2024
São João Gualberto – 12 de Julho
São João Gualberto – abade | 12 de Julho
Com muita alegria, deparamo-nos com a santidade de vida de São João Gualberto, que pertenceu a uma nobre família de Florença, a qual muito bem o educou na cultura, porém, deixou falhas no essencial, ou seja, na vida religiosa. Por isso, facilmente ele foi se entregando às liberdades perigosas e às vaidades do mundo.
Aconteceu que, com o assassinato do seu irmão, João Gualberto – como o pai – revoltou-se a ponto de jurar o causador de morte, mas, um certo dia, numa estreita estrada, Gualberto encontrou-se com o assassino desarmado, por isso arrancou sua espada para vingar o irmão, quando de repente a súplica: “Por amor de Jesus, que neste dia morreu por nós, tem piedade de mim, não me mates!”.
Era uma Sexta-feira Santa, e assim, tocado pela misericórdia de Deus, João Gualberto não só acolheu o malvado com seu perdão, mas também, ao entrar numa igreja, recebeu aos pés do Crucificado a graça do perdão e a vida nova.
No processo de conversão de São João Gualberto, Deus o encaminhou à vida religiosa, à vida eremítica e, depois, à fundação de uma nova Ordem, chamada de Vallombrosa, na qual São João Gualberto tornou-se pai do monges e modelo, já que, antes de entrar na vida eterna, em 1073, com 73 anos partilhou para os irmãos: “Quando quiserem eleger um abade, escolham entre os irmãos o mais humilde, o mais doce, o mais mortificado”.
São João Gualberto, rogai por nós!
2024
São Bento – 11 de Julho
São Bento – abade | 11 de Julho
As informações sobre a vida de Bento nos foram transmitidas pelo seu biógrafo e contemporâneo, papa são Gregório Magno. No livro que enaltece o seu exemplo de santidade de vida, ele não registrou as datas de nascimento e morte. Assim, apenas recebemos da tradição cristã o relato de que Bento viveu entre os anos de 480 e 547.
Bento nasceu na cidade de Nórcia, província de Perugia, na Itália. Pertencia à influente e nobre família Anícia e tinha uma irmã gêmea chamada Escolástica, também fundadora e santa da Igreja. Era ainda muito jovem quando foi enviado a Roma para aprender retórica e filosofia. No entanto, decepcionado com a vida mundana e superficial da cidade eterna, retirou-se para Enfide, hoje chamada de Affile. Levando uma vida ascética e reclusa, passou a se dedicar ao estudo da Bíblia e do cristianismo.
Ainda não satisfeito, aos vinte anos isolou-se numa gruta do monte Subiaco, sob orientação espiritual de um velho monge da região chamado Romano. Assim viveu por três anos, na oração e na penitência, estudando muito. Depois, agregou-se aos monges de Vicovaro, que logo o elegeram seu prior. Mas a disciplina exigida por Bento era tão rígida, que esses monges indolentes tentaram envenená-lo. Segundo seu biógrafo, ele teria escapado porque, ao benzer o cálice que lhe fora oferecido, o mesmo se partiu em pedaços.
Bento abandonou, então, o convento e, na companhia de mais alguns jovens, entre eles Plácido e Mauro, emigrou para Nápoles. Lá, no sopé do monte Cassino, onde antes fora um templo pagão, construiu o seu primeiro mosteiro.
Era fechado dos quatro lados como uma fortaleza e aberto no alto como uma grande vasilha que recebia a luz do céu. O símbolo e emblema que escolheu foram a cruz e o arado, que passaram a ser o exemplo da vida católica dali em diante.
As regras rígidas não poderiam ser mais simples: “Ora e trabalha”. Acrescentando-se a esse lema “leia”, pois, para Bento, a leitura devia ter um espaço especial na vida do monge, principalmente a das Sagradas Escrituras. Desse modo, estabelecia-se o ritmo da vida monástica: o justo equilíbrio, do corpo, da alma e do espírito, para manter o ser humano em comunhão com Deus. Ainda, registrou que o monge deve ser “não soberbo, não violento, não comilão, não dorminhoco, não preguiçoso, não detrator, não murmurador”.
A oração e o trabalho seriam o caminho para edificar espiritual e materialmente a nova sociedade sobre as ruínas do Império Romano que acabara definitivamente. Nesse período, tão crítico para o continente europeu, este monge tão simples, e por isto tão inspirado, propôs um novo modelo de homem: aquele que vive em completa união com Deus, através do seu próprio trabalho, fabricando os próprios instrumentos para lavrar a terra. A partir de Bento, criou-se uma rede monástica, que possibilitou o renascimento da Europa.
Celebrado pela Igreja no dia 11 de julho, ele teria profetizado a morte de sua irmã e a própria. São Bento não foi o fundador do monaquismo cristão, que já existia havia três séculos no Oriente. Mas merece o título de “Pai do Monaquismo Ocidental”, que ali só se estabeleceu graças às regras que ele elaborou para os seus monges, hoje chamados “beneditinos”. Além disto, são Bento foi declarado patrono principal de toda a Europa pelo papa Paulo VI, em 1964, também com justa razão.
São Bento, rogai por nós!
2024
Santo Antônio Percierskij – 10 de Julho
Santo Antônio Percierskij – monge | 10 de Julho
Seu nome era Antipas. Percierskij, na verdade é um apelido que significa “da gruta”. Ele recebeu este apelido pelo fato de ter escavado uma gruta que se tornou sua cela na região de Kiev, na Ucrânia. “Antônio da Gruta” nasceu no ano 983, na Ucrânia. Desde a adolescência demonstrou interesse pela solidão. Por isso, procurava as cavernas, comuns em sua região, em busca de lugares que favorecessem sua sede de oração e contemplação.
Depois dessa busca pela solidão, Antônio Percierskij peregrinou solitário por vários mosteiros. Chegou até à Grécia e frequentou vários mosteiros no Monte Athos. Quando encontrou o Mosteiro de Esphigmenon, permaneceu alguns anos lá, sempre demonstrando um grande espírito de oração, contemplação e caridade fraterna. Depois disso, decidiu voltar para seu país para continuar lá sua vida de oração e penitência.
Chegando a Kiev, Antônio Percierskij escavou a primeira gruta e fez dela sua cela. Ali ele dormia, rezava e estudava. Logo apareceram curiosos que se encantaram com seu modo de vida e se tornaram seus seguidores. Todos bebiam da sabedoria daquele homem santo e admiravam seu comportamento sóbrio, sábio, justo, manso, sereno, pacífico, alegre e misericordioso para com todos. Um de seus discípulos chamado Nestor retratou sua fascinante personalidade num livro intitulado “Histórias dos tempos passados”.
O número de seguidores de Antônio Percierskij só aumentava por causa, principalmente, da vida santa que ele levava. A santidade atraia discípulos de todos os cantos da Rússia. Por isso, junto com um de seus discípulos chamado Teodósio, Antônio Percierskij fundou o Mosteiro das Grutas, que consistia em várias celas escavadas por cada um dos discípulos e interligadas entre si formando um verdadeiro Mosteiro de Grutas. Esse local passou a ser um dos mais importantes centros religiosos do país. Aquela comunidade monástica passou a ser conhecida por todos por causa da fé, da caridade, do alto grau de instrução que se desenvolvia ali e pela beleza da liturgia ortodoxa que praticavam. Santo Antônio Percierskij não tinha perdido sua vocação para a solidão, mas permanecia na comunidade para ser exemplo de santidade para todos. As regras da comunidade monástica ele confiou a Teodósio, seu fiel discípulo e co-fundador.
Em 1055 uma forte perseguição política obrigou Santo Antônio Percierskij a deixar Kiev. Ele se refugiou na região de Cernigov. Lá, o mesmo fenômeno aconteceu: inúmeros jovens sentiram-se atraídos pela sua santidade e modo de vida e se reuniram em torno dele. Por ele, mais uma vez, ele fundou um mosteiro com as mesmas regras de vida daquele de Kiev, deixando ali seu exemplo de caridade, penitência e oração. Em Kiev, porém, alguns discípulos permaneceram liderados por Teodósio. Por isso, depois de alguns anos Santo Antônio Percierskij voltou para lá escondido e lá permaneceu até morrer. Sua morte aconteceu no dia 10 de julho de 1073.
Santo Antônio Percierskij, rogai por nós!
2024
Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus – 09 de Julho
Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus – virgem e fundadora | 09 de Julho
Comemoramos a santidade de vida da naturalizada brasileira Amábile Lúcia Visintainer, hoje, Santa Madre Paulina, que nasceu no dia 16 de dezembro de 1865, em Vigolo Vattaro (Itália). Os pais de origem simples, eram cristãos.
Em setembro de 1875, com apenas 10 anos de idade, emigrou com seus pais para o Brasil, dirigindo-se para o Estado de Santa Catarina, no atual município de Nova Trento, onde deram início à localidade de Vígolo.
Após receber a sua primeira comunhão, com cerca de 12 anos, começou a participar do apostolado paroquial, catequizando os pequenos e visitando os doentes.
Santa Paulina, antes de entrar para a vida consagrada, dedicou-se religiosamente em cuidar de uma senhora com câncer; a partir dessa experiência caridosa, deu-se a descoberta do carisma que fora reconhecido, em 1895, pelo bispo de Curitiba, Paraná, com o nome de Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição.
Em 1903, foi eleita superiora geral por toda a vida pelas irmãs da nascente congregação. Deixou Nova Trento e estabeleceu-se em São Paulo, no Bairro Ipiranga, onde se ocupou de crianças órfãs, filhos de ex- escravos e dos escravos idosos e abandonados.
Foram anos marcados pela oração, pelo trabalho e sofrimento, tudo feito e aceito para que a Congregação das Irmãzinhas fosse adiante.
A partir de 1938, Madre Paulina começou a acusar graves distúrbios, porque estava com diabetes. Após duas cirurgias, nas quais sofreu amputação do dedo médio e depois do braço direito, passou os últimos meses vítima de cegueira. Morreu no dia 9 de julho de 1942, e suas últimas palavras foram: “Seja feita a vontade de Deus”.
Foi beatificada pelo Papa João Paulo II, no dia 18 de outubro de 1991, em Florianópolis, Estado de Santa Catarina, Brasil.
Na oração litúrgica da Igreja, é pedido a Deus para que nós sejamos fiéis à virtude do serviço, motivados pelo amor, virtude essa que mais brilhou no coração da virgem Paulina do Coração Agonizante de Jesus.
Santa Paulina, rogai por nós!
2024
Bem-aventurado Eugênio III – 08 de Julho
Bem-aventurado Eugênio III – papa | 08 de Julho
O papa Eugênio III nasceu em Montemagno, numa família cristã, rica e da nobreza italiana. Foi batizado com o nome de Píer Bernardo Paganelli, estudou e recebeu a ordenação sacerdotal na diocese de Pisa, centro cultural próximo da sua cidade natal.
Possuía um temperamento reservado, era inteligente, muito ponderado e calmo. Segundo os registros da época, em 1130 ele teve um encontro com o religioso Bernardo de Claraval, fundador da Ordem dos Monges Cistercienses e hoje um santo da Igreja. A afinidade entre ambos foi tão grande que, cinco anos depois, Píer Bernardo ingressou no mosteiro dirigido pelo amigo e vestiu o hábito cisterciense.
Através da convivência com Bernardo de Claraval, ele se tornou conhecido, pois foi escolhido para abrir um outro mosteiro da Ordem em Farfa, diocese de Viterbo, sendo consagrado o abade pelo papa Inocêncio II. Quando esse papa morreu, o abade Píer Bernardo foi eleito sucessor.
Isto ocorreu não por acaso, ele era o homem adequado para enfrentar a difícil e delicada situação que persistia na época. Roma estava agitada e às voltas com graves transtornos provocados, especialmente, pelo líder político Arnaldo de Bréscia e outros republicanos que exigiam que fosse eleito um papa que forçasse a entrega do poder político ao seu partido. Muitas casas de bispos e cardeais já tinham sido saqueadas. Por isso os cardeais resolveram escolher o abade Píer Bernardo, justamente porque ele estava fora do colégio cardinalício, portanto isento das pressões dos republicanos.
Ele assumiu o pontificado com o nome de papa Eugênio III. Mas teve de fugir de Roma à noite, horas após sua eleição, para ser coroado no mosteiro de Farfa, em Viterbo. Era o dia 18 de fevereiro de 1145. Como a situação da cidade não era segura, o novo papa e seus cardeais decidiram mudar para Viterbo. Quando a população romana foi informada, correu para pedir sua volta. Foi assim, apoiado pelo povo, que o papa Eugênio III retornou para Roma e assumiu o controle da cidade, impondo a paz. Infelizmente, durou pouco.
Em 1146, Arnaldo passou a exigir a destruição total de Trívoli. Novamente o papa Eugênio III teve de fugir. Como se recusou a comandar o massacre, ele corria risco de morte. Teve de atravessar os Alpes para ingressar na França, onde permaneceu exilado por três anos.
Os conflitos não paravam, o povo estava sempre nas ruas, liderado por Arnaldo, e o papa teve de ser duro com os insubordinados da Igreja que se aproveitavam da situação. Nesse período, convocou quatro concílios para impor disciplina. Também depôs os arcebispos de York e Mainz; promoveu uma séria reforma na Igreja e na Cúria Romana em defesa da ortodoxia nos estudos eclesiásticos. Enviou o cardeal Breakspear, o futuro papa Adriano IV, para divulgá-la na Escandinávia, enquanto ele próprio ainda o fazia percorrendo o norte da Itália.
Só retornou a Roma depois de receber ajuda do imperador alemão Frederico Barba-Roxa, contra os republicanos de Arnaldo. Ainda pôde defender a Igreja contra os invasores turcos e iniciar a construção do palácio pontifício. Morreu no dia 8 de julho de 1153, depois de governar a Igreja por oito anos e cinco meses, num período tão complicado e violento da história. O papa Eugênio III foi beatificado em 1872.
Bem-aventurado Eugênio III, rogai por nós!
2024
Bem-aventurado Bento XI – 07 de Julho
Bem-aventurado Bento XI – papa | 07 de Julho
Treviso, a diocese que deu à Igreja são Pio X, é a pátria de outro papa, elevado às honras dos altares: Bento XI. Como são Pio X, pelo registro civil Nicolau Boccasini, nascido em Treviso em 1240, provinha de modestíssima família. Sua mãe era lavadeira no convento dos dominicanos, e esta sua ocupação favoreceu o ingresso do filho na jovem ordem de são Domingos. Vestindo o hábito religioso aos dezessete anos, Nicolau completou os estudos em Milão. Ordenado padre voltou a Treviso, onde desempenhou a função de professor no próprio convento. Distinguiu-se pela mansidão de caráter, pureza de vida, humildade e piedade. Eleito em 1286 superior provincial da vasta região lombarda, dez anos após foi chamado a suceder a Estevão de Besançon no cargo de geral da Ordem.
Pouco depois Nicolau, filho de uma humilde lavadeira de Treviso, conseguiu realizar uma difícil trégua entre o rei da Inglaterra, Eduardo I, e o rei da França, Filipe, o Belo. Esta sua missão de paz, coroada de inesperado sucesso, valeu ao geral dos dominicanos o chapéu cardinalício, concedido pelo papa Bonifácio VIII, que desejava com esta nomeação premiar também toda a ordem domi-nicana, pela sua adesão ao pontífice. O cardeal Boccasini estava em Anagni ao lado de Bonifácio VIII quando este foi atingido pelo bofetão do emissário de Filipe, o Belo, Guilherme de Nogaret.
Morto Bonifácio VIII, os cardeais reunidos em conclave em Roma, a 22 de outubro de 1303, deram-lhe como sucessor o próprio cardeal Boccasini, homem conciliador e o mais indicado para resolver o grande conflito entre o papado e o rei da França. O novo pontífice, que recebeu o nome de Bento XI, correspondeu às expectativas. Embora mostrando-se duro com o executor material do gesto sacrílego (renovou a excomunhão a Nogaret e a Sciarra Colonna), absolveu o rei das censuras em que havia incorrido. Bento XI preferiu a residência de Perúgia àquela romana, para ficar longe dos tumultos e das insídias, e dedicar-se ao pacífico governo da Igreja. Mas também aqui foi atingido pelo ódio de seus inimigos: sentindo-se mal após ter provado um figo fresco, provavelmente envenenado, fez escancarar as portas do palácio para conceder uma última au-diência e bênção aos fiéis. Entre os atos do seu breve pontificado (22 de outubro de 1303 — 7 de julho de 1304) está o decreto da obrigação para todo cristão de confessar-se ao menos uma vez por ano.
Bem-aventurado Bento XI, rogai por nós!
2024
Santa Maria Goretti – 06 de Julho
Santa Maria Goretti – virgem e mártir da pureza | 06 de Julho
Nasceu em Corinaldo, centro da Itália, no ano de 1890. Era de família pobre, numerosa e camponesa, mas muito temente a Deus.
Com a morte do pai, Maria Goretti, com os seus, foram morar num local perto de Roma, sob o mesmo teto de uma família composta por um pai viúvo e dois filhos, sendo um deles Alessandro.
Aconteceu que este jovem, por várias vezes, tentou seduzir Goretti, que ficava em casa para cuidar dos irmãozinhos. E por ser uma menina temente a Deus, sua resposta era cheia de maturidade: “Não, não, Deus não quer; é pecado!”
Santa Maria Goretti, certa vez, estava em casa e em oração, por isso quando o jovem, que era de maior estatura e idade, tentou novamente seduzi-la, Goretti resistiu com mais um grande não.
A resposta de Alessandro foram 14 facadas, enquanto da parte de Goretti, percebemos a santidade na confidência à sua mãe: “Sim, o perdoo… Lá no céu, rogarei para que ele se arrependa… Quero que ele esteja junto comigo na glória eterna”.
O martírio desta adolescente, de apenas 12 anos, foi a causa da conversão do jovem assassino, que, depois de sair da cadeia, esteve com as 400 mil pessoas, na Praça de São Pedro, na ocasião da canonização dessa santa, e ao lado da mãe dela, que o perdoou também.
Santa Maria Goretti manteve-se pura e santa por causa do seu amor a Deus, por isso reina na glória com Cristo.
Sua beatificação foi celebrada no dia 27 de abril de 1947, por Papa Pio Xll. E em 24 de junho de 1950, o mesmo celebrou a canonização da santa. Sua festa é celebrada no dia 6 de julho. Santa Maria Goretti é tida como a santa da castidade, da juventude, das vítimas de estupro, da pureza de coração e do perdão. É representada segurando lírios, que simbolizam sua pureza, e com vestes brancas, sinal de sua virgindade.
Santa Maria Goretti, rogai por nós!
2024
Santo Antônio Maria Zaccaria – 05 de Julho
Santo Antônio Maria Zaccaria – presbítero | 05 de Julho
Antônio Maria nasceu em Cremona, no norte da Itália, em 1502, na família Zaccaria, tradicional nobreza italiana. Ao perder o pai muito cedo, teve de sua mãe o grande gesto de amor que consistiu em dedicar-se somente para sua educação, tanto assim que, com apenas 22 anos, já era médico.
Ele fazia de sua profissão um apostolado, por isso, não cuidava só do corpo, mas também da alma dos seus pacientes que eram tratados como irmãos desse médico corajoso, pois viviam em um ambiente impregnado pelo humanismo sem Deus.
Chamado por Cristo, ampliou seu apostolado ao ser ordenado sacerdote em 1528 e, dessa forma, pôde testemunhar Jesus e a unidade da Igreja num tempo em que as ciências de fundo pagão, a decadência das ordens religiosas, do clero pediam não uma Reforma Protestante, e sim uma santidade transformadora.
Fundador dos Clérigos Regulares de São Paulo e, com a ajuda de uma condessa, da Congregação das Angélicas de São Paulo, Antônio viveu, comunicou vida num dos períodos mais difíceis da Igreja de Cristo. Depois de muito propagar a devoção a Jesus Eucarístico, por ter trabalhado demais, veio com 37 anos “dormir” nos braços de sua mãe terrestre e acordar nos braços de sua Mãe Celeste. Foi canonizado em 1897. É considerado o pioneiro da Pastoral Familiar na história da Igreja.
Santo Antônio Maria Zaccaria, rogai por nós!
2024
Santa Isabel de Portugal – 04 de Julho
Santa Isabel de Portugal – rainha | 04 de Julho
Nasceu na Espanha no ano de 1271. Pertencia à família real de Aragão, que lhe concedeu uma ótima formação cristã. Foi entregue em casamento ao rei Diniz, rei de Portugal, com apenas 12 anos de idade, e já dava testemunho de uma esposa cristã, uma mulher de oração e centrada na Eucaristia, e ajudou a propagar a grande devoção à Nossa Senhora da Conceição. Aos 20 anos, teve seu filho Afonso IV, que viveu muitos conflitos com o pai.
Isabel era mulher de caridade e reconciliadora, vivendo isso bem a partir de sua família. Era rainha, mas nunca esqueceu que também era irmã dos mais necessitados. Refundou em 1314 o Mosteiro de Santa Clara de Coimbra; também fundou em 1321, em Santarém, o Hospital de Nossa Senhora dos Inocentes, voltado para crianças que, por algum motivo, eram abandonadas por suas mães.
Uma de suas últimas obras de caridade, talvez, tenha sido cuidar do seu próprio esposo. Dom Diniz, que tanto a fez sofrer, agora precisava dos cuidados de Isabel, que se dispôs, quis cuidar dele. Ele ficou doente em 1324 e faleceu no ano seguinte. Então, Isabel deixou a sua condição de viver no palácio como rainha, abdicando seus bens e títulos para receber o hábito como franciscana, clarissa.
Em 1336, saiu de Coimbra e foi ao encontro de seu filho, devido a um novo conflito familiar. Mesmo enferma, conseguiu chegar. Foi acolhida e ouvida por seu filho. Faleceu no dia 4 de julho de 1336, mas foi enterrada em Coimbra numa igreja dedicada a ela.
Foi canonizada pelo Papa Urbano VIII em 1665. Santa Isabel foi declarada padroeira de Portugal, recebendo do povo o título de “rainha santa da concórdia e da paz”.
Santa Isabel, rogai por nós!
2024
São Tomé – 03 de Julho
São Tomé – apóstolo | 03 de Julho
Pertencente ao grupo dos doze apóstolos, o Senhor o chamou dentro de sua realidade, com suas fraquezas e até com suas crises de fé.
Nosso Senhor Jesus revelou a nós coisas maravilhosas através de São Tomé:
“Tomé lhe disse: ‘Senhor, nós nem sabemos para onde vais, como poderíamos saber o caminho?’ Jesus lhe disse: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai a não ser por mim” (Jo 14,6).
Tomé nunca teve medo de expor a realidade de sua fé e de sua razão, que queria saber cada vez mais e melhor. Quando Jesus apareceu aos apóstolos ao ressuscitar, Tomé não estava ali, então, encontramos seu testemunho: “Oito dias depois, os discípulos encontravam-se reunidos na casa, e Tomé estava com eles. Estando as portas fechadas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê!” Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20,26-28).
O Papa São Gregório Magno meditando essa realidade de São Tomé diz: “A incredulidade de Tomé não foi um acaso, mas prevista nos planos de Deus. O discípulo, que duvidando da Ressurreição do Mestre, pôs as mãos nas chagas do mesmo, curou com isso a ferida da nossa incredulidade”.
Segundo a Tradição, Tomé teria ido, depois de Pentecostes, evangelizar pelo Oriente e Índia onde morreu martirizado, ou seja, morreu por amor, testemunhando a sua fé.
São Tomé, rogai por nós !