2024
São Roque González e companheiros – 19 de Novembro
São Roque González e companheiros – mártires | 19 de Novembro
Roque González nasceu em Assunção do Paraguai, em 1576, e estudou com os Padres Jesuítas, que muito o ajudaram a desenvolver seus dotes humanos e espirituais.
O coração de Roque González sempre se compadeceu com a realidade dos indígenas oprimidos, por isso ao se formar e ser ordenado Sacerdote do Senhor, aos 22 anos de idade, foi logo trabalhar como padre diocesano numa aldeia carente. São Roque, sempre obediente à vontade do Pai do Céu, entrou no noviciado da Companhia de Jesus, com 33 anos, e acompanhado com outros ousados missionários, aceitou a missão de pacificar terríveis indígenas.
São Roque González fez de tudo para ganhar a todos para Cristo, portanto, aprendeu além das línguas indígenas, aprofundou-se em técnicas agrícolas, manejo dos bois e vários outros costumes da terra. Os Jesuítas – bem ao contrário do que muitos contam de forma injusta – tinham como meta a salvação das almas, mas também a promoção humana, a qual era e é a consequência lógica de toda completa evangelização.
Certa vez, numa dessas reduções que levavam os indígenas para a vida em aldeias bem estruturadas e protegidas dos
colonizadores, Roque González com seus companheiros foram atacados, dilacerados e martirizados por índios ferozes fechados ao Evangelho e submissos a um feiticeiro, que matou o corpo mas não a alma destes que, desde 1628, estão na Glória Celeste.
Em 1988, o Papa João Paulo II canonizou os três primeiros mártires sul-americanos: São Roque González, Santo Afonso Rodríguez e São João del Castillo.
São Roque González e companheiros mártires, rogai por nós!
2024
Beatos Domingos Jorge, Isabel Fernandes e Inácio – 18 de Novembro
Beatos Domingos Jorge, Isabel Fernandes e Inácio – mártires | 18 de Novembro
Domingos Jorge nasceu em Vermoim da Maia, perto do Porto (Portugal). Muito jovem, partiu para a Índia, onde combateu pela fé e pela Pátria. Aventureiro por natureza, empreendeu viagem para o Japão, onde, nesse tempo, reinava perseguição furiosa. Todos os missionários eram mortos, e mortos também todos aqueles que os acolhessem em suas casas. Apesar de todos os riscos, não quiseram os missionários estrangeiros abandonar para os instruir, animar e lhes administrar os sacramentos.
Domingos Jorge, membro da Companhia do Rosário, casou com uma jovem japonesa, à qual o missionário português, Padre Pedro Gomes, oito dias após o nascimento, deu o nome de Isabel Fernandes. Vivia este casal modelo no amor de Deus, na paz e na felicidade, perto da cidade de Nagazáki. Por bondade e piedade, receberam em sua casa dois missionários jesuítas e, naquela noite (era o dia da festa de Santa Luzia), o governador de Nagasáki ordenou que fossem presos os dois missionários juntamente com Domingos Jorge. Após um ano de prisão, foram condenados à morte. Domingos Jorge, após escutar a sentença, pronunciou estas palavras: “Mais aprecio eu esta sentença do que me fizessem Senhor de todo o Japão”.
Era o ano de 1619. Domingos Jorge foi amarrado ao poste no chamado “Monte Santo” de Nagasáki, onde tantos cristãos deram a vida por Deus, e, ali, juntamente com outros mártires rezando a oração do Credo, Domingos Jorge foi queimado vivo.
Passados três anos, na manhã de 10 de novembro de 1622, o “Monte Santo” de Nagasáki, regado com o sangue de tantas centenas de cristãos, apresentava um aspecto solene e comovedor. Ali se apinhavam mais de 30.000 pessoas para assistirem ao Grande Martírio, isto é, à morte de 56 filhos da Santa Igreja Católica. Entre eles, encontravam-se Isabel Fernandes, de uns 25 anos de idade, viúva do Beato Domingos Jorge, e seu filhinho Inácio, de quatro anos. Os mártires foram divididos em dois grupos: 24 religiosos de várias Ordens, condenados a morrer a fogo lento; os outros 32 eram constituídos por 14 mulheres e 18 homens (a maioria deste segundo grupo recebeu como condenação serem decapitados). Isabel Fernandes, antes de ser degolada juntamente com seu filhinho Inácio, exclamou: “De todo o coração ofereço a Deus as duas coisas mais preciosas que possuo no mundo: a minha vida e a do meu filhinho”.
Domingos Jorge, com a esposa Isabel Fernandes e o filho Inácio, foram beatificados pelo Papa Pio IX em julho de 1867.
Beatos Domingos Jorge, Isabel Fernandes e Inácio, rogai por nós!
2024
Santa Isabel da Hungria – 17 de Novembro
Santa Isabel da Hungria – mãe, viúva, princesa e religiosa | 17 de Novembro
Isabel era filha de André, rei da Hungria, e nasceu num tempo em que os acordos das nações eram selados com o casamento. No caso de Isabel, ela fora prometida a Luís IV (duque hereditário da Turíngia) em matrimônio, um pouco depois de seu nascimento em 1207.
Santa Isabel foi morar na corte do futuro esposo, e lá começou a sofrer veladas perseguições por parte da sogra, que, invejando o amor do filho para com a santa, passou a caluniá-la como esbanjadora, já que tinha grande caridade para com os pobres. Mulher de oração e generosa em meio aos sofrimentos, Isabel sempre era em tudo socorrida por Deus. Quando já casada e com três filhos, perdeu o marido numa guerra e foi expulsa da corte pelo tio de seu falecido esposo, agora encarregado da regência.
Aconteceu que Isabel teve que se abrigar num curral de porcos com os filhos, até ser socorrida como pobre pelos franciscanos de Eisenach, uma vez que até mesmo os mendigos e enfermos ajudados por ela insultavam-na, por temerem desagradar o regente. Ajudada por um tio que era Bispo de Bamberga, Isabel logo foi chamada para voltar à corte, e seus direitos, como os de seus filhos, foram reconhecidos, isso porque os companheiros de cruzada do falecido rei tinham voltado com a missão de dar proteção à Isabel, pois nisso consistiu o último pedido de Luís IV.
Santa Isabel não quis retornar para Hungria; renunciou aos títulos, além de entrar na Ordem Terceira de São Francisco. Fundou um convento de franciscanas, em 1229, e pôs-se a servir os doentes e enfermos até morrer, em 1231, com apenas 24 anos num hospital construído com seus bens.
Santa Isabel da Hungria, rogai por nós!
2024
Santa Margarida da Escócia – 16 de Novembro
Santa Margarida da Escócia – rainha | 16 de Novembro
Santa Margarida nasceu na Hungria, no ano de 1046, isso quando seu pai Eduardo III (de nobre família inglesa) ali vivia exilado, devido aos conflitos pelo trono da Inglaterra (o rei da Dinamarca ocupara o trono inglês). Em 1054, seu pai retornou à Inglaterra, Margarida tinha portanto oito ou nove anos quando conheceu a pátria inglesa. No entanto, após a morte de seu tio-avô, Santo Eduardo, em 1066, recomeçaram os conflitos: a luta entre Haroldo e Guilherme da Normandia obrigou Edgardo, irmão de Margarida, a refugiar-se novamente na Escócia com a mãe e as irmãs, tendo-lhes o pai morrido alguns anos antes.
Vivendo na Escócia, Margarida casou-se com o rei Malcom III e buscou com os oito filhos (seis príncipes e duas princesas, uma delas chamada Edite, que veio posteriormente a ser rainha da Inglaterra e conhecida com o nome de Santa Matilde) a graça de constituir uma verdadeira Igreja doméstica. Santa Margarida, como rainha da Escócia, procurou cooperar com o rei, tanto no seu aperfeiçoamento humano (pois de rude passou a doce) quanto na administração do reino (porque baniu todas futilidades e aproximou os bens reais das necessidades dos pobres).
Conta-se que a própria Santa Margarida alimentava e servia diariamente mais de cem pobres, ao ponto de lavar os pés e beijar as chagas daqueles que eram vistos e tratados por ela como irmãos e presença de Cristo. Quando, infelizmente, seu esposo e filho morreram num assalto ao castelo, Margarida, que tanto os amava, não se desesperou, e sim aceitou e entregou tudo a Deus rezando: “Agradeço, ó Deus, porque me dás a paciência para suportar tantas desgraças!”.
Santa Margarida entrou no Céu a 16 de novembro de 1093. Foi sepultada na igreja da Santíssima Trindade, em Dunfermline, para onde também o corpo do rei Malcom III foi levado mais tarde.
Santa Margarida da Escócia, rogai por nós!
2024
Santo Alberto Magno – 15 de Novembro
Santo Alberto Magno – bispo e doutor da Igreja | 15 de Novembro
Celebramos, neste dia, a santidade de um grande santo da nossa Igreja, o qual foi digno de ser intitulado de Magno (Grande). Nasceu na Alemanha, em 1206, numa família militar que desejava para Alberto a carreira militar ou administrativa.
Soldado do Senhor e administrador do Reino de Deus, devotíssimo da Virgem Maria, Santo Alberto optou pelos desejos do coração de Deus, por isso, depois de estudar ciências naturais em Pádua e Paris, entrou na família Dominicana em 1223, a fim de mergulhar nos estudos, santidade e apostolado. Como consequência da sua crescente adesão ao Reino, foram aumentando os trabalhos na “vinha do Senhor”, por isso na Ordem Religiosa foi superior provincial e mais tarde, nomeado pelo Papa, Bispo de Ratisbona, num tempo em que somente um santo e sábio poderia estabelecer a paz entre os povos e cidades, como de fato aconteceu.
Santo Alberto Magno era um apaixonado e vocacionado ao magistério (teve como discípulo São Tomás de Aquino); foi dispensado do Episcopado, para na humildade e pobreza continuar lecionando, pregando e pesquisando e dominando com tranquilidade os assuntos sobre mecânica, zoologia, botânica, meteorologia, agricultura, física, tecelagem, navegação e outras áreas do conhecimento, os quais inseriu no seu caminho de santidade: “Minha intenção última, escrevia, está na ciência de Deus”. Suas obras escritas encheram 38 grossos volumes, e com o testemunho impregnou toda a Igreja de santidade e exemplo de quem soube viver com equilíbrio e graça a fé que não contradiz a razão. Entrou no Céu, em 1280, proclamado Doutor da Igreja e Patrono dos cultores das ciências naturais.
Santo Alberto Magno, rogai por nós!
2024
São Serapião – 14 de Novembro
São Serapião – mártir | 14 de Novembro
Procedente de família cristã da nobreza inglesa, Serapião nasceu em Londres no ano 1179. Seu pai era Rotlando Scoth, capitão da esquadra do rei Henrique III. Muito jovem, já estava atuando ao lado do pai na cruzada comandada pelo lendário Ricardo Coração de Leão. Porém, no retorno, o navio naufragou próximo de Veneza e a viagem continuou por terra. Nesse percurso, acabaram prisioneiros do duque da Áustria, Leopoldo, “o Glorioso”, que libertou o rei e seu pai. Mas Serapião e os demais tiveram de ficar.
Logo o duque percebeu que o jovem militar, além de bom militar, era bom cristão, muito bondoso e caridoso. Por isso o manteve na Corte. Mais tarde, quando recebeu a notícia da morte dos pais, Serapião decidiu ficar na Áustria. Com os soldados do duque, seguiu para a Espanha, para auxiliar o exército cristão do rei Afonso III, que lutava contra os invasores muçulmanos. Quando chegaram, eles já tinham sido expulsos.
Serapião decidiu ficar e servir ao exército do rei Afonso III, para continuar defendendo os cristãos. Participou de algumas cruzadas bem sucedidas, até que, em 1214, o rei Afonso III morreu em combate. Serapião, então, voltou para a Áustria e alistou-se na quinta cruzada do duque Leopoldo, que partiu em 1217 com destino a Jerusalém e depois ao Egito.
O vai-e-vem da vida militar em defesa dos cristãos levou, novamente, Serapião para a Corte espanhola, em 1220. Dessa feita, acompanhando Beatriz da Suécia, que ia casar-se com Fernando, rei de Castela. Foi quando conheceu o sacerdote Pedro Nolasco, santo fundador da Ordem de Nossa Senhora das Mercês, os chamados frades mercedários, os quais se dedicavam em defesa da mesma fé, mas não guerreando contra os muçulmanos, e sim buscando libertar do seu poder os cristãos cativos, mesmo que para isso tivessem de empenhar suas próprias vidas.
Serapião ingressou na Ordem e recebeu o hábito mercedário em 1222. Junto com Pedro Nolasco e Raimundo Nonato, santo cofundador, realizou várias redenções. Na última, que ocorreu em Argel, na África, teve de ficar refém para libertar os cristãos que estavam quase renegando a fé, enquanto o outro padre mercedário viajou rapidamente para Barcelona para buscar o dinheiro. Mas o superior, Pedro Nolasco, estava na França. Quando foi informado, escreveu uma carta ao seu substituto na direção para arrecadar esmolas em todos os conventos da Ordem e enviar o dinheiro para libertar Serapião o mais rápido possível.
Como o resgate não chegou na data marcada, os muçulmanos disseram a Serapião que poderia ser libertado se renegasse a fé cristã. Ele recusou. Enlouquecidos, deram-lhe uma morte terrível. Colocado numa cruz em forma de X, como o apóstolo André, teve todas as juntas dos seus ossos quebradas, e assim foi deixado até morrer. Tudo aconteceu no dia 14 de novembro de 1240, em Argel, atual capital da Argélia.
O culto que sempre foi atribuído a São Serapião, protetor contra as dores de artrose, foi confirmado em 1625 pelo papa Urbano VIII. A festa religiosa ao santo mártir mercedário ocorre no dia de sua morte.
São Serapião, rogai por nós!
2024
Beato Eugênio Bossilkov – 13 de Novembro
Beato Eugênio Bossilkov – bispo e mártir do comunismo | 13 de Novembro
Vicente Bossilkov nasceu na cidade de Belém do Danúbio, Bulgária, no dia 16 de novembro de 1900. Filho de camponeses católicos romanos, fez os seus votos na Congregação da Paixão em 1920, e ordenou-se sacerdote em 1926, com o nome de Eugênio.
Homem dotado de uma grande inteligência, muito contribuiu para o desenvolvimento da diocese de Nicópolis, orientada por um bispo passionista. Era um padre ativo e colaborador, trabalhando para a aproximação entre a Igreja Católica e a Ortodoxa russa. Eugênio acabou sendo eleito para a sucessão em 1947, e tornou-se o bispo de Russe, na Bulgária.
A Bulgária vivia, então, sob o domínio do regime comunista do russo Josef Stálin. O bispo Eugênio foi preso no auge da repressão desse regime, iniciada, em 1944, contra os cultos religiosos, principalmente contra a Igreja Católica. Na ocasião, foram proibidos: feriados religiosos, manifestações fora das igrejas e obras sociais dos católicos romanos. Também fecharam escolas, hospitais e orfanatos. O objetivo era promover a adesão da pequena, mas compacta, comunidade católica búlgara ao culto ortodoxo através de uma lei especial que induzia a total desobediência ao sumo sacerdote da Igreja.
Assim, iniciaram a perseguição aos católicos romanos. O bispo Eugênio Bossilkov foi convidado a passar para o grupo dos ortodoxos, mas recusou-se e confirmou sua fidelidade ao sumo pontífice romano. Ele foi preso em julho de 1952 e negou-se a aceitar aquela lei especial de desobediência à Santa Sé. A polícia política do regime stalinista búlgaro acusou-o de subversão e espionagem por conta da Igreja de Roma. A sentença de morte foi ditada em 3 de outubro de 1952. Dom Eugênio, após ser torturado, morreu fuzilado no dia 11 de novembro do mesmo ano, em Sófia, Bulgária.
Numa das últimas cartas que enviou da prisão antes de morrer, para um dos seus amigos ortodoxos, escreveu: “Não vos preocupeis comigo; eu estou assistido pela graça de Deus e permaneço fiel a Cristo e à Igreja”.
Oficialmente, foi dado como desaparecido. Nem mesmo a família obtinha informações de seu paradeiro. No anuário pontifício, aparecia, ainda, como o bispo de Russe em 1975. Só naquele ano a notificação da morte foi dada oficialmente pelo governo búlgaro e depois confirmada com o acesso aos arquivos e ao relatório do fuzilamento.
Eugênio Bossilkov foi beatificado pela Igreja Católica em 15 de março de 1998, numa cerimônia solene presidida pelo papa João Paulo II na Basílica de São Pedro, em Roma, quando foi proclamado “primeiro mártir do século XX da Europa do Leste”, morto em nome da fé e da fidelidade ao papa.
Um dos momentos emocionantes da solenidade foi o encontro com Gabriela Bossilkov, sobrinha do bispo mártir, que entregou ao papa João Paulo II um pedaço da camisa ensanguentada que seu tio vestia no momento da execução. A data para a celebração de sua lembrança foi indicada para o dia 13 de novembro.
Beato Eugênio Bossilkov, rogai por nós!
2024
São Josafá – 12 de Novembro
São Josafá – bispo e mártir | 12 de Novembro
João Kuncewicz nasceu em Wladimir (Ucrânia), no ano de 1580, numa família de ortodoxos cismáticos, ou seja, ligados à Igreja Bizantina e não à Igreja Romana.
Com a mudança de vida, mudou também o nome para Josafá, pois era comerciante; até que, tocado pelo Espírito do Senhor, abraçou a fé católica e entrou para a Ordem de São Basílio.
Como monge desde os 24 anos, tornou-se apóstolo da unidade e sacerdote do Senhor em 1609, quando foi ordenado. Em seguida, nomeado superior dos conventos de Briten e, logo depois, arquimandrita de Vilna.
Dotado de muitas virtudes e dons, tornou-se Arcebispo de Polotsk, sede primacial dos Rutenos, em 1617. Lutou pela formação do clero, pela catequese do povo e pela evangelização de todos.
As portas de sua casa e do seu coração estavam sempre abertas para acolher os pobres e necessitados. Josafá, além de promover com o seu testemunho a caridade para com os pobres, desgastou-se por inteiro na promoção da unidade da Igreja Bizantina com a Romana, por isso conseguiu levar muitos a viver unidos na Igreja de Cristo. Os que entravam em comunhão com a Igreja Romana, como Josafá, passaram a ser chamados de “uniatas”, ou seja, excluídos e acusados de maus patriotas e apóstolos, segundo os ortodoxos.
Dedicou-se no trabalho de unificação das Igrejas, buscando remover o cisma e reconduzir os hereges e cismáticos à união com a Cátedra de São Pedro. Seu apostolado foi coroado com êxito, pois muitos hereges voltaram ao seio da Igreja.
Seu zelo pelas causas da Igreja, resultou em muitas perseguições, calúnias e oposições por parte dos cismáticos. Aconteceu que, em 1623, numa viagem pastoral, Josafá, com 43 anos na época, foi atacado, maltratado e martirizado. Após ser assassinado, São Josafá foi preso a um cão morto e lançado num rio. Dessa forma, entrou no Céu, donde continua intercedendo pela unidade dos cristãos, tanto assim que os próprios assassinos, mais tarde, converteram-se à unidade desejada por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Reconhecido pela Igreja por suas virtudes heroicas e, sobretudo, pela santidade de seu martírio, São Josafá foi solenemente canonizado por Pio IX em 1867.
São Josafá, rogai por nós!
2024
São Martinho de Tours – 11 de Novembro
São Martinho de Tours – bispo | 11 de Novembro
Nasceu em 316 na Panônia (atual Hungria), numa família pagã que, da parte do pai (oficial do exército romano), fez de Martinho um militar enquanto o Pai do Céu o estava fazendo cristão, já que começou a fazer o Catecumenato.
Certa vez, quando militar, mas ainda não batizado, Martinho partiu em duas partes seu manto para dá-lo a um pobre e, assim, Jesus aparece-lhe durante a noite e disse-lhe: “Martinho, principiante na fé, cobriu-me com este manto”. Então, esse homem de Deus foi batizado e abandonou a vida militar para viver intensamente a vida religiosa e as inspirações do Espírito Santo para sua vida.
Com a direção e ajuda do Bispo Hilário, Martinho tornou-se monge, Diácono, fundador do primeiro mosteiro na França e, depois, sacerdote, que formava os seus “filhos” para a contemplação e, ao mesmo tempo, para a missão de evangelizar os pagãos; diferenciando-se com isso dos mosteiros do Oriente.
Por ser fiel no pouco, São Martinho recebeu o mais, que veio com a sua Ordenação para Bispo em Tours. E, ainda, isso não o impediu de fundar os muitos outros mosteiros, a fim de melhor evangelizar sua Diocese. Entrou no Céu em 397.
São Martinho de Tours, rogai por nós!
2024
São Leão Magno – 10 de Novembro
São Leão Magno – papa e doutor da Igreja | 10 de Novembro
O santo de hoje mostrou-se digno de receber o título de “Magno”, que significa Grande, isso porque é considerado um dos maiores Papas da história da Igreja, grande no trabalho e na santidade. São Leão Magno nasceu em Toscana (Itália), no ano de 395; e, depois de entrar jovem no seminário, serviu a diocese num sacerdócio santo e prestativo.
Ao ser eleito Papa, em 440, teve que evangelizar e governar a Igreja numa época brusca do Império Romano, pois já sofria com as heresias e invasões dos povos bárbaros, com suas violentas invasões. São Leão enfrentou e condenou o veneno de várias mentiras doutrinais, porém, combateu com intenso fervor o monofisismo que defendia, mentirosamente, ter Jesus Cristo uma só natureza e não a Divina e a humana em uma só pessoa como é a verdade. O Concílio de Calcedônia foi o triunfo da doutrina e da autoridade do grande Pontífice. Os 500 Bispos que o Imperador convocara para resolverem sobre a questão do monofisismo, limitaram-se a ler a carta papal, exclamando ao mesmo tempo: “Roma falou por meio de Leão, a causa está decidida; causa finita est”.
Quanto à dimensão social, Leão foi crescendo, já que com a vitória dos desordeiros bárbaros sobre as forças do Império Romano, a última esperança era o eloquente e santo Doutor da Igreja, que conseguiu salvar da destruição, a Itália, Roma e muitas pessoas. Átila ultrapassara os Alpes e entrara na Itália. O Imperador fugira e os generais romanos escondiam-se. O Papa era a única força capaz de impedir a ruína universal. São Leão sai ao encontro do conquistador bárbaro, acampado às portas de Mântua. É certo que o bárbaro abrandou-se ao ver diante de si, em atitude de suplicante, o Pontífice dos cristãos, e o mesmo retrocedeu com todo o seu exército.
Dentre tantas riquezas em obras e escritos, São Leão Magno deixou-nos este grito: “Toma consciência, ó cristão, da tua dignidade, já que participas da natureza Divina”.
Entrou no Céu no ano de 461.
São Leão Magno, rogai por nós!