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DOAR

Artigos

26junho
2025

Sagrado Coração de Jesus

26/06/2025
Nicolas
Artigos Católicos
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Você já sentiu um vazio inexplicável, uma sede de algo mais profundo que o mundo não consegue saciar?

Talvez você se pergunte como encontrar a verdadeira paz e o amor incondicional em meio aos desafios da vida. A resposta, meu irmão e minha irmã em Cristo, reside no Sagrado Coração de Jesus, uma fonte inesgotável de misericórdia e graça, revelada de maneira extraordinária à Irmã Josefa Menéndez. Neste artigo, vamos explorar a profundidade desse mistério, desvendando as mensagens que o Sagrado Coração tem para você e como elas podem transformar sua vida.

 O Sagrado Coração de Jesus: Um Símbolo de Amor Infinito.

O Sagrado Coração de Jesus é muito mais que uma imagem piedosa. É a representação tangível do amor infinito de Deus por cada um de nós. É o coração do próprio Cristo, trespassado por nossos pecados, mas que continua a pulsar com um amor que transcende a compreensão humana.

 Origens e Significado:

A devoção ao Sagrado Coração de Jesus tem raízes profundas na tradição católica, remontando à Idade Média. No entanto, foi a partir das revelações a Santa Margarida Maria Alacoque, no século XVII, que a devoção se popularizou e ganhou reconhecimento oficial da Igreja. O Coração de Jesus, adornado com a coroa de espinhos, a cruz e a chama ardente, simboliza seu sofrimento, sua realeza e seu amor ardente por nós.

 As Revelações à Irmã Josefa Menéndez: Uma Mensagem Urgente de Amor e Misericórdia.

No século XX, o Sagrado Coração de Jesus se manifestou de forma especial à Irmã Josefa Menéndez, uma religiosa espanhola. Suas experiências místicas, registradas em seu diário, oferecem uma visão profunda da dor que o pecado causa ao Coração de Jesus e da urgência de respondermos ao Seu amor com fé, reparação e entrega total.

 Principais Temas das Revelações:

 

Antes de Continuar você pode contribuir ainda mais para a missão de evangelização… **Clique aqui** para ajudar a nossa associação, que se dedica há mais de 25 anos a atividades de evangelização e de caridade. Sua colaboração pode fazer a diferença na vida de muitas pessoas que buscam o Senhor. 

 

O Amor Ferido de Jesus: Irmã Josefa testemunhou a dor profunda que os pecados da humanidade infligem ao Sagrado Coração. Jesus expressou seu desejo de que as almas o consolassem e reparassem as ofensas cometidas contra Ele.


A Misericórdia Divina: Apesar da dor, a mensagem central das revelações é a infinita misericórdia de Jesus. Ele deseja ardentemente perdoar e acolher todos os que se arrependem e se voltam para Ele com confiança.


A Importância da Reparação: Jesus pediu a Irmã Josefa que oferecesse suas orações e sofrimentos em reparação pelos pecados do mundo. Ele nos convida a unir nossos sofrimentos aos Seus, transformando-os em fonte de graça e redenção.

A Confiança Absoluta em Deus: Em meio às provações e dificuldades, Jesus exortou Irmã Josefa a confiar plenamente em Sua Providência e a abandonar-se em Seus braços.

 

Como Viver a Devoção ao Sagrado Coração de Jesus no Dia a Dia:

A devoção ao Sagrado Coração de Jesus não se limita a orações e práticas religiosas. É um convite a transformar nossa vida em um reflexo do amor de Cristo.

Aqui estão algumas maneiras práticas de vivenciar essa devoção no seu dia a dia:

Consagração ao Sagrado Coração: Consagre sua vida, sua família e seus projetos ao Sagrado Coração de Jesus. Renove essa consagração diariamente, pedindo Sua proteção e orientação.

Oração e Meditação: Dedique um tempo diário para orar e meditar sobre o amor de Jesus. Leia as Escrituras, especialmente os Evangelhos, e reflita sobre os ensinamentos e exemplos de Cristo.

Participação na Eucaristia: Receba a Eucaristia com frequência, unindo-se ao sacrifício de Jesus e fortalecendo sua comunhão com Ele.

Reparação e Penitência: Ofereça suas orações, sacrifícios e sofrimentos em reparação pelos pecados do mundo. Pratique a penitência, renunciando a pequenos prazeres e confortos em honra ao Sagrado Coração.

Obras de Misericórdia: Demonstre o amor de Jesus através de obras de misericórdia, ajudando os necessitados, consolando os aflitos e perdoando os que o ofendem.

O Sagrado Coração de Jesus está te chamando! Ele anseia por sua resposta de amor, fé e confiança. Não hesite!

Mantenha-se conectado à nossa comunidade de fé! Siga nossas redes sociais: Facebook, Instagram e nosso canal do YouTube. Juntos, vamos propagar a palavra do Senhor e fortalecer nossa caminhada na fé. 

O Sagrado Coração de Jesus é um oceano de amor e misericórdia que está sempre disponível para você. Ao mergulhar nesse oceano, você encontrará a paz, a alegria e a força que precisa para enfrentar os desafios da vida. Responda ao chamado do Sagrado Coração e permita que o amor de Jesus transforme sua vida em um testemunho vivo de Sua graça e redenção. Que o Sagrado Coração de Jesus esteja sempre presente em sua vida, guiando seus passos e iluminando seu caminho. Amém.

Associação Cultural Nossa Senhora das GraçasSagrado Coração de Jesus
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26junho
2025

O Papado

26/06/2025
Nicolas
Artigos Católicos
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O Papado: Fundamento da Unidade e da Fé na Igreja Católica

A figura do Papa, o Bispo de Roma, é central para a Igreja Católica. Sua história, rica em tradição e significado, é frequentemente mal compreendida. Você já se perguntou qual a origem do Papado? Como ele evoluiu ao longo dos séculos? E qual a sua importância para a Igreja hoje?

Muitos católicos, apesar de sua fé, desconhecem a profundidade da doutrina sobre o Papado, o que pode gerar dúvidas e até mesmo questionamentos. Neste artigo, vamos explorar a fascinante história do Papado, desde suas raízes bíblicas até o seu papel vital na Igreja Católica contemporânea, oferecendo uma compreensão clara e fortalecendo sua fé.

A Origem Bíblica do Papado: São Pedro e a Pedra Fundamental

A base do Papado encontra-se no Evangelho de Mateus (16, 18-19), onde Jesus declara a Simão: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desatares na terra será desatado nos céus.”

Esta passagem é fundamental. Jesus confere a Pedro uma autoridade única e singular, designando-o como a “pedra” sobre a qual a Igreja seria construída. A imagem das “chaves do Reino dos Céus” simboliza o poder de governar, ensinar e santificar o povo de Deus.

É importante notar que essa autoridade não é meramente honorífica, mas sim um serviço. Pedro, o primeiro Papa, é chamado a ser o pastor do rebanho de Cristo (João 21, 15-17), guiando e protegendo a Igreja contra os erros e divisões.

A Evolução Histórica do Papado: Uma Jornada de Fé e Liderança

Após a morte de Jesus, Pedro liderou a comunidade cristã em Jerusalém e, posteriormente, em Roma. A tradição cristã, desde os primeiros séculos, reconheceu a primazia da Igreja de Roma e a sucessão apostólica de seus bispos, sucessores de Pedro.

Ao longo dos séculos, o Papado enfrentou inúmeros desafios, desde perseguições e heresias até crises políticas e cismas. No entanto, a fé inabalável dos Papas e a fidelidade da Igreja permitiram que o Papado perseverasse e continuasse a exercer sua missão de unidade e santidade.

  • Primeiros Séculos: O Papa era visto como o “primus inter pares” (primeiro entre iguais) entre os bispos, exercendo uma liderança moral e espiritual.

  • Idade Média: O Papado ganhou maior poder temporal, influenciando a política europeia e desempenhando um papel importante na preservação da cultura e da fé.

  • Reforma Protestante: A Reforma questionou a autoridade do Papa, levando a um período de crise e divisão na Igreja.

  • Concílio Vaticano I (1869-1870): Definiu o dogma da infalibilidade papal, que afirma que o Papa, quando fala ex cathedra (do trono de Pedro) sobre questões de fé e moral, está livre de erro.

  • Concílio Vaticano II (1962-1965): Promoveu a renovação da Igreja, enfatizando a importância do diálogo ecumênico e da colegialidade episcopal, sem diminuir a autoridade do Papa.

O Significado Atual do Papado: Unidade, Santidade e Missão

Hoje, o Papa continua a ser o símbolo da unidade da Igreja Católica, unindo mais de um bilhão de fiéis em todo o mundo. Ele é o pastor universal, o mestre da fé e o garante da tradição apostólica.

O Papa exerce sua missão através de:

  • Ensino: Proclamando o Evangelho e defendendo a doutrina católica.

  • Governo: Nomeando bispos, promulgando leis canônicas e administrando os bens da Igreja.

  • Santificação: Celebrando os sacramentos e promovendo a santidade de seus fiéis.

Além disso, o Papa desempenha um papel importante no cenário mundial, defendendo a paz, a justiça social e os direitos humanos. Sua voz é ouvida em fóruns internacionais e sua presença é sentida em todo o mundo.

Exemplo Prático: A encíclica Laudato Si’ do Papa Francisco é um exemplo claro de como o Papado pode influenciar positivamente o mundo, promovendo a conscientização sobre a crise ambiental e incentivando a ação para proteger o planeta.

Conclusão: Um Legado de Fé e Esperança

O Papado é um dom de Deus para a Igreja, um sinal de sua presença contínua no mundo. Ao longo dos séculos, os Papas têm sido faróis de fé e esperança, guiando o povo de Deus em meio às tempestades da história.

Que este artigo tenha iluminado sua compreensão sobre o Papado e fortalecido sua fé católica. Que você possa, com renovado entusiasmo, seguir o exemplo de Pedro e testemunhar o amor de Cristo em sua vida.

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Associação Cultural Nossa Senhora das Graçaso papadoSão Pedro
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20março
2025

Solenidade da Anunciação do Senhor

20/03/2025
Nicolas
Artigos Católicos
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A Anunciação do Senhor é um momento profundo na história da Salvação. Neste dia, celebramos quando o Anjo Gabriel anunciou a Maria que ela seria a mãe do Salvador. Este evento é um convite à reflexão e à meditação sobre a aceitação da vontade de Deus em nossas vidas. Vamos juntos explorar a beleza desta solenidade e como ela pode nos inspirar na jornada de fé.

 Anunciação do Senhor: A resposta à vontade divina

A Anunciação do Senhor se destaca na liturgia católica, sendo um marco de esperança e fé. Maria, ao ouvir a mensagem do anjo, disse simplesmente “sim”. A coragem e a determinação dela são inspirações poderosas para nós. Na vida moderna, muitas vezes hesitamos em aceitar os planos de Deus. A história da Anunciação nos ensina que a resposta de fé pode abrir portas inimagináveis.

Neste momento solene, somos chamados a reconsiderar como respondemos às intuições que Deus coloca em nossos corações. Maria não era apenas uma jovem de Nazaré; ela é um símbolo da abertura à graça e do amor incondicional. Ao refletir sobre a Anunciação, pense em como podemos dizer “sim” às petições do Senhor em nossas próprias vidas. Vamos convidar a presença de Deus nas escolhas diárias.

Se você busca aprofundar sua espiritualidade, convidamos você a **clicar aqui** para conhecer o nosso aplicativo gratuito, Salve Maria. Nele, você encontrará a liturgia diária, a história do santo de cada dia e até como rezar o terço. Esses recursos valiosos podem ser um guia na sua jornada de fé.

A importância da Anunciação do Senhor em nossas vidas

A Anunciação do Senhor tem um significado profundo não apenas para Maria, mas para todos os cristãos. Quando o anjo Gabriel trouxe a boa nova, ele revelou que cada pessoa é chamada a um propósito divino. Essa solenidade nos lembra que todos somos convidados a cooperar com a vontade de Deus.

É através de pequenas ações que manifestamos nossa fé. Uma palavra de encorajamento, um gesto de amor ao próximo, e a disposição para servir são práticas que refletem o “sim” de Maria. Ao vivermos a mensagem da Anunciação, tornamo-nos instrumentos da paz e da alegria.

Você pode contribuir ainda mais para a missão de evangelização. **Clique aqui** para ajudar a nossa associação, que se dedica há mais de 25 anos a atividades de evangelização e de caridade. Sua colaboração pode fazer a diferença na vida de muitas pessoas que buscam o Senhor.

A Anunciação do Senhor e a nossa jornada de fé

À medida que celebramos a Anunciação do Senhor, somos chamados à reflexão e à ação. O “sim” de Maria continua a ecoar em nosso cotidiano. Vamos nos inspirar na coragem dela para dizer “sim” também. Através desse acolhimento à vontade divina, encontramos um caminho de paz e renovação espiritual.

Além disso, mantenha-se conectado à nossa comunidade de fé! Siga nossas redes sociais: Facebook, Instagram e nosso canal do YouTube. Juntos, vamos propagar a palavra do Senhor e fortalecer nossa caminhada na fé. A Anunciação do Senhor nos convida a olhar para o futuro com esperança e confiança.

Aproveite esta solenidade não apenas para recordar, mas para renovar sua entrega a Deus. Ele sempre tem algo maravilhoso preparado para quem confia n’Ele. Vamos juntos responder ao chamado divino e viver a experiência de uma verdadeira vida cristã.

Arcanjo GabrielAssociação Cultural Nossa Senhora das GraçasAve MariaSão Gabriel
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13junho
2024

Santo Antônio de Pádua

13/06/2024
Rodrigo
Artigos Católicos
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Santo Antônio de Pádua

Corria o ano de 1221. No austero convento franciscano de Forli, Itália, encontravam- se reunidos alguns filhos de São Francisco e de São Domingos para uma celebração litúrgica, durante a qual vários religiosos receberam o Sacramento da Ordem. No final da mesma, o Provincial dos Frades Menores pediu que um dos Irmãos Pregadores pronunciasse as palavras de encerramento. Todos, porém, esquivaram-se da honra, pois ninguém tinha preparado aquele discurso e o improviso nem sempre é aconselhável em ocasiões solenes…

Para remediar a situação, o Provincial dos franciscanos decidiu incumbir do encargo a qualquer um dos seus subalternos, confiando na inspiração da graça. E designou para isto um frade português que desempenhava a função de ajudante de cozinha no Eremitério de São Paulo. Com a simplicidade das almas acostumadas à obediência, o humilde religioso, até então em silêncio, se dispôs a cumprir a ordem. E o fez, diante da surpresa geral, fazendo perfeito uso da língua latina.

Vencida a timidez inicial, as palavras daquele irmão, fundadas nas Escrituras, foram adquirindo cada vez maior brilho, fogo e clareza. E, ao terminar, ninguém mais se lembrava do fato de ser ele um apagado cozinheiro, transmudado diante de todos, agora, num insigne predicador.

Assim se iniciou a vida pública de Santo Antônio de Pádua. A batalha contra si mesmo e contra o mal, conduzida até aquele momento na solidão e austeridade do claustro, tomava ali uma proporção missionária. Deus o chamava a evangelizar as multidões, auxiliando-as, através do ministério da palavra, na perpétua e ferrenha luta do homem contra o pecado.

Luta? Talvez alguém estranhe ouvir falar dela na vida de um santo cujas imagens sorridentes nos levam a imaginá-lo sempre cheio de alegria, doçura e consolo. Entretanto, o combate contra os próprios defeitos e contra o mal é inseparável companheiro do homo viator, em consequência do pecado original. E jamais conseguiremos compreender a espiritualidade de um bem-aventurado sem analisarmos nele esse aspecto essencial e onipresente em nossa existência neste vale de lágrimas: a luta, o combate, o sofrimento.

Nas pegadas de Santo Agostinho

Não havia passado meio século desde que a capital lusa fora reconquistada por Dom Afonso Henriques, quando aí nasceu, por volta de 1193, Fernando Martins, o futuro Santo Antônio de Pádua… Ou de Lisboa, como costumam chamá-lo os portugueses que se ufanam, com toda razão, de tão ilustre compatriota.

Aos quinze anos, tendo ouvido com nitidez o chamado de Deus para a vida religiosa, incorporou- -se à Ordem dos Cônegos Regrantes de Santo Agostinho, no Mosteiro de São Vicente de Fora, erigido em agradecimento pela conquista da cidade. Abraçava esta decisão não para fugir das obrigações militares próprias de um fidalgo, mas sim para aprimorar-se na luta contra o demônio, o mundo e a carne, pois, como afirmou Montalembert, “longe de serem os conventos refúgio dos fracos, foram, pelo contrário, uma verdadeira arena para os fortes”.

Dois anos e meio depois, seus superiores autorizaram-no a transladar-se ao Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, a fim de separar-se ainda mais do próprio mundo, assaz inimigo da virtude, e para desapegar-se dos seus. Na nova moradia, situada no centro intelectual do jovem país, muito se abeberou Fernando das doutrinas e ensinamentos do autor da Regra, Santo Agostinho, e de outros Padres da Igreja. Adquiriu, ademais, um singular conhecimento das Sagradas Escrituras, base das suas futuras pregações. Foi também nessa cidade elevado à dignidade sacerdotal.

Vocação franciscana

Um novo impulso do Espírito Santo surgia no seio da Igreja, naquele tempo. Opondo-se ao luxo desregrado e ao apego aos bens materiais que começavam a desviar o espírito de Fé característico do homem medieval, levantaram-se varões como Domingos de Gusmão e Francisco de Assis, os quais increpavam os erros da época pela palavra e pelo exemplo, convidando os cristãos a retomarem o caminho do fervor através da prática da pobreza.

O zelo comunicado pelo Seráfico de Assis à Ordem dos Frades Menores foi tal que, apenas onze anos após a fundação, cinco de seus filhos morriam mártires no norte da África. A arrojada empresa missionária desses religiosos, irredutíveis na pregação da Fé de Cristo,acabou por suscitar a cólera do miramolim de Marrocos, que mandou executá-los.

Com grande pompa chegaram a Coimbra, em meados de 1220, os restos mortais desses heróis da Fé, sendo expostos à veneração dos fiéis na capela do Mosteiro de Santa Cruz. O fato soou para o Cônego Fernando como uma aprovação do Céu ao seu desejo de unir-se aos filhos de São Francisco no Convento de Santo Antônio de Olivares, aos quais muito admirava.

Obtida a licença dos superiores, o Cônego Fernando recebeu o hábito dos Frades Menores algum tempo depois, tomando o nome de Frei Antônio. Sob aquela pobre vestimenta, o brilhante sacerdote lisboeta sacrificava sem pesar o prestígio, as comodidades e a vasta cultura que possuía.

Renúncia à própria vontade

Decorridos apenas cinco meses de noviciado, conseguiu ser enviado para a terra que dera os primeiros mártires à Ordem Franciscana. Pensava ter chegado ao auge de sua peleja terrestre e já antegozava a palma do martírio. No entanto, a Providência queria dele uma luta mais longa e difícil, cujo primeiro passo consistia na inteira renúncia à própria vontade. Pouco depois de desembarcar em solo africano, fortes febres o acometeram, tornando-o incapaz de qualquer atividade, e o superior enviou-o de volta à Europa.

Na viagem de retorno, o navio foi arrastado por uma tempestade para as costas da Sicília. Após passar alguns meses no convento de Messina, Frei Antônio dirigiu-se a Assis, onde se realizaria um Capítulo Geral da Ordem, nas vésperas de Pentecostes de 1221, presidido pelo próprio São Francisco.

Encerrada a Assembleia, sendo ainda desconhecido no meio daquela multidão de frades, pediu ao Provincial de Romandiola que o acolhesse como subalterno, e passou a viver no Eremitério de São Paulo. Ignorando sua linhagem e formação, deram-lhe a função de ajudante de cozinha, a qual assumiu sem titubear. Deste modo, passou longos meses no mais completo anonimato, tendo por cela uma gruta e tudo aceitando sem a menor reclamação. Quem ousaria afirmar ser esta vitória sobre si mesmo inferior à alcançada pelos mártires do Marrocos?

Foi durante esse período de humilhação e apagamento que se deu o episódio da cerimônia de ordenação em Forli, narrado no início.

Pregador destemido

“Não devemos ficar calados diante do mal”. Bem poderíamos resumir com estas palavras do Papa Bento XVI as pregações do nosso santo. Dotado de devoção, eloquência e rara memória – conhecia de cor as Escrituras -, Frei Antônio atraía multidões às suas pregações. Destemido, não tinha receio de reprovar os erros de seus ouvintes, ainda que se tratasse de autoridades civis ou eclesiásticas.

Certa vez interpelou publicamente um Bispo que se adornava de forma vaidosa: “Tenho algo a dizer a ti que usas a mitra!”. E censurou-lhe suas faltas. O culpado derramou abundantes lágrimas e mudou de conduta. Também não hesitou em enfrentar o cruel governador Ezzelino, indo à procura dele em Verona.

Percebendo a profundidade teológica dos sermões de Frei Antônio e a santidade de sua conduta, os demais frades pediram autorização a São Francisco para que aquele irmão lhes ensinasse a sacra doutrina. Até então, o santo fundador havia se mostrado contrário a que os franciscanos se dedicassem aos estudos, com receio de se desviarem do carisma da Ordem e arrefecerem na vida espiritual. Todavia, conhecedor das virtudes desse seu filho espiritual, acedeu ao pedido dos frades, escrevendo ao santo: “Julgo conveniente que ensines a nossos irmãos a Sagrada Teologia; desde que eles não negligenciem, por este estudo, o espírito da santa oração, de acordo com a regra que professamos”.

Missão na França influenciada pela heresia

Pouco durou o magistério junto aos seus irmãos, pois, em 1224, o santo religioso foi enviado a pregar no sul da França, onde se alastrava a heresia cátara ou albigense. Durante três anos percorreu as cidades de Montpellier, Toulouse, Le Puy e Limoges, levando-lhes aluz da verdadeira Fé. De muitos dos seus ouvintes recebeu manifestações de sincero arrependimento; de outros, desprezo e zombaria, apesar de serem acompanhadas suas pregações por numerosos milagres.

Em Toulouse, por exemplo, um cátaro que persistia em negar a presença real de Cristo na Eucaristia propôs-lhe um desafio: durantetrês dias deixaria uma mula sem qualquer alimento, e a levaria depois para a praça pública, onde Frei Antônio lhe apresentaria a custódia com o Santíssimo Sacramento, enquanto o herege lhe ofereceria um monte de feno. Assim se fez e o animal, ainda que faminto, não provou o alimento sem antes fazer uma profunda reverência a Jesus Eucarístico. Muitos se converteram à vista de tamanho milagre.

Fidelidade ao carisma

Em 1227, Frei Antônio deixou definitivamente a França. Tendo sido convocado para um novo Capítulo Geral da Ordem, o primeiro a realizar-se após a morte do seráfico fundador, foi eleito Superior Provincial da Emilia-Romagna, região na qual o santo passaria os quatro últimos anos de sua vida.

A cidade de Pádua, sede do Provincialato, recebeu em abundância o calor de suas palavras e as manifestações de sua bondade para com todos. Com incansável solicitude visitou também Ferrara, Bolonha, Florença, Cremona, Bérgamo, Bréscia e Trento, levantando novos conventos, impondo hábitos aos noviços e, sobretudo, dando a todos o exemplo da santa pobreza. Deus havia retirado do mundo o Poverello, mas deixara a um “segundo Francisco” a tarefa de lutar para conservar a chama de sua obra.

Os benefícios de sua santidade não se circunscreviam ao âmbito dos frades menores, pois se estendiam a toda a população. Não havia igreja capaz de comportar as multidões – às vezes 20 mil fiéis – que acorriam para ouvi-lo. E o próprio Papa Gregório IX, após ouvir uma de suas pregações de Quaresma, chamou-o de “Arca do Testamento” e de “Escrínio das Sagradas Escrituras”.

Tantas atividades, contudo, eram entremeadas por períodos de recolhimento, nos quais restaurava, na contemplação, as forças para a ação. Encantava-lhe para isso o abençoado Monte Alverne, onde seu santo fundador recebera os sagrados estigmas, lugar grandioso epropício para o contato com o sobrenatural. Ali passou o inverno de 1228.

“Combati o bom combate”

As pregações da Quaresma de 1231 foram especialmente concorridas, pois há muito se espalhara não só a fama da eloquência, como também da santidade de Frei Antônio. Tal prestígio em nada perturbava sua humildade, já bem solidificada na alma. Costumava passar do púlpito para o confessionário, onde, com zelo extremo, colhia os frutos da pregação.

O fogo do Espírito Santo

O excerto de um dos sermões de Santo Antônio de Pádua traz até nós o ardor e a profundidade teológica das pregações do “Doctor Evangelicus”.

O que o fogo material faz com o ferro, faz o fogo do Espírito com o coração malvado, frio e endurecido. Pela infusão desse fogo, a alma aparta de si toda imundície, insensibilidade e dureza, e se transforma à semelhança d’Aquele que a inflamou. Para isso é dado ao homem, para isso lhe é infundido: que, quanto lhe seja possível, a ele se configure. Graças ao abrasamento do fogo divino, o homem torna-se totalmente incandescente, arde por inteiro e se dissolve no amor de Deus, como diz o Apóstolo: “O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5, 5).

Considera que o fogo, ao queimar as coisas altas, as diminui; aglutina o que está dividido, como o ferro com o ferro; clarifica as coisas obscuras; penetra nas duras; está sempre em movimento; dirige para cima todos os seus movimentos ou ímpetos, fugindo da terra; e envolve em sua própria ação (de queimar) todas as coisas por ele atacadas.

Estas sete propriedades do fogo podem ser aplicadas aos sete dons do Espírito Santo: pelo dom do temor, Ele abaixa as coisas altas, ou seja, humilha os soberbos; pelo dom da piedade, une as coisas divididas, isto é, os corações discordantes; pelo dom da ciência, esclarece as coisas obscuras; pelo dom da fortaleza, penetra nos corações endurecidos; pelo dom do conselho, está sempre em movimento, porque aquele que recebeu a inspiração não enlanguesce na ociosidade, mas se move com fervor para procurar a sua salvação e a de seu próximo, pois a graça do Espírito Santo não conhece esforços lentos e tardios; pelo dom do entendimento, influi em todos os sentimentos, porque com sua inspiração dá ao homem a capacidade de entender – isto é, de ler dentro, ler no coração – para buscar as coisas celestes e fugir das terrenas; pelo dom de sabedoria, transforma a mente, na qual se infunde, segundo sua própria operação, tornando-a capaz de saborear as coisas do espírito. Diz o Eclesiástico: “Perfumei minha habitação” (24, 21). (Excertos do Sermão 76 – Na festa de Pentecostes)

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19maio
2024
Pentecostes

Pentecostes

19/05/2024
Rodrigo
Artigos Católicos
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Pentecostes – A Obra do Espírito Santo

Solenidade de Pentecostes.

Antes de subir ao céu, Jesus Cristo havia recomendado ao seus Apóstolos que se recolhessem no Cenáculo e esperassem aí a vinda do Espírito Santo: “Eu enviarei sobre vós o Espírito Santo prometido por meu Pai. Entretanto, permanecereis na cidade, até que sejais revestidos da virtude do alto.” (Lc 24,49)

Foi então que os Apóstolos, permaneceram em Jerusalém – no Cenáculo – e puseram-se em oração com Maria, Mãe de Jesus, com os discípulos e as santas mulheres, à espera do Espírito Santo, que desceu sobre eles na festa de Pentecostes, nove dias após a Ascenção do Senhor.

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A descida do Espírito Santo

No dia de Pentecostes, lá pelas oito horas da manhã, produziu-se um forte vento acompanhado de um estrondo que encheu toda a sala onde estavam. Nisso apareceram línguas de fogo, semelhantes a chamas ardentes. 

Essas chamas, contam algumas revelações, se uniram formando um globo de fogo que se colocou sobre a cabeça de Maria Santíssima. Foi daí que se dividiu em línguas, indo pousar sobre cada um dos Apóstolos.

Transformados num instante, com aquela efusão miraculosa da graça, os Apóstolos começaram a pregar o Evangelho às multidões que ouviam pasmos e se perguntavam: “Como é isso?! Homens não são galileus? Como é que nós os ouvimos todos falarem a língua da nossa terra? Há entre nós, Partos, Medos, Elamitas, Judeus, Capadócios, Mesopotâmicos, Asiáticos, Egípcios, Romanos, Celtas e Árabes, e todos nós ouvimos celebrar em nossas línguas as maravilhas de Deus !

Foi quando São Pedro tomou a palavra e começou seu primeiro sermão e neste mesmo dia, três mil homens creram em Jesus Cristo e receberam o Batismo. Estava, com isto, fundada a Igreja de Jerusalém, e milhares de vozes iam anunciar a todas as nações o nome de Jesus.

Obra do Espírito Santo

Assistimos aqui a uma mudança total dos Apóstolos, uma obra do Espírito Santo na alma deles. Essa transformação operou-se no espírito, na vontade e no coração deles.

O espírito precisava de verdade, a vontade necessitava de coragem e o coração precisa de amor.

O Espírito Santo os enche de verdade. Jesus lhes havia ensinado as verdades, mas reservou a coroação da sua obra para o Espírito Santo. Eis porque os Apóstolos, pela vinda do Espírito Santo, compreenderam melhor o que Jesus lhes ensinara, adquiriram as novas ciências, que exigiam a sua nova situação de propagadores da Igreja.

O Espírito Santo lhes deu coragem. Conhecemos a fraqueza dos Apóstolos. Estavam cheios de boa vontade e de sinceridade, porém todos eram vacilantes, medrosos, sem energia. Basta lembrar que São Pedro negou a Cristo três vezes., ou dos discípulos de Emaús que fugiam de Jerusalém.

Com efeito, depois de Pentecostes nada mais deste medo existia. Pregaram em toda parte, e diziam aos chefes dos judeus, que pretendiam amedrontá-los com ameaças e castigos: Não podemos calar-nos!

O Espírito Santo é amor. Amavam o divino Mestre, não havia dúvida. Mas, quanto egoísmo havia naquele amor! Mas eis que o Espírito Santo, sob a forma de línguas de fogo, soprou sobre eles e seus corações arderam e as palavras que diziam eram inflamada pois pregavam o amor de seu divino Mestre.

Nosso Senhor depositou no coração dos Apóstolos este fogo divino, e o Espírito Santo, soprando sobre eles, produziu estas chamas ardentes que deverão abrasar o mundo inteiro.

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Conclusão

Oh! Como precisamos da festa de Pentecostes, para que estas mesmas transformações se operem em nós. Somos tão vacilantes no espírito, como o somos na vontade e no amor.

Precisamos de convicção religiosa, de luz para o espírito, para compreendermos melhor a grandeza, a beleza de nossa fé.

De fato, precisamos de coragem para a nossa vontade enfraquecida pelo mundo e pelo pecado. Somos fracos diante das tentações e não pedimos forças para vencê-las.

Precisamos deste puro amor, e não um amor egoísta. Amar é doar-se, esquecer-se de si mesmo, para agradar a quem ama.

Enfim, imploremos ao Espírito Santo, que desça sobre nós, como desceu sobre os Apóstolos e opere em nós as mesmas transformações. Mas notemos bem, que tal graça foi concedida aos Apóstolos, enquanto perseveravam na oração, juntos com a Mãe de Jesus.


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12maio
2024

Ascensão do Senhor

12/05/2024
Rodrigo
Artigos Católicos
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Ascensão do Senhor

E disse-lhes: “Assim está escrito que o Cristo devia padecer e ressuscitar dos mortos ao terceiro dia, e que em seu nome havia de ser pregado o arrependimento e a remissão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas destas coisas. Eu vou mandar sobre vós o Prometido por meu Pai. Entretanto, permanecei na cidade até que sejais revestidos da força do Alto”. Depois, levou-os até junto de Betânia e, levantando as suas mãos, abençoou-os. E enquanto os abençoava, separou-Se deles e era levado para o Céu. Eles, depois de O adorarem, voltaram para Jerusalém com grande alegria, e estavam continuamente no Templo louvando a Deus (Lc 24, 46-53).

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A Igreja celebra a Solenidade da Ascenção do Senhor quarenta dias após a Ressurreição. No Brasil, é transferida para o domingo seguinte.

O Senhor subiu aos céus, onde Ele está sentado à direita do Pai, conforme professamos no Credo. Esta celebração litúrgica tem origem no século IV, no Oriente, instituída por São Gregório de Nissa e, mais tarde, por São João Crisóstomo.

Após a sua Ressurreição Jesus conviveu durante 40 dias com seus apóstolos e discípulos. Após este período ocorreu a ascensão, o último ato visível de sua vida terrena. Ela aconteceu no Monte das Oliveiras. Nosso Senhor subiu aos céus diante de seus apóstolos, que contemplaram extasiados o Divino Mestre os abençoava enquanto subia para o Pai.

Todos continuavam então olhando para o céu, e sentiam a tristeza da partida. Foi quando, diante deles, dois homens vestidos de brancos os consolaram dizendo: “Homens da Galileia, por que estais admirados, olhando para o céu? Este Jesus há de voltar do mesmo modo que o vistes subir” (At 1,10-11).

Na Solenidade da Ascensão do Senhor de 2005, o então Papa Bento XVI tomava posse como Bispo de Roma na Basílica de São João de Latrão. Esta foi, de fato, a oportunidade de uma de suas belas catequeses.

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O que nos quer dizer então a Festa da Ascensão do Senhor? Não nos quer dizer que o Senhor foi para um lugar distante dos homens e do mundo. A Ascensão de Cristo não é uma viagem no espaço em direção aos astros mais remotos; porque, no fim, também os astros são feitos de elementos físicos como a Terra. 

A Ascensão de Cristo significa que Ele não já pertence ao mundo da corrupção e da morte que condiciona a nossa vida. Significa que Ele pertence completamente a Deus. Ele o Filho Eterno guiou o nosso ser humano até à presença de Deus, levou consigo a carne e o sangue numa forma transfigurada.

O homem encontra espaço em Deus; através de Cristo, o ser humano foi conduzido até ao interior da própria vida de Deus. E dado que Deus abraça e ampara toda a criação, a Ascensão do Senhor significa que Cristo não se afastou de nós, mas que agora, graças ao Seu ser com o Pai, está próximo de cada um de nós, para sempre. Cada um de nós pode chamá-Lo por tu; todos os podem chamar.

O Senhor ouve-nos sempre. Podemos afastar-nos dele interiormente podemos viver voltando-lhe as costas. Mas Ele espera-nos sempre, e está sempre perto de nós.

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A Ascensão é uma solenidade pascal que abre o período de preparação para Pentecostes. Isto foi explicado por São João Paulo II no dia 30 de Maio de 1979 durante uma audiência geral:

Ano após ano, festeja a Igreja na sua liturgia a Ascensão do Senhor (…) Ano após ano, também esse período de dez dias, que decorre da Ascensão até ao Pentecostes, é passado em oração ao Espírito Santo. Em certo sentido a Igreja prepara-se, ano após ano, para o aniversário do Seu nascimento.

Ela — como ensinam os Santos Padres — nasceu na Cruz sexta-feira santa; e revelou este seu nascimento diante do mundo, no dia do Pentecostes, quando os Apóstolos foram revestidos com a força lá do Alto (Lc. 24, 49), quando foram batizados no Espírito Santo (Act. 1, 5). “Onde está a Igreja, aí está também o Espírito de Deus; e onde está o Espírito de Deus, aí está a Igreja e toda a graça: o Espírito é verdade (Santo Irineu).


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10abril
2024
os-discipulos-de-emaus - Nossa Senhora das Graças

Os discípulos de Emaús

10/04/2024
Rodrigo
Artigos Católicos, Sem categoria
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Os discípulos de Emaús

O desânimo que fecha nossos olhos para Deus

Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. Então Jesus perguntou: “Que ides conversando pelo caminho?” Eles pararam, com o rosto triste, e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: “Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias? Ele perguntou: “Que foi?”

Os discípulos responderam: “O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu”.

Os dois discípulos fugiam de Jerusalém após a Morte de Nosso Senhor. Podemos observar que eles estão envoltos em trevas. São dominados pela tristeza, e sua fé está abalada. Quando encontram Jesus no caminho eles mesmos confirmam isso, eles não acreditam na ressurreição.

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Eles estão vacilando na fé, pois, se observarmos, em nenhum momento eles dizem ao “forasteiro” que Jesus era o Filho de Deus, eles apenas dizem: “Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras”.

Será que não parecemos com estes discípulos? Quando nos vem um momento difícil, esquecemos que Cristo é Deus, que pode tudo, e passamos a contar apenas com os aspectos humanos de nossa vida? Reduzimos o poder de Deus. Não é verdade também, que muitas vezes Cristo se apresenta no caminho de nossa vida, mas, por causa de nosso trabalho, nossas ocupações, nossas tristezas, nossa pouca fé, nós não o reconhecemos?

Não estava ardendo nossos corações?

Então Jesus lhes disse: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?” E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele.

O que será que passou na mente dos discípulos enquanto Jesus falava? Não sabemos, apenas temos o que os próprios caminhantes comentam, que “seus corações ardiam”. Mesmo assim, eles não reconhecem Jesus. Talvez tenham achado que aquele desconhecido fosse alguém muito instruído na fé, um culto, um sábio.

Conosco não ocorre o mesmo? As vezes decerto recebemos um conselho de um sacerdote durante a confissão, durante uma conversa, ou ouvimos um sermão, uma homilia. E é um recado de Deus para nós que diz: “Não se afaste de Jerusalém, não fuja para Emaús! Eu vou ressuscitar”, mas nós não levamos em conta e preferimos acreditar que aquele sacerdote estudou muito e é baste culto.

Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Jesus entrou para ficar com eles.

“Ficai conosco”, que pedido maravilhoso. Podemos repetir ele hoje em dia. “Ficai conosco Senhor, pois se faz trevas sobre o mundo”. Continuai conosco pois temos medo de nossos pecados, de nossas faltas. Ficai conosco porque não sabemos o caminho de volta para a casa paterna e já está tarde, a noite vem chegando.

Será que acontece comigo?

Você alguma vez sentiu que precisava que Deus estivesse com você? Pois bem, Ele estava, mas você não viu. Talvez por uma infidelidade, por uma cegueira, enfim. Mas o fato é que Deus jamais nos abandona, somos nós que o abandonamos.

Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles.

Os discípulos de Emaús, durante o caminho, julgavam que o caminhante desconhecido era um bom conhecedor das escrituras, apenas isso. Contudo, quando, sentados à mesa, o desconhecido partiu o pão, eles viram através daquele gesto inefável uma realidade, o Mestre crucificado a três dias estava vivo.

Então, a quanto tento não me confesso? A quanto tempo não comungo e vejo Cristo?

Se temos algum problema, devemos recorrer a Ele pois é para isso que Ele está presente no Santíssimo Sacramento até a consumação dos tempos.

O que me falta então para procurar este amigo que abandonei? Coragem para pedir perdão? Forças para voltar o caminho? O que me falta?

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Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras?” Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze reunidos com os outros. E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão.

Quando reconheceram Cristo ressuscitado, voltaram correndo para Jerusalém. Era tarde, a distância era de 11 quilômetros, mas eles não se importaram. Por que? Porque seus corações ardiam de amor. Eles haviam se aproximado do Cristo, ouvido o Cristo, isso os alimentou.

Se eu estou fugindo da minha Jerusalém, se eu estou perdido pelo caminho, o que devo fazer?

Ouvir a Jesus que me diz palavras doces, escuta minhas súplicas, e parte o pão para mim. Ele me ouve e me aconselha no confessionário, ele me dá forças na comunhão, na adoração. Parte o pão da palavra e da Eucaristia. Isto me dá forças para sair da minha Emaús, da minha falta de esperança, do meu desespero, e correr para Jerusalém e ver que, de fato, nesta páscoa, Cristo ressuscitou e me Ama.

Uma Santa e abençoada páscoa para todos os nossos leitores.


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26março
2024
sua-cruz-e-pesada - Nossa Senhora das Graças

Sua cruz é pesada?

26/03/2024
Rodrigo
Artigos Católicos
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Sua cruz é pesada?

No dia 14 de setembro, a Igreja comemora a festa da Exaltação da Santa Cruz! Neste dia recordamos que a finalidade de nossa vida é o encontro de Jesus. Sem dúvida, em cada dia, em cada ação, devemos encontrar Jesus, como devemos encontrá-lo no fim de nossa peregrinação terrestre.

Logo depois celebramos o dia de Nossa Senhora das Dores, e um pergunta surge: por que Deus permitiu os sofrimentos de sua Mãe? De uma Mãe que tão ternamente amava, que era sem pecados, e que nada tinha que expiar por si mesma?

Jesus amava sua Mãe

Jesus deixou a glória do céu para sofrer na terra. Então, é necessário que, aqueles que o amam, amem também seus sofrimentos. Amar é dar! Jesus deu-se inteiramente a Maria e este Jesus inteiro, é Jesus sofredor, Jesus na Cruz. O sofrimento de Maria Santíssima corresponde ao amor que Deus lhe dedicou.

Nossa Senhora deu o exemplo

O exemplo que Nossa Senhora deu ao mundo é outra razão de suas dores.

Muitas vezes o sofrimento traz ao homem certa desconfiança de Deus, uma surda revolta, um quase desespero. Mas quando sofremos por amor, o efeito é o contrário: ele produz a confiança em Deus, porque é Pai, a obediência, porque é Mestre e amor, porque é Redentor.

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A dor perde os maus, porém, santifica os bons. Isso, porque nos custa aceitar o sofrimento. Para nos facilitar esta aceitação amorosa, Deus nos deu Maria como modelo. Nossa Senhora, com seu coração trespassado por uma espada de dor nos ensina que, qualquer que seja a intensidade e a extensão de nossa dor, podemos olhar para Nossa Senhora e dizer: Ela sofreu isso, com muito mais intensidade do que eu!

Origem das dores de Nossa Senhora

Nossa Senhora tem um conhecimento claro do que é o pecado. Ela havia sido escolhida por Deus para ser a corredentora do gênero humano. O Redentor veio expiar e reparar o pecado, o qual conhecia a fundo, em toda a sua maldade e perversidade.

Foi a vista do pecado que arrancou do Sagrado Coração de Jesus o suor de sangue que manchou a terra do Jardim das Oliveiras. Foram os espinhos do pecado que lhe perfuraram a cabeça e os açoites da perversidade que lhe rasgaram o corpo.

De fato, foi o peso do pecado que o derrubou por terra e foi a crueldade do pecado que o pregou na cruz e abriu o peito.

Pois bem, Maria via o que os olhos dos pecadores não podiam ver: a visão hedionda do pecado do mundo inteiro pesando sobre os ombros de Jesus e fazendo-o vergar sob o peso de sua maldade. Maria via a grandeza de Deus ofendido, como via a maldade do homem revoltado.

Não nos contentemos com uma visão sumária das dores de Nossa Senhora. Nosso olhar enxerga apenas os sofrimentos humanos; é preciso ir ao fundo destas dores para medirmos a razão que as motivaram e de quais fontes emanaram. Tanto as razões, quanto as fontes, foram divinas.

Assim, são três razões, que são três abismos: O amor de Jesus por Maria, o aumento dos méritos da Virgem Maria e seu exemplo para a humanidade.

Essas três razões são alimentadas por três fontes: Maria quereria poder morrer com Jesus, e esta felicidade lhe era tirada. Queria aliviar as dores de seu Filho, e esta consolação lhe era recusada. Vê o horrível pecado matar seu Filho, e não pode afastá-lo.

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Ó vós que passais pelo caminho

Que abismo insondável!

Como a Igreja tem razão de colocar nos lábios da Virgem Dolorosa este texto do profeta Jeremias: “Ó vós todos que passais pelo caminho, parai e vede, de a há dor semelhante a minha dor”

Leitor, nós, da Associação Cultural e Artística Nossa Senhora das Graças lhe perguntamos: você já sabe qual será sua cruz de hoje? 

Mas pouco importa! Seja ela qual for, desde que seja Jesus que nos apresente esta cruz é santa e santificadora. Em qualquer passo da vida, em que você se sinta abandonado, e acreditando que a cruz está pode demais pesada, lembre-se de Nossa Senhora das Dores e assim você terá forças para seguir adiante, pois ela é Mãe, Mãe que se preocupa com seus filhos e carrega com eles a cruz de cada dia! E vem a reflexão: a sua cruz é pesada?

Em suma, Maria é o nosso modelo. Ela, enquanto Nossa Senhora das Dores é um exemplo que nos diz que, para encontrar Jesus glorioso, é preciso antes encontra-Lo sofredor. Para partilhar das consolações e do triunfo, é preciso antes partilhar o peso e o sofrimento da Cruz.


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