Artigos
2020
Santos Inocentes
Os Santos Inocentes
“Depois de os Magos partirem, o anjo do Senhor apareceu, em sonhos, a José e disse-lhe: ‘levanta-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e fica lá até que eu te avise, pois Herodes procurará o menino para o matar.’ E ele levantou-se, de noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito, permanecendo ali até à morte de Herodes.
Assim se cumpriu o que o Senhor anunciou pelo profeta: Do Egito chamei o meu filho. Então Herodes, ao ver que tinha sido enganado pelos magos, ficou muito irado e mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o seu território, da idade de dois anos para baixo, conforme o tempo que, diligentemente, tinha inquirido dos magos.
Cumpriu-se, então, o que o profeta Jeremias dissera: Ouviu-se uma voz em Ramá, uma lamentação e um grande pranto: É Raquel que chora os seus filhos e não quer ser consolada, porque já não existem.” (Mt 2, 13-18)
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Há poucos dias atrás, ouvimos em Belém o cântico dos anjos: “Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens de boa vontade”. E vimos a alegria dos pastores, adorando a Jesus Menino na manjedoura.
Nos causa uma certa estranheza celebrarmos logo após as alegrias do Natal, o martírio de crianças inocente. Da alegria, eis a tristeza. Do riso, que pranto! É o ruído das armas, das espadas que afoitamente se desembainham e se tingem de sangue, do sangue de inocentes crianças. É o grito inconsolável das mães que atroa os ares, ao verem os filhos mortos.
Entretanto, a festa do Santos Inocentes nos ajuda na compreensão mais profunda do Santo Natal de Cristo. Aquele Menino que dorme na manjedoura não é um menino qualquer, nós sabemos. Ele é a Luz do mundo, a qual as trevas não aceitaram e lutaram contra ela. A festa dos Inocentes nos apresenta exatamente essa luta do Deus Menino que começou desde cedo.
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Herodes
Herodes, o Grande, descendente de Esaú, idumeu, ficou famoso pela crueldade. Aterrorizou a Palestina por trinta e seis anos, e desposou dez mulheres. Ele assustou-se quando viu três reis do oriente chegarem à Jerusalém perguntando sobre “o Rei dos Judeus que acabava de nascer”.
Que era aquilo que diziam dos magos que vinham do Oriente: Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? E que significava viemos adorá-lo? Nascera mesmo um rei? E a estrela que lhes aparecera? Que era aquilo?
Herodes procura os escribas para saber exatamente onde deveria nascer este tal rei e eles lhe dizem “em Belém”. O rei cruel então arma um plano para matar aquele rei que que havia nascido, uma ameaça para seu poder. Herodes chama os magos e diz: “Ide e informai-vos bem acerca do menino, e, quando o encontrardes, comunicai-me a fim de que também eu o vá adorar.” Na verdade, Herodes desejava matar o menino.
A Fuga para o Egito
No segundo capítulo do Evangelho de São Mateus encontramos a narração das circunstâncias da fuga da Sagrada Família, saindo de Belém para o Egito.
Nesta ocasião, São José, fugiu levando consigo Maria e seu Filho. Ele foi inspirado em sonhos por um Anjo e marchou para o Egito, onde, segundo a tradição, refugiaram-se durante seis meses no monte Qusqam, sendo acolhidos pelos habitantes da região.
A matança dos santos inocentes
Com o passar do tempo, o rei Herodes deu-se conta que os reis magos não retornavam. E Herodes desconfiava, fora enganado? O tempo passava. Sim, fora enganado. Havia sido iludido.
Na narração da fuga da Sagrada Família para o Egito, três versículos (Mt 2,16-18) descrevem a ferocidade do rei Herodes, que, para matar Jesus, decidiu exterminar todos os meninos de dois anos para baixo que viviam em Belém.
Este acontecimento pode ser interpretado como sendo um preludio das grandes perseguições dos mártires durante os primeiros séculos. Com a matança de inocentes, Herodes quis sufocar toda possibilidade de perigo que o levasse a perder seu domínio absoluto. E, para ele o Messias representava uma grande ameaça.
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São Mateus interpreta a historia da matança dos inocentes sob o ponto de vista do plano salvífico de Deus e a intende em um sentido profético como sendo o cumprimento das Escrituras. É por isso o evangelista faz referencia ao profeta Jeremias, que se narra o lamento da matriarca Raquel pelo povo de Israel, levado ao exílio na Babilônia: «um grito se ouve em Ramá, pranto e lamentos grandes; é Raquel que chora por seus filhos e recusa o consolo, porque já não vivem» (Mt 2,18; cf. Jr 31,15). Para Mateus, os meninos assassinados em Belém representam o povo de Israel e a dor vivida pelas mães é a dor do povo que não reconheceu o Rei-Messias. (JS)
Corroído pelos vermes, morreu em 750 da fundação de Roma, logo depois do nascimento de Jesus, que se deu em 749 da mesma era.
O pranto de mães
Estais a chorar, ó mães infortunadas, porque vossos filhos já não mais existem?
Não choreis, ó mãe felizes, porque vossos filhos existem! Estão, não no mundo enganador e perverso como o rei Herodes, mas num mundo melhor e que jamais se acaba. Morreram, sim, mas para o século. Morreram, mas, olhai, vede que sublime: deram a vida por aquele que é a Vida. São as primícias dos mártires do Senhor Jesus Cristo.
O Coração de Jesus ama tanto as crianças que disse: “Deixai vir a mim as criancinhas”. Nosso Senhor, menino recém-nascido, quis chamar para si, desde cedo as crianças, por esta razão, distribuiu as primeiras palmas do martírio para elas.
Fontes: Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume XXI, p. 122 à 124
Espero que este artigo sobre os Santos Inocentes tenha lhe feito muito bem espiritualmente! Nos faz pensar também nos santos inocentes de nossos dias…
Ajude-nos para que consigamos continuar nosso trabalho de catequização das crianças nas Paróquias de todo o Brasil, bem como ajudas materiais também.
2019
A Medalha que veio do Céu
A Medalha que veio do Céu
Na cidade de Paris, na Rue du Bac, está um dos endereços mais visitados da capital francesa. Anualmente, milhares de peregrinos provenientes de todos os recantos do mundo, procuram o convento das Filhas da Caridade para rezarem na capela onde a Virgem Maria apareceu a Santa Catariana Labouré e lhe entregou um presente, a Medalha Milagrosa, a Medalha que veio do Céu.
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Santa Catarina
Santa Catarina Labouré nasceu na pequena aldeia francesa de Fain-les-Moutiers, em 2 de maio de 1806. Logo que completou nove anos, sua mãe faleceu. Com o rosto banhado em lágrimas a menina tomou uma imagem de Nossa Senhora que havia em sua casa e, cheia de confiança, disse: “A partir de agora, sereis Vós a minha mãe!”
E a Virgem Maria ouviu esta prece.
Certa noite, depois de fazer suas costumeiras orações, adormeceu e sonhou. Encontrava-se ela numa igreja e um sacerdote celebrava a Missa. Ao final da missa o sacerdote se voltou para ela e fez um gesto, chamando-a para perto dele. Porém, assustada, Catarina correu e saiu da igreja. O sacerdote então lhe disse: “Você agora foge de mim, mas um dia será feliz de me encontrar. Deus tem desígnios sobre você, não se esqueça.”
A Vocação
Tempo mais tarde, Catarina passou a frequentar o convento das Filhas da Caridade em sua cidade. Em uma dessas visitas, viu na parede o quadro de um sacerdote, o mesmo que anos lhe apareceu em sonho. Perguntou a uma freira quem era aquele padre e ela lhe respondeu: É de São Vicente de Paulo, nosso Pai e fundador!
Catarina compreendeu. Ela deveria ser religiosa, Filha da Caridade! Dessa maneira, aos 24 anos ela foi acolhida como postulante no Convento das Filhas da Caridade em Châtillon-sur-Seine, no dia 22 de janeiro de 1830, e três meses depois, ela foi transferida para o Noviciado da Casa-Mãe das Irmãs da Caridade, na Rue du Bac, em Paris.
Primeira Aparição de Nossa Senhora
No dia 18 de julho de 1830, véspera da festa de São Vicente de Paulo, Catarina rezou ardentemente a São Vicente de Paulo: “Suplico-vos que intercedais por mim, e alcançai-me a graça de ver com os meus próprios olhos a Santíssima Virgem!”
Pouco antes da meia-noite, Catarina despertou ouvindo alguém que a chamava. Era um menino de uns cinco anos de idade que lhe dizia: Minha irmã, minha irmã! Venha depressa! A Santíssima Virgem a espera na capela.
Catarina levantou-se, vestiu-se rapidamente e deixou-se guiar pela criança através dos corredores do convento. Tanto quanto caminhavam, ela se admirava ao ver as velas todas acesas.
Quando chegou à capela encontrou-a completamente iluminada, como se fossem celebrar uma Missa solene. O menino (que, na verdade, era seu Anjo da Guarda) a conduziu até o presbitério e a colocou junto à cadeira do Padre Diretor.
Depois de um tempo que lhe pareceu longo, percebeu um movimento e ouviu um frufru de vestido de seda. O menino então lhe disse: – Eis a Santíssima Virgem!
Catarina viu Nossa Senhora sentar-se na cadeira. Assim, tomada de amor e filial confiança pela Mãe que lhe aparecia, a noviça aproximou-se d’Ela e apoiou suas mãos nos joelhos de Maria. Durante quase duas horas de um encontro celestial, a Virgem Bendita revelou a Catarina que lhe confiaria uma importante missão, cuja realização apresentaria muitas dificuldades. Depois de falar por mais algum tempo, a Virgem desapareceu. Catarina ficou ainda por alguns minutos, até que o menino a chamou para que retornassem ao dormitório.
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A Medalha Milagrosa
Na tarde do dia 27 de novembro de 1830, estando as religiosas reunidas na capela da Rue du Bac, Catarina recebeu novamente a visita de Maria, a Mãe de Jesus.
“Nossa Senhora trajava vestido e véu brancos, e um manto azul que descia até os pés: estes se apoiavam sobre uma meia esfera e pisavam a cabeça de uma serpente. Suas mãos seguravam um globo de ouro, encimado por uma cruz”. Em seguida, a cena se modifica, e Catarina vê as mãos de Maria adornadas de anéis espargindo intensos fachos de luz sobre a terra.
Depois, formou-se em torno de Nossa Senhora um quadro ovalado onde estavam escritas em letras de ouro estas palavras: Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós.
Depois disso, o quadro voltou-se, mostrando o reverso. No centro, um M (o monograma de Maria); encimado por uma cruz; abaixo havia dois corações: o da esquerda cercado de espinhos, o da direita transpassado por uma espada. Em volta deste conjunto uma constelação de doze estrelas.
Assim, Nossa Senhora deu ao mundo um dos maiores presentes vindos do céu, a Medalha de Nossa Senhora das Graças
Os primeiros milagres
A Irmã Catarina contou tudo a seu confessor, Pe Aladel, que não acreditou nas aparições, mas depois de alguns fatos que confirmam a veracidade das visões, autorizou que cunhassem algumas medalhas segundo o modelo indicado por Catarina e distribuíssem entre as irmãs, mas proíbiu que dissessem a origem delas.
Na mesma época da confecção das medalhas Paris foi assolada por uma terrível epidemia de cólera, de tal sorte que contavam-se milhares de mortos por toda cidade. Não tendo mais o que oferecer aos doentes, as Filhas da Caridade começaram a distribuir as medalhas, indicando aos doentes que rezasse a oração contida nela “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!”
E por isso, rapidamente os doentes ficaram curados, a peste recuou e o povo começou a aclamar dizendo que a pequena medalha “era Milagrosa”, daí o nome que até hoje ela carrega, Milagrosa!
Fonte de Graças e bênçãos para as famílias
Leitor, este artigo é uma pequena amostra do presente que A Associação Cultural e Artística Nossa Senhora das Graças quer lhe oferecer no dia de hoje. Clique aqui para baixar o e-book da Medalha Milagrosa. A história completa desta aparição, os incontáveis milagres de curas e as conversões através da oração da Medalha Milagrosa.
Certamente incontáveis graças estão reservadas para as famílias que usarem com devoção este sinal de amor da Mãe de Deus e rezarem confiantes pedindo sua intercessão.
“Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!”
Ajude-nos a continuar com esta evangelização. Clique e faça sua doação.
2019
A Mãe de todas as mães
A Mãe de todas as mães
1917 – 2023! 106 anos nos separam das aparições de Nossa Senhora em Fátima. Esta data, longe de ser uma simples comemoração, está cheia de significado e de mistério. Isto porque a Celestial Mensageira lembrava aos homens os apelos de seu Divino Filho: “Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo; fazei penitência e crede no Evangelho” (Mc 1, 15).
No dia 13 de maio de 1917, três inocentes pastorinhos foram escolhidos por Deus para transmitir ao mundo uma importante Mensagem. E esta lhes foi confiada “por Aquela que é, de fato, a Rainha do Céu e da terra. Aquela cuja beleza, poder e bondade foi o tema dos profetas e dos Santos, durante centenas de anos”. (WALSH, William Thomas. Nossa Senhora de Fátima. 2.ed. São Paulo: Melhoramentos, 1949, p.5.)
A mensagem
É importante interpretarmos a Mensagem de Fátima de forma autêntica, para que os espíritos se mantenham lúcidos, vigilantes e corajosos. Para os que têm fé, ressoarão sempre aos seus ouvidos as palavras de Nossa Senhora: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”
Diz a Escritura: “se hoje ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações”(Sl 94, 8). Pois bem, esta voz que se fez ouvir em 1917, ecoa até nossos dias. É a voz de uma rainha, mas, acima de tudo, é a voz de uma Mãe, nossa Mãe!
Entremos por um momento na casa de Nazaré para aí observarmos Maria como modelo de Mãe. As mães cristãs são raras, e aquelas que sabem praticar todos os deveres que este título impõe são mais raras ainda! Um dia que a Sagrada Família tinha ido a Jerusalém para adorar o Senhor, Jesus ficou no templo sem sua mãe o saber. Que aflição não foi a de Maria! Procurou seu filho até que o encontrou. Maria ensina aqui às mães que o exemplo e a vigilância são deveres importantes dentro do lar.
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Exemplo
Maria levava todos os anos seu divino Filho a Jerusalém. Feliz a mãe que, para formar seus filhos na virtude, desde cedo os faz conhecer o caminho da fé que o conduz até o Senhor.
Bem aventurada a criança que, desde cedo, aprende a soletrar o nome de Jesus e Maria. A experiência prova que, para o bem como para o mal, nada é mais forte que o exemplo. Não é a razão nem o costume que serve de norma de conduta para a maioria dos homens, mas sim, o exemplo. Santo Agostinho, no meio de suas loucuras antes da conversão, nunca perdeu a recordação das lições de piedade que tinha recebido de Santa Mônica.
Vigilância
O olhar de uma mãe deve sempre estar voltado para o seu filho, e o seu filho deve estar sempre presente em seu coração. A vigilância consiste em afastar dos filhos todos os perigos, físicos e espirituais.
Santo Agostinho teve um pai ambicioso de glória e de riquezas, e uma mãe que não tinha outro desejo senão o de ver o filho dentro da religião. Apenas o pai foi ouvido, e os conselhos da mãe foram desprezados. O que ocorreu? Agostinho recebeu todas as ciências, mas também todos os vícios.
Será que esta história não se repete ainda? Quantas famílias têm filhos que buscam apenas as ciências e esquecem da religião? Feliz os pais e mães que, ao comparecerem diante de Deus, possam dizer como Jesus: “Pai Santo, eu te glorifico sobre a terra, pois fiz conhecer o vosso nome aos filhos que me destes”.
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Nossa Senhora, nossa Mãe – a Mãe de todas as mães
Pois bem, nosso mundo, nosso país, nossos corações, são como estes filhos imprudentes que preferiram a glória do mundo e esqueceram do amor de Deus, esqueceram do templo. Maria novamente volta para procurar seu filho. Este filho está perdido, mas ela não o encontra no Templo, mas sim, no mundo caótico e triste.
“Filho, por que fizestes assim comigo?” ela poderia perguntar. É isso que ela faz em Fátima, toma seus filhos pela mão e os conduz através de seu olhar até Deus. Ela chora pelos filhos, ela reza pelos filhos. O que eu faço destas lágrimas e dessas preces?
Neste mês de maio, mês de Nossa Senhora, a Mãe de todas as mães, e mês das mães, pensemos nisso! Ela, a virgem prudente e vigilante, exemplo de todas as mães, quer a todos debaixo de sua proteção, mas espera que nós estejamos dispostos a ouvir e atender o apelo dela!
De fato, é a Mãe de todas as mães!
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