a ser desejada por vários pretendentes (embora Úrsula tenha feito um voto secreto de consagração total a Deus). Seu pai acabou aceitando a proposta de casamento feita pelo duque Conanus, um general de exército pagão, seu aliado.
Úrsula fora educada nos princípios cristãos. Por isso ficou muito triste ao saber que seu pretendente era pagão. Quis recusar a proposta, mas, conforme costume da época, deveria acatar a decisão de seu pai. Pediu, então, um período de três anos para se preparar. Ela esperava converter o general Conanus durante esse tempo ou então encontrar um meio de evitar o casamento, mas não conseguiu nem uma coisa nem outra.
Conforme o combinado, ela partiu para as núpcias, viajando de navio, acompanhada de onze jovens, virgens como ela, que iriam se casar com onze soldados do duque Conanus. Há lendas e tradições que falam em onze mil virgens, em vez de onze apenas. Mas outros escritos da época e pesquisas arqueológicas revelaram que foram mesmo onze meninas.
Foram navegando pelo rio Reno e chegaram a Colônia, na Alemanha. A cidade havia sido tomada pelo exército de Átila, rei dos hunos. Eles mataram toda a comitiva, sobrando apenas Úrsula, cuja beleza deixou encantado o próprio Átila. Ele tentou seduzi-la e propôs-lhe casamento. Ela recusou, dizendo que já era esposa do mais poderoso de todos os reis da Terra, Jesus Cristo. Átila, enfurecido, degolou pessoalmente a jovem no dia 21 de outubro de 383. Em Colônia, uma igreja guarda o túmulo de Santa Úrsula e suas companheiras.
Durante a Idade Média, a italiana Ângela de Mérici fundou a Companhia de Santa Úrsula com o objetivo de dar formação cristã a meninas. Seu projeto foi que essas futuras mamães seriam multiplicadoras do Evangelho, catequizando seus próprios filhos. Foi um avanço, tendo em vista que, nesta época, a preocupação com a educação era voltada apenas para os homens. Segundo a fundadora, o nome da ordem surgiu de uma visão que ela teve.
Atualmente, as Irmãs Ursulinas, como são chamadas as filhas de Santa Ângela, estão presentes nos cinco continentes, mantendo acesas as memórias de Santa Ângela e Santa Úrsula.
Santa Úrsula e companheiras, rogai por nós!