A história de Nossa Senhora das Graças

A história de Nossa Senhora das Graças

Santa Catarina Labouré

A história de Nossa Senhora das Graças remonta ao início do século XIX.

Em 1806, a Providência fazia nascer na região da Borgonha, na França, uma menina destinada a representar um imenso papel em seu tempo e nos séculos futuros. Talvez, até o fim do mundo, Catarina Labouré.

Quando tinha nove anos perdeu sua mãe, senhora de origem distinta ligada a pequena nobreza de Fain-les-Moutiers. Todas em lágrimas, sobe ela então em um móvel, e declara, abraçando uma imagem da Virgem: “Agora vós sereis minha Mãe”. E Maria Santíssima, correspondendo a tanto afeto por Ela mesmo inspirado tornou-se de modo especial mãe de Catarina.

Certa vez, um sonho deixou-a intrigada: após celebrar missa na igrejinha de Fain-les-Moutiers, um velho e desconhecido padre, cujo olhar muito a impressionara, faz-lhe um sinal para que se aproxime. Tomada pelo temor, ela recua, mas sempre fascinada por aquele olhar. O velho padre lhe diz: “Minha filha, tu agora me foges, mas um dia serás feliz em vir a mim. Deus tem desígnios sobre ti. Não o esqueças…”.

Aos dezoito anos, uma enorme surpresa: ao visitar o convento das Filhas da Caridade em Châtillon-sur-Seine, onde fora estudar com uma prima, depara-se com um quadro que retratava o mesmo ancião de cujo olhar jamais se esquecera: era, nada mais nada menos, São Vicente de Paulo, fundador das Filhas da Caridade, que confirmava e indicava assim a vocação religiosa de Catarina. Entretanto, foi só aos 23 anos, que superando todos os obstáculos familiares que procuravam impedi-la de seguir os caminhos que Deus lhe traçara.

Três meses depois, no dia 21 de abril de 1830, transpôs pela primeira vez os umbrais do noviciado das Filhas da Caridade, em Paris, na Rue du Bac.

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A primeira aparição

Na noite anterior ao dia da festa de São Vicente, 19 de julho, o céu e a terra se tocariam. Quem conta é a própria Santa Catarina:

“Haviam-nos distribuído as noviças um pedaço de roquete de linho de São Vicente.   ‘Eu cortei a metade e o engoli, adormecendo com a ideia de que São Vicente me obteria a graça de ver a Santíssima Virgem. Enfim, às onze e meia da noite, ouvi que me chamavam pelo nome: ‘Irmã Labouré, Irmã Labouré!’

Acordando, corri a cortina (que envolvia meu leito) e vi um menino de quatro ou cinco anos, vestido de branco, que me disse: ‘Venha para a Capela! A Santíssima Virgem te espera!’

Eu me vesti depressa e me dirigi para o lado do menino, que ficara de pé. Eu o segui. Ele estava sempre à minha esquerda. Por todos os lugares onde passávamos as luzes (as velas) estavam acesas. O que me deixou muito espantada. Mais surpresa ainda fiquei ao chegar à capela. O menino tocou apenas com a ponta do dedo e a porta se abriu! Minha surpresa foi muito maior porque vi que todas as velas e castiçais estavam acesos como se fosse missa de meia-noite.

Afinal, quando chegou a hora, o menino me avisou: Olhe! É a Santíssima Virgem! Ei-la!

Ouvi então um ruído como o ‘fru-fru’ de um vestido de seda que partia do lado direito do altar. Em seguida, vi uma senhora de extraordinária beleza sentar-se na cadeira que o diretor da comunidade costumava utilizar e que fica do lado esquerdo.”

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Seguindo o impulso de seu coração, Catarina pôs-se bem junto à Santíssima Virgem, apoiando suas mãos sobre os joelhos de Nossa Senhora, como teria feito com sua mãe… “Ali se passou o momento mais doce de minha vida. Seria impossível exprimir tudo o que senti. Ela me disse: Minha filha, quero encarregar-vos de uma missão. Tereis muito que sofrer, mas vós superareis esses sofrimentos pensando que o fareis para a glória do bom Deus. Sereis contraditada, mas tereis a graça, não temais! Sereis inspirada em vossas orações….

Revelações da Santíssima Virgem

Nossa Senhora continuou seu diálogo com aquela filha mostrando o que aguardava a França.

Os tempos são muito maus, calamidades virão precipitar-se sobre a França. O trono será derrubado. O mundo inteiro será transtornado por males de toda ordem. Mas vinde ao pé deste altar: aí as graças serão derramadas,… sobre todas as pessoas, grandes e pequenas, particularmente sobre aqueles que as pedirem… O perigo será grande, entretanto, não temais, o bom Deus e São Vicente protegerão a comunidade.”

Nossa Senhora ainda disse: “Haverá vítimas… as ruas estarão cheias de sangue… Minha filha, a Cruz será desprezada e derrubada por terra. O sangue correrá. Abrir-se-á de novo lado de Nosso Senhor. As ruas estarão cheias de sangue. O Arcebispo, será despojado de suas vestes (aqui a Santíssima Virgem não podia mais falar; o sofrimento estava estampado em suas faces). Minha filha – me dizia Ela –   o mundo todo estará na tristeza. A estas palavras, pensei quando isto se daria. Eu compreendi muito bem: quarenta anos.”

De fato, quatro décadas depois, a França e Alemanha entravam em guerra…

Graças sobre o mundo

Outras aparições se seguiram, onde Nossa Senhora pediu que a santa cunhasse a Famosa Medalha Milagrosa, ao passo que trataremos em outro artigo. Uma coisa marcante nesta visita da Mãe de Deus são seus braços abertos e os raios de luz que saiam, segundo Santa Catarina, dos anéis da Virgem Maria.

Dizia Nossa Senhora: “Os raios são o símbolo das Graças que derramo sobre as pessoas que Me as pedem. Os raios mais espessos correspondem às graças que as pessoas se recordam de pedir. Os raios mais finos correspondem às graças que as pessoas não se lembram de pedir. Tenho muitas e muitas graças para dar à humanidade, mas as pessoas não mas pedem.”

A Virgem então queixou-se que seus filhos não pediam. Grande dor para uma Mãe é o fato de seu filho nunca lhe pedir nada. Por esta razão, Nossa Senhora das Graças abre seus braços, para abraçar profundamente seus filhos que correm até ela para pedirem ajuda! Você já pediu alguma graça?

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Significado e importância das Novenas

Significado e importância das Novenas

Conforme São Jerônico, o número nove nas Sagradas Escrituras indicam sofrimento e dor. Nesse sentido, as Novenas simbolizam a imperfeição humana que busca a Deus (1). Mas qual o significado e importância das Novenas?

A origem da palavra Novena é, justamente, “nove”. Trata-se de uma devoção de oração privada ou pública que dura nove dias, feita com o objetivo de obter graças ou intenções especiais.

Ao pedir pela intercessão de Cristo, da Virgem Maria ou de algum santo de nossa devoção, devemos rezar a novena com o desejo sincero de imitarmos suas virtudes. Por isso São Jerônimo diz que esta devoção simboliza a imperfeição humana buscando a Deus, já que buscamos a perfeição e as virtudes dos santos.

Origens

Espanha e  França foram os primeiros países a introduzirem uma novena em seus calendários. Tratava-se da Novena preparatória do Natal do Senhor, ou seja, tinha objetivo de recordar os nove meses de gravidez da Virgem Maria. Na Espanha, em 656, no Concílio de Toledo, a Festa da Anunciação foi transferida para o dia 18 de dezembro, dentro da novena. Desta novena, surge o costume de rezar-se novenas à Virgem Maria e aos santos pedindo sua intercessão.

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Importância

Com efeito, toda e qualquer novena requer três qualidades para ser eficaz: Humildade, Confiança e Perseverança! Incontáveis santos rezaram novenas com grande devoção e outros mais ainda deram testemunho da importância desta devoção aparecendo pessoalmente a seus devotos.

Em 1633, um jesuíta, Pe Mastrilli S.J, havia sofrido um grave acidente e estava entre a vida e a morte. Um dia, São Francisco Xavier (a quem tinha muita devoção) lhe apareceu dizendo que, se quisesse ficar curado, que consagrasse sua vida à evangelização do Oriente. O sacerdote então fez o propósito diante de seu superior.

Depois, o santo apareceu novamente pedindo que renovasse aquela promessa e mostrou ao jesuíta que este sofreria o martírio. Pe. Mastrilli assim o fez e imediatamente ficou curado. Por isso, na manhã seguinte, celebrou missa no altar de S. Francisco Xavier e pouco tempo depois viajou para o Japão, onde foi martirizado no dia 17 de outubro de 1637.

A fama deste milagre espalhou-se rapidamente e inspirou a novena a São Francisco Xavier, de tal forma que ficou conhecida até hoje como a “Novena da Graça”. Celebrada em muitos lugares do dia 4 ao dia 12 de março, dia da canonização de São Francisco Xavier.

O próprio Nosso Senhor Jesus Cristo, em suas aparições a Santa Margarida Maria Alacoque recomendou que celebrássemos as nove primeiras sextas feiras do mês prometendo: “Eu prometo, na excessiva misericórdia do meu Coração, que meu amor onipotente concederá a todos os que comungarem durante nove primeiras-sextas feiras do mês seguidas, a graça da penitência final; não hão de morrer em pecado e sem receber os sacramentos, servindo-lhes meu Coração de asilo seguro naquele último momento.”

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Conclusão

As novenas são importantes para afervorarem nossa fé devoção. Necessitamos de humildade, confiança e perseverança, três importantes qualidades para que nossas orações possam ser atendidas.

Sejamos então do número daqueles que, diariamente  confiam nas palavras do divino Mestres “Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto. Porque todo aquele que pede, recebe. Quem busca, acha. A quem bate, se abrirá.” (Mt 7, 8-8)

Fontes consultadas:

1- cf. Jerome, loc. cit.; Athenagoras, “Legat. pro Christian.”, P.G., VI, 902; Pseudo-Ambrosius, P.L., XVII, 10 sq., 633; Rabanus Maurus, P.L., CIX, 948 sq., CXI, 491; Angelomus Monach., In Lib. Reg. IV, P.L., CXV, 346; Philo the Jew, “Lucubrationes”, Basle, 1554, p. 283).

2- cf. Vermeesch, “Pratique et doctrine de la dévotion au Sacré Coeur de Jésus”, Tournai, 1906, 555 sqq.).


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A Mãe de todas as mães

A Mãe de todas as mães

1917 – 2023! 106 anos nos separam das aparições de Nossa Senhora em Fátima. Esta data, longe de ser uma simples comemoração, está cheia de significado e de mistério. Isto porque a Celestial Mensageira lembrava aos homens os apelos de seu Divino Filho: “Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo; fazei penitência e crede no Evangelho” (Mc 1, 15).

No dia 13 de maio de 1917, três inocentes pastorinhos foram escolhidos por Deus para transmitir ao mundo uma importante Mensagem. E esta lhes foi confiada “por Aquela que é, de fato, a Rainha do Céu e da terra. Aquela cuja beleza, poder e bondade foi o tema dos profetas e dos Santos, durante centenas de anos”. (WALSH, William Thomas. Nossa Senhora de Fátima. 2.ed. São Paulo: Melhoramentos, 1949, p.5.)

A mensagem

É importante interpretarmos a Mensagem de Fátima de forma autêntica, para que os espíritos se mantenham lúcidos, vigilantes e corajosos. Para os que têm fé, ressoarão sempre aos seus ouvidos as palavras de Nossa Senhora: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”

Diz a Escritura: “se hoje ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações”(Sl 94, 8). Pois bem, esta voz que se fez ouvir em 1917, ecoa até nossos dias. É a voz de uma rainha, mas, acima de tudo, é a voz de uma Mãe, nossa Mãe!

Entremos por um momento na casa de Nazaré para aí observarmos Maria como modelo de Mãe. As mães cristãs são raras, e aquelas que sabem praticar todos os deveres que este título impõe são mais raras ainda! Um dia que a Sagrada Família tinha ido a Jerusalém para adorar o Senhor, Jesus ficou no templo sem sua mãe o saber. Que aflição não foi a de Maria! Procurou seu filho até que o encontrou. Maria ensina aqui às mães que o exemplo e a vigilância são deveres importantes dentro do lar.

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Exemplo

Maria levava todos os anos seu divino Filho a Jerusalém. Feliz a mãe que, para formar seus filhos na virtude, desde cedo os faz conhecer o caminho da fé que o conduz até o Senhor.

Bem aventurada a criança que, desde cedo, aprende a soletrar o nome de Jesus e Maria. A experiência prova que, para o bem como para o mal, nada é mais forte que o exemplo. Não é a razão nem o costume que serve de norma de conduta para a maioria dos homens, mas sim, o exemplo. Santo Agostinho, no meio de suas loucuras antes da conversão, nunca perdeu a recordação das lições de piedade que tinha recebido de Santa Mônica.

Vigilância

O olhar de uma mãe deve sempre estar voltado para o seu filho, e o seu filho deve estar sempre presente em seu coração. A vigilância consiste em afastar dos filhos todos os perigos, físicos e espirituais.

Santo Agostinho teve um pai ambicioso de glória e de riquezas, e uma mãe que não tinha outro desejo senão o de ver o filho dentro da religião. Apenas o pai foi ouvido, e os conselhos da mãe foram desprezados. O que ocorreu? Agostinho recebeu todas as ciências, mas também todos os vícios.

Será que esta história não se repete ainda? Quantas famílias têm filhos que buscam apenas as ciências e esquecem da religião? Feliz os pais e mães que, ao comparecerem diante de Deus, possam dizer como Jesus: “Pai Santo, eu te glorifico sobre a terra, pois fiz conhecer o vosso nome aos filhos que me destes”.

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Nossa Senhora, nossa Mãe – a Mãe de todas as mães

Pois bem, nosso mundo, nosso país, nossos corações, são como estes filhos imprudentes que preferiram a glória do mundo e esqueceram do amor de Deus, esqueceram do templo. Maria novamente volta para procurar seu filho. Este filho está perdido, mas ela não o encontra no Templo, mas sim, no mundo caótico e triste.

“Filho, por que fizestes assim comigo?” ela poderia perguntar. É isso que ela faz em Fátima, toma seus filhos pela mão e os conduz através de seu olhar até Deus. Ela chora pelos filhos, ela reza pelos filhos. O que eu faço destas lágrimas e dessas preces?

Neste mês de maio, mês de Nossa Senhora, a Mãe de todas as mães, e mês das mães, pensemos nisso! Ela, a virgem prudente e vigilante, exemplo de todas as mães, quer a todos debaixo de sua proteção, mas espera que nós estejamos dispostos a ouvir e atender o apelo dela!

De fato, é a Mãe de todas as mães!


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O granizo de Ouro

O granizo de Ouro

Certa vez um lavrador plantou uma bela e extensa vinha. Porém, antes da colheita foi atingida por um temporal com granizo que devastou toda a plantação. Nós poderíamos dizer: “Que desgraça, que prejuízo!”

Porém, na verdade havia ocorrido um milagre. Pela manhã, o agricultor constatou que o granizo era de ouro e outras pedras preciosas. O lavrador então colheu tudo e obteve um enorme lucro, muito maior que o prejuízo sofrido com a devastação de seu vinhedo.

Muitas vezes isso pode ocorrer na vida do leitor, ou na vida de quem escreve este texto. Como?

Talvez você já tenha passado por um temporal de granizos de ouro e não percebeu. Sim! Os desprezos que sofremos, as adversidades pelas quais passamos e as aflições que nos atormentam, são de OURO e PEDRAS PRECIOSAS! Mas somente para aquelas almas pacientes que sabem esperar a tempestade passar e colhem este tesouro em meio a devastação. E este tesouro, é muito maior do que se perde.

 Você tem o coração perturbado pela impaciência? Adoremos em tudo os desígnios da Divina Providência” Se Deus permitiu que recebêssemos alguma prova ou sofrimento, contradição ou doença, amargura ou dor… paciência!

Um outro lavrador, que morava numa cidade próxima ao primeiro de que falamos aqui, teve péssimas colheitas, queixava-se dizendo: Se Deus deixasse a mim o governo do tempo, tudo iria melhor; porque, logo se vê que Ele não entende muito do cultivo da terra.

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Como achamos que deveria ser

Então Deus quis mostrar-lhe o quanto estava enganado, e disse: “Por este ano eu concedo a você o governo do tempo!”

O ingénuo lavrador quase enlouqueceu de alegria, e disse: “Agora, quero sol!” E veio o sol. Mais tarde disse: “Venha a chuva!” E choveu quanto ele quis. E ia pedindo: de novo sol; de novo chuva. E assim durante o ano inteiro. A plantação crescia, crescia. . . dava gosto vê-la.

“Agora, sim, pode ver Deus como se governa”, dizia o lavrador com uma pontinha de orgulho. Chegou o tempo da colheita. As espigas eram grandes, gordas, uma beleza!… Mas colhe uma, colhe outra, colhe todas e, que desgraça! as espigas estavam sem nenhum grão, tudo palha.

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Como realmente é

Nosso Senhor então apareceu e perguntou: “Então, que tal a colheita?

– “Muito má, Senhor! Muita palha e pouco grão!”

– Mas você não governou o tempo? Não se fez tudo como você desejava?

– Sim, tudo… sempre pedi chuva… pedi sol

– Pois é, você nunca pediu vento e tempestade, neve e gelo, e tudo que purifica o ar e torna resistentes as raízes. Por isso não há colheita!

A vida espiritual é assim! Sem mau tempo não se faz boa colheita. Se pedimos apenas alegria, riquezas, saúde, bem-estar, as raízes das virtudes não penetram em terra firme e não podem produzir frutos. Sem dor, mortificação, tribulações, não ajuntamos méritos s para o céu. É preciso aceitar o que Deus enviar. Devemos aceita-las com resignação, como granizo caído do céu. Granizo que mata nosso amor próprio, destrói a erva daninha de nosso orgulho, arrasa nossa vinha da vaidade. Só no céu teremos ideia da riqueza destes granizos de ouro durante nossa vida!

Esta é o bendito granizo de ouro que devemos pedir! Bendito granizo de ouro!


A viúva insistente

A parábola da viúva insistente

Disse-lhes também uma parábola, para mostrar que importa orar sempre e não cessar de o fazer: “Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens. Havia também na mesma cidade uma viúva, que ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário. Ele, durante muito tempo não a quis atender. Mas, depois disse consigo: Ainda que eu não tema a Deus nem respeite os homens, todavia, visto que esta viúva me importuna, far-lhe-ei justiça, para que não venha continuamente importunar-me.” Então o Senhor acrescentou: “Ouvi o que diz este juiz iníquo. E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que a Ele clamam dia e noite, e tardará em socorrê-los? Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Mas, quando vier o Filho do Homem, porventura encontrará fé sobre a terra?” (Lc 18, 1-8)

Esta parábola, da viúva insistente, contada pelo Divino Mestre nos mostra a importância da oração insistente. Não julguemos pois tratar-se aqui de um simples conselho de Jesus. Não! É um preceito, uma obrigação, ninguém pode se dispensar da oração.

“Vigiai e orai”, diz-nos o Divino Mestre, e São Paulo insistirá: “Permanecei vigilantes na oração” (Col 4, 2) e “Orai sem interrupção” (I Tes 5, 17). Nossa própria natureza manchada pelo pecado exige de nós essa postura face à oração; e, mais ainda, assim nos manda proceder a Santa Igreja, conforme determina o Concílio de Trento: “Deus não manda impossíveis; e ao mandar-nos uma coisa, determina-nos fazer o que podemos e pedir-Lhe o que não podemos, bem como ajuda para poder”. Devemos então agir como a viúva insistente da parábola.

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Deus quer que peçamos ajuda a Ele

Por outro lado, o atendimento da parte de Deus será completo. Ele não olha para o tipo de necessidade, nem para a origem ou o tamanho da mesma, pois nada Lhe é impossível. Acontecimentos, ameaças, riscos, homens, demônios, etc., tudo está nas mãos d’Ele e bastará um mínimo ato de sua vontade para resolver qualquer problema. Porém, não nos esqueçamos de que se quisermos nos lançar contra uma dificuldade, usando exclusivamente de nossos dons naturais e forças, não estará aí engajada a palavra de Deus! É preciso importuná-Lo! Ele assim o exige. Ainda mais, é preciso ser incessante e fazer-Lhe uma espécie de “pressão moral”, sem nos cansarmos.

A contínua oração dos eleitos, em meio às dificuldades clamando a seu Pai, é infalível! Além disso, consideremos a absoluta necessidade da oração, no que diz respeito à salvação eterna, conforme as calorosas palavras de um grande Doutor da Igreja, Santo Afonso Maria de Ligório:

“Tudo quanto dissemos, que quem ora certamente se salva e quem não ora por certo será condenado. Todos os bem-aventurados, exceto as crianças, salvaram-se pela oração. Todos os condenados perderam-se por não orarem; se tivessem rezado não se teriam perdido. E este é e será no inferno o maior desespero, poderem ter alcançado a salvação com tanta facilidade quando bastava pedir a Deus as graças necessárias, e agora esses miseráveis não têm tempo de pedir.”

Muito mais que um ensinamento

Lembremo-nos do maternal conselho de Nossa Senhora: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2, 5). Com essas palavras, Ela nos confirma ainda mais, ao encerrarmos os comentários ao Evangelho de hoje, o quanto é indispensável rezar sempre. E se quisermos ser atendidos em maior profusão e prontamente, façamo-lo por intermédio de sua poderosa intercessão. Assim, estaremos agradando a Jesus que se tornará ainda mais propício às nossas súplicas.

Santa Teresa de Calcutá, fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade nos ensinou:

Toma gosto pela oração. Sente frequentemente a necessidade rezar ao longo do dia. Por certo, a oração dilata o coração, até que este possa receber o dom de Deus que é Ele próprio. Pede, procura, e o teu coração crescerá ao ponto de O receber e de O guardar como teu bem.

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Queremos tanto rezar bem e no entanto fracassamos. Então desanimamos e desistimos. Se queres rezar melhor, deves rezar mais. Deus aceita o fracasso, mas não quer desânimos. Ele quer que sejamos cada vez mais como crianças, cada vez mais humildes, cada vez mais cheios de gratidão na oração. Quer que nos recordemos da nossa pertença ao corpo místico de Cristo, que está em oração perpétua.

De fato, devemos ajudar-nos uns aos outros nas nossas orações. Libertemos o espírito. Não rezemos de forma muito prolongada; que as nossas orações não se alonguem indefinidamente, mas sejam breves, repletas de amor. Rezemos por aqueles que não rezam. Recordemo-nos de que aquele que quer ser capaz de amar tem de ser capaz de rezar.

Fontes: CALCUTÁ, Teresa S., Não Há Maior Amor (a partir da trad. de Il n’y a pas de plus grand amour, Lattès 1997, p. 20)

Decreto sobre a justificação, cap. XI.

LIGÓRIO, S. Afonso, A oração, o grande meio da salvação, Cap. I


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O Lava Pés

O Lava Pés

Na vida de Jesus Cristo, tudo é divinamente ordenado. Ele ensina com os atos, como ensina pelas palavras. 

Cada gesto é um ensinamento, como cada palavra é uma semente, tudo na vida de Jesus é significativo.

Procuremos imaginar a Última Ceia… 

Os Apóstolos estão à mesa, acabam de realizar a Ceia legal, prescrita pela lei de Moisés, e Jesus inaugura a Ceia divina, a Ceia de seu próprio Corpo, a Ceia Sacramental, com que vai inaugurar o Novo Testamento.

A lei prescrevia que, ao terminar a Ceia legal, os convivas purificassem as mãos. 

Os Apóstolos haviam-se levantado para esse fim. Jesus ordena que lhe tragam água. Os Apóstolos olham o seu bom Mestre, sentem que qualquer coisa de grande vai seguir-se. Enquanto estão em pé, Jesus lhes fala de seu reino, de sua volta para o Pai, de seu amor para com eles. 

Ensina-lhes também a penitência, a confissão das faltas, o arrependimento e a justificação, referindo tudo à Cerimônia do lava-pés, que vai fazer em seguida.

Terminada esta solene instrução, Jesus ordena então a João e a Tiago, o menor, que busquem água, e manda aos Apóstolos disporem os assentos em semicírculo.  O divino Mestre retira a sua túnica, e eis o Salvador de joelhos, tendo uma bacia com água diante de si, e uma toalha na mão, indo de um para outro dos Apóstolos, lavando e enxugando os pés de cada um de seus amigos.

Nos lavemos na humildade e contrição

Jesus começa por Pedro. E’ o chefe, é o primeiro, deve ser o condutor de seus irmãos. Pedro, impressionado pelas lições, que havia dado sobre a humildade, vendo a seus ele proclamara: “Quem sou eu, Senhor, para que me laveis os pés? Um Deus todo poderoso lavar os pés de uma criatura? O Mestre abaixar-se diante de um pecador como eu?! Não Senhor, é impossível!”

Jesus lava, sucessivamente, os pés de cada um dos Apóstolos, até os do traidor Judas. Quais os sentimentos, que se agitavam no coração do divino Mestre? Lavar os pés dos outros, e sem dúvida, um ato de humildade, mas tocar os pés de um traidor… Mas Jesus é pai e mãe. Lava, enxuga e beija os pés do traidor, com um sentimento de amor e de compaixão tão grande que dominava qualquer impressão contrária.

Tudo está terminado; Pedro deu o seu brado de fé: Senhor, lave-me não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça. João chora de comoção ao ver o bom Mestre humilhar-se a este ponto.

Jesus levanta-se retoma a sua túnica, volta à mesa e explica o que acaba de realizar. A lição é clara e dupla: A primeira no sentido literal: é uma lição de humildade e de caridade para com o próximo. A segunda, no sentido espiritual, é a necessidade de lavarmos a nossa alma, antes de sentar-nos ao banquete da sagrada comunhão.

Aqueles a quem retiverdes os pecados… lhes serão retidos

Se o exemplo do Salvador nos comove, a sua recomendação deve estimular-nos. Ele se abaixa, até prostrar-se aos pés dos Apóstolos; mas nos recomenda que nos prostremos aos pés de seu ministro.

Somos pecadores certamente. Ora, sendo pecadores, tendo ofendido a Deus, só Deus pode perdoar-nos. Só Ele pode perdoar pecados, porém quem somos nós para exigirmos que Deus baixe do céu e venha, pessoalmente, perdoar as nossas faltas; lavar a nossa alma? Quem de nós merece tal favor extraordinário? Ninguém!

Eis porque ele comunicou a seus Apóstolos o poder de perdoar os pecados em seu nome. A palavra divina é conhecida : Aqueles a quem perdoardes os pecados, os pecados serão perdoados, e aqueles a quem retiverdes os pecados, eles lhes serão retidos (Jo 21,23)

Ele lava os pés dos seus Apóstolos: o Sacerdote lavará as nossas almas. Ele declara os Apóstolos puros, porque foram purificados neste banho salutar: a palavra do Sacerdote nos purificará e restituirá à nossa alma o que talvez perdera nas lutas da vida: a graça.

Jesus preparou os Apóstolos para se sentarem à Mesa Sagrada: e aí receberam o seu próprio corpo, sob as aparências do pão. O Sacerdote tem o mesmo ideal: preparar a vossa alma para a recepção da Comunhão da Páscoa.

Não haja, pois, exceções entre nós. Somos discípulos de Jesus Cristo. Queremos seguir integralmente a sua doutrina, como acreditamos, integralmente, em todas as verdades, que nos revelou.


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Por que consagrar a criança a Maria?

Por que consagrar a criança a Maria?

O Batismo é a “porta dos sacramentos necessária para a salvação, pelo qual os homens se libertam dos pecados, são de novo gerados como filhos de Deus e se incorporam à Igreja, ” (CDCcan. 849).

É um costume louvável, ao final da cerimônia, consagrar o recém-batizado aos cuidados da Santíssima Virgem. O celebrante poder rezar com a comunidade: “Ó Maria, Mãe de Jesus, esposa de José e companheira de nossa caminhada, a Vós confiamos esta criança que agora acolhemos nesta comunidade. Conduzida pelo Espírito Santo, seja ajudada a crescer em sabedoria, idade e graça”. (Rito do Batismo de Crianças)

Mas alguém poderia se perguntar se esta consagração é uma boa iniciativa, e qual sua importância.

Deus Eterno compadeceu-se dos homens, perdidos pelo pecado original e quis livrá-los da escravidão do mal. Resolveu-se, pois, nascer de uma mulher. O Deus Eterno, o Verbo Imaculado de Deus, quis nascer neste mundo; quis então nascer de Maria Virgem. No presépio podemos ver Jesus nos braços de sua Mãe. Ela O oferece a nós para cobri-lo dos beijos de nossa adoração, de nosso amor, e de nossa eterna gratidão. Lembremos que os pastores, os Magos e os Anjos encontra Jesus nos braços de sua Mãe e que foi ela quem O apresentou para ser adorado.

É por isso que consagramos as crianças no dia do Batismo aos cuidados de Nossa Senhora. Os pais repetem deste modo o gesto do Pai Eterno que a mais de dois mil anos entregou seu Filho único aos cuidados de tão amorosa mãe.

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Os Santos se consagram a Maria

Em Ávila, numa nobre casa, estava agonizando uma distinta e piedosa senhora: dona Beatriz Ahumada. Os sacerdotes, ali reunidos, rezavam as orações dos agonizantes, quando aquela senhora abriu os olhos, olhou ao redor de si e, com voz apagada, disse:  – Teresa! Chamem a Teresa.

Entrou então no quarto uma menina de uns doze anos, de singular modéstia e extraordinária formosura, e aproximou-se da cabeceira da mãe agonizante. Esta, fixando a filha, e como se Nosso Senhor lhe revelasse os futuros destinos daquela menina, exclamou: — Bendita… bendita! E expirou.

A menina então levantou-se e começou a chorar. Beijou pela última vez aquelas mãos frias e saiu em direção a um aposento da casa onde havia um quadro de Nossa Senhora pendurado na parede. Ali deixou correr livremente as suas lágrimas. Enfim, erguendo os olhos com inefável ternura e uma fé imensa, disse do fundo da alma estas comovedoras palavras:

— Senhora, eis que não tenho mãe; sede vós a minha mãe daqui em diante.

Aquela menina, certamente protegida da Mãe do céu, veio a ser uma das maiores mulheres da História, S. Teresa de Jesus, que mereceu as honras dos altares.

Este é o papel de Nossa Senhora, quando os pais consagram as crianças. Ela de fato protege e santifica seus filhos.

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Você ama Maria?

Se alguém lhe perguntasse: Você ama a mãe do céu? Poderia responder como Santo Estanislau: “Como não a hei de amar, se é minha Mãe?”

Quando os pais consagram a criança ao amor de Maria, Ela assume esta responsabilidade. Seu amor não tem limites para aqueles que são entregues a seus cuidados.  É São Francisco de Sales que nos diz: Os Santos e os Anjos só são comparados às estrelas, mas a Mãe de Deus é formosa como a lua incontestavelmente escolhida e distinguida entre todos os Santos, como o sol entre os astros.

Por isso, leitor, quando alguém consagrado desde o seu batismo a Nossa Senhora ouve a pergunta “você ama a Mãe do céu?”, Ele pode recordar-se deste Sol, mais brilhante que todas as estrelas do firmamento e dizer: “Como não a hei de amar, se é minha Mãe?”


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Os Milagres de Santa Edwiges

Os milagres de Santa Edwiges

A caridade de Santa Edwiges era imensa e a sua compaixão pelo próximo era movida pelo imenso Temor a Deus, tinha compaixão pelos prisioneiros, e pelos pobres e endividados. Como era muito rica, a duquesa possuía muitas terras e bens e perdoava todas as dívidas e nunca desamparava um pobre que a ela recorresse.

A água transformada em vinho

Santa Edwiges jejuava quase todos os dias, menos nos domingos e dias festivos quando tomava duas refeições. Durante quarenta anos não comeu carne. Seu marido Henrique em uma ocasião em que a santa estava doente pedia a ela que tomasse um pouco de vinho e se alimentasse melhor, mas um criado o informou que Santa Edwiges de não estar obedecendo ao marido. Quando Henrique chegou próximo a mesa onde Edwiges estava se alimentando, pegou de repente o cálice e provou e sentiu o gosto do melhor dos vinhos, os empregados ficaram maravilhadas, pois eles mesmos haviam enchido o copo apenas com água.

A ressurreição e libertação de um ladrão

Certa vez um homem foi condenado à forca por ter cometido um roubo, os parentes do condenado foram recorrer à santa que pediu ao seu marido pelo ladrão. O Duque respondeu que talvez o homem já tivesse sido morto, mas que se ele estivesse vivo seria perdoado. Santa Edwiges imediatamente ordenou a um soldado saísse rapidamente pois aquele homem não morreria.

Enquanto a santa rezava, o soldado chegou no local, mas encontrou o homem pendurado, já sem vida, na forca. Ele, confiando nas palavras da santa, tirou a espada cortou a corda e o homem ressuscitou. O oficial disse a ele: “Graças a nossa santa senhora você foi perdoado”.

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Outra Ressurreição

Certa vez um inimigo de Henrique, homem desonesto e de péssima reputação foi preso e condenado à forca. Para que Edwiges não soubesse da condenação, o duque mandou que o prisioneiro fosse executado na mesma madrugada.

Naquela noite Santa Edwiges havia feito vigília de orações na igreja e, quando já amanhecia, enquanto voltava para casa, ela ficou sabendo da morte do condenado. Ela pediu ao esposo que perdoasse aquele homem e o duque, com a certeza de que ele já estava morto a várias horas, consentiu no pedido da esposa. No mesmo instante, o homem já morto há horas recobrou a vida. A partir de então o duque ordenou que fossem libertados todos os prisioneiros pelos quais a santa esposa pedisse.

Mais uma ressurreição

Dentre os numerosos milagres ocorridos após Santa Edwiges partir desta vida, há o caso do filho do soldado Vitoslau Boresh que tinha sete anos de idade e adoeceu gravemente. A criança não conseguia respirar e estava morrendo. O soldado que serviu à Santa Edwiges pediu nos seguintes termos: “Minha senhora eu a servi durante a sua vida e peço sua intercessão para que meu filho não morra”. Assim que terminou esta prece o menino voltou a respirar e falar e desapareceram os sinais de morte, o fato foi narrado no processo de beatificação da Santa e atestado por testemunhas.

Profetizou que as pessoas viriam até ela após a morte

Santa Edwiges sentia aproximar-se a morte, e sua filha, a abadessa Gertrudes, perguntou a ela onde queria ser sepultada. A santa respondeu que gostaria de ser sepultada em um cemitério comum, mas Gertrudes insistia em dar-lhe um túmulo na igreja. A mãe aceitou e pediu para ser sepultada perto do altar de São Bartolomeu Apóstolo. Nova discussão pois a filha insistia que ela fosse sepultada diante do altar de São Pedro. Edwiges como tinha o dom da profecia disse: “Se fizerem assim, as monjas não terão mais sossego”! E assim o foi pois, desde a morte da santa as multidões acorrem ao seu túmulo.

A Padroeira dos endividados morreu no dia 15 de novembro de 1243. As irmãs se prepararam o corpo da Santa deixaram para a história o registro de que, os lábios frios e azulados de repente tomaram um tom róseo vivo, começaram a brilhar com uma luz celeste e um perfume emanava deles.


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A vida de Santa Edwiges

A vida de Santa Edwiges

Assim se inicia a vida de Santa Edwiges: Bertoldo, marquês de Meran e conde do Tiro, duque da Caríntia e da Ístria, havia se casado com Inês, filha do conde de Rottech. O feliz casal teve vários filhos, dentre os quais Edwiges, nascida em 1174 em Andechs, na Baviera (Alemanha).

Aos seis anos Edwiges foi enviada ao mosteiro de Kicing, para ser educada pelas religiosas. Aos doze anos casou-se com Henrique, duque da Silésia (a maior parte dessa região pertence à atual Polônia), e mais tarde também duque da Polônia, gerando seis filhos (dos quais dois faleceram com pequena idade).

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A temperança, uma virtude sempre perseguida

Assim que completaram vinte anos de vida conjugal Edwiges e seu marido compareceram perante o bispo para prometer continência até o fim de suas vidas. E cumpriram com fidelidade, buscando forças na oração, no jejum e na abstinência (Henrique terminou sua vida trinta anos depois).

Ainda antes de enviuvar Edwiges se havia transferido para o mosteiro de Trebnitz (fundado por seu marido), acompanhada de umas poucas senhoras que a serviam e algumas amigas. Não escolheu para si cômodos luxuosos, optando por morar no fundo do mosteiro: quarto pobre, mobílias pobres; a rica duquesa fez-se pobre entre as pobres religiosas.

Especial consideração pelos membros das famílias religiosas

Diversos mosteiros foram fundados por Edwiges, que atraiu à Silésia religiosos de várias ordens e congregações, inclusive franciscanos e cistercienses, com o que dotou a região de novas formas de espiritualidade.

Edwiges dizia-se uma grande pecadora, mas considerava as religiosas como santas, e assim as coisas que elas usavam eram, para a duquesa, relíquias. A água servida com a qual as religiosas haviam lavado os pés era usada por Edwiges para lavar os olhos, e até toda a cabeça, sendo por vezes ingerida com veneração. Os assentos e genuflexórios usados pelas religiosas eram reverentemente osculados, bem como as toalhas.

Precedência para os pobres

Recusava-se ela a tomar sua refeição antes de dar de comer aos pobres, e o fazia de joelhos. Por vezes, antes de tomar água, passava o copo a um pobre para que a sorvesse antes. Em várias ocasiões propiciou copiosas refeições para os pobres, aos quais pessoalmente servia os alimentos (mas ela, tomando os alimentos somente depois de tê-los servido com precedência, contentava-se com o que havia de mais simples). Alguns filhos de nobres fizeram o sutil comentário: os mendigos comiam melhor nas refeições servidas pela duquesa do que eles nas mesas dos príncipes…

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“Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração”

Santa Edwiges renunciou a tudo. Sobre a cabeça, não havia coroa nem véus luxuosos; no pescoço ou peito, nada de ricos colares; nos dedos, nenhum luxuoso anel. Essa exterioridade era reflexo da humildade interior. Não mais vestiu trajes coloridos, adotando o cinzento como cor. Ao passo que só nas grandes solenidades mostrava-se melhor vestida do que o habitual, em reverência a Deus.

“Estive preso e Me visitastes”

Os encarcerados e condenados eram motivo de especial atenção de Santa Edwiges. Durante os vários anos em que foi construído o mosteiro de Trebnitz nenhum condenado à morte foi executado: a duquesa conseguiu que eles fossem trabalhar nas obras, permitindo-lhes emendar-se de suas faltas e chegar assim à conversão. E durante os longos anos em que viveu neste mundo dirigiu ela o olhar para os que se encontravam privados da liberdade. Visitava-os e fornecia-lhes roupas e alimentos, apesar de vários deles serem adversários de seu marido.

Protetora das viúvas, órfãos, pobres, peregrinos e endividados

Para as viúvas e órfãos Edwiges era uma mãe, advogada e consoladora. Aos peregrinos que se dirigiam aos Lugares Santos, Edwiges contribuía com dinheiro para suas necessidades de viagem, sentindo-se assim participante das peregrinações e de seus méritos.

Certo dia demorou-se ela mais tempo nas orações, que fazia em seus aposentos. Mendigos, ao lado de fora, depois de longa espera passaram eles a lamentar, em alta voz: “hoje a senhora escondeu-se de nós“, e outras brandas manifestações de pedidos de esmolas. Uma das serviçais informou a Edwiges que os pobres estavam ali se queixando de que a duquesa não lhes dera ainda as esmolas, ao que ela determinou: “vá depressa, pegue o cofre onde está o dinheiro para os pobres, e dê a cada um conforme o Senhor a inspirar“.

Santa Edwiges adquiriu fama como protetora dos endividados porque, quando algumas pessoas estavam nessa situação (ou presos, não podendo pagar os débitos financeiros que haviam contraído), ela saldava as dívidas com seu próprio dinheiro, ou obtinha o perdão para os devedores.

O Paraíso

Santa Edwiges, duquesa da Silésia e da Polônia, deitada em um pobre leito entregou sua alma a Deus em 1243, no dia 15 de outubro. Essa data, como é habitual na Igreja, passou a ser o dia de sua festividade litúrgica, a qual foi depois mudada para o dia seguinte (para dar lugar à comemoração de Santa Teresa de Ávila). Tendo sempre sido humilde e dotada de grande perfeição em vida, Santa Edwiges terá se alegrado, no paraíso, em ver concedida a precedência a essa outra grande santa da constelação da Igreja.

Fontes: Vida de Santa Edwiges (Pe. Ivo Montanhese CSSR, Editora Santuário, 1884; Dix Mille Saints (les Bénédictines de Ramsgate, Brepols, 1991); Heavenly Friends (Rosalie Marie Levy, St. Paul Editions, 1984).


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O anel de Nossa Senhora

O anel de Nossa Senhora

 

Há muitos anos, nos gloriosos períodos em que a Idade Média praticava e amava o teocentrismo, em uma pequena cidade da França, – tão pequena que as poeiras do tempo varreram seu nome – bonita e acolhedora, as pessoas tinham o costume de todas as manhãs saudar os vizinhos com perfumados pães, generosos litros de leites e outras guloseimas, indo muitas vezes enfeitado das mais variadas flores.

Lá se vivia bem. Pela manhã, antes do pleno nascer sol, a grei ia para a matriz assistir o Santo Sacrifício da Missa. A igreja era dedicada a Bonne Pie Iesu, padroeiro raro e creio ser desconhecido por outras igrejas da França, contudo, todos aldeões o estimavam pela sua Bondade em ser chamado de “Bom Piedoso Jesus”, o que acrescenta ao seu Sagrado Nome um tom adocicado e mais suave.

A igreja do Bom Piedoso Jesus era linda! Seu estilo muito se parecia com Saint-Chapelle, salvo as suas devidas proporções áureas e de cores; todos carinhosamente a chamavam “minha chapelle” ou “Saint-Chapelle du Bon Jesu”. Com muita inocência as pessoas diziam que Deus teve a bondade de acolher seu Filho em uma linda igreja, comparando o tamanho da cidade.

O anel Nossa Senhora

De forma harmônica e cândida a disposição da cidade se fazia em forma de circulo tendo a matriz como seu centro e ápice, de tal modo que as outras casas e edifícios – completamente diferente dos que estamos acostumados em nossos dias – iam crescendo de acordo com sua importância ao se aproximarem da igreja, mas nunca ultrapassando ela, nem mesmo a imagem o Bonne Pie Iesu, cuja fronteava ela.

Era pacata a cidadezinha. Todos os dias tinham feira, aonde muitos do campo vinham para fazer trocas e, aproveitavam também, para pôr em dia seus compromissos com o vigário. Nas feiras, como era o costume, dispunha-se o mais próximo da igreja – evidentemente sem profanar o recinto sagrado – alguns músicos e saltimbancos que alegravam a todos e, de uma forma justa, obtinham seu sustento.

Nesta cidade vivia um jovem mancebo jogral, que infelizmente com o nome dele não aconteceu diferente ao da cidade; por isso, entre nós, o chamaremos Jean-Pierre. Apesar de sua idade, uns dezessete anos, já mostrava muito talento, seus truques e com suas artimanhas encantava a todos os espectadores.

De bela aparência. Astuto como uma cobra prestes a dar o bote. Puro como uma pomba. Levava consigo a amostra de seu compromisso com uma dama aldeã: um anel que o pai da moça entregou como prova de seu consentimento. Um magnífico anel banhado a ouro com um rubi incrustado; porém sem sinal para qualquer data de matrimônio. Sua inocente amada, atarefada com seus afazeres domésticos, levava consigo outra réplica desse anel ora no bolso, ora no pálido e delicado dedo; a data de entrega por seu pai a marcara bem, uma vez que, sendo ela que implorou a ele que entregasse a nosso Jean-Pierre.

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Todas as tardes Ágata pedia a visita de Jean-Pierre. Após seus árduos e trabalhosos espetáculos ele ia aos arredores da cidade visitá-la. Casa modesta. Tinha apenas um curral e um simples galinheiro que acrescentavam à moradia deles. Ela esperava na horta de frente a sua casa, próximo ao portão para receber seu amado. Jean chegava, saudava sua amada – como os respeitosos costumes da época pediam – ia de encontro aos pais da moça e voltava ao sua casa, onde teria enfim uma calma noite.

Os dias se passaram. Ágata estava tão entorpecida pela ideia de casar-se que não comentava outra coisa, contudo, Jean apenas desfrutava de seu jocoso labor, sem muito se importar para a empolgação dela.

Certa vez ao raiar o dia, preparando-se para um evento em que a praça estaria repleta, começou seu treino, juntamente com um amigo de malabarismo, Dagobert. Empolgados pela possível multidão e pelo rendimento, iniciaram manobras e manejos novos e mais entusiasmantes. Bolas para um lado. Bastões para outro. Pulos, saltos e piruetas para todos os cantos: “hoje será nosso dia” – pensou Dagobert. Jean, pouco distraído, fazia tudo que seu amigo pedia, porém sem demonstrar entusiasmo.

Ele o inquiriu: “Ei! Jean-Pierre, que tens tu hoje? Andas mais avoado que patos na migração.” “Apenas Ágata me preocupa, Dagobert”, respondeu ele. “Ah, sabia que tinhas algo…”antes de terminar a frase Jean-Pierre contou ele e continuou: “Não sei se devo continuar com ela, ela me ama muito, contudo amigo, minha estima é restrita a ela”. Entre os arremessos, Dagobert, ficou pasmo e exagerando na força, mandou para dentro do lugar sagrado um de seus objetos de apresentação. “Vou eu”, disse Jean. E correndo para a bela igreja do Bom Piedoso Jesus, pôs-se a caça da bola.

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Respeitosamente entrou, fez profunda e piedosa vênia, inclinando a cabeça rezou. Após sua breve oração, iniciou despreocupadamente a procura. Passou de canto a canto da igreja e não encontrou a tal bolinha, parecia ter sido ele a primeira coisa que entrava naquele recinto no dia. Dissipadamente, olhou para as imagens e para os adornos do local: “Oh, como é bela!”, fazia alguns meses que ele não entrava na Igreja, uma vez que acompanhava de fora as missas. Esquecendo completamente de sua missão, começou a passear pela igreja apenas desfrutando do silêncio, ou melhor, da sua conversa com Deus.

Por fim, seguindo mais a frente seus olhar admirando os mármores do chão, ele encontra a bolinha: “Passei aqui tempos atrás, e não estavas aqui?! Porquê se escondes de mim?” E dirigindo-se a ela, inclinou-se e pensou: “Porquê não te vi?” Levantando suavemente seu rosto, deparou-se com um lindo e ornado altar. “Minha Mãe. Nunca vos vi aqui? Passei pela igreja inteira, como não vos notei?” Nesse altar possuía uma imagem de Nossa Senhora, cujas lindas e alvas mãos poucos esticadas à frente convidavam a quem olhasse a abraçar Ela. Jean-Pierre passou vinte minutos olhando aquela piedosíssima imagem, quando escutou: “Pierre, Pierre! O vigário já lhe chamou para ajudar?” “Não, já estou indo”, retrucou o rapaz sem se importar ou atrapalhar sua conversa com Maria Santíssima.

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Tocado por uma moção da graça, viu aquelas lindas mãos estendidas para ele, pegou seu anel, e pôs nos dedos de Nossa Senhora, dizendo: “Minha Mãe, aceitai este presente de amor, é pouco pelo que Vós mereceis, é muito pelo que tenho. Mas que ele seja uma real e profunda prova de meu amor a Vós, com ele estou me entregando”. Quando terminou de colocar o anel nas preciosas mãos d’Ela, o que menos se podia esperar aconteceu, os dedos de Maria Santíssima se juntaram, e sua mão se fechou um pouco: era sinal de pleno consentimento e agrado da Rainha dos Céus. “Eu prometo me consagrar e servir somente a Vós e fazer o bem a todos!” Então, pulando de alegria, foi correndo voltar para o seu treino, mantendo seu segredo entre ele e Deus.

Os dias se passavam, e os aldeões confusos e curiosos por verem o dedo d’Aquela que era a Torre de Humildade, que ostentava tal brilhante e muito menos quem conseguira fazer aquela proeza, sendo que estavam quase fechados os dedos e não passava nada, nem muito menos possuía ranhura ou emenda no anel, ou tão pouco marcas nas mãos. Pois bem, todos um dia esqueceram menos Jean que sabia bem de onde viera aquele anel, e que guardava em seu peito aquele desejo de se entregar a Ela, todos os dias ele A visitava, renovando sua promessa.

“Vigiai e orai” diz o Senhor, infelizmente aquele que não se mune com as armaduras da vigilância ou com as armas da oração, certamente se esquece de seus bons propósitos e derrocar em sua vida espiritual.

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Um ano se passou e Jean-Pierre foi esfriando em sua promessa à Maria Santíssima. Pararam-se as visitas. A vontade se esfriou. Além disso, Ágata forçara o rapaz a pedi-la em casamento.

O noivo jogral manteve pois seu ofício, cujos planos era de ser um ferreiro, ou até mesmo, cavaleiro. Suas vidas rodavam entorno de um só desejo, desposar e constituir uma família.

Um dia antes de receber o sagrado sacramento do matrimônio, sentou-se em sua cama, estava pensando e almejando aquela cerimônia, ao passo que sua imaginação estava levando-o para longas viagens. Inclinando a cabeça e fechando os olhos pôs-se a rezar. Pedia por si, pela sua esposa, pelos seus futuros filhos, pelo seu ofício, enfim, pedia inúmeras bênçãos a Deus.

Fazendo longo e compenetrado “Em nome do Pai”, levantou sua cabeça. Uma luz branca se acendeu vagarosamente a sua frente. Abrindo os olhos, com espanto cético, se deparou com Ela: Maria Santíssima, Aquém fizera a promessa há um ano. Estupefato com a aparição caiu de joelhos, contente por vê-La, Nossa Senhora lhe disse: “Por tão pouco e tão rápido me traístes”.

Abaixando a cabeça, aos poucos aquela aparição desapareceu, e escutou-se apenas o barulho de um objeto cair ao solo: era o anel. Gélido por aquelas palavras, Jean-Pierre caiu em si e percebeu que ele prometeu amor a Ela. O rosto de desgosto de Nossa Senhora estava fixo em sua mente. As lágrimas escorriam de sua face. Então olhou para o anel, anel que antes era sinal de amor, sinal de aprovação, agora virou de desprezo e tristeza.Soltando o anel, abandonado sua casa, saiu correndo Jean, sem rumo algum, apenas se afastando daquela que fez quebrar sua promessa.

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Dias andando, peregrinando as cidades da França, sendo ajudado pelos transeuntes como ele, com alimentação, deparou com uma linda construção de altos muros que tocava um sino e depois de pouco tempo ouvia-se a voz dos cânticos gregorianos. Bateu sem demora na porta. Abriu um frei porteiro, que disse a ele: “Por favor, meu caro frei, ando há dias, não assisto a nenhum sacramento nem converso com Deus. Sou muito pecador e preciso do Santíssimo Sacramento”. “Entre, se é para falar com o Deus tens as portas abertas”. Indicou o caminho a capela e o deixou seguir seu rumo. Logo que entrou, ajoelhou-se, e as lágrimas voltavam a jorrar de sua face. Com o rosto coberto, rezava e chorava, ao ponto de soluçar.

Sentindo que não estava sozinho, controlou seu choro, e destapando o rosto viu uma luz branca – cujo brilho já conhecia – e ouviu aquele divina voz: “Meu filho vem!” E desaparecendo, deixou desta vez, apenas um doce e agradável perfume rosa. Com o rosto sorridente e feliz, se apresentou a Maria Santíssima, e respondendo em exclamações de choros de alegria respondeu Jean: “Sim, minha Mãe! Sim, minha Rainha!”

Assim Jean-Pierre entrou na via religiosa, dedicando ao serviço do próximo e principalmente a vigilância e oração. Tornou-se grande pregador e – por sua facilidade porque era saltimbanco – exímio catequista de crianças. Morreu aos 96 anos com odor de santidade.


Espero que esse lindo artigo sobre o anel de Nossa Senhora lhe tenha feito muito bem espiritualmente.

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