2024
São Caetano de Thiene – 07 de Agosto
São Caetano de Thiene – presbítero | 07 de Agosto
Contemporâneo de Lutero, Caetano de Thiene (nascido em 1480, três anos antes do reformador alemão) era um dos que imploravam reforma de vida e de costumes dentro da Igreja: “Cristo espera e ninguém se mexe”, repetia. Nasceu em Vicência, da nobre família dos Thiene, foi secretário particular do papa Júlio II e pro-tonotário apostólico. Na qualidade de escritor das cartas apostólicas, teve a oportunidade de conhecer de perto cardeais e prelados famosos. Mas a sua resposta foi humilde adesão ao convite evangélico de expulsar de si todo obstáculo para ver bem, antes de reprovar o mal alheio.
Celebrou a primeira missa aos trinta e seis anos e foi com muito orgulho que subiu ao altar. Fez sua primeira experiência pastoral na paróquia de Santa Maria de Malo, perto de Vicência; em seguida se dedicou aos santuários esparramados no monte Soratte. Chegou novamente a Roma, em companhia do bispo João Pedro Carafa, de Bonifácio Colli e de Paulo Consiglieri. Não pregou a reforma: preferiu realizá-la. Criou a Ordem dos Teatinos Regulares, isto é, a congregação dos teatinos, que tinha como meta principal a renovação do clero. Era o ano de 1524. No mesmo ano o papa Clemente VII aprovava a congregação: Caetano renunciava a todos os seus bens e Carafa aos dois bispados de Brindes e de Chieti para dedicar-se totalmente à vida comum.
A ideia da fundação era de Caetano de Thiene, mas humilde como era, pôs-se de lado. Carafa foi o primeiro superior geral. Os seguidores do santo não se pode dizer que fossem numerosos: no início a congregação contava com quatro membros; doze, quatro anos depois. Mas era como um punhado de fermento destinado a levedar a massa. Oito anos após a morte de Caetano, ocorrida em Nápoles em 1547, o teatino Carafa era eleito papa, com o nome de Paulo IV, verdadeiro reformador. Caetano, inserido no catálogo de ouro dos santos em 1671, ao contrário de Lutero, operou a sua reforma de baixo para cima: dedicou-se ao apostolado entre os pobres e deserdados; abriu asilos para os velhos e fundou hospitais. Aos venezianos que o queriam em sua cidade, respondeu: “Deus está em Nápoles como em Veneza”. Ficou em Nápoles, onde havia mais trabalho. Aí morreu, por causa da canseira, na idade de sessenta e sete anos.
São Caetano de Thiene, rogai por nós!
2024
Bem-aventurado Tadeu Dulny – 06 de Agosto
Bem-aventurado Tadeu Dulny – seminarista e mártir | 06 de Agosto
Nasceu em 8 de agosto de 1914, em Krzczonowice, Polônia. Nome em Polonês, Tadeusz Dulny. Filho de Jan e Antônia, que tiveram 8 filhos, sendo 6 homens e 2 mulheres. Depois de completar os estudos em Ostrowiec, entrou para o seminário de Wloclawek, com 21 anos. O tempo que estava no seminário era na época da Segunda Guerra Mundial.
Em 1 de setembro de 1939, no começo da Segunda Guerra Mundial, a Polônia é invadida pela Alemanha nazista e depois pela Rússia comunista. No final do mês de setembro São Tadeu retorna ao seminário para um novo ano letivo. Mas em 7 de outubro a polícia nazista chega no seminário e leva todos presos, professores e clérigos e seminaristas. Inicialmente vão para prisão local de Wloclawek, ficando lá por três meses.
Depois são transferidos para a cidade de Lad, eles são presos nas dependência de uma escola Salesiana, ficam com alguma aparência de liberdade, mesmo preso, então retornam os cursos do seminário. Santo Tadeu completa o quinto ano de estudos. Mas no verão de 1940, a aparente tranquilidade começou a virar um pesadelo.
Em 26 de agosto de 1940, professores, seminaristas, em fim todos, são levados para o campo de concentração de Sachsenhausen, perto de Berlin. Em 15 de dezembro, são transferidos para Dachau, na alta Baviera. Este foi o primeiro campo de concentração nazista, criado em 1933. Lá os primeiros prisioneiros e mortos, foram os próprios cidadãos alemães antinazista (anticomunista), depois, em números maiores e crescentes, os judeus capturados primeiro na Alemanha e depois nos Países invadidos pelas tropas Alemãs.
Em 1940, mais de 800 padres e religiosos poloneses foram levados para lá. O seminarista Tadeu, era um deles, lá eles não tinham nomes, apenas números, São Tadeu era o número 22662. Lá não havia futuro, quase todos acabam sendo mortos. Uma quantidade mínima conseguiu escapar.
Um amigo, que se salvou, falou dele o seguinte: “Ele não era como os outros, naquelas circunstâncias sua personalidade amadureceu e ele enfatizou pouco a pouco que ele era um homem incrivelmente generoso, que morreu para si mesmo, pelos outros”.
Outro amigo que esteve preso com ele disse, de seu fim: “Ele morreu de fome. Assado no crematório”. Pois ele se esqueceu de si mesmo, fazia jejum, para dar sua ração aos outros. Evitava assim a fadiga, espancamentos e torturas de muitos.
Morreu em 6 de agosto de 1942, com 27 anos, em Dachau, Alemanha. Foi Beatificado em 13 de junho de 1999, pelo Papa João Paulo II, na Polônia. Foi uma vítima do ódio à fé, morreu queimado vivo, juntamente com outras 107 pessoas, por ser cristão.
Bem-aventurado Tadeu Dulny, rogai por nós!
2024
Santo Osvaldo de Nortúmbria – 05 de Agosto
Santo Osvaldo de Nortúmbria – rei e mártir | 05 de Agosto
Osvaldo nasceu no ano de 604, em Nortúmbria, futura Inglaterra. Seu pai era o rei pagão Etelfrit, e sua mãe a princesa Acha. No ano de 616, o reino foi invadido e seu pai morreu na batalha contra o rei Edin, que assumiu o trono e depois fundou a cidade de Edimburgo.
A princesa Acha com seus onze filhos precisaram fugir para a Corte do rei da Escócia, onde se converteram à uma vida nova. Entregues aos cuidados dos beneditinos do Mosteiro de Iona, as crianças receberam uma formação acadêmica e religiosa muito sólida, adequada ao seguimento de Cristo.
Osvaldo destacava-se entre seus irmãos pelo porte físico, a inteligência e a caridade cristã. Era bom, generoso e não distinguia ricos e pobres. Foi treinado pelo pequeno, mas potente exército do rei da Escócia, que por ele tinha muita estima. Tinha um falcão de estimação, que lhe obedecia e sempre pousava em sua mão.
Com a morte do rei Edin, em 633, Osvaldo formou seu exército, pequeno, mas eficaz. Venceu a batalha de Havenfield em 634. Assumiu o trono como legítimo rei de Nortúmbria. Fatos históricos contam que, antes do combate, ele teve uma visão onde São Columbano o orientava a rezar junto com seus soldados antes de partirem para o combate. Obedecendo a visão, mandou erguer uma grande cruz no centro do campo onde estavam e ajoelharam-se diante dela. Prostrados, com fé e humildade, pediram a Deus proteção para seu povo atacado pelos inimigos.
Depois de coroado, todo o exército converteu-se. Osvaldo construiu igrejas, mosteiros, cemitérios, hospitais, asilos e creches; distribuiu riquezas e promoveu a prosperidade ao povo.
Casou-se com a princesa Cineburga, filha do rei pagão de Wessex, hoje também Inglaterra. Convenceu o sogro a permitir uma missão evangelizadora de monges escoceses em seu reino, que acabaram convertendo o rei também.
Morreu em combate, em 642, defendendo o seu povo de invasores pagãos. Depois, o venerável Beda, monge famoso pela santidade e sabedoria na doutrina, reivindicou o título de mártir a santo Osvaldo da Nortúmbria, por ter morrido em combate contra os pagãos.
Santo Osvaldo de Nortúmbria, rogai por nós!
2024
São João Maria Vianney – 04 de Agosto
São João Maria Vianney – presbítero | 04 de Agosto
Com admiração, alegramo-nos com a santidade de vida do patrono de todos os vigários, conhecido por Cura D’Ars. São João Maria Vianney nasceu em Dardilly, no ano de 1786, e enfrentou o difícil período em que a França foi abalada pela Revolução Napoleônica.
Camponês de mente rude, proveniente de uma família simples e bem religiosa, percebia desde de cedo sua vocação ao sacerdócio, mas antes de sua consagração, chegou a ser um desertor do exército, pois não conseguia “acertar” o passo com o seu batalhão.
Ele era um cristão íntimo de Jesus Cristo, servo de Maria e de grande vida penitencial, tanto assim que, somente graças à vida de piedade é que conseguiu chegar ao sacerdócio, porque não acompanhava intelectualmente as exigências do estudo do Latim, Filosofia e Teologia da época (curiosamente começou a ler e escrever somente com 18 anos de idade).
João Maria Vianney, ajudado por um antigo e amigo vigário, conseguiu tornar-se sacerdote e aceitou ser pároco na pequena aldeia “pagã”, chamada Ars, onde o povo era dado aos cabarés, vícios, bebedeiras, bailes, trabalhos aos domingos e blasfêmias; tanto assim que suspirou o Santo: “Neste meio, tenho medo até de me perder”. Dentro da lógica da natureza vem o medo, mas da graça, a coragem. Com o Rosário nas mãos, joelhos dobrados diante do Santíssimo, testemunho de vida, sede pela salvação de todos e enorme disponibilidade para catequizar, o santo não só atende ao povo local como também ao de fora no Sacramento da Reconciliação.
Dessa forma, consumiu-se durante 40 anos por causa dos demais (chegando a permanecer 18 horas dentro de um confessionário alimentando-se de batata e pão). Portanto, São João Maria Vianney, que viveu até aos 73 anos, tornou-se para o povo não somente exemplo de progresso e construção de uma ferrovia – que servia para a visita dos peregrinos – mas, principalmente, e antes de tudo, exemplo de santidade, de dedicação e perseverança na construção do caminho da salvação e progresso do Reino de Deus para uma multidão, pois como padre teve tudo de homem e ao mesmo tempo tudo de Deus.
Foi canonizado pelo papa Pio XI, no ano de 1925. Foi proclamado padroeiro dos sacerdotes e no dia de sua festa passou a ser celebrado o Dia do Padre.
São João Maria Vianney, rogai por nós!
2024
Santa Lídia – 03 de Agosto
Santa Lídia | 03 de Agosto
Uma antiga tradição cristã a respeito do culto aos santos demonstra que Santa Lídia foi uma das primeiras santas a ser venerada dentro da fé católica.
Lídia era uma prosélita, ou seja, uma pagã convertida ao judaísmo. Veio da Grécia asiática e instalou-se para o seu comércio em Filipos, porto do Mar Egeu.
Fez-se cristã pelo ano de 55, quando São Paulo evangelizava essa região. São Lucas, que andava com o Apóstolo, contou este episódio: “…Filipos, que é a cidade principal daquele distrito da Macedônia, uma colônia (romana). Nesta cidade nos detivemos por alguns dias. No sábado, saímos fora da porta para junto do rio, onde pensávamos haver lugar de oração. Aí nos assentamos e falávamos às mulheres que se haviam reunido. Uma mulher, chamada Lídia, da cidade dos tiatirenos, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava. O Senhor abriu-lhe o coração para atender às coisas que Paulo dizia” (At 16,12-14).
As formalidades da canonização levam frequentemente muitos anos. Foram, porém, curtíssimas ao tratar-se de Santa Lídia. Foi Barónio (+ 1607) que, em 1586, com sua própria autoridade, a introduziu no Martirológio romano, cuja revisão lhe estava entregue.
Santa Lídia, rogai por nós!
2024
Santo Eusébio de Vercelli – 02 de Agosto
Santo Eusébio de Vercelli – bispo | 02 de Agosto
Hoje, nós lembramos o testemunho de santidade de Eusébio, que nasceu no começo do século IV, na Sardenha, e não tinha este nome, até ir para Roma em procura de lucro com a Política e o Direito.
Encontrado por Jesus, converteu-se e recebeu as águas do Batismo e o novo nome de Eusébio, pois foi batizado pelo Papa Eusébio. De simples leitor da Igreja de Roma, Eusébio foi ordenado sacerdote e, depois, em 345, Bispo em Vercelli, onde exerceu seu ministério com zelo e muito amor dedicando às almas e à verdade. Dentre tantas inspirações para a Diocese, Eusébio vivia comunitariamente com seus sacerdotes, e dessa comunhão conseguiu forças para vencer os bons combates do dia a dia.
Santo Eusébio de Vercelli por opor-se ao Arianismo, que buscava erroneamente negar a divindade de Cristo, foi exilado com outros santos Bispos pelo imperador Constâncio. Despachado com algemas para a Palestina, Eusébio sofreu torturas e sobreviveu por seis anos fechado numa prisão. Quando liberto aproveitou para visitar as Igrejas do Oriente.
Ao voltar, foi acolhido como vencedor pelos irmãos no Episcopado, Clero e todo o povo, até entrar no Céu em 370, venceu o Arianismo com Santo Hilário e unificou as Igrejas.
Santo Eusébio de Vercelli, rogai por nós!
2024
Santo Afonso Maria de Ligório – 01 de Agosto
Santo Afonso Maria de Ligório – fundador, bispo e doutor da Igreja | 01 de Agosto
Celebramos, neste dia, a memória de um santo Bispo e Doutor da Igreja que se tornou, pelo seu testemunho, patrono dos confessores e teólogos de doutrina moral. Afonso Maria de Ligório nasceu em Nápoles, na Itália, em 1696, numa nobre família que, ao saber das qualidades do menino prodígio, proporcionaram-lhe o caminho dos estudos a fim de levá-lo à fama.
Com 16 anos, doutorou-se em Direito Civil e Eclesiástico, e já se destacava em sua posição social quando se deparou, involuntariamente, sustentando uma falsidade. Isso levou Afonso a profundas reflexões, a ponto de passar três dias seguidos em frente ao crucifixo. Escolhendo a renúncia profissional, a herança e títulos de nobreza, Santo Afonso acolheu sua via vocacional, já que o Senhor o queria advogando as causas do Cristo.
Santo Afonso Maria de Ligório colocou todos os seus dons a serviço do Reino dos Céus, por isso, como sacerdote, desenvolveu várias missões entre os mendigos da periferia de Nápoles e camponeses; isso até contagiar vários e fundar a Congregação do Santíssimo Redentor, ou Redentoristas. Depois de percorrer várias cidades e vilas do sul da Itália convertendo pecadores, reformando costumes e santificando as famílias, Santo Afonso de Ligório, com 60 anos, foi eleito bispo, e assim pastoreou, com prudência e santidade, o povo de Deus, mesmo com a realidade de ter perdido a amizade do Papa e sido expulso de sua fundação.
Entrou no Céu com 91 anos, depois de deixar vários escritos sobre a Doutrina Moral, sobre a devoção ao Santíssimo Sacramento e a respeito da Mãe de Deus, sendo o mais conhecido: “As Glórias de Maria”.
Santo Afonso Maria de Liguori foi canonizado em 1839 e proclamado Doutor da Igreja, por Pio IX, em 1871. Em 1950, Pio XII o proclamou “Padroeiro celestial de todos os confessores e moralistas”.
Santo Afonso Maria de Ligório, rogai por nós!
2024
Santo Inácio de Loyola – 31 de Julho
Santo Inácio de Loyola – presbítero e fundador | 31 de Julho
Neste dia, celebramos a memória deste santo que, em sua bula de canonização, foi reconhecido como tendo “uma alma maior que o mundo”.
Inácio nasceu em Loyola na Espanha, no ano de 1491, e pertenceu a uma nobre e numerosa família religiosa (era o mais novo de doze irmãos), ao ponto de receber com 14 anos a tonsura, mas preferiu a carreira militar e, assim como jovem valente, entregou-se às ambições e às aventuras das armas e dos amores. Aconteceu que, durante a defesa do castelo de Pamplona, Inácio quebrou uma perna, precisando assim ficar paralisado por um tempo; desse mal Deus tirou o bem da sua conversão, já que, depois de ler a vida de Jesus e alguns livros da vida dos santos, concluiu: “São Francisco fez isso, pois eu tenho de fazer o mesmo. São Domingos fez isso, pois eu tenho também de o fazer”.
Realmente ele fez como os santos o fizeram e levou muitos a fazerem “tudo para a maior glória de Deus”, pois pendurou sua espada aos pés da imagem de Nossa Senhora de Montserrat, entregou-se à vida eremítica, na qual viveu seus “famosos” exercícios espirituais e, logo depois de estudar Filosofia e Teologia, lançou os fundamentos da Companhia de Jesus.
A instituição de Inácio, iniciada em 1534, era algo novo e original, além de providencial para os tempos da Contrarreforma. Ele mesmo esclarece: “O fim desta Companhia não é somente ocupar-se com a graça divina, da salvação e perfeição da alma própria, mas, com a mesma graça, esforçar-se intensamente por ajudar a salvação e perfeição da alma do próximo”.
Com Deus, Santo Inácio de Loyola conseguiu testemunhar sua paixão convertida, pois sua ambição única tornou-se a aventura de salvar almas e o seu amor a Jesus. Foi para o céu com 65 anos; e lá intercede para que nós façamos o mesmo agora “com todo o coração, com toda a alma, com toda a vontade”, repetia.
Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!
2024
São Pedro Crisólogo – 30 de Julho
São Pedro Crisólogo – bispo e doutor da Igreja | 30 de Julho
O santo deste dia nasceu em Ímola, na Itália, no ano de 380. Ele aproveitou sua vida gastando-se totalmente pelo Evangelho, a ponto de ser reconhecido pela Igreja como Doutor da Igreja (isso se deu em 1729 pelo Papa Bento XIII).
São Pedro Crisólogo tinha este nome por ter se destacado, principalmente, pelo dom da pregação – Crisólogo significa ‘O homem da palavra de ouro’ (este cognome lhe foi dado a partir do séc IX).
Diante da morte do bispo de Ravena, o escolhido para substituí-lo foi Pedro, que, neste tempo, vivia num convento, onde queria se oferecer como vítima no silêncio, mas os planos do Senhor fizeram dele bispo.
Pastor prudente e zeloso da Igreja, usou do dom da pregação como instrumento do Espírito para a conversão de pagãos, hereges e cristãos indiferentes na vivência da própria fé.
São Pedro Crisólogo, com o seu testemunho de santidade, conhecimento das ciências teológicas e dom de comunicação, venceu a heresia do Monofisismo, a qual afirmava Jesus ter apenas uma só natureza, e não a misteriosa união da natureza divina e humana como o próprio nos revelou.
Um homem que tinha o pecado no coração, porém, Pedro lutou com as armas da oração, jejum e mortificações para assim desfrutar e transmitir pela Palavra o tesouro da graça, isso até entrar na Glória Celeste em 450.
São Pedro Crisólogo, rogai por nós!
2024
Santa Marta – 29 de Julho
Santa Marta – irmã de São Lázaro e Santa Maria Madalena | 29 de Julho
Marta é a irmã de Maria e de Lázaro de Betânia, povoado a cerca de três quilômetros de Jerusalém. Em sua casa hospitaleira, Jesus gostava de descansar durante a pregação na Judeia. Por ocasião de uma destas visitas aparece pela primeira vez Marta. O Evangelho no-la apresenta como a dona de casa, solícita e atarefada em acolher dignamente o agradável hóspede, enquanto a irmã Maria prefere ficar quieta escutando as palavras do Mestre. Não nos admira, portanto, a reclamação que Marta faz contra Maria: “Senhor, a ti não importa que minha irmã me deixe sozinha a fazer o serviço? Diz-lhe, pois que me ajude”.
A amável resposta de Jesus pode parecer repreensão à atitude da agitada dona de casa: “Marta, Marta, tu te inquietas e te agitas por muitas coisas; no entanto uma só coisa é necessária. Maria, com efeito, escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada”. Mas isso não é repreensão, comenta santo Agostinho: “Marta, tu não escolheste mal; Maria, porém, escolheu melhor que tu”. Não obstante isso, Maria, considerada modelo evangélico das almas contemplativas já por são Basílio e são Gregório Magno, parece não figurar no calendário litúrgico (22 de julho): a santidade desta doce figura de mulher está fora de discussão, pois isso foi confirmado pelas palavras de Cristo. Mas somente Marta, nem Maria e nem Lázaro, aparece no calendário litúrgico universal, como para recompensar suas solicitudes e atenções para com a pessoa do Salvador e como a propô-la para as mulheres cristãs como modelo de operosidade.
A humildade e incompreendida profissão de doméstica é nobilitada por esta santa trabalhadeira de nome Marta, que significa simplesmente senhora. Marta reaparece no Evangelho no dramático episódio da ressurreição de Lázaro, onde implicitamente pede o milagre com simples e estupenda profissão de fé na onipotência do Salvador, na ressurreição dos mortos e na divindade de Cristo, e durante banquete do qual participa o próprio Lázaro, há pouco ressuscitado, e também desta vez se nos apresenta em funções de dona de casa atarefada. A lição do Mestre não se referia à sua louvável operosidade, mas ao exagero de preocupações com as coisas materiais em detrimento da vida espiritual. A respeito do tempo posterior da vida da santa nada sabemos de historicamente aceitável, mas existem muitos contos lendários. Os primeiros que dedicaram à santa Marta uma celebração litúrgica foram os franciscanos em 1262, a 29 de julho, isto é, oito dias após a da festa de santa Maria Madalena.
Santa Marta, rogai por nós!