Artigos
2021
Sacramentais
Os Sacramentais – Definição
“A Santa Mãe Igreja instituiu também os sacramentais. Estes são sinais sagrados por meio dos quais, imitando de algum modo os sacramentos, se significam e se obtêm, pela oração da Igreja, efeitos principalmente de ordem espiritual. Por meio deles, dispõem-se os homens para a recepção do principal efeito dos sacramentos e são santificadas as várias circunstâncias da vida” (CIC 1667)
“Os sacramentais não conferem a graça do Espírito Santo à maneira dos sacramentos; mas, pela oração da Igreja, preparam para receber a graça e dispõem para cooperar com ela. ‘Portanto, a liturgia dos sacramentos e sacramentais oferece aos fiéis bem dispostos a possibilidade de santificarem quase todos os acontecimentos da vida por meio da graça divina que deriva do mistério pascal da paixão, morte e ressurreição de Cristo, mistério onde vão buscar a sua eficácia todos os sacramentos e sacramentais. E assim, quase não há uso honesto das coisas materiais que não possa reverter para este fim: a santificação dos homens e o louvor a Deus.’” (CIC 1670)
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Histórico
Um dos maiores argumentos que apresentam os detratores dos sacramentais é alegar o desconhecimento de sua origem. Entretanto, diz Gaume (1873: 20) que “se se fala da origem histórica, os sacramentais remontam aos tempos apostólicos, e mesmo além”. Inegavelmente, encontram-se diversos documentos que testemunham a existência de muitos deles – como são a oração do Pai Nosso e diversas bênçãos – já nos primeiros tempos do Cristianismo. O próprio Papa Pio IX (1866: 1 apud GAUME, 1873: XIII), em carta ao autor da citação acima, falava com sua Autoridade Apostólica da “veneranda antiguidade” de alguns deles.
O conceituado canonista Luigi Chiappetta (1994: 1086, tradução nossa) não duvida em afirmar que “os sacramentais remontam aos primeiros tempos da Igreja; os mais antigos (o sinal da Cruz e a água benta) aos apóstolos. Os exorcismos foram instituídos pelos próprio Cristo”, o que de fato nos é atestado pela Sagrada Escritura.
Mais ainda, como assinala Abad (2000: 494, tradução nossa) já “no Antigo Testamento, as bênçãos ocupavam um lugar muito destacado na vida e no culto de Israel e eram expressão dum vínculo espiritual do homem com Deus” .
Também é preciso assinalar que já anteriormente ao Nosso Senhor e fora da religião judaica: “As religiões não cristãs chamavam mistério ou sacramento […] a tudo aquilo que unia o relacionava os mortais com a divindade […]. Este conceito o acolheu o cristianismo e, num princípio, deu-lhe um significado vastíssimo: sacramento era tudo quanto entrava, dum modo ou outro no plano divino da salvação e tinha um sentido oculto e uma virtude transcendente”. (MARTÍN, 2002: 1166, tradução nossa).
Devoção Popular
Fora da liturgia dos sacramentos e dos sacramentais, a catequese deve ter em consideração as formas de piedade dos fiéis, bem como a religiosidade popular. O sentimento religioso do povo cristão desde sempre encontrou a sua expressão em variadas formas de piedade, que rodeiam a vida sacramental da Igreja, tais como a veneração das relíquias, as visitas aos santuários, as peregrinações, as procissões, a via-sacra, as danças religiosas, o rosário, as medalhas, etc. (CIC 1674)
Quantos e quais são os sacramentais?
Os Sacramentos da Igreja, como sabemos e vimos, são sete. Já os Sacramentais são numerosos, sendo que muitos teólogos os classificam em seis grupos:
Orans: basicamente são as orações que se costuma rezar publicamente na Igreja, como o Pai Nosso e as Ladainhas.
Tinctus: o uso da água benta e certas unções que se usam na administração de alguns Sacramentos e que não pertencem à sua essência.
Edens: indica o uso do pão bento ou outros alimentos santificados pela bênção de um Sacerdote.
Confessus: quando se reza o Confiteor, individual ou publicamente, para pedir perdão a Nosso Senhor por nossos pecados e falhas, das quais já não nos lembramos mais. Cremos que Deus, já neste ato, nos cumula de graças2.
Dans: esmolas ou doações, espirituais ou corporais, bem como os atos de misericórdia prescritos pela Igreja. – Acima das esmolas que possamos dar, está o bem espiritual que possamos fazer ao próximo. Além desse ato ser um Sacramental, adquirimos uma série de méritos pela caridade fraterna e pelas outras virtudes que a acompanham.
Benedicens: as bênçãos que dão o Papa, os Bispos e os sacerdotes; os exorcismos; a bênção de reis, abades ou virgens e, em geral, todas as bênçãos sobre coisas santas.
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Certos objetos bentos de devoção, como medalhas, velas e escapulários, também são considerados Sacramentais: o Crucifixo, a Medalha de Nossa Senhora das Graças e a Medalha de São Bento estão entre os maiores exemplos, sendo fundamental entender que não são “talismãs” nem “amuletos da sorte”, e sim sinais visíveis de nossa fé. Não agem automaticamente contra as adversidades, como se tivessem “poderes mágicos”, mas são como recursos auxiliares para nos unir ainda mais a Nosso Senhor e devem nos estimular no progresso da fé.
No caso do crucifixo, em sua forma clássica ou na versão de São Damião, representam nossa fé na palavra do Cristo. Diz que todo aquele que quiser segui-lo deve carregar a sua própria cruz.
Sabemos muito bem que a cruz que devemos carregar não é esta pequena peça que trazemos ao pescoço, pendendo de um cordão ou de uma correntinha. Mas é uma maneira de nos lembrarmos sempre disso, além de funcionar como uma espécie de testemunho de nossa fé.
Fonte:
Catecismo da Igreja Católica, Editora Loyola, 2001
D’ELBOUX, Luiz G. Silveira. Doutrina católica 13ª ed., São Paulo: Loyola, 1997, pp. 96-98
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2021
Mistérios Gloriosos
Mistérios Gloriosos
Vamos rezar os Mistérios Gloriosos?
Neste artigo você poderá rezar conosco os Mistérios Gloriosos que normalmente são rezados à Quarta-feira e Domingo.
Se você ainda não sabe como rezar o terço, clique aqui!
(Rezar este Terço à Quarta-feira e Domingo)
- 1º Mistério Contemplamos – A Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo
- 2º Mistério Contemplamos – A Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo
- 3º Mistério Contemplamos – A descida do Espírito Santo a Nossa Senhora e os Apóstolos reunidos no Santo Cenáculo
- 4º Mistério Contemplamos – A Assunção de Nossa Senhora aos Céus de corpo e alma
- 5º Mistério Contemplamos – A Coroação de Nossa Senhora como Rainha do Céu e da Terra dos Anjos e dos Homens.
Importância da oração do terço
Rezar o Terço diariamente é uma devoção muito querida a todos os Católicos.
Muitos santos passaram por este caminho de peregrinação que é a nossa vida cristã rezando o Terço com devoção:
– São João Paulo II, que dizia: “O Rosário acompanhou-me nos momentos de alegria e nas provações. A ele confiei tantas preocupações; nele encontrei sempre conforto”.
– São Pio de Pietrelcina disse: “Amai Nossa Senhora e tornai-A amada. Rezai sempre o seu Rosário e divulgai-o”.
– São João Maria Vianney, padroeiro dos sacerdotes, tinha uma enorme confiança nesta oração, a ponto de dizer: “Com esta arma, afastei muitas almas do diabo”.
Não podemos esquecer o conselho de Santo Afonso Maria de Ligório: “Se quisermos, pois, ajudar as santas almas do purgatório, procuremos rogar por elas à Santíssima Virgem em todas as nossas orações, aplicando-lhes especialmente o Santo Rosário, que lhes dá grande alívio”. É uma obra de misericórdia que devemos praticar. E, além disso, podemos alcançar, pelo Rosário, a intercessão de Maria e graças para nossas famílias, assim como nos diz São Pio X: “Se quiserdes que a paz reine em vossas famílias e em vossa Pátria, rezai todos os dias, em família, o Santo Rosário”.
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2021
Mistérios Dolorosos
Mistérios Dolorosos
Vamos rezar os Mistérios Dolorosos?
Neste artigo você poderá rezar conosco os Mistérios Dolorosos que normalmente são rezados à Terça-feira e Sexta-feira.
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(Rezar este Terço à Terça-feira e Sexta-feira)
- 1º Mistério Contemplamos – A oração e agonia no Horto das Oliveiras
- 2º Mistério Contemplamos – Flagelação de Nosso Senhor Jesus Cristo
- 3º Mistério Contemplamos – A coroação de espinhos de Nosso Senhor Jesus Cristo
- 4º Mistério Contemplamos – Nosso Senhor carregando a Cruz nas costas à caminho do Calvário
- 5º Mistério Contemplamos – A Crucifixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo
Importância da oração do terço
Rezar o Terço diariamente é uma devoção muito querida a todos os Católicos.
Muitos santos passaram por este caminho de peregrinação que é a nossa vida cristã rezando o Terço com devoção:
– São João Paulo II, que dizia: “O Rosário acompanhou-me nos momentos de alegria e nas provações. A ele confiei tantas preocupações; nele encontrei sempre conforto”.
– São Pio de Pietrelcina disse: “Amai Nossa Senhora e tornai-A amada. Rezai sempre o seu Rosário e divulgai-o”.
– São João Maria Vianney, padroeiro dos sacerdotes, tinha uma enorme confiança nesta oração, a ponto de dizer: “Com esta arma, afastei muitas almas do diabo”.
Não podemos esquecer o conselho de Santo Afonso Maria de Ligório: “Se quisermos, pois, ajudar as santas almas do purgatório, procuremos rogar por elas à Santíssima Virgem em todas as nossas orações, aplicando-lhes especialmente o Santo Rosário, que lhes dá grande alívio”. É uma obra de misericórdia que devemos praticar. E, além disso, podemos alcançar, pelo Rosário, a intercessão de Maria e graças para nossas famílias, assim como nos diz São Pio X: “Se quiserdes que a paz reine em vossas famílias e em vossa Pátria, rezai todos os dias, em família, o Santo Rosário”.
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2021
Mistérios Luminosos
Mistérios Luminosos
Vamos rezar os Mistérios Luminosos?
Neste artigo você poderá rezar conosco os Mistérios Luminosos que normalmente são rezados à Quinta-feira.
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(Rezar este Terço à Quinta-feira)
- 1º Mistério Contemplamos – Batismo de Nosso Senhor Jesus Cristo no rio Jordão
- 2º Mistério Contemplamos – Primeiro milagre de Nosso Senhor Jesus Cristo transformando a água em vinho nas bodas de Caaná.
- 3º Mistério Contemplamos – Anunciação do Reino de Deus e o convite de à conversão.
- 4º Mistério Contemplamos – A transfiguração de Nosso Senhor no Monte Thabor
- 5º Mistério Contemplamos – A Instituição da Eucaristia na Última Ceia
Importância da oração do terço
Rezar o Terço diariamente é uma devoção muito querida a todos os Católicos.
Muitos santos passaram por este caminho de peregrinação que é a nossa vida cristã rezando o Terço com devoção:
– São João Paulo II, que dizia: “O Rosário acompanhou-me nos momentos de alegria e nas provações. A ele confiei tantas preocupações; nele encontrei sempre conforto”.
– São Pio de Pietrelcina disse: “Amai Nossa Senhora e tornai-A amada. Rezai sempre o seu Rosário e divulgai-o”.
– São João Maria Vianney, padroeiro dos sacerdotes, tinha uma enorme confiança nesta oração, a ponto de dizer: “Com esta arma, afastei muitas almas do diabo”.
Não podemos esquecer o conselho de Santo Afonso Maria de Ligório: “Se quisermos, pois, ajudar as santas almas do purgatório, procuremos rogar por elas à Santíssima Virgem em todas as nossas orações, aplicando-lhes especialmente o Santo Rosário, que lhes dá grande alívio”. É uma obra de misericórdia que devemos praticar. E, além disso, podemos alcançar, pelo Rosário, a intercessão de Maria e graças para nossas famílias, assim como nos diz São Pio X: “Se quiserdes que a paz reine em vossas famílias e em vossa Pátria, rezai todos os dias, em família, o Santo Rosário”.
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2021
Mistérios Gozosos
Mistérios Gozosos
Vamos rezar os Mistérios Gozosos?
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(Rezar este Terço à Segunda-feira e Sábado)
- 1º Mistério Contemplamos – A Anunciação do Anjo e a Encarnação do Verbo no seio Puríssimo de Maria
- 2º Mistério Contemplamos – A visitação de Maria a sua prima Santa Isabel
- 3º Mistério Contemplamos – Nascimento do Menino Jesus, na gruta fria em Belém
- 4º Mistério Contemplamos – A apresentação do Menino Jesus no templo, e a purificação de Maria
- 5º Mistério Contemplamos – A perda e o encontro do Menino Jesus no templo discutindo com os doutores da Lei
Importância da oração do terço
Rezar o Terço diariamente é uma devoção muito querida a todos os Católicos.
Muitos santos passaram por este caminho de peregrinação que é a nossa vida cristã rezando o Terço com devoção:
– São João Paulo II, que dizia: “O Rosário acompanhou-me nos momentos de alegria e nas provações. A ele confiei tantas preocupações; nele encontrei sempre conforto”.
– São Pio de Pietrelcina disse: “Amai Nossa Senhora e tornai-A amada. Rezai sempre o seu Rosário e divulgai-o”.
– São João Maria Vianney, padroeiro dos sacerdotes, tinha uma enorme confiança nesta oração, a ponto de dizer: “Com esta arma, afastei muitas almas do diabo”.
Não podemos esquecer o conselho de Santo Afonso Maria de Ligório: “Se quisermos, pois, ajudar as santas almas do purgatório, procuremos rogar por elas à Santíssima Virgem em todas as nossas orações, aplicando-lhes especialmente o Santo Rosário, que lhes dá grande alívio”. É uma obra de misericórdia que devemos praticar. E, além disso, podemos alcançar, pelo Rosário, a intercessão de Maria e graças para nossas famílias, assim como nos diz São Pio X: “Se quiserdes que a paz reine em vossas famílias e em vossa Pátria, rezai todos os dias, em família, o Santo Rosário”.
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2021
Uma missionária de 10 anos
Uma missionária de 10 anos
Uma missionária de 10 anos. O mundo católico comoveu-se este mês com a história de Teresita Castillo de Diego, Missionária da Arquidiocese de Madri (Espanha). Nascida na Sibéria, foi adotada muito pequena por um casal espanhol e desde os três anos morava em Madri.
Desde cedo demonstrou uma profunda espiritualidade, chegando a frequentar diariamente À Santa Missa na capela do colégio das Filhas de Santa Maria do Sagrado Coração de Jesus.
Entretanto, diferente dos demais missionários, Teresita tinha apenas 10 anos, sofria com um tumor na cabeça e nunca saiu do hospital para uma missão. Pelo menos, até agora…
A história desta menina nos recorda a de outra Teresa, nascida em Lisieux (França), que, com quinze anos entrou no Carmelo e levou uma vida humilde, simples e recolhida da clausura.
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Padroeira das Missões
Contudo, Santa Teresinha queria mais e mais. Assim, ela dizia “Sigamos o caminho da simplicidade. Entreguemo-nos com todo o nosso ser ao amor. Em tudo busquemos fazer a vontade de Deus. O zelo pela salvação das pessoas devore nosso coração”. E esse zelo se fazia notar pelo desejo dela: “Eu quisera percorrer a Terra, pregar Teu nome e plantar, no solo infiel, tua cruz gloriosa (…) Mas, ó meu bem amado, uma só missão não me bastaria. Eu quisera, ao mesmo tempo, anunciar o Evangelho nas cinco partes do mundo e até nas ilhas mais afastadas. Quisera ser missionária, não somente durante alguns anos, mas quisera tê-lo sido desde a Criação do mundo, e sê-lo até a consumação dos séculos” (Carta de Santa Teresinha ao Abbé Maurice Bellière)
Este desejo de Santa Teresinha a tornou padroeira das missões e até nossos dias inspira milhares de homens e mulheres que abandonam tudo para levar a fé aos confins da terra.
A visita do Padre Ángel
O desejo de conquistar almas para Cristo não conhece idade, nem condições sociais, nem mesmo físicas.
No dia 11 de fevereiro de 2021, o Vigário episcopal da Arquidiocese de Madri, Padre Ángel Camino Lamena, celebrou missa no Hospital La Paz, na cidade. Logo depois, passou pelo hospital visitando os enfermos. Entre tantos que sofriam, encontrou ele uma pequena menina de dez anos que se preparava para uma cirurgia para retirada de um tumor no cérebro.
Iniciaram uma conversa leve. O sacerdote soube que a cirurgia seria no dia seguinte, soube seu nome, idade, o que gostava de estudar, etc. Durante o colóquio a menina disse: “Padre, sabe de uma coisa? Amo muito a Jesus! Quero ser missionária!”
Santa Teresinha escreveu sobre isso: “Compreendi que só o amor fazia agir os membros da Igreja e que, se o amor viesse a se extinguir, os apóstolos não anunciariam mais o Evangelho, os mártires recusariam derramar o sangue. Compreendi que o amor encerra todas as vocações, que o amor é tudo, abraça todos os tempos e todos os lugares”. Porque Teresita Castillo de Diego amava muito, Deus a amou e a chamou para a Missão.
Pe. Ángel ficou emocionado com aquilo. E disse: “Teresita, neste momento eu te constituo missionária da Santa Igreja. Mais tarde voltarei aqui com as credenciais e a cruz missionária.”
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Já sou missionária
Naquele momento o sacerdote ministrou o sacramento da Unção dos Enfermos, e o viático. Pela tarde, para surpresa da mãe da menina Pe Ángel voltou com as credenciais e a cruz. Teresita pediu que a mãe pendurasse a cruz na cabeceira da cama. “Mãe, coloque a cruz na cabeceira da cama, para que eu possa olhar bem para ela. Amanhã vou levar ela comigo para a cirurgia. Já sou missionária”.
A santa carmelita de Lisieux escreveu uma vez: “Haverá uma alma mais pequenina, mais impotente do que a minha? Entretanto, por causa de minha fraqueza, aprouve-te, Senhor, cumular meus pequenos desejos infantis, e hoje queres realizar outros desejos maiores que o universo”.
Deus quer sempre perto de si os pequeninos. Com a Missionária Teresita não foi diferente. No dia sete de março, Deus a chamou para junto de si. Missionária, tão jovem, que, deixando este mundo evangelizou milhares de corações que souberam de sua curta, porém, bela vida.
Do alto do céu, junto a Deus, Ela roga por todos os Missionários e Missionárias, roga pela infância e pelos enfermos. E junto a Santa Teresinha do Menino Jesus pode dizer como a padroeira das Missões: “Ó Jesus, meu amor, encontrei enfim minha vocação. Minha vocação é o Amor”.
Como formar uma missionária de 10 anos? Ou 9… ou 8…
Esta é de fato nossa missão: catequisar e evangelizar o Brasil todo, de modo especial as crianças. Ajude-nos a ajudar com nosso trabalho.
2021
Santa Francisca Romana
Santa Francisca Romana – Piedade precoce
Nascida em 1384, Santa Francisca Romana pertencia a uma rica família romana. Desde a mais tenra idade, acompanhava a mãe nas práticas de piedade. Aos onze anos manifestou o desejo de consagrar-se a Deus fazendo-se religiosa, mas seu pai não concordou pois ela estava já prometida em casamento a um nobre, o jovem Lourenço Ponziani.
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Esposa exemplar
Por desejo do marido, apresentava-se em público com a categoria de dama romana, usando belas joias e suntuosos trajes. Mas debaixo deles vestia uma tosca túnica de tecido ordinário. Não apenas dedicava à oração suas horas livres, como também nunca negligenciava as práticas de vida interior.
Transformou em oratório um salão do palácio e aí passava longas horas de vigília noturna. Era ridicularizada pelas pessoas mundanas, mas sua família a considerava um “anjo da paz”.
Modelo de mãe e de dona de casa
Em 1400 nasceu seu primeiro filho, João Batista, seguido de João Evangelista e Inês, que nasceram alguns anos depois.
Cumpria de fato, com perfeição, seu ofício de dona de casa, compreendendo que as tarefas cotidianas fazem parte da purificação necessária nesta vida e têm prioridade sobre as mortificações particulares.
Prodígios realizados em vida
Por volta de 1413, a fome se abateu sobre Roma. Preocupado, o sogro de Francisca proibiu a nora de continuar distribuindo as provisões aos pobres.
Certo dia a santa dirigiu-se a um celeiro vazio do palácio para procurar o que pudesse ter restado de trigo no meio da palha. Com muito trabalho conseguiu recolher alguns poucos quilos do desejado grão.
Assim que saiu, Lourenço, seu esposo, entrou no celeiro e lá encontrou 40 sacos contendo, cada um, 100 quilos de trigo dourado e maduro. O mesmo ocorreu em outra ocasião: querendo levar aos pobres um pouco de vinho, Francisca recolheu o que sobrava no fundo de um tonel e no mesmo instante este encheu-se milagrosamente de um excelente vinho.
Grandes provações
Naquela época, Ladislau Durazzo, rei de Nápoles, invadiu Roma três vezes. Em 1410, as tropas saquearam o palácio da família, seus bens foram confiscados, Lourenço e seu filho Batista foram exilados.
Em 1413 morreu Evangelista, seu filho mais novo, e no ano seguinte a pequena Inês. Por fim, ela também contraiu a doença, mas foi milagrosamente curada por Deus. Naquele mesmo ano viu seu filho falecido, tendo a seu lado um jovem muito belo.
O filho disse que estava no Céu e que Deus enviava aquele Arcanjo para auxiliá-la. “Dia e noite o verás ao teu lado e ele te assistirá em tudo.”
O Anjo irradiava uma tal luz que Francisca podia ler ou trabalhar à noite, sem dificuldade alguma, como se fosse dia, iluminava o caminho quando precisava sair à noite. Na luz desse Arcanjo, ela podia ver os pensamentos mais íntimos dos corações. Recebeu, ademais, o dom do discernimento dos espíritos e o de conselho, os quais usava para converter os pecadores e reconduzir os desviados ao bom caminho.
As visões do inferno
Deus a favoreceu com numerosas outras visões. As mais impressionantes foram as do inferno. Viu em pormenores os suplícios pelos quais são punidos os condenados, de acordo com os pecados cometidos.
Observou a organização hierárquica dos demônios e as funções de cada um na obra de perdição das almas. Lúcifer é o rei do orgulho e o chefe de todos. Viu outrossim como os atos de virtude praticados pelos bons atormentam essas miseráveis criaturas e prejudicam sua ação na terra.
“O inferno é dividido em três partes: o inferno superior, o inferno médio e o inferno inferior. Lúcifer está no fundo do inferno inferior. Sob Lúcifer, chefe universal, acham-se subordinados três chefes a ele e prepostos aos demais: Asmodeu, que preside os pecados da carne, era um querubim, “Mamon, que preside aos pecados de avareza, era um trono e Belzebu preside aos pecados da idolatria.
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“Uma parte dos demônios fica no inferno; outra reside no ar e outra reside entre os homens, buscando a quem devorar. Os que ficam no inferno dão as ordens e enviam seus deputados; os que residem no ar agem fisicamente sobre as perturbações atmosféricas e telúricas, lançam por toda parte influências más, empestam o ar física e moralmente.
“O seu trabalho é principalmente debilitar a alma. Quando os demônios encarregados na terra veem uma alma debilitada pela influência dos demônios do ar, atacam-na no seu esmorecimento para vencê-la mais facilmente. Atacam-na no momento em que ela desconfia da Providência”.
Vida religiosa
Tendo falecido o rei Ladislau, restabeleceu-se então a paz na Cidade Eterna. Seu esposo e seu filho regressaram do exílio, e por fim, a família Ponziani recuperou os bens injustamente confiscados.
A santa fundou uma sociedade denominada Oblatas da Santíssima Virgem Eram Francisca e outras nove damas que viviam cada qual em sua casa, seguindo os conselhos evangélicos. O Desta sociedade surgiu, por decreto do Papa Eugenio IV a Congregação das Oblatas da Santíssima Virgem, depois chamada de Congregação das Oblatas de Santa Francisca Romana. Era uma instituição nova e original para seu tempo: religiosas sem votos, sem clausura, mas de vida austera e dedicadas a um genuíno apostolado social.
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Em 1436, Francisca ficou viúva e só então pode abraçar a vida religiosa integralmente. Viveu no convento apenas três anos. Em 1440, viu-se forçada a retornar ao palácio Ponziani para cuidar de seu filho, gravemente enfermo.
Atingida por uma forte pleurisia, ali assim permaneceu, por não ter mais forças. No dia 9 de março, com os olhos muito brilhantes, dizia assim estar vendo o Céu aberto e haverem chegado os Anjos para buscá-la.
Foi canonizada em 1608, o Papa Paulo V qualificou-a de “a mais romana de todas as Santas”. E o Cardeal São Roberto Belarmino, disse: “A proclamação da santidade de Francisca será de admirável proveito para classes muito diferentes de pessoas: as virgens, as mulheres casadas, as viúvas e as religiosas”.
Fontes:
1 SUÁREZ, OSB, Pe. Luis M. Pérez. Santa Francisca Romana. In: ECHEVERRÍA, L.; LLORCA, B. e BETES, J. (Org.). Año Cristiano. Madrid: BAC, 2003. p. 173.
2 Idem, ibidem.
3 Tor de’Specchi, Monastero delle Oblate di S. Francesca Romana – Venerazione e culto. Disponível em: . Acesso em: 14/01/2009.
4 SUÁREZ, OSB, Op. cit., p. 185.
5 SODANO, Card. Angelo. Homilia por ocasião da festa de Santa Francisca Romana, 05/03/2005. Disponível em: . Acesso em: 14/01/2009.
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2021
A conversão de São Paulo
A conversão de São Paulo
No dia 25 de janeiro a Igreja celebra a Conversão de São Paulo. Saulo, fervoroso judeu e perseguidor dos cristãos torna-se Paulo, o Apóstolo.
Mas o que é conversão? Quem nos responde esta pergunta é Bento XVI em uma de suas catequeses.
A catequese de hoje será dedicada à experiência que São Paulo teve no caminho de Damasco e, portanto, ao que comumente se chama a sua conversão. Precisamente no caminho de Damasco, nos primeiros anos 30 do século I, e depois de um período no qual tinha perseguido a Igreja, verificou-se o momento decisivo da vida de Paulo.
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Sobre ele muito foi escrito e naturalmente sob diversos pontos de vista. O que é certo é que ali aconteceu uma mudança, (…) ele, inesperadamente, começou a considerar “perda” e “esterco” tudo o que antes constituía para ele o máximo ideal, quase a razão de ser da sua existência (cf. Fl 3, 7-8). O que tinha acontecido?
O Evangelho de São Lucas
Em relação a isto temos dois tipos de fontes. O primeiro tipo, o mais conhecido, são as narrações de Lucas, que por três vezes narra o acontecimento nos Atos dos Apóstolos (cf. 9, 1-19; 22, 3-21; 26, 4-23). O leitor é tentado a deter-se demasiado em alguns pormenores, como a luz do céu, a queda por terra, a voz que chama, a nova condição de cegueira, a cura e a perda da vista e o jejum.
Entretanto, todos estes pormenores se referem ao centro do acontecimento: Cristo ressuscitado mostra-se como uma luz maravilhosa e fala a Saulo, transforma o seu pensamento e a sua própria vida.
O esplendor do Ressuscitado o cega: assim vê-se também exteriormente o que era a sua realidade interior, a sua cegueira em relação à verdade, à luz que é Cristo. E depois o seu “sim” definitivo a Cristo no batismo volta a abrir os seus olhos, faz com que ele realmente veja.
Portanto, São Paulo foi transformado não por um pensamento mas por um acontecimento, pela presença irresistível do Ressuscitado, da qual nunca poderá duvidar, dado que foi muito forte a evidência do acontecimento.
As Cartas de São Paulo
O segundo tipo de fontes sobre a conversão é constituído pelas próprias Cartas de São Paulo. Ele nunca falou pormenorizadamente deste acontecimento, talvez porque podia supor que todos conhecessem o essencial desta sua história, todos sabiam que de perseguidor tinha sido transformado em apóstolo fervoroso de Cristo.
E isto tinha acontecido não após uma própria reflexão, mas depois de um acontecimento importante, um encontro com o Ressuscitado. Mesmo sem falar dos pormenores, ele menciona diversas vezes este fato importantíssimo, isto é, que também ele é testemunha da ressurreição de Jesus, do qual recebeu imediatamente a revelação, juntamente com a missão de apóstolo.
O texto mais claro sobre este ponto encontra-se na sua narração sobre o que constitui o centro da história da salvação: a morte e a ressurreição de Jesus e as aparições às testemunhas (cf. 1 Cor 15). Com palavras da tradição antiga, que também ele recebeu da Igreja de Jerusalém, diz que Jesus morto e crucificado, sepultado e ressuscitado apareceu, depois da ressurreição, primeiro a Cefas, isto é, a Pedro, depois aos Doze, depois a quinhentos irmãos que em grande parte naquele tempo ainda viviam, depois a Tiago, e depois a todos os Apóstolos.
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E a esta narração recebida da tradição acrescenta: “E, em último lugar, apareceu-me também a mim” (1 Cor 15, 8). Assim dá a entender que é este o fundamento do seu apostolado e da sua nova vida.
Assim podemos ver que as duas fontes, os Atos dos Apóstolos e as Cartas de São Paulo, convergem e convêm sob o ponto fundamental: o Ressuscitado falou a Paulo, chamou-o ao apostolado, fez dele um verdadeiro apóstolo, testemunha da ressurreição, com o encargo específico de anunciar o Evangelho aos pagãos, ao mundo greco-romano.
E ao mesmo tempo Paulo aprendeu que, apesar da sua relação imediata com o Ressuscitado, ele deve entrar na comunhão da Igreja, deve fazer-se batizar, deve viver em sintonia com os outros apóstolos. Só nesta comunhão com todos ele poderá ser um verdadeiro apóstolo, como escreve explicitamente na primeira Carta aos Coríntios: “Assim é que pregamos e é assim que vós acreditastes” (15, 11). Há só um anúncio do Ressuscitado, porque Cristo é um só.
A Conversão de São Paulo foi seu encontro com Cristo
Como se vê, Paulo nunca interpreta este momento como um facto de conversão. Porquê? Existem muitas hipóteses, mas para mim o motivo é muito evidente. Esta mudança da sua vida, esta transformação de todo o seu ser não foi fruto de um processo psicológico, de uma maturação ou evolução intelectual e moral, mas vem de fora: não foi o fruto do seu pensamento, mas do encontro com Cristo Jesus.
Neste sentido não foi simplesmente uma conversão, uma maturação do seu “eu”, mas foi morte e ressurreição para ele mesmo: morreu uma existência e outra nova nasceu com Cristo Ressuscitado. De nenhum outro modo se pode explicar esta renovação de Paulo. Todas as análises psicológicas não podem esclarecer e resolver o problema. Só o acontecimento, o encontro forte com Cristo, é a chave para compreender o que tinha acontecido: morte e ressurreição, renovação por parte d’Aquele que se tinha mostrado e tinha falado com ele. Neste sentido mais profundo podemos e devemos falar de conversão.
E nós?
Voltando a nós, perguntamo-nos o que significa isto para nós? Significa que também para nós o cristianismo não é uma nova filosofia ou uma nova moral. Somos cristãos unicamente se encontramos Cristo. Certamente Ele não se mostra a nós deste modo irresistível, luminoso, como fez com Paulo.
Mas também nós podemos encontrar Cristo, na leitura da Sagrada Escritura, na oração, na vida litúrgica da Igreja. Podemos tocar o coração de Cristo e sentir que Ele toca o nosso. Só nesta relação pessoal com Cristo, só neste encontro com o Ressuscitado nos tornamos realmente cristãos. E assim abre-se a nossa razão, abre-se toda a sabedoria de Cristo e toda a riqueza da verdade.
Portanto rezemos ao Senhor para que nos ilumine, para que nos doe no nosso mundo o encontro com a sua presença: e assim nos conceda uma fé viva, um coração aberto, uma grande caridade para todos, capaz de renovar o mundo.
Fonte: Bento XVI, Audiência geral, de 3 de setembro de 2008
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